E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos nós novamente... heheheh



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—Você age como o garoto mimado, e agora quer que eu te perdoe. — Eu explodi furiosa aquilo era mais do que eu podia suportar. — O que você pensa que o mundo gira em torno de você. —Eu podei toda minha raiva para fora.

— Luiza eu já te expliquei. — A voz dele estava repentinamente cautelosa.

— Mas isso não justifica ao fato de você ser um completo idiota, que cara de dezessete anos pensa em casamento. — Eu disparei enfurecida. — Por Deus Michel...

— Eu sei. —Ele me interrompeu sua expressão estava séria como se ele quisesse dizer algo mais, ele simplesmente se calou.

—Não, você não sabe. — Ele não se mexeu enquanto eu gritava as palavras no rosto dele.

Eu estava dentro de um furacão de fúria, eu nem conseguia pensar direito no que eu estava dizendo, mas provavelmente era verdade, eu queria que o Michel entendesse que protegendo a Thifany ele estava optando em me magoar.

— Você age sem pensar nas conseqüências, a única coisa que importa para você é você mesmo. — Eu estava com muita raiva para pensar no que eu estava dizendo. —Você não passa de um playboy metido a besta.

— E você uma esquisita encrenqueira. — Ele olhou de repente direto pra o meu rosto, a fúria dele estava brilhando nos olhos, provavelmente eu havia pegado pesado de mais, só que eu não me importei. — Mas é claro que você esta sempre certa, que faz tudo perfeitamente normal, nunca comentou um erro... —Ele apontou para mim.

— Erro desse tipo não. — O que era para ser apenas uma conversa tinha se tornando em uma discussão que podia ser ouvida até no estádio do maracanã.

— Oh me desculpe por não chegar aos seus pés rainha da sabedoria. —Ele disse debochadamente com a respiração pesada. —Deve ser muito fácil para você apontar os erros dos outros, mas já pensou olhar um pouquinho para os seus próprios erros. — Ele apontou novamente para mim, ele olhou por cima da minha cabeça imóvel.

Eu não esperava por esse tipo de reação dele, eu não esperava que ele gritasse comigo ou que me ofendesse, e isso causou mais impacto em do que eu podia segurar. Ficamos em silêncio o único som por ali era o da respiração pesada dele.

— Eu não vou mais discutir com você. — ele disse com uma voz dura, ríspida. —Eu nem sei por que pensei que você poderia entender.

—Vá embora então. — Eu estava perplexa demais para pedir outra coisa, um bolo havia se formando na minha garganta e eu estava me esforçando incansavelmente para poder controlar as malditas lágrimas. Eu não choraria na frente dele, seria muito humilhante.

—Como queira. —Minhas palavras pareceu trazer de volta a fúria para ele, seus olhos relampejaram de raiva. — Faça o que esta acostumada a fazer: fugir.

Ele despejou tudo de uma vez na minha cara, com uma expressão furiosa.

—Só que dessa vez não espere que eu vá atrás. — Então saiu a passos largos fechando a porta com um baque violento.

Eu olhei abismada para a porta fechada na minha frente.

Eu desabei, literalmente quando fiquei sozinha, meu corpo inteiro estremeceu de raiva, e as malditas lágrimas começaram a descer incansavelmente por mim face.

Era só o que me faltava chorar pelo Ogro Ambulante. Aonde você esta com a cabeça Iza?

—Parece que a situação ficou pior do que antes. — A Cida disse aparecendo na porta e colocando apenas a cabeça para dentro.

—Elas nunca estiveram boas. —eu revidei sentido um gosto amargo na boca.

—Ah Meu Deus, o que aconteceu aqui? — A Cida perguntou abrindo a porta de uma vez e tanto uma pela olhada no chão molhado depois para mim.

—Um tsunami. —Eu definitivamente não estava de bom humor.

—Humm. — A Cida não comentou mais nada, acho que algo na minha voz a alertou que eu estava preste a cometer um crime e ela podia ser a vitima.

É claro que eu aproveitei o fato de estar molhada e voltar para casa, não havia muito a fazer na lanchonete, não que a Nice e o Jerry concordassem com isso, mas quem importava para eles, eu com toda certeza não.

Então eu tirei o resto do dia de folga, por conta própria.

—Você não tinha o direito de fazer isso. —A Nice disse protestando comigo quando eu atravessei o portão da escola. —A Lanchonete estava muito movimentada ontem.

—Você queria o quê? —Meu humor não havia melhorado em nada. —Eu estava molhada, eu podia pegar uma pneumonia e morrer.

—Não exagere. —Pelo visto a Nice não fazia a menor idéia da minha briga com Michel. Eu havia encontrado alguém que sabia guardar a língua. —Espera um pouco. — a Nice disse parando de repente e colocando o braço na minha frente para eu parar também.

—Molhada? A Cida disse que você não estava passando bem, alguma coisa com um tsunami, o que uma coisa tem haver com a outra. —A Nice refletindo me dava vontade de rir.

—O negocio esta começando a feder. — Eu disse me referindo à fumaça dos neurônios da Nice queimando.

—Muito engraçadinha.

—Eu faço o melhor que posso. —Eu disse já voltando a andar.

—Espera. —A Nice me segurou novamente.

Eu lancei meu olhar de desagrado para ela, só que ela não notou, já que estava olhando para outra direção.

—O que o seu namorado esta fazendo com a Thifany? —Ela me perguntou fitando um casal bem afastado do movimento.

Eu olhei na mesma direção que ela, eu havia passado parte da minha noite discutindo mentalmente com Michel, pensando pesadamente em cada palavra que eu diria, mas eu não estava preparada para aquilo, não mesmo...

Meu estomago rebolou violentamente dentro de mim. Era como se eu tivesse levando um violento soco.Meus olhos arderam mais eu não iria chorar, não por um babaca.

Então era isso, ele ia ficar com a noivinha dele e ser feliz para sempre. Que os dois fizessem bom proveito no quinto dos infernos.

—Não somos namorados. —Eu estava tentando soar normalmente, eu não queria que a Nice percebesse que havia algo de errado, eu não queria reviver a historia toda quando eu tivesse que contar os mínimos detalhes para ela.

—Mas você disse ontem mesmo que estavam namorando e eu vi vocês dois no refeitório juntos. —Ele disse olhando desconfiadamente para mim.

—Era o mesmo plano de sempre. —Eu dei de ombros. — Ciúmes para Thifany achar que podia perder o Michel.

Ela não disse nada, absolutamente nada, mas o olhar de incredulidade estava lá me confrontando os meus, esperando que eu confesse meu crime.

Qual é? Eu não estava fazendo nada de errado, só omitindo alguns detalhes, como o meu micro namoro com o Michel, a Nice nunca ia saber, só se o meu namoro entrasse para o livro de recordes. O que era bem possível, o namoro mais curto. Aff...

Eu fui direto para sala de aula, eu não queria encontrar o Michel, não que eu estivesse fugindo dele, eu não era garota disso, tá algumas, mas agora era diferente.

Eu não devia estar feliz, mas pensar que as aulas estavam acabando fazia o meu humor melhorar muito, muito mesmo.

Era incrível como o tempo passava rápido quando não tinha nenhum chato falando sem parar. Logo o intervalo chegou e o Max apareceu para falar comigo.

—Como você esta? —Ele perguntou enquanto eu pegava o meu lanche.

—Com fome. —Eu disse olhando para o meu lanche e ignorando completamente o assunto que ele queria falar.

—Não é disso que eu estou falando. —Ele me pareceu meio impaciente.

Cara, será que era difícil perceber que eu não estava a fim de falar do Ogro Ambulante.

—Ah, acho que bem. —Acho que ele esperava que eu começasse a chorar, e eu seria bem capaz disso se não fosse o meu orgulho.

—Eu sei Iza que você já me disse...

Essa era a parte que me irritava no Max, se ele já sabia porque tinha que repetir.

—Você não vai me dizer nada? —O Max perguntou depois de alguns instante de silencio, que eu nem havia percebido.

Hã. Eu podia até ouvir os grilos cantando, silencio constrangedor. Droga. O que o Max havia dito? Você devia prestar atenção quando as pessoas falam Iza.

—Eu preciso ir ao banheiro. —Eu disse colocando o meu lanche na sua mão e caindo fora rapidinho. —Depois a gente continua a conversa.

Tá bom. Eu tinha dormido demais e ai algum cientista maluco colocou um imã na minha mente e agora eu só conseguia pensar no Michel. Era isso, o problema estava resolvido.

Droga. Quem eu estava querendo enganar, além da Nice, claro.

Eu mal conseguia respirar, ele não havia pensado duas vezes para fazer a sua escolha. Me trocou rapidinho pela loira oxigenada. Bom na verdade eu tinha o mandado ir embora primeiro, eu não ia ficar por baixo, não mesmo.

O sinal tocou e eu corri rapidinho para o banheiro. Merda.

—Olha quem esta por aqui. — A Thifany disse parando do meu lado de frente para o espelho, juntos com a sua paquitas.

—Droga. abriram a porta do zoológico. —Eu perguntei debochadamente, eu estava com tanta raiva dela que seria capaz... Deixa pra lá.

—Eu não vou perder meu tempo com você. —Ela parecia com raiva, muita raiva, só faltava à espuma. —Só tenho um aviso para você.

—É pra ficar com medo. —Eu perguntei fingindo inocência.

—Isso não vai ficar assim, vai ter troco, você pode apostar. —Ela disse praticamente enviando o dedo no meu nariz, eu pensei em revidar, mas três contra um. Logo teríamos a morena do banheiro. —Você vai se arrepender...

Ela estava falando grego ou era impressão minha?

—Acabou? —Eu perguntei enquanto ela espumava ainda mais. Eu nem queria imaginar o que ia acontecer se ele mordesse alguém. —Então me responde uma coisa.

Eu pedi e o Espantalho de Grife hesitou juntamente com suas aprendizas.

—De quantas loiras precisam para trocar uma lâmpada? —Eu disse rezando para que fossem três porque era o que eu tinha no momento.

A Thifany pestanejou na minha frente, e eu fiquei imaginado qual dos meus olhos ela pretendia acertar, tomara que fosse o esquerdo já que eu não enxergava muito com ele mesmo. Mas então ela saiu, contudo batendo o pé furiosa com as paquitas atrás dela.

Eu levei um bom tempo para me recuperar do meu ataque de riso.

Depois eu me lembrei dela e do Michel juntos, e aquilo fez o meu dia lindo ficar negro. Eu estava entrando no clima revolts. Sério mesmo, era como meu avô sempre dizia: “Quem esta no inferno não custa dar um abraço no diabo”, ou alguma coisa do tipo.

Eu esperei o ar ficar um pouco mais limpo, mas era difícil então eu cai fora do banheiro, só que para o meu azar o ar fedeu ainda mais. Eu encontro o Michel bem na porta do banheiro.

Tá bom, ele estava vindo naquela direção, alguns metros de distancia, eu parei e esperei ele se aproximar. Eu estava pronta para briga, ele podia vir quente que eu estava fervendo.

Ele parou na minha frente, como eu previa então ele me olhou de cima embaixo, eu quase ri na cara dele, mas então ele foi mais rápido, ele se virou e foi embora, como se eu não existisse, como se eu não estivesse ali. Dava para acreditar? Aquilo só podia ser uma pegadinha.

A sorte daquele Ogro Ambulante era que o sinal havia tocado senão eu ia lá e arrebentava a cara dele, apesar de que seriam um desperdício, aqueles lábios... Ah qual é? Eu estava surtando de vez? Eu balancei minha cabeça espantando aqueles pensamentos idiotas e voltei para sala de aula.

Eu estava realmente feliz, eu tinha apenas dois dias e então eu estaria completamente livre daquele lugar horroroso e aquele daqueles psicopatas disfarçado de professores que me perseguia. Era só sobreviver dois dias então finalmente férias... Cara tava até vontade de gritar.

Quando sinal da ultima aula tocou, eu sai quase correndo para o corredor. Dois dias...

—Aonde você vai com tanta pressa? — A Nice perguntou me seguindo.

—Esvaziar o meu armário. —Eu disse como se fosse obvio.

—Mas ainda temos dois dias de aulas.

—E quem se importa. —Eu disse dando de ombros e trombando no Ogro Ambulante na minha frente, legal ele ia fingir que não me via agora.

—O Estatua da liberdade, acho que você esta no lugar errado. — Eu fiz minha melhor cara de mau.

—Não estou não pintor de roda pé. —Ele disse me provocando. Parece que o humor de alguém não estava muito bom.

Olhamos-nos desafiadoramente por um minuto que foi interrompido.

—Vão ficar ai trocando juras de amor? —A Nice perguntou me provocando.

Espera ai. Deste de quando eu dei autorização para Nice falar assim comigo. Eu tinha que colocar ela no lugar dela, mas agora eu tinha que exterminar o ser das trevas na minha frente. Ah Meu Deus o que estava acontecendo comigo?

—Vamos embora. —Ele disse como se fosse meu pai, isso me assustou.

—Eu não sei se você se lembra, mas a gente brigou. —Eu falei cuidadosamente, vai que ele não tinha tomado o remédio dele.

—Não podemos ficar brigados para sempre. —Eu conhecia muito bem aquele tom de voz dele. Ele estava querendo me convencer.

Parecia obvio, mas não fazia sentido.

—Dono Flor e suas duas mulheres não funcionam comigo. —Eu disse acusadoramente para ele. —Eu vi você e a Thifany hoje cedo juntos.

—Eu posso explicar. —Ele rebateu na defensiva. Bingo eu havia acertado em cheio.

—Você sempre pode. —Eu podia sentir algo dentro de mim esquentar.

—Porque será? —Ele perguntou debochadamente para mim.

—Você ainda não foi embora. — O Max disse surgindo das trevas, eu queria aprender como esse pessoal faz isso.

—Qual é? Ta querendo se livrar de mim. —Ok acho que fui um pouco grossa, mas ele estava me expulsando da minha própria escola, minha adorável e amada escolha... Já sei, menos, bem menos, mas eu não tinha culpa de estar emotiva hoje.

Ele não respondeu apenas rolou os olhos. Ok me ignore também. Eu não ligo para nenhum de vocês mesmo.


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Notas finais do capítulo

Sem assunto hoje... mas é claro reviews, eu amooooooo eles
O que vocês acharam do cap?
Sugestões????????