E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 4
Cap 4 - Cadê a bomba atônica


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI PRA POSTAR DESSA VEZ... MAS EU TENHO UMA BOA DESCULPA. EU TIVE QUE FAZER ALGUM PLANTÕES EXTRAS ESSA SEMANA. MAS AQUI ESTA O PROXIMO CAP.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/70867/chapter/4

Pior que estava não dava para ficar. Era isso que deixa o resto do meu dia feliz, eu sabia que não dava para piorar a minha situação. Ao mesmo que uma bomba atônica resolvesse cair na minha cabeça, ai sim o dia iria realmente ficar péssimo.

—Eu não acredito. —A Nice voltou assim que o sinal tocou, ela parecia estar realmente decepcionada.

—Ta bom, o troféu é meu?—Eu não sei por que eu perguntei aquilo, eu não queria ouvir a resposta.

—Não.—A Nice sussurrou enquanto a cobra da professora de inglês entrava na sala de aula.

—O que ?

—Ninguém sabe que era você que estava no quarto com o Michel.—A Nice disse quase berrando.

—E pelo jeito você quer espalhar a noticia.—Eu disse cutucando ela.

Eu estava realmente acreditando que tudo iria acabar bem, ao que indicava o ogro do Michel parecia que não havia me reconhecido,ou pelo menos ele não havia aberto aquela boca, na verdade para ele acho que a única coisa que ele conseguia ver em uma garota era sua comissão de frente, não que eu fosse super siliconizada, coisa que eu não era, mas podemos dizer que dava para o gasto, depois a loira anoréxica estava mas preocupada em fazer um escândalo por ter sido traída do que descobrir quem era a garota que estava com o Ogro ambulante do seu namorado, tava para acreditar que alguém ia sair gritando a plenos pulmões num festa que estava sendo traída. Fala sérios os neurônios da Thifany devia m ter sido asfixiado com a água oxigenada que ela usava na cabeça.

Bom o fato era que por incrível que parecesse ninguém sabia que eu era a garota do quarto, então eu pude estudar tranquilamente sem ser apontada pelos corredores.

Depois da tortura da aula de inglês eu fui diretamente para a lanchonete que ficava apenas uma quadra da escola. E por incrível que pareça alguém lá em cima resolveu atender a minhas preces então a lanchonete estava quase vazia, tava até para eu tirar um cochilo, mas a vara de cutucar estrelas do Jerry não deixou, ele ainda estava nervozinho com a historia de ter que voltar para casa pé, e dessa vez parecia sério, eu já havia cutucado ele, pisado no pé dele, fazia careta, mas ele fingia que eu não estava ali... Pelo menos assim eu tinha um descanso.

Mas o que mais me irritava era o fato da Nice, estar me explorando, não dava para acreditar que a Nice ficava usando a desculpa de que estava com o pé doendo para não se levantar e ir atender os clientes.  Eu tinha que fazer o meu serviço e o dela, isso não era uma amiga e sim uma cobra disfarçada de gente.

—Aquela mesa da chamando. —A Nice disse assim que eu encostei-me ao balcão.

—Então vai né.

—Eu ate iria, mas sabe...

La vinha a Nice com a mesma historia.

—A ultima vez que eu vou. —eu disse lançando meu olhar furioso para a Nice.

—Boa tarde. O que vai querer?—Eu já sabia meu texto de cor.

—Boa tarde. —A Bia uma garota calouro da escola respondeu rindo para mim. — Nice?

—Não. —Eu tinha que urgentemente fazer uma plástica, ser confundida com a Nice era treva, ela que não me ouça. —Eu sou a Iza.

—Ah claro.

Fica vermelha mesmo quem mandou não prestar atenção.

 —É eu não sabia que você trabalha aqui.

A tá entendi, ela provavelmente queria fazer amizade já que era nova na cidade.

—Não é escravidão mesmo. —Eu me encostando na cadeira vazia, eu acho que ela seria uma boa pessoa para eu substituir a Nice.—Tó brincando.—eu tive que dizer quando ela ficou me olhando com aquela cara de fim do mundo.

—Eu sei.

—Então vai querer alguma coisa?

 

—Só um refri.

—Diet.?

—Não.

Essas eram das minhas.

O que eu havia dito sobre o meu dia não piorar mesmo. Porque uma bomba atômica não caia logo sobre a minha cabeça, isso com toda certeza era muito melhor do que eu estava vendo entrando na lanchonete.

O que raios o Michel estava fazendo ali. Bom eu não podia correr o risco dele me ver e me reconhecer isso com certeza não era uma boa idéia. Então eu me senti na cadeira de frente para a Bia eu ficaria ali até o ogro ambulante ir embora.

—Então você não vai pegar?—A Bia perguntou.

—Ah vou.—Eu disse olhando sobre os ombros dela.—Mas é bom esperar um pouco, sabe como é... bom mesmo é bem gelado.

Merda. Porque ele ta vindo para cá.

—Como é que é?

Será que ela pintava o cabelo também.

—Foi uma brincadeirinha.

Mas que diabos, ele não podia esta vindo na minha direção, não, não e não. Oh sim ele estava vindo para cá.

Então eu fiz a única coisa sensata a fazer.

—Droga o cardápio caiu.—eu disse enquanto me enfiava debaixo da mesma.

—Ola.

Bem a tempo.

—Oi. —A macarrão escorrido respondeu toda derretida.

—Você é nova por aqui? —Ele perguntou quase chutando minha cara com o seu tênis.

—Sim sou.

Ah não ele não iria começar com aquele papinho  na minha frente, quer dizer em cima de mim...

—Se você quiser eu posso te mostrar a cidade?

Mostra que você é uma das minhas e manda ele procurar tatu no buraco da vó dele.

—Eu adoraria.

—Vai ser um maior prazer.

Eu acho que vou vomitar.

—Eu não queria ser rude.

Mas impossível.

—Mas eu acho que a sua amiga vai ficar com falta de ar.

Uglh. Mas que grande merda era aquela, ele não podia estar falando de mim não é.

—Iza tá tudo bem com você.

Droga de macarrão escorrido sem neurônios, porque tinha que falar meu nome.

—Está. Eu só não consigo pegar o cardápio. —Eu disse me levantando.

Eu não sabia se estava vermelha de raiva, porque o idiota do Michel tinha aquele sorriso zombeteiro no rosto, ou de vergonha por ter que sair debaixo da mesa com o Michel olhando para mim.

—Achei que estava fazendo algo mais de baixo da mesa.—O ogro ambulante falou ainda rindo.

Eu tinha uma boa desculpa para socar ele agora.

—não sua mãe não estava fazendo companhia para mim.

Eu dei o meu melhor sorriso. Enquanto ele colocava a mão na barriga.

—Humm essa doeu.

—Não esta de bom humor Iza. —A Bia disse toda sorridente, qual era o problema daquela garota.

—Não.—eu disse me virando pronta para me esconder no próximo buraco.

—Iza.—Eu congelei, era muito estranho ouvir meu nome na boca do Michel.

—O que?—Eu me virei lentamente.

—Você não esqueceu de pegar o cardápio.

Porque o chão não se abria bem de baixo dos meus pés. Eu queria desaparecer naquele momento. Não havia droga de cardápio nenhum...

—Eu estava fazendo exatamente isso quando você resolveu aparecer. Mas não consegui.

—Pode tentar agora eu não me incomodo.

Ah. Tá brincando, eu olhei para os lados desesperada, cadê a Nice quando a gente precisa dela.

—Eu tenho mais o que fazer. —Será que o chão demorava muito para abrir e me engolir.

Ótimo agora ele estava pensando... ele que vai a merda com os seus pensamentos.

Eu corri para a cozinha, eu não ia sair de lá até que o ogro ambulante não fosse embora.

Ele foi embora logo, o que foi um verdadeiro alivio, a Nice ficou enchendo minha paciência por causa disso e o Jerry me olhava todo desconfiado. Mas eu me mantive firme. Eu não ia deixar que um popular idiota perturbasse minha paz, a não ia mesmo.

Depois do expediente eu fui voando para casa. Hoje eu não estava com paciência para agüentar a Nice. Sério. Qualquer absurdo que ela me dissesse e eu iria arrancar o pescoço dela fora.

Então eu tomei um bom banho e fui direto para cama.

—Luiza tá atrasada. —minha mãe entrou no meu quarto gritando.

Pela primeira vez na minha vida eu agradeci minha mãe por gritar comigo. Juro

Dá pra acreditar. Eu estava sonhando com o imbecil do Michel, sonhando não tento pesadelos. Fala sério, eu acho que fui amaldiçoada no momento em que cruzei a porta da casa dele, só podia ser isso.

Eu nem precisava dizer que o meu humor havia amanhecido negro e sem nenhum pontinho branco para me deixar feliz.

E pra piorar ainda mais eu cheguei atrasada na escola. E justo na aula de quem do Sr. Vagner de biologia, o que provavelmente me deixaria depois do horário.

—Posso entrar?—eu perguntei parada na porta.

—Só dessa vez.—o Sr. Vagner disse, ele sempre falava isso.—Te espero depois da aula.

Ótimo. Agora eu teria que encontrar uma boa desculpa para dizer pra minha mãe.

— O que foi o despertador não funcionou. —A Nice perguntou zoando da minha cara.

—Não ele pegou férias.

Eu passei o resto da aula tentando não dormir, e isso me exigiu um grande esforço. Foi com um grande alivio quando o sinal para o intervalo tocou eu podia até pular de felicidade. Mas eu me contive e corri para fora, para os corredores lotados.

—Preciso ir até o meu armário. —Eu disse pra Nice saindo da sala.

Eu podia ter ido até o meu armário, pegado o meu livro de historia e voltado para sala sem complicações nenhuma, mas ultimamente havia uma peste que parecia sair do caminho dele pra entrar no meu.

Inúmeros armários, portas e mais portas, e ele tinha que se encostar bem diante do meu. Isso só podia ser marcação. Não havia como não ser, alguém lá em cima estava zoando com a minha cara. Legal.

—Qual é o problema?—A Nice perguntou quando eu parei de andar, eu apenas apontei com a cabeça e ela seguiu meu olhar.

—A qual é, tá com medo dele.

Definitivamente a Nice não era o que a gente podia chamar de amiga.

—Não, mas ele pode me reconhecer...

—Se ele não te reconheceu ontem não vai mais te reconhecer, depois as pessoas vão começar a achar que você esta apaixonada por ele se toda vez que você ver ele ficar com essa cara de pânico.

Eu apaixonada pelo ogro ambulante, só a Nice mesmo.

—Eu prefiro comer urubu assado do que me apaixonar por um dom Juan de quinta.

—Então vai logo lá.—Ela disse caminhando até o meu armário.—Ou vai fugir.

A Nice bateu a cabeça, se não bateu eu vou fazer ela bater.

—Licencia.—eu tentei fazer minha voz soar forte.

Ele desviou o olhar do garoto que ele estava conversando para mim.

—Olha quem esta aqui? A esquentatinha.—Aquele maldito sorriso bobo nos lábios.

—Esquentatinha é a mãe.

—não resistiu e decidiu vim falar comigo. — Sempre o mesmo pretensioso de sempre.

—Não tenho culpa se o filhote de cruz credo resolveu parar bem diante do meu armário.—Eu disse enquanto olhava sugestivamente para o meu armário atrás dele.

Ele não teve der gostado do apelido que eu arrumei para ele, pois ele ficou vermelho de raiva enquanto os seus amigos começaram a rir.

—Eu jurava que ele ia te bater.—A Nice disse assim que eu fechei o armário.—Você viu a cara dele.

Se eu vi, eu adorei. Só assim para quebrar a crista do ganharão da escola.

Eu voltei para sala de aula e tentei manter meus olhos aberto até o fim da aula.

Assim que o sinal bateu a Nice arrumou o material dela e se mandou enquanto eu caminhava para mais meia hora de tortura com o Sr. Vagner.

—Vê se arruma uma boa desculpa para sua mãe. —A Nice me lembrou antes de sair.

Droga. Porque o Sr. Vagner tinha que insistir de dar revisão depois do horário, já não era suficiente o tempo de coisa que eu ficava ouvindo dentro da sala de aula.

Pra que eu iria querer saber o quer era mitose e meiose, fala serio quando eu ia usar aquilo?

Eu tinha que me benzer. Isso estava decidido, eu ia procurar uma macumbeira qualquer para desfazer a praga que rogaram em mim. Porque não bastava eu ter passado meia hora ouvindo o Sr. Vagner falando sem parar e agora quando eu podia me ver livre daquele pedaço de inferno na terra estava chovendo. Não vocês não estão me entendendo, não era uma chuvinha qualquer, era uma chuvona.  O São Pedro havia decido acabar com o reservatório de água do céu só podia ser isso.

Então eu fiquei lá sentando sozinha num dos milhares de banco da escolha, esperando a boa vontade do São Pedro para poder ir para casa. Meu estomago gritava revoltado, e eu não tinha nem mais unha para roer.

Eu não sei quando tempo eu fiquei sentada na escola. Parada vendo a chuva cair. Eu sei que quando a chuva começou estiar eu sai correndo da escola igual um prisioneiro quando foge da cadeia.

Minha vantagem é que a lanchonete era perto da escola, então eu podia ir direto para lá como geralmente eu fazia.

Eu ia atravessando a rua com bolsa sobre a cabeça sabe tentando me proteger da chuva, quando um filho da puta qualquer passou com o super carro e jogou a água em mim me molhando inteirinha.

—Eu não acredito. —Eu gritei em plenos pulmões. —Seu filho da puta desgraçado, você me paga...

A droga da lama estava mas gelada do que sei lá... Eu não estava conseguindo pensar direito. Sério a minha vontade era cometer um assassinado triplamente qualificado.

Não. O imbecil não estava fazendo isso. O idiota do motorista estava dando a ré pra falar comigo, eu juro que eu matava não importava quem fosse aquele infeliz.

—Desculpa. —O motorista disse enquanto o abaixava o vidro do carro.

Tá bom, onde estava aquela maldita bomba atônica que não explodia na minha cabeça. Eu não acreditava que estava vendo o estúpido do Michel dentro daquele carro.

—Ah é você esquentatinha.—Ele disse com aquele sorriso idiota.

Senhor daí me paciência porque se você me der força eu juro que mato esse ser. Eu pensei revirando meus olhos.

—Te pagaram pra fazer isso não foi?—Eu perguntei suplicante.

—O que?—ele perguntou confuso.

—Pode falar. Eu não conto pra ninguém, quando te deram para você fazer isso.

—É melhor você sair da chuva antes que seu cérebro pare de funcionar de vez.—ele disse abrindo a porta para mim.

—Mas nem morta eu entro ai. —Eu gritei revoltada .—E só pra constatar, você é um imbecil, estúpido, idiota que não olha por onde anda, olha como eu estou. — Eu disse mostrando minha roupa toda molhada.

—Ficou bom… — Ele disse olhando demoradamente para mim, eu acompanhei seu olhar.

MAS que merda. Eu virei um pimentão ao perceber o que ele estava olhando. A minha blusa branca, branca, tem noção,  ficou totalmente transparente e colada no meu corpo eu coloquei rapidamente a minha bolsa na frente, e o ogro ambulante riu com vontade.

—O que foi?—eu perguntei emburrada.

—Eu já vi isso antes. —ele disse com aquele sorriso safado.

—Não os meus. —eu retruquei.

—Isso pode mudar.

La vem ele bancar o Dom Juan de quinta. Eu comecei a andar novamente antes que ele percebesse que o meu rosto corar.

—Iza. —ela gritou o meu nome.

Será que ele não percebe que estava chovendo.

—Iza eu te levo.

Eu definitivamente iria ignorar ele.

—Anda logo Iza.—Ele pediu sem paciência.

—Eu to molhada.

Porque eu tava tanto satisfações.

—Por isso mesmo.—ele disse me esperando.—Fui eu que te molhei.

—Mas eu vou sujar o seu carro.

Ele fez uma careta.

—Entra.

Eu acabei entrando. Não porque eu gostava da idéia de estar perto dele, isso antes de tudo era um castigo para mim, mas eu entrei só pra me vingar dele, sujando o carro dele com a lama que estava em mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

SE VOCÊ QUEREM QUE EU CONTINUEM POSTANDO DEIXEM POR FAVOR UM REVIEWS.
Chantagem... hehehehe
só um pouquinho né, afinal sem reviews não da pra continuar...