E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 36
Capítulo 36




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Graças à evidente perseguição que o Sr. Vagner tinha comigo eu já estava acostumada a ficar fora da sala de aula, então isso não foi nenhum transtorno para mim, na verdade eu até gostei, porque assim eu tinha mais tempo de planejar o assassinato da Nice. Porque era obvio até para uma ervilha que aquele seria o ultimo dia de vida dela.

Quando finalmente o sinal para o intervalo tocou eu já tinha em mente como eu iria arrancar dente por dente da Nice depois cortar os dedos dos pés... E com intuito de colocar em pratica cada maldade que eu pensei contra Nice, sai em disparada para a minha sala de aula. Contudo antes que eu pudesse chegar perto da Nice para realizar meu plano maligno alguém me segura pela cintura me impedindo.

—Aonde você vai com tanta pressa?– O Max perguntou me puxando pela cintura.

—Matar a Nice. —eu disse revelando o meu plano maligno.

—Eu já não pedi pra deixar pra lá?—Cara, como o Max consegue cortar o barato dos outros. —Deixa a Nice pra lá e fica comigo aqui.—Ele pediu carinhosamente.Isso era jogo sujo.

Tá a Nice estava com muita, mais muita sorte mesmo.

—Tudo bem. —Eu concordei não resistindo.

—Ótimo. —O Max disse verdadeiramente feliz.

E eu gostei por podê-lo ver daquela maneira.

—Vamos?—Ele perguntou me segurando pela cintura e girando o meu corpo. Mas era obvio que ele não estava falando comigo. O que foi uma grande decepção.

O Michel e a Thifany estavam parados a apenas um passo de nós. Observando atentadamente. Quer dizer a Thifany estava mais preocupada com a unha dela do que com o resto do mundo.

—Eu acho que a Thifany não vai querer eu por perto. —Eu sussurrei para o Max sem animo.

—Ela já esqueceu isso. —Ele que sonhava com aquilo, porque eu não conseguia ter a mesma sensação.

Eu revirei meus olhos e mesmo sem vontade caminhei ate o casalzinho sem noção.Que nojo daquele dois...

—Recuperada do seu surto de vingança?—O Michel perguntou assim que nos aproximamos.

—Na verdade não. —Eu admiti. —Meus planos foram interrompidos, mas não por muito tempo.

—Eu não queria estar na pele da Nice. —O Michel disse enquanto caminhávamos até o refeitório.

—Nem eu. —Eu disse dando o meu sorriso maligno.

A Thifany não olhou para mim em nenhum instante, o quer era ótimo. Por mim ela podia estar bem longe que eu não me importaria, nunca mesmo.

Tudo estava ocorrendo normalmente, se aquilo podia se chamar de normal, mas o fato é que a loira anoréxica levantou da mesa e sussurrou qualquer coisa no ouvido do Michel, então ela deu um selinho nele e sumiu sem olhar para trás. Vá com Deus ou com o diabo... Contando que ela fosse embora para mim estava ótimo.

—Matemática ninguém merece. —O Michel disse balançando a cabeça, lembrando qual provavelmente seria sua próxima aula.

—Qual o problema com matemática?—O Max perguntou inconformado. Obvio que o Max adorava matemática.

—Todos. —Eu e o Michel respondemos juntos só pra zoar o Max.

—Ninguém normal pode gostar daquilo. —Eu disse brincando, mas é claro que era verdade. — Aqueles números e fórmulas só Server pra testar quem precisa ir para um hospício. — Porque ninguém normal podia gostar daquilo de forma alguma.

—Há então o Max tem vaga garantida no hospício. —O Michel disse rindo do Max.

—Diz que isso é mentira. —Eu disse estar fingindo decepcionada.—Eu não posso namorar um cara desses.

—Vocês são sem graça mesmo. —O Max disse tacando uma bola de papel de guardanapo em cima de nós.

Tudo sem a loira anoréxica por perto era bom. O Michel se tornava mais ele mesmo, e o ambiente não ficava tão tenso. Pena que eu não pude desfrutar dessa tranqüilidade por muito tempo.

Só que minha felicidade acabou quando um garoto se aproximou. No mesmo instante eu o reconheci, era o mesmo que tinha vindo com cantadas sem noção para cima de mim, e que eu tive que colocar no lugar há tempos atrás.Isso estava me cheirando confusão...

—E ai Michel, Max, como estão? —Ele disse fingindo não me ver.

Ótimo eu preferia ficar invisível a ter que responder algo para aquele ser das trevas.

—Beleza cara. —O Michel disse aceitando a mão estendida dele. —Tudo bem?

O Max passou o braço sobre o meu ombro, me puxando para perto dele, como quisesse se mostrar. Isso me irritou. O Max não precisava ficar fazendo aquilo. Não para aquele idiota.

—Tudo. —Ele disse olhando para mim pela primeira vez.

—É pelo visto ela deve ser bem gostosa, pros amiguinhos ficarem dividindo o lanchinho. —Ele disse com aquele sorriso debochado. Eu achei que estava alucinado. Porque aquilo não podia ter chegado ao meus ouvidos.

Cara eu não tinha ouvido aquilo. Não, não podia. Eu não conseguia acreditar que aquele ser das trevas teve coragem de dizer aquilo. Eu senti o meu sangue entrar em erupção dentro de mim, e eu estava preste a dizer um pelo desaforo para o sem noção.

Mas o Michel foi bem mais rápido do que eu.

—REPETE O QUE VOCÊ DISSE. —O Michel pediu batendo as duas mãos em cima da mesa chamado a atenção de todos por ali. —REPETE SE TEM CORAGEM.

—Calma cara. —O Marcos pediu sorrindo. Eu senti vontade de arrancar cada dente daquele sorriso, mas eu estava surpresa demais para fazer qualquer coisa. —Eu só queria entrar na divisão também...

—EU VOU FAZER VOCÊ ENGOLIR CADA PALAVRA QUE DISSE. —O Michel gritou pulando a mesa que separava os dois e o agarrando pelo colarinho. Só nesse momento foi que o Max pareceu se dar conta do que estava acontecendo e se levantou também segurando o Michel impedindo que o socasse o garoto que assustado deu dois passos para trás sumindo em seguida.

—Me larga cara. —O Michel pediu para o Max.

—Para com isso. —O Max disse puxando o Michel mais.

—Você ouviu o que ele falou da Luiza?—O Michel gritou inconformado. Enquanto eu lutava contras minhas lágrimas. —Eu vou arrebentar ele...

—Para com isso. —O Max pediu sem paciência. Empurrando o Michel para longe.

Nesse momento o Marcos já não estava mais lá. Mas a escola inteira estava. O Michel pareceu se acalmar ao perceber que o idiota tinha sumido como um covarde que era.

Como se não tivesse nada para piorar a loira anoréxica apareceu naquele instante com um sorriso que eu própria senti vontade de fazer sumir.

—Esta tudo bem?—O Max perguntou parando na minha frente.

O que ele queria que eu dissesse? Eu havia acabado de ser chamada de puta. E ele me perguntava se estava tudo bem. Eu estava revoltada e humilhada. Cara quando ódio eu sentia naquele momento...

—Só teve o que mereceu. —A Thifany disse se sentando, parecendo nada satisfeita com a atitude do namorado. —E isso não era problema seu Michel.

—Cala a boca. —O Michel gritou para a loira platinada que o fitou de boca aberta. Eu até teria gostado daquilo, mas eu estava nervosa demais para isso.

Eu não tive tempo de me preocupar com mais nada. Na verdade a minha única vontade naquele momento era pode desaparecer. Eu sabia que logo minhas vergonhosas lágrimas surgiriam.

Então eu me levantei e comecei a me afastar, eu tinha a sensação que a escola inteira estava olhando para mim.

—Iza espera. —O Max gritou me segurando pelo braço, quando chegamos perto do pátio.

Eu parei de andar mais não consegui olhar para ele.

—Não precisa ficar assim. —Ele disse me puxando para os seus braços enquanto eu secava minhas lágrimas. —Aquele idiota não sabe o que diz.

Eu sabia que aquilo era verdade, mas é difícil pensar direito. Minha vontade era de voltar lá e mostrar pra ele o que era karatê. Tudo bem eu também não sabia mais isso não tinha importância.

—Eu vou socar aquele idiota, até ele perder todos os dentes. —Eu disse marchando em direção ao refeitório novamente.

—Não vai não. —O Max disse me puxando novamente e me abraçando dessa vez.—Esquece isso.

—E deixar ele com todos os dentes. —Eu disse inconformada.

—É eu sei, eu mesmo devia ter arrancado os dentes dele. —O Max parecia arrependido por não ter feito nada.

—Tudo bem. —Eu disse me lembrando da reação do Michel. Eu desejei que ele tivesse socado o garoto.

—Então vamos voltar logo o sinal vai tocar. —O Max disse sem sorrir pensativo.

—Eu não quero voltar lá. —Eu não ia conseguir nem olhar para os lados. —Não hoje.

—Como você quiser. —O Max concordou comigo. Eu olhei espantada para ele, o Max realmente não estava legal. —Eu vou ficar aqui com você. —Ele disse me beijando.

Realmente aquilo me surpreendeu. O Max matando aula. Cara isso sim, era novidade.

—O que? Perder aula de matemática. —Eu disse dramatizando.

—Acho que pelos mesmos isso eu posso fazer por você. —Ele disse olhando para o chão.

Ok. Eu tinha que confessar eu esperava mais do Max, mas não estava com raiva dele, nem magoada, ele tinha feito o que achava certo. Ele não tinha culpa por pensar primeiro e depois agir... eu acho.

***

Eu havia chegado mais cedo na lanchonete. Isso era uma novidade, mas eu tinha dois motivos exemplares para isso. Primeiro eu precisava falar com o Jerry sem a Nice por perto, porque apesar de tudo que aconteceu eu ainda não havia desistido da idéia de descobri o que a Nice estava escondendo. Segundo eu não conseguia parar de pensar na confusão que havia acontecido no colégio hoje cedo.

Eu nunca imaginei que o Michel entraria numa briga por mim. Rá como se isso fosse mais importante. O Fato que o Max parecia bem chateado com isso. Por quê? Bom essa era um resposta que eu queria saber.

—Ola meu amiguinho do coração. —Eu disse cumprimentando o Jerry e tentando esquecer aquela historia toda.

—Tá bom pode falar o que você quer?—Ele disse sem cerimônia alguma.

—Credo Jerry é assim que você trata sua amiga.

—Deixa eu ver...—ele olhou para o teto e depois voltou para mim.—É.

—Que horror. Eu querendo ser simpática e olha como você me trata.

—Você simpática. É o mesmo que Homer Simpson sendo presidente dos Estados Unidos. —Ele disse debochadamente. Esse era o meu Jerry.

—Jerry você tem falado com a Nice?—Eu decidi ignorar o mau humor dele.

—Nos trabalhamos juntos, isso diz alguma coisa. —Cara porque o Jerry não conseguia arrancar o mau humor do coração. Até parecia que tinha uma semente dentro dele que crescia a cada dia mais, deixando o insuportável.

—Essa foi uma grande novidade.—Eu revirei os olhos.—Você percebeu algo diferente nela?

—Ela não é normal.—Ele disse depois de pensar um pouco.

—Isso ela nunca foi.

—Então não.—Ele disse dando de ombros.—Porque?

—A Nice esta escondendo algo de mim.—Eu refleti.—Você sabe o que é?

—Não.—ele disse apressado.—Porque eu saberia? —Ta nervoso porque Jerry?—Aquilo era muito suspeito.

—Quem disse que eu estou nervoso.—Ele disse vermelho.

—Se não sou eu nessa lanchonete ninguém trabalha não?—A Nice disse aparecendo como se nada tivesse acontecido.

Ela que esperasse por mim. Eu vesti meu avental e sai sem olhar para ela. Eu ia dar um belo gelo na Nice, ela que aguardasse.

—O que deu nela?—Eu ouvi o Jerry perguntando para Nice.

—TPM.—Filha da mãe como a Nice tinha coragem de ser tão falsa.

Cara aquilo não era uma amiga não era uma jararaca disfarçada de gente.

—Tudo bem?

Assombração. Eu deduzi assim que trombei no Michel na minha frente. Como ele tinha parado ali? E o que ele estava fazendo ali?

—Tudo.—Eu respondi sem saber se saia correndo ou não.

—Desculpa por hoje na hora do intervalo, eu não sei se você queria que eu fizesse aquilo, mas quando eu ouvi aquilo meu sangue ferveu... —O Michel disse rapidamente.—Desculpa.—Ele passou a mão nos cabelos como se só agora percebesse o que estava fazendo.

—Hã... Tudo bem. —Eu disse ainda confusa. — Mas eu não quero falar disso. Se você não se importa. —Tudo que eu queria era poder esquecer aquilo. Com toda eu não conseguiria, mas valia apena tentar.

—Claro. —Ele concordou sem graça. Droga eu não queria parecer mal educada.

—Vai querer alguma coisa?—Eu perguntei quebrando o silencio constrangedor que havia se formado.

—Não. Eu só vim ver como você estava. —Ele disse saindo.

—Michel. —Eu o chamei de volta. — Obrigado. —Cara eu não conseguia ser boa naquilo. De jeito algum. —Quer dizer foi legal você ter me defendido daquele jeito. —Eu disse sendo sincera, ele sorriu para mim se aproximando e acariciando levemente meu rosto.

—Amigos são pra essas coisas. —Então ele se virou e foi embora. E a idiota aqui ficou plantada no meio da lanchonete.

—Achei que o seu namorado fosse outro. —A Nice disse se aproximando.

Como ela tinha coragem? Eu lancei meu olhar furioso para ela, e sai sem falar nada.


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Notas finais do capítulo

Gente tem um monte de novidade para acontecer...
Os prox cap serão na festa da Emilia então vcs sabem, festa é igual muitas novidades*-*
Eu já até escrevi, mas só post quando tiver um montãooooo de reviews.