E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 31
Capítulo 31




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Eu dei dois passos para trás e fitei o Max a espera de uma resposta. Ele me encarou de volta com os olhos sombrios, como se não acreditasse no que estava acontecendo, eu não podia culpá-lo por isso, eu mesma não conseguia acreditar no que havia feito.

Os amigos dele começaram a fazer piadinhas sem noção, mas eu não me incomodei, minha humilhação seria bem maior do que aquilo. Como eu pude imaginar que aquilo funcionaria? Onde eu estava com a cabeça quando imaginei aquela historia toda, meu Deus eu sentia meu rosto corar só de pensar em olhar novamente para o Michel. Bem feito mentirosa, quem sabe assim apreenderia controlar a língua.

Como eu já havia perdido a esperança do chão se abrir sobre os meus pés, eu me virei pronta para procurar um buraco para passar meus próximos cem anos. Cara como eu ia olhar para o Michel e o Max novamente, sem contar a loira anoréxica.

—Iza espera... —O Max disse puxando o meu braço e o obrigando assim encará-lo. 

Nesse momento eu desejei ter o dom de ficar invisível.

—Isso foi um sim?—Ele perguntou olhando nos meus olhos. Eu levei algum tempo para entender do que ele estava falando, na verdade eu precisei que ele se expressasse melhor. —Isso é a sua resposta ao meu pedido?—Ele sussurrou no meu ouvido.

Ainda sem palavras eu confirmei apenas com um gesto de cabeça, sem saber se realmente aquilo era certo.

O Max não precisou de mais nada para agir, ele apenas me puxou pela cintura colando meu corpo ao seu e tomando meus lábios entre os seus. Eu senti como se tudo a minha volta começasse a desaparecer, inconscientemente eu passei meus braços pelo seu pescoço do Max que estreitou mais nossos corpos intensificando o beijo. Quando nos afastamos, eu senti uma estranha sensação dentro de mim, aquilo não fazia sentido algum.

—Então quem eu devo agradecer?—O Max perguntou ainda me mantendo pressa pela cintura.

—Agradecer?—Eu repeti confusa, mas me sentindo estranhamente confortável nos seus braços.

—Quem te fez mudar de idéia?—Ele não escondia o sorriso, involuntariamente eu sorri de volta. Eu imaginei que visto de fora seriamos o casal perfeitos. Eu me segurei para não virar para trás e mostrar a língua para a loira anoréxica, quem namorava o gaspazinho? Mas eu tinha que admitir a curiosidade estava me consumindo, eu realmente queria ver a cara do Michel com essa. Rá ele merecia.

—Eu não mudei de idéia, eu apenas me desconfuidi.-eu disse me sentindo culpada, eu realmente torcei para que o Max nunca descobrisse a verdade.

—Então quer dizer que somos namorados agora?—O Max perguntou como se quisesse confirmar

—É eu acho que sim. —Eu admiti e isso fez com que minhas bochechas corassem, o Max deslizou o dedo delicadamente sobre a minha face e isso só aumentou minha vergonha ou remorso?

— Eu estou feliz que você tenha aceitado. —O Max sussurrou de novo, e eu apenas sorri acho que ele não ficaria muito feliz se descobrisse a verdade. Novamente me lembrei porque estava ali, e dessa vez eu não consegui me controlar, eu tive que me virar para pode comemorar a minha vitoria e mostrar que eu não brincava em serviço, tá que eu não pensava assim há alguns minutos atrás. Mas agora eu estava por cima e eu merecia aquilo.

A Thifany parecia bem satisfeita, e ela não pretendia esconder isso de ninguém. Tentei inutilmente ler a expressão no rosto do Michel, primeiro eu pensei ter visto surpresa ali mais seus olhos pareciam decepcionados, por fim eu pude encontrar a irritação quando ele balançou a cabeça e se virou sumindo entre as pessoas.

—Foi por ele, não foi?— O Max perguntou acompanhando o meu olhar.

—Não. —Eu neguei rápido demais.

—Não minta. —Ele disse olhando para o vazio.

—Tá pode ser. —Eu concordei envergonhada com minha atitude. Droga porque eu sempre fazia as coisas erradas.

—Não me peça para fazer isso. —Ele disse me pegando pelo braço e me levanto para um lugar mais isolado. —Eu não vou fazer o mesmo papel que você. —Ele me avisou.

—Eu não estou pedindo isso. —Eu me defendi. Ótimo agora eu estava me sentindo a garota mais culpada do mundo.

—E não se iluda com o Michel, ele nunca vai largar a Thifany. —Ele disse querendo me dar um choque de realidade.

—É eu acho que você tem razão. —Eu concordei. —Mas a gente pode tentar quem sabe dá certo. —Eu não sabia quem eu estava tentando enganar.

—Eu quero que você faça isso por você, não por ele.

—Você vai ter que me ajudar, me ensina a gostar de você.—eu pedi esperançosa.

Eu queria de verdade gostar do Max. Tudo, absolutamente tudo seria mais simples para mim. E havia dois motivos para eu estar pedindo aquilo, primeiro porque eu não queria passar por uma grande mentirosa. Segundo era uma tentativa de esquecer o Michel, mesmo que fracassada.

—Isso depende mais de você do que de mim. —O Max disse calmamente, ele não parecia estar magoado.

—Eu quero. —Eu afirmei sem saber se estava realmente fazendo o certo. —Me ajuda?

—Com maior prazer. —O Max disse me puxando de encontro com o seu corpo. Nesse momento o sinal tocou.

—Regra número. —Eu disse colocando o dedo indicador sobre os lábios dele. —Nunca deixe me chegar atrasada por mais que isso seja tentador.

—Temos regras. —O Max perguntou me abraçando pela cintura enquanto caminhávamos pelo corredor.

—Muitas. —Eu garanti.

Eu não havia pensado no que os outros iam dizer, e pelo visto eu seria novamente o centro das fofocas pela escola. Cara eu tenho que dizer. PORQUE ISSO SÓ ACONTECE COMIGO.


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