E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 28
Cap 28 O que você esta fazendo aqui?


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhhhhhhhhhhh quem tá feliz levanta a mão?
o/. Galera eu quase não acreditei quando entrei no Nyah hoje e vi qua a fic já tinha quinze indicações.
Eu tenho que agradecer de coração mesmo a
Vanessasc ( q esta comigo deste o começo da fic)
Mel-Bates
Tafnes
Arobapontocom ( q começou ler ontem e ontem mesmo indicou a fic) Valeu gatas brigado de coração.
Espero que gostem do cap.



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Como era bom ser esquecida do mundo. Eu estava deitada no sofá de casa, curtindo minha preguisitia aguada enquanto minha mãe parecia ter esquecido a minha existência. Eu mal podia acreditar nisso, enfim paz, nada de Ana Luiza para lá Ana Luiza para cá. Isso sim que era vida boa.

Eu amava aquele sofá. Sério. Eu o amava de coração, só não amava mais do que minha cama. Isso parecia impossível, mas mesmo assim eu amava aquele sofá de verdade. Só que depois de horas olhando para o nada eu estava começando a ficar preocupada. O que será que havia acontecido com minha mãe para não me atormentar? Porque cara, ela era fera nisso. Será que alguém havia seqüestrado ela, ou ela tinha sido abduzida por E.T. Isso provavelmente podia ter acontecido pra ela ter me esquecido assim, mas eu não ia até lá para conferir, de jeito nenhum.

—Ana Luiza, acorda.—Minha mãe gritou da cozinha como se conseguisse ler meus pensamentos. Isso foi meio assustador.

—O que é?—Eu perguntei sem me mover. Hoje eu não largava aquele sofá por nada.

—Seu namorado esta ai. —Ela gritou naturalmente.

—Mãe, eu não tenho namorado. —Eu a lembrei. Será que eu já havia contado para ela que o Ogro tinha batido assas?

—Ah não. —Ela perguntou apontando a cabeça na sala.

—Não. —Eu afirmei fechando os olhos. Pronta para outra sessão de sono.

—E o bonitinho que vinha todo dia de buscar e levar na escola?—Ela perguntou ficando realmente interessada na conversa.

—A gente terminou. —Eu a informei sem querer passar muita informação.

Ela ficou calada por um tempo como se tivesse realmente chocada.

—E por quê?

Cara pra que ela ia querer saber isso. Tipo o mundo não parou por causa disso. Tinha tanta coisa mais importante para ela querer saber. Tipo quem inventou a bússola ou quem descobriu Paquistão?

—Porque ele se apaixonou por uma puta loira anoréxica. —Eu falei rápido quem sabe assim ela voltava a fingir que eu não existia.

—Hã... —Ela disse refletindo por um instante. — Eu entendo. É aquele tipo de garota que parece ter engolido dois melões que foram parar no peito, e quando elas entram nos lugares os peitos delas chegam antes anunciando. Eu sei bem como é isso.

—Hã?—Eu disse abrindo meus olhos encarando ela. Que papo era aquele?

—Charles Alter me trocou por uma assim...

—Tudo bem mãe. —Eu disse sem querer saber do passado vergonhoso da minha mãe, tipo vai que isso é hereditário. Seria o meu fim.

—Ah tá. —Ela disse se tocando. —Mas o garoto esta ali fora então é a sua chance de fazê-lo enxergar o quando a minha garotinha é melhor do que qualquer loira peituda.

Sério ouvir qualquer conselho amoroso da minha mãe me assustava.

—Ah valeu mãe. —Eu disse ainda assustada. —Mas o Michel não tem porque estar aqui?

—Vai ver ele se arrependeu e veio atrás de você. —Ela realmente parecia acreditar nisso.

Eu fechei meus olhos, pronta para dormir novamente.

—ANA LUIZA O GAROTO ESTA AQUI FORA. —A Minha mãe gritou no meu ouvido e eu levantei de um pulo.

—Como? Onde? O que?—Eu perguntei desorientada. Pra que todo aquele escândalo.

Minha mãe apontou para a janela e eu espie através dela para ver o Michel encostado no carro com os braços cruzados sobre o peito.

Ok. Aquilo provavelmente devia ser uma miragem, porque era obvio que o Michel não estava ali.

—O que você esta esperado?—Minha mãe perguntou parecendo uma colegial toda entusiasmada.

—Vai lá e reconquista ele. —Ela disse me empurrando pela porta.

Cadê minha mãe? Porque era obvio até para uma ervilha que aquela mulher parada na minha frente não era a Dona Marta que eu conhecia.

Ah meu Deus, será que os E.T tinham abduzido minha mãe e deixado um robô no seu lugar. Eu devia ter ido à cozinha checar como ela estava, quando eu suspeitei disso.

—Anda logo menina. —A Minha mãe disse abrindo a porta para mim, e fazendo sinal de positivo quando eu a encarei.

—Cadê minha mãe?—Eu perguntei olhando para ela realmente preocupada.

—Meu anjo eu sou uma mãe moderna não precisa ficar com vergonha. —Ela disse sorrindo enquanto eu fazia uma careta, lá vinha ela com aquele papo bizarro.

Eu olhei para frente e o Michel me observava com curiosidade. Suspirei fundo e caminhei até ele sem muita vontade.

—Oi.—Eu disse parando na frente dele. Com mil perguntas na cabeça.

—Oi.—Ele repetiu. Eu estava com medo de fantasiar motivos para que o Michel estivesse ali. Mesmo que fosse apenas por mim, eu não queria me iludir a toa.

—O que houve com o seu cabelo?—Eu perguntei reparando que ele havia cortado o cabelo bem mais curto que o habitual.

—Você disse que não gostava do meu cabelo bagunçado. —Ele disse passando a mão nos cabelos. —Hum você gostou?

—Eu disse?—eu perguntei pensativa

—Na sua lista. —Ele me lembrou e eu fiquei surpresa por ele ter lembrado. —Então o que achou?

Eu dei dois passos para trás analisando-o.

—É acho que dá para o gasto. —Eu disse ainda sem acreditar que ele havia cortado o cabelo só porque eu havia dito.

—Ah fala sério eu fiquei um arraso. —Ele disse dando uma voltinha todo convencido.

—É quem sabe assim você arruma coisa melhor do que a Thifany...

Ops. Eu tinha dito aquilo em voz alta mesmo. O sorriso no rosto do Michel se desfez no mesmo instante.

—Porque eu acho que você não esta pegando nem mosca no ar. —Eu emendei rapidinho.

—Ah qual é a mulherada faz filha atrás de mim.—Ele disse sorrindo mais o seu humor já não era mais o mesmo.

Que se danasse, eu não tinha culpa se ele não gostava de ouvir a verdade.

—Eu imagino. —Eu disse olhando sobre o ombro dele zoando. —Tipo essa que esta se formando na suas costas.

—RA Ra Ra Ra. A encalhada aqui é você?—Ele disse debochadamente.

—Quem disse?—Eu falei não querendo ficar por baixo. Oh orgulho besta.

—Eu fui seu ultimo namorado. —Ele disse desafiadoramente me provocando.

—Errado. —Ah lá estava eu me metendo em confusão. Porque eu simplesmente não admitia que eu estava encalhada. Tipo trancava minha língua dentro da boca.

—Errado?—Ele repetiu erguendo a sobrancelha.

—Sim. —Eu disse confiante, ta eu sei estava mentindo, mas eu não ia deixar ele se achar para sim de mim, de jeito nenhum.

—Então você esta namorando?—ele disse zombeteiramente

Eu podia sentir meu rosto tingindo de vermelho.

—Não é bem um namoro, ainda. —Tá bom era só uma mentirinha o que tinha de errado nisso. Eu vou falar o que tinha de errado nisso. Tudo quando se tratava do Michel.

—E eu conheço o seu príncipe encantado?—Agora ele deixou evidente que não acreditava em mim.

—Sim. — Agora você entrou numa fria Ana Luiza. Meu cérebro gritava. Cara onde eu e minha gigante língua estávamos nos metendo.

—E como é o nome dele?—Ele estava me pressionando e aquilo não era bom.

—Surpresa. —Eu disse tentando sair da enrascada que eu havia me metido. —Mas você não veio até aqui só pra me mostrar o seu cabelo novo né?

Cara aquilo estava ficando perigoso.

—Não . —Ele admitiu contra a vontade. —Eu vim ver como você estava. —Ele disse passando as mãos levemente as minhas faces. Então com o dedo indicador ele contornou delicadamente meus lábios, o fitei confuso, então nossos olhos se encontraram e ficamos nos olhando em silencio por um momento, o Michel mordeu os lábios inferior. —Mas parece que eu não fiz muita falta, né?—Ele perguntou num sussurrou, e eu cheguei até a duvidar que ele estivesse realmente esperando uma resposta.

— A fila anda. —Eu tive que me concentrar para poder fazer com que minha voz saísse.

—Você tem razão .—Ele concordou respirando fundo e deixando as mãos cair ao lado de seus corpo, como se tivesse decepcionado.

—Eu trouxe uma surpresa para você?—Ele disse se recuperando mais rápido do que eu.

—Surpresa?—Eu levantei as sobrancelhas.

Ele concordou com a cabeça se virando para o carro e abrindo a porta do passageiro.

A Emilia pulou de lá de dentro sorrindo feliz da vida para mim.

—Emilia. —Eu disse enquanto ela me abraçava.

—Achei que você tinha me esquecido ali dentro. —Ela reclamou e o Michel revirou os olhos. —E como você esta?—Ela disse se virando para mim.

—Bem. —Eu disse realmente satisfeita com a visita dela.

—Eu não te falei, sem danos. —O Michel disse sério.

—Verdade?—A Emilia perguntou diretamente para mim. —Quer dizer esse idiota aqui não te fez sofrer, fez? —Não. —Eu menti. Eu nunca ia deixar ele saber a verdade.

—Conta a novidade para ela Iza. —O Michel pediu estudando atentamente minha reação.

—Novidade?—A Emilia ergueu a sobrancelha curiosa.

—A Iza esta namorando. —Ele disse antes que eu pudesse contornar a situação. Merda. Agora sim eu estava ferrada.

—Sério?—A Emilia perguntou duvidando das palavras do Michel.

—Não é bem um namoro. —Eu tentei me sair.

—Eu não acredito. —A Emilia disse irritada. Eu e o Michel olhamos sem entender.

—O que há de errado?—O Michel perguntou tão confuso quando eu com aquela reação da Emilia.

—Será que vocês não percebem?—Ela perguntou indignada. —Vocês deveriam estar juntos, vocês é o casal perfeito.

O Michel olhou para mim atentamente como se procurasse uma resposta, e dessa vez eu tive que desviar meu olhar incapaz de negar a verdade.

—Isso de novo não Emi.—Ele suspirou pesadamente.

—A Thifany é uma patricinha mimada. —Ela disse irritada.—Ela não é garota para você.

Eu escondi um sorriso.

—Tudo bem. —O Michel disse erguendo as mãos. —Eu tenho que ir agora. Você me liga quando quiser ir embora, tá bom?—Ele disse beijando a testa dela.

—Claro. —Ela concordou.

—Até Iza. —Ele disse me olhando por um segundo, então se virou e entrou no carro. Simplesmente foi embora, sem abraços, sem beijos, sem sorriso...


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