E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 25
Cap 25 Fim


Notas iniciais do capítulo

Cara, pra que toda essa violencia garotas??? Vcs tão muito revoltadas, eu hem. Bom com tanta raiva assim eu até resolvi post mais rapido.



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We only said good-bye with words

I died a hundred times

You go back to her

And I go back to black…

                               (back to black, Pitty)

Nós apenas dizemos adeus com palavras    

Eu morri centenas de vezes                            

Você volta pra ela                                             

E eu volto para escuridão...                                  

(De Volta Para O Escuro, Pitty )

 

—Atende. —A Nice disse empurrando o celular na minha direção. Eu olhei para ela com os olhos arregalados. O que havia dado na Nice?—Atenta e vê o que o cachorro vai dizer então de um super gelo nele. Seja fria com ele, esnobe-o.

Ah não aquilo não ia funcionar, eu podia sentir isso.

—Anda. —A Nice disse sem paciência.

—Oi. —Eu coloquei o telefone no ouvido.

—E ai gatinha sentiu a minha falta?—Ele perguntou rindo.

 — Aff, Modéstia não é sua praia mesmo né?—Eu estava me controlando pra não sair gritando igual uma louca por ai.

—Isso é muito complicado para mim. —Ele disse zombeteiro. —Então o que anda aprontando?

—Você ligou só pra isso?—Eu disse friamente mais eu não sei se ele percebeu.

— Não eu preciso falar com você será que eu posso passar na sua casa daqui uma hora. —Não. —Eu disse taxativa. —Eu não estou em casa.

 —Ah... —Ele pareceu sem graça.

— Eu to shopping se você quiser pode vir aqui e agora. — Ele ficou em silêncio eu vi quando ele passou as mãos pelo cabelo preocupado.

—Esta no shopping. —Ele repetiu apreensivo.

—Foi o que eu disse. —Eu estava me controlando para não gritar. E para a minha surpresa a loira anoréxica retornou naquele momento a mesa, eu esperei ele desligar o telefone ou falar qualquer coisa sem sentindo para disfarçar, mas ele não fez isso.

—Me de quinze minutos. —Ele pediu.

—Não sei se tenho tudo isso. —Eu disse ironicamente.

 —Eu vou procurar ser rápido. —ele disse tenso. —Aonde eu te encontro?—Ele perguntou se levantando. A loira anoréxica parecia irritada quando se levantou também eu tive que sorrir com aquilo.

— Eu vou para a lanchonete central.

— Ah... —Ele olhou em volta como se tivesse me procurando. —Eu quase me enviei debaixo da mesa.

—Beleza então. —Ele disse saindo com a Loira anoréxica pendurada no pescoço, eu desliguei o telefone sem despedir.

Eu estava decidida a não esperar nenhum minuto a mais por aquele Ogro, nem um segundo e quando deram quinze minutos eu só não me levantei e fui embora porque eu ainda estaca saboreando minhas batatas, mesmo que eu não estava sentindo o gosto delas. O Michel entrou na lanchonete e olhou em volta cuidadosamente. Eu não me movi.

—Preparada. —A Nice me perguntou enquanto ele se aproximava.

—Não. —eu respondi com sinceridade. 

—Oi garotas. —Ele disse cumprimentando-nos duas. A Nice resmungou qualquer coisa enquanto eu o ignorei.

—Bom eu já vou. —A Nice disse se levantando e piscando para mim.                          Eu respirei fundo, raiva, raiva e raiva tudo que eu conseguia sentir isso. O Ogro puxou uma cadeira de frente para minha, seus dedos brincaram nervosamente com um copo vazio na minha frente. Eu ainda não conseguia acreditar que eu estava sentada calmamente na frente dele sem esbofeteá-lo. Por Deus o que estava acontecendo comigo?

—Eu queria te dar uma coisa?—Ele disse se colocando a mão no bolso e tirando uma pequena caixinha e colocando na minha mão, eu fiquei olhando para o embrulho sem saber como reagir, na verdade eu não sabia aonde ele queria chegar com aquilo.

—Não vai abrir?—Ele perguntou depois que percebeu que eu não me movia. Automaticamente eu abri a tampa e vi uma pulseira com vários pingentes em forma de coração, mas apenas um coração era diferente, maior que os outros. Eu o peguei delicadamente na mão, meu nome estava gravado nele. Eu levantei meus olhos para o Michel que me fitava atentamente.

—Você provavelmente mora em muitos corações. —ele disse percorrendo com os dedos os corações menores. —Mas você estará para sempre dentro do meu. —Ele disse pegando o coração maior. Eu quase senti o meu coração bater mais forte, provavelmente eu me emocionaria, mas a imagem do beijo dele e da Thifany vieram na minha mente. Ótimo cai na real Iza. Mas porque merda ele estava me estava me dando aquilo, não era o meu aniversario que eu sabia, ou era? Não Iza.

—O que isso?—Eu perguntei levantando a caixa. — Você esta tentando me comprar é isso? Porque meu aniversario não é?—Eu estava tentando seguir o conselho da Nice e ser fria igual aicerbeg.

—Não. —Ele disse assustado provavelmente com a minha reação. —É que já faz um mês que estamos juntos.—Ele sorriu timidamente. Eu ergui a sobrancelha espantada.

—Parece que você não se lembrou. —Ele disse zombeteiro.

Eu coloquei uma batata na minha boca e mastiguei sem vontade.

 —Mas não era isso que eu queria falar com você. —Ele olhou para os lados cautelosos. — Bom... Eu...

—O que é vai ter uma hemorragia cerebral?—Eu perguntei friamente não dava para esquecer o que eu havia visto.

— Eu não queria te machucar.

 Claro você já fez isso.

—Eu queria dizer que eu e a Thifany voltamos. — Ele disse de uma vez olhando para cima. Meus olhos encheram de lagrimas e eu abaixei minha cabeça, doía muito ouvir ele falando.

—Você é um idiota. —Eu murmurei entre os dentes.

—O que?—Ele perguntou olhando para mim.

—Parabéns. —Eu forcei um sorriso. Ele olhou atordoado para mim.

—Você não esta magoada, quero dizer...

— Porque eu estaria?—Eu perguntei friamente.

—Você gosta de mim...

—Errado. —Eu o interrompi. —Isso é o que você pensa.

  —Mas você disse...

— Não eu disse "E se fosse verdade", mas isso não significa que seja.

Ele olhou para mim de boca aberta.

—Ainda bem que vocês se acertaram assim eu não precisamos mais fingir isso eu já não agüentava mais. —Eu disse sorrindo e aquele foi o sorriso mais falso do mundo para mim.

—Eu fico feliz que eu não te magoei. —Ele disse depois de se recuperar. —Eu quero ser seu amigo claro se você acha possível?

—Eu achei que a gente já éramos amigos. —Eu disse piscando varias vezes para impedir que as lágrimas de saltarem dos meus olhos e correm por meu rosto mostrando a verdade que eu queria esconder.

 —Claro. —Ficamos em silêncio, eu detestava aquele silencio constrangedor, eu detestava estar ali.

— Quando vocês voltaram?—O que eu estava fazendo? Eu estava tentando me torturar? eu devia ser burra mesmo.

— No domingo mesmo. —Ele disse olhando para os lados. Eu prendi a respiração. Quase uma semana.

—Porque não me contou antes?—Eu disse num sussurro mais minha vontade era gritar na cara dele.

—Eu não tive coragem. —Ele disse admitiu por fim. —Eu não queria te magoar.

Ele não tinha noção de como havia me magoado.

—Tomara que vocês sejam muito felizes. —Eu continuei fingindo uma felicidade que não existia.

—Ah valeu. —Ele disse sorrindo também.

—Bom eu tenho um monte coisa que fazer. Acho que já vou. —Eu disse me levantando.

— Seu presente. —Ele disse estendendo o presente.

—Não precisa me pagar pela tortura. —Eu disse ironicamente.

 —Eu não estou te pagando. —Ele parecia furioso com a minha acusação. —Eu não sei por que você esta agindo assim. —Ele se levantou agarrando o meu braço. O que havia dado nele? —Eu sempre deixei bem claro que tudo isso aqui era por causa da Thifany que estaríamos juntos até a Thifany me querer. —Eu puxei meu braço com força mais não adiantou nada.

—Do que você esta falando?—Eu perguntei irritada não com ele mais comigo mesmo. Porque eu sabia que ele estava falando a verdade, se tinha algum culpado naquela historia provavelmente era eu.

—Eu não quero que você fique magoada.

—Eu não estou. —Eu disse friamente me achando o ser mais idiota do mundo.

 —Vamos ser amigos não vamos?—Ele perguntou soltando meu braço e parecendo bem mais calmo.

 — Já somos amigos. —Eu tinha que confessar eu estava orgulhosa de mim mesma eu havia sobrevivido.

 O Michel resmungou mais alguma coisa de como estava aliviado de que tudo tinha acabado bem enquanto eu lutava contra o mar de lágrimas dentro de mim.   

Eu sai caminhando da lanchonete o Michel não seguiu, antes de entrar na escada rolante eu lancei um único olhar para trás e ele estava lá parado olhando para mim. Eu levantei a minha mão em um aceno que ele retribuiu apenas com um sorriso, então eu me virei.

Era isso, tinha acabado.

A Nice me esperava no pé da escada rolante. Eu realmente estava com saco para aquilo. Ótimo.

—E ai como foi?—Ela perguntou curiosa.

—Ele falou toda a verdade. —Eu falei andando.

—Cachorro, sem vergonha. Você disse uns bons desaforos para ele né?

—Porque eu faria isso. —eu perguntei a ponto de estourar. —Sabe se realmente tem algum idiota nessa historia sou eu Nice, eu sabia deste o começo que ele gostava da Thifany, mas não eu fui burra eu tinha que acabar gostando dele. Eu só tive que merecia.

—Ele conseguiu te enrolar. —A Nice disse revoltada. —Uma palavra com ele, e pronto você foi capaz de perdoar tudo e ainda colocar a culpa em sim mesmo.—A Nice não parecia nenhum pouco feliz.

—O que importa de quem é a culpa agora?—Eu disse colocando minha raiva para fora. — Esta como sempre deveria ser. O Michel esta com a Thifany e eu...—eu não consegui falar apenas ergui meus ombros.

—Isso não é certo.—A Nice balançava a cabeça de um lado para o outro.Eu enxuguei a única lágrima que escorreu por meu rosto então ergui a cabeça.

—Eu vou para casa, e você não vai comigo. —Eu avisei enquanto caminhava em direção a saída do shopping.


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Notas finais do capítulo

Daqui pra frente as coisas vão começar a mudar.