O que eu faria agora?! Ir nessa festa com toda a certeza era a ultima coisa que eu faria. Eu podia cavar um buraco e tentar chegar ao Japão, eu gostava dos japoneses, eles eram todos parecidos então seria como se você estivesse em um lugar com um monte de clone.

—Acho que alguém aqui anda conquistando corações?—O Jerry disse assim que eu entrei na lanchonete.

—Eu sei que você me ama. —Eu pisquei para ele e ele fez uma careta.

—Ah que bom que você chegou. —A Nice disse aparecendo de um buraco qualquer, às vezes eu ficava surpresa de como ela aparecida de repente. —Isso é pra você. —ela disse me entregando uma grande caixa cor de rosa.

O que estava acontecendo ali? Será que era meu aniversario? Não eu com toda a certeza lembraria se fosse,ou não? Mas porque diabos a Nice estava me dando um presente? Será que eu tinha que dar algo em troca? Pense Iza, pense...

—Hã... obrigado. —Eu arrisque e ela abriu o maior sorriso. O que eu tinha esquecido?Eu detestava aquilo.

—Abra logo. —ela parecia ansiosa. Eu olhei para o Jerry a procura de um ajuda mais ele parecia ocupado demais tentando arrumar aquele cabelo horroroso dele. Como se algum dia ele conseguisse arrumar.

Eu peguei a caixa rosa, e dei um abraço na Nice, seja o que fosse que eu estivesse esquecendo a culpa não podia ser minha, eu era péssima para guarda datas, números de telefone e nomes então eu estava perdoada.

—O que você esta fazendo?—Ela perguntou assustada enquanto o Jerry ria sem parar.

—Te agradecendo. Oras eu tenho educação. —Será que era tão difícil perceber.

—Oh não, eu não gastaria tanto dinheiro de tanto um presente assim. —Ela disse rindo.

—Valeu amiga. —Eu disse ironicamente.

—Por nada, agora abra.

Se não era a Nice quem poderia ser?

—Quem foi?—eu perguntei olhando para o Jerry.

—Nem olhar para mim. Com certeza eu não teria tanto trabalho para embrulhar uma bomba. —O Jerry disse dando de ombros.

—É bom saber que eu sou amada. —Eu disse rasgando o papel rosa. Eu só esperava que realmente não fosse uma bomba.Claro que podia ser uma bomba biológica o que ira ser pavoroso.

Havia um bilhete todo rosa em cima do papel seda rosa. Acho que alguém errou de endereço, com certeza aquele era um presente para a pantera cor de rosa.

Eu abri o cartão rosa e aquilo não podia ser verdade.

Ratinha,

E ai ratinha quando vai sair da toca? Rá cuidado eu vou estar pronto pra dar o bote. Aposto que ficou com medo. Hahaha. Isso é para você arrasar na festa e todo mundo babar no casal mais lindo de lá. É lógico que somos nós né?Quem mais poderia ser.

Beijos

Michel.

Tá bom. Aquilo só podia ser sacanagem com a minha cara. Quando aquele imbecil iria voltar a tomar os remédios e parar de agir como...

—Abre logo.—A Nice pediu praticamente arrancando a caixa da minha mão.

Eu fiz o que ela mandou automaticamente eu nem conseguia pensar direito, é claro tudo congelou mais ainda quando eu vi o que tinha dentro da caixa, eu não esperava por aquilo, o Michel era um grande idiota, mais um idiota de bom gosto.

Dentro da caixa havia um vestido vermelho tomara que caia realmente lindo. Lindo e o meu tamanho. Isso pareceu meio esquisito. Mas acabou me encantando.

—Meu deus é lindo. —A Nice disse arrancando o vestido da minha mão e colocando em frente ao seu corpo, bom pelo menos aquilo era melhor do que uma bomba. —Iza você vai arrasar na festa.

—Ah eu não vou mesmo. —Eu disse decidida olhando para aqueles babados. Eu não conseguia me ver dentro daquele vestido. De jeito nenhum.

—Porque não?—A Nice perguntou revoltada, porque será que ela nunca me apoiava.

—Porque eu não quero. —Eu disse colocando o vestido na caixa novamente. Depois eu pensava o que eu faria a respeito, mas decididamente eu não iria naquela festa nem que Michel Cooper me implorasse.

—Mas Iza...—Eu sai e deixei a Nice falando sozinha, caramba ela falava aquilo porque não iria ser ela que iria virar um bichinho na jaula do zoológico. Não nem pensar...

Eu sai mais cedo do trabalho. Podem até dizer que eu estava usando os privilegio de ser filha do chefe. Eu não me importava. Afinal que graças era ser a filha do chefe e não poder sair mais cedo. Aff fala serio, só sendo muito babaca para não aproveitar.

Eu cheguei em casa e corri para o banho acho que fiquei lá mas de uma hora, pós pude ouvir quando meus pais chegaram em casa. Então eu coloque meu pijama de dormir rosa com coraçõezinhos brancos, aff não era que rosa estava me perseguindo hoje. A minha solitária fez um barulho estrondoso dentro da minha barriga, acho que ela estava dizendo que estava com fome, e aquilo foi uma boa idéia. Eu desci e me enfartei com uma pela macarronada que meu pai fez. É meu pai era um ÓTIMO cozinheiro ao contraio da minha mãe. Ela que não me ouça.

Depois que minha solitária estava alimentada eu fui para sala dar uma boa noite para meu país.

—Mas já vai dormir filha. —Minha mãe disse olhando para o relógio, eu sei não passava das oitos mais eu estava cansada. O que tinha de errado nisso?

—Deixa a menina. —meu pai disse trocando de canal. É isso ai.

 E eu voltei para o meu quarto, mas como eu não estava verdadeiramente com sono eu liguei minha carroça e esperei pacientemente pela aquela frase linda “Bem vindo”. Aeeeeeeeeeee Eu ainda não estava com cabelos brancos.

Eu entrei no MSM e um disparo de frases começou aparecer acusadoramente para mim.

Nice Disse:

O que você esta fazendo?

Nice disse:

Não vai se arrumar para festa?

Nice disse:

Você não pode perder?

Nice disse:

Por Deus Iza aquele vestido é tudo de bom

Antes que mais uma frase aparecesse eu sai do MSM a Nice conseguia estragar o meu humor, e eu ficava pensando porque eu ainda era amiga dela.

—LUIZA telefone. —Minha mãe gritou da sala, será que os vizinhos precisavam saber que alguém tinha ligado para mim.

Eu desci a escada correndo e arranquei o telefone da mão da minha mãe.

—Quem é?—Eu perguntei tampando o bocal.

—A Nice quem poderia ser. —Minha mãe disse como se fosse lógico.

—Oi.

— Onde você está? — No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!— Como ela me fazia uma pergunta daquela.

—Ixiiiii revoltada hem?

—Ligou pra isso. —Eu perguntei revirando os olhos.

—Você quer que eu vá até a sua casa para ajudá-la a se arrumar?—ela perguntou toda esperançosa.

—Qual parte de eu não vou você não entendeu.

—Eu não acredito você não pode fazer isso. Vai ser uma festona e você foi convidada. E ainda vai aparecer como a namorada do cara mais gostoso da escola...

Eu afastei o telefone e fui caminhando tranquilamente para o meu quarto me joguei na cama e resolvi colocar novamente o telefone no ouvido a Nice continuava falando.

—... Será que você tem consciência de como você esta sendo boba perdendo uma oportunidade dessas, sabe quantas garotas da escola não imploraria por uma chance dessa, eu pelo menos conheço umas trezentas...

Eu aposto que seu eu tirasse um cochilo a Nice nem perceberia.

—Iza você esta ai?—ela parou de falar e perguntou de repente.

—To, — E u disse meia perdida.—Acho que você tem razão?– Era uma pequena mentirinha, o que tinha de mal nisso. Afinal alguém iria ficar feliz.

—Eu não acredito até quem fim seu cérebro resolveu funcionar.

—Valeu por essa amiga. Agora eu preciso desligar.

—Claro, claro amanha você me conta tudo. —Ela realmente parecia empolgada. Eu desligue o telefone e continuei deitada, minha carroça ainda estava ligada. Orkut lá vou eu.

Eu estava sentada na frente da minha linda e adorável carroça quando minha mãe entrou no quarto.

—Tudo bem com você filha?—ela perguntou olhando cuidadosamente em volta.

—Tudo. — Aquilo não era normal, ela caminhou até a janela e verificou se estava trancada. O que? Minha mãe estava tento um surto psicótico.

— Tem um rapaz na porta querendo falar com você. Ele não quis entrar mas pediu pra chamar você.

Ele não tinha feito aquilo? Ele não podia ter feito aquilo? Sério eu ia esganar ele com as minhas próprias não. Eu desci a escada em tempo voando e abri a porta com tudo.