A primeira Meio-Deusa escrita por Gabii Vidal


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Yeey, primeiro capítulo! Por favor comentem e façam suas críticas! É muito importante para mim!



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 -Ah, que ótimo... – Murmurei sarcasticamente quando  o homem bode disse que estávamos a 2km do tal acampamento mas que teríamos que fazer um caminho de 6km para chegar em segurança.

 Avançávamos pela trilha que poderia ser nomeada como The flying pernilongos. Porque, sério, nunca vi coisa parecida! Acho que escolhemos o dia de uma passeata para passar por ali.

E como se isso já não fosse suficientemente agradável, o lugar estava úmido, o chão com lama e eu batia de cara com um galho toda hora! Adoro caminhadas.

 -Os monstros podem ficar na entrada esperando semideuses sem treino..-Explicou Sid- Por isso temos que ir por outro caminho! Não use esse tom comigo, Alice. Não sou burro.

—Claro que não, é bode.

 O cara era pequeno e barbudo, devia ter a minha idade embora batesse nos meus ombros, e mesmo assim parecia ameaçador quando franzia as sobrancelhas  e entortava o lábio.

—Sinto muito, Sid.

—Tudo bem... –Ele suspirou e relaxou os ombros. Provavelmente já havia aprendido a conviver comigo em dois meses, ou pelo menos eu esperava que tivesse. –Você é só uma lhama estúpida.

 Desde que nos conhecemos ele me chama assim. Nunca tive certeza do motivo, mas talvez seja porque cuspi  no rosto dele na primeira vez que nos vimos. De toda forma, eu gostava de encarar como um apelido carinhoso e ignorar o estúpida no final.

—Espere...Você disse que monstros não entram ali. Como eles ficam na entrada?! – O outro garoto que nos acompanhava finalmente abriu a boca. Ele era tão calado que algumas vez parecia que era só Sid e eu! O garoto se chamava Mark, quando o conheci ele já estava  junto com Sid, então provavelmente eu também cuspi nele. Talvez por isso ele não falasse comigo.

—Por que eles ficam na entrada, loirinho! A entrada é o limite, dali sim eles não passam.

 Mark ficou meio constrangido e começou a mexer na touca e ajustar várias vezes os óculos pretos que deslizavam pelo nariz. Ele devia ter um 17 anos, embora eu não tivesse certeza da sua idade. Mas tinha certeza que ele era mais velho que eu, só que ele agia como uma criança tímida no meio de adultos, o que era bem estranho.

Ficamos em silêncio novamente e o Sidinho bodinho (Adoro apelidos.) nos levou por uma pequena trilha em meio as árvores. Ele ia na frente derrubando alguns galhos e Mark ia atrás dele afastando outros para que eu pudesse passar. Sinceramente, eu me sentia meio inútil ali, eu conseguia passar com alguns galhos na minha frente!Mas parecia que eles não percebiam isso.

Bufei e continuei andando até que acabei caindo de costas no chão porque Sid simplesmente havia parado!

—Não se preocupem...É só uma cobra, vou dar um jeito nisso. –Ele disse levantando o facão para a pobre da cobra que estava apenas onde devia.

 Sid ia matá-la, mas eu pulei nele e joguei o facão longe.

—Por acaso ela parece que vai te machucar? Não está nem em posição de dar o bote. Deixe-a em paz.

 Nesse momento a cobra levantou a cabeça e me encarou por alguns segundos que me fizeram suar frio...Talvez não tivesse sido uma boa ideia...

 A cobra optou por ir embora e eu pude voltar a respirar normalmente.

 Olhei para o lado e Mark estava branco igual leite enquanto Sid...Bem, o que vermelho com sobrancelhas franzidas quer dizer?

 -Vamos, garotos! Temos um acampamento para encontrar! –Peguei um galho mais forte e comecei a abrir caminho enquanto eles me seguiam silenciosamente.

—Aquele facão...era meu amor...-Sid murmurava vez ou outra no caminho.

 Durante o resto do trajeto eu vi a cobra algumas vezes andando perto de nós, mas preferi não assustar os rapazes. Reparei que algumas vezes algo bem grande se movia na mata, mas a cobra sibilava e o que quer que fosse se afastava.

Chegamos ao final da trilha: Fedidos e exaustos. Mas tudo valeu a pena quando vi o que me esperava.

Abaixo de nós se estendia o acampamento. Eu via a costa até o horizonte, plantações de morango e felicidade, o lugar transbordava felicidade! Pessoas corriam de um lado para o outro e riam de qualquer coisa. Eu nem havia conhecido tudo e já me sentia em casa.

Corri para o lugar deixando Sid e Mark para trás, mas no embalo da descida acabei batendo com dois garotos e os derrubando no chão. Para ser sincera, inicialmente achei que estivesse com visão dupla, mas logo depois eu percebi que eram gêmeos .

—Desculpem-me...

—Tudo bem, não estávamos com pressa mesmo! –Um deles riu e tirou uma folha do cabelo do outro.

—Pelo menos não agora, mas se ela nos encontrar teremos que correr muito! –O outro riu também. – Eu sou Connor e ele é Travis, e juntos somos os gêmeos arrasadores de corações!

 Os dois fizeram biquinho e eu dei um pequeno sorriso.

—É um prazer conhecê-los! Sou Alice, e literalmente acabei de chegar.

—Acabou de chegar? Isso quer dizer que vai ficar no nosso chalé! –Comentou Travis sorrindo.

—Depende Travis...Alice, você já sabe quem é seu pai ou mãe?

Balancei  a cabeça em sinal negativo e ambos me abraçaram sorrindo.

—Bem vinda, fofucha! Gostamos de você, então pegue de volta! –Disse Connor me estendendo a minha carteira.

—Mas o que...?

Eles abriram a boca para dizer algo mas se levantaram repentinamente enquanto olhavam atrás de mim.

—Olha ela lá, Connor...

—Eu vi –Ele cutucou o irmão com o braço, - Hora de correr, maninho!

 E os dois saíram correndo tão rápido que em poucos segundos deixaram de ser visíveis.

Uma sombra se projetou acima de mim, era o Mark me estendendo a mão.

—Quem eram eles? –Mark perguntou meio desconfiado e eu segurei sua mão para levantar.

 -Connor e Travis, são gêmeos.

—Não gostei deles...

Eu dei de ombros, não pareciam pessoas ruins (Embora tivessem pegado a minha linda e querida carteirinha)

—Enfim, cadê o Sidinho?

 Ele levantou uma sobrancelha rejeitando o apelido.

—Ele foi falar com um superior...Nos disse para esperar aqui. –Respondeu ele se posicionando ao meu lado e encarando o horizonte comigo.

—Eu gostei daqui...Me traz boas energias. –Comentei.

—Eu também gostei, não é ruim como eu imaginava.

 Dei uma cotovelada de leve nele e abri um sorriso.

—Não pense coisas ruins sobre seu novo segundo lar!

 Ele deu um risinho e nós nos sentamos observando o sol se por.

 -Sabe- Comecei a falar para quebrar o silêncio – Você é legal! Não devia ser tão calado.

 Ele olhou no fundo dos meus olhos e eu senti que ele podia ler minha alma.

—Eu penso muito antes de falar, só isso.

—Acho mais fácil falar de uma vez do que ficar guardando...Sabe, com o tempo, essas pequenas coisas juntas na sua garganta viram algo que você tem que soltar de uma vez. E quando você tem que fazer isso, os resultados não costumam ser os melhores.

 Ele não respondeu, apenas olhou para mim com uma expressão séria e tirou um colar do bolso.

 -Alice...Pode ficar com isso por mim? Não me faz bem olhar para ele...

 Eu ia perguntar de quem era, mas percebi que era melhor ficar calada, não era da minha conta.

 Peguei o colar e coloquei no bolso de dentro do meu moletom. Ele tinha uma corrente de ouro com um pingente de coração do tipo que abria, de onde eu vinha, aquilo era bem caro...Talvez no mundo todo.

—My friends! É quase hora da fogueira, tem que ir para os chalés! –Disse Sid sorridentes atrás de nós.

—Nós vamos...-Respondeu Mark – Mas qual é esse chalé? –Ele completou apontando para o monte ao nosso redor.

—Para o do Connor e do Travis –Eu respondi com indiferença.

Sid levantou uma sobrancelha e olhou para mim.

—Pelo visto já conhece os Stoll, é lá mesmo.

—Ok, mas onde isso fica?

Sid nos indicou o caminho e nos entregou duas blusas como a que os outros campistas usavam.

—Bem vindos, vocês tem 15 minutos para aparecer na fogueira.

—Como vamos saber onde isso fica?

—Siga a luz da fogueira, é óbvio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^



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