Os Sonhos de Rose Weasley escrita por Cherry Pitch


Capítulo 3
Primeiro de Setembro


Notas iniciais do capítulo

FELIZ NATAL GALERINHA DO MEU CORAÇÃO!!! ♥♥♥♥



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Dia primeiro de setembro, um ano depois de Rose e Scorpious viverem o primeiro dia do último ano de uma era.
Naquele ano... Ah, aquele último ano... Os dois viajaram o mundo inteiro, experimentando aquela liberdade que apenas pessoas com dezoito anos, entrando na vida adulta, seriam capazes de sentir.
Los Angeles, Nova York, Berlim, Munique, São Paulo, Buenos Aires. Aproveitaram e experimentaram tudo a que tiveram direito.
E eles desaparataram de volta para casa... Obviamente, no dia primeiro de setembro.
Rose estava com uma mão envolvendo a cintura de Scorpious e a outra segurando a mala, e Scorpious segurava a sua mala com uma das mãos e com a outra massageando carinhosamente o ombro de Rose - algo que ele aprendera que ela apreciava, quando eles estavam deitados na cama em um hotel em Veneza.
— O que faremos quando chegarmos? - pergunta ela, enquanto Scorpious sorri.
Você vai ver sua família. - ele responde, e uma expressão de dúvida aparece no rosto de Rose.
— Por que você não vai estar lá comigo?
— Tenho que resolver alguns assuntos, amor. - Scorpious responde, aplicando um beijo na testa de Rose.
Quando o casal chega em frente à Toca, Scorpious diz que vai entrar rapidamente para cumprimentar a família e Rose sorri. A verdade é que ela não queria se separar de Scorpious, e com ele ficando na Toca, ela teria mais tempo para persuadi-lo a ficar.
Rose bate sete vezes na porta da Toca, e ouve a voz da mãe lá de dentro.
— Rose!
A ruiva sorri. Ela batera na porta sete vezes por saber que todos na casa sabiam que só ela faria uma loucura daquelas. Além do mais, sete era seu número favorito.
Rapidamente, Rose e Scorpious se deparam com Hermione Weasley e seu cabelo castanho desgrenhado e seu jeans e camiseta quadriculada.
Hermione rapidamente puxa Rose para um abraço apertado e, surpreendendo Scorpious, o puxa para o abraço também. Mas, logo depois de soltar Rose do abraço, Hermione dá uma cotovelada na barriga da filha, que solta um gemido.
— Porque você não chegou mais cedo, senhorita Rose? Hugo deve estar com saudades de você, mas já o deixamos no Expresso de Hogwarts e voltamos!
Rose ri.
— Hugo deve estar com saudades? - pergunta Rose, enquanto Hermione revira os olhos.
— Você sabe como seu irmão é, Rose! - Hermione ergue as mãos para cima. - É iguaizinhos ao avô, fanático por objetos trocas. Não sei nem porquê dei a ele aquele MP3 e fones! Ficou ouvindo música naquela coisa o tempo todo! Então, Rose, não sei se ele estava com saudades de você por isso! - Hermione encosta o corpo no batente da porta, enquanto Rony passa pelo outro lado. Ele abraça Rose e, ao contrário de Hermione, não puxa Scorpious para o abraço.
— Ah, querida senti tanta saudade de você... Como está? Harry e Ginny querem roubar você de mim, com James lá, e convidando todo o pessoal. Dominique, os gêmeos Scamander, Luna... Acho que eu e você, Mione, estamos perdendo. - Rony ri depois de falar isso.
— O que eu acho que seu pai quis dizer - diz Hermione, erguendo o tom de voz. - é que queremos que vocês dois fiquem aqui mais um pouco, antes de irmos pra casa do Harry e da Gina, porque acho que temos direito por Rose ser nossa filha.
Rose aperta a mão de Scorpious, por saber que ele ficaria chateado, porque seu pai não teria com ele um momento a sós, por Scorpious ser filho dele. E, pelo olhar que Scorpious lançou em direção a ela, ele estava agradecido. E aquele olhar significava para Rose muito mais que palavras.
De repente, Rose sentiu Scorpious puxá-la para frente, fazendo-a perceber que a mãe já tinha entrado na Toca.
Rose conversou com os pais, comentou sobre os lugares que tinha visitado naquele ano, até que Scorpious disse que tinha que ir.
Mas Rose não o deixaria ir embora assim, sem ao menos pedir uma explicação. Ela pediu licença aos pais e correu atrás do namorado.
— Scorpious! - Rose exclama, e ele se vira, passando a olhar para ela.
— O que, Rose?
— Você precisa mesmo ir? - ela pergunta, aconchegando a cabeça no peito dele, que abre um pequeno sorriso.
— Preciso sim, Rose... - diz Scorpious, e é perceptível que ele não queria sair de perto dela. - É realmente importante.
— Hum... - Rose faz bico e começa a acariciar os braços do Malfoy. - Nada que eu faça vai convencer você a... ficar?
Scorpious aperta os olhos, provavelmente controlando a si mesmo, porque sabe que não pode. Ele se afasta da namorada.
— Não. - ele olha para o chão, e depois volta o olhar para os olhos de Rose. Ele se aproxima dela e acaricia seu rosto com o polegar. - Ei. Olha para mim. - Rose olha. - Eu vou voltar. Vai ser mais rápido do que você imagina. Aliás... Achei que você já estaria cansada da minha presença depois de um ano..
Rose, finalmente, sorri.
— Nunca.
Scorpious sorri.
— Você vai ter que amaciar meu ego desse jeito outra vezes... - ele ergue ambas sobrancelhas, e ela ri, e depois o beija.
Quando os lábios deles se desvencilham, Rose fala:
— Vai. - os olhos de Scorpious se arregalam, talvez por ter conseguido que ela aceitasse mais rápido do que das outras vezes. - Vai logo, antes que eu mude de ideia!
Rose empurra Scorpious em direção à porta enquanto diz isso, e ele gargalha.
— Eu te amo, Rose Weasley. - ele fala isso antes de aplicar um beijo na bochecha sardenta da garota, e ela fica vários minutos encarando a porta com a mão na bochecha, exatamente no lugar que Scorpious a beijara.

❤️

Scorpious andava pelas ruas, triste por deixar a Toca, mas sabendo exatamente o que tinha que fazer e para onde tinha que ir.
Ele aparata em um lugar onde ninguém está observando e se vê parado em frente à porta da Mansão Malfoy.
Ele hesita um pouco antes de bater na porta. Depois de bater, ele ouve uma voz gritando para que ele espere um pouco, e ele o faz.

Quando Draco Malfoy abre a porta, ele puxa o filho para dentro e o abraça, sem ao menos fechar a porta.

— Por que você não avisou que viria? - perguntou Draco. - Achei que no grande dia da chegada vocês ficariam com toda a família Weasley, comemorando, e você nem se lembraria de mim. 

Scorpious revira os olhos, pensando que deveria ter ficado fora de casa por muito tempo, realmente, se tinha esquecido do jeito dramático do pai. 

— É claro que eu viria aqui, pai. Eu fui primeiro nos Weasley, porque achei que Rose merecia alguns momentos sozinha com a família dela. Depois disso, vim direto para cá. - Scorpious para de falar. - Também vim porque preciso de ajuda com uma coisa. - Draco revira os olhos, sem que o filho veja. - Com a Rose.

— Fala. - diz Draco. 

— Eu quero pedi-la em casamento. Hoje. E quero que seja especial. 

Draco arregala os olhos.

— Bom, só o fato de você ter planejado pedir a mão dela no dia em que vocês se conheceram, primeiro de setembro, já é bem... hã... romântico. Mas você quer ajuda em como você vai fazer esse pedido. Estou certo? - Scorpious assente com a cabeça. - Acho que eu tenho a ideia perfeita. 

Draco sorri para Scorpious, que repete o gesto. Ele não sabe qual é a ideia do pai, mas sabe que é boa. Afinal... Precisava ser perfeito para ser digno de um Malfoy. 

Ou dois.

 

  ❤️ 

 

Rose ria, abraçava e conversava com os irmãos, mas ela queria saber de Scorpious. Hermione já tinha percebido e ido falar com ela, dizendo que, depois de um ano juntos o tempo inteiro, ele precisava de um tempo sozinho. Rose concordou com ela, porque sabia que era verdade. Mas ele saíra de maneira tão misteriosa, e... Rose olha para o relógio. Já faziam três horas que ele tinha desaparecido, que ele não dava sinal de vida.

Ela bufa, enquanto observa todos os que amava - exceto Scorpious, é claro - juntos. Se ela, Scorpious e Albus eram o novo Trio de Ouro, Lily, Lysander e Hugo eram o novo Trio de Prata. Eles eram amigos, mesmo que não fossem tão amigos quanto Scorpious, Rose e Albus. Mas havia um triângulo amoroso infernal entre eles, e todos percebiam isso. Hugo gostava de Lily, Lily gostava de Scorpious, Scorpious estava com Rose, e quem gostava de Rose era Lysander, que agora estava namorando Lily. 

Rose realmente não queria estar no meio daquela bagunça toda, ela muitas vezes se sentia culpada, mas ela não poderia abrir mão da felicidade dela por coisas assim. Se ela soubesse que nenhuma dessas pessoas ficaria triste, até poderia ser. Mas sabia que Hugo iria querer estar morto, e que Scorpious não seria feliz com Lily, porque não a amava. 

Scorpious... Ele estava demorando... Rose olha o relógio de novo, cinco minutos depois da última vez. Ela não aguenta e pega o celular para enviar uma mensagem a ele. Logo depois de apertar o botão de enviar, Albus se senta ao seu lado. 

— É com Scorpious que você está conversando, não é? - ele pergunta, e Rose suspira.

— É. Se é que posso chamar isso de conversar. Eu só mandei uma mensagem para ele. Sabe, ele desapareceu! Não sei onde Scorpious está! Ele saiu há três horas da Toca, e essa foi a última vez que tive notícia dele! Eu estou preocupada, já que ele não dá sinal de vida!

Albus sorri. 

— Calma, Rose. Ele só deve ter ido respirar um pouco. Talvez tenha ido falar com o senhor Malfoy. Faz um ano que ele não vê o pai, e seria injusto pra caramba você ver os seus pais e ele, não. - Albus para de falar e fica observando Rose, sabendo que ela continuava preocupada com Scorpious (ele sabia, porque já tinha estado no lugar dela, mesmo que essa preocupação não fosse com Scorpious). - Eu sei que o que eu falei não vai te deixar menos preocupada. Mas eu já estive no seu lugar, só que com Lorcan. Você sabe dos meus ataques, quando eu ligo para você e para Scorp de madrugada, quando Lorcan não chega em casa. Mas sabe de uma coisa? Ele vai voltar, e bem. Eu tenho certeza disso. Porque ele te ama, Rose. Então, tenha certeza, se ele não te disse o porquê de ter saído tão misteriosamente, ou se ele não te avisou que iria demorar mais que o esperado, ele tem um motivo para isso. 

Rose sorri para Albus, realmente agradecida.

— Obrigada, Albus. Eu... Eu acho que estou menos nervosa agora.

Albus ri.

— Está calma o suficiente para conversar direito com o nosso... clã, se é que podemos chamar assim?

Rose ri tanto com o comentário que sua barriga dói. Albus estende a mão para Rose, que a segura, sem hesitar. Os dois, de mãos dadas, vão em direção a Dominique e Ted, que estão conversando com Lorcan, Hugo, Lily, Lysander... O resto do clã. 

 

  ❤️ 

 

— Pai?... - Scorpious pergunta, encarando Draco. 

— O quê? 

— Já conseguiu falar com... Bem, com aqueles contatos que você disse que tem? 

Draco sorri para Scorpious, colocando a mão em seu ombro. 

— Não se preocupe, filho. Vai dar tempo. 

 

❤️ 

 

Todos estão rindo na casa dos Potter. Lorcan está com Albus, Rose, Dominique e Ted, conversando sobre seus respectivos pares, sobre como é a fase da vida em que estão, a faze do "morar junto", sobre a pressão para terem filhos, seus empregos... 

Lily e Lysander estão sentados no sofá, lendo um livro juntos. Ninguém sabia se eles estavam de fato lendo, já que faziam quinze minutos que seus olhos não ficavam fixos no livro, e ainda mais tempo que eles não viravam a página. E, sentado em uma cadeira no canto da sala, Hugo observava o casal ali. Mais óbvio do que o fato que Lily e Lysander não estavam prestado atenção no livro era o fato que Hugo Weasley estava observando Lily Luna bastante, nos últimos... Não, não eram nos últimos tempos. O mínimo que se podia dizer era nos últimos anos. 

E aquela era apenas a parte dos mais jovens das respectivas famílias. A bagunça dos mais velhos provavelmente era tão grande quanto a dos seus filhos. Luna puxava Rolf para dançar, enquanto ele tentava conversar com Rony, Harry e Neville - que olhava para Luna, com a boca aberta. Todos sabiam que ele ainda não havia superado a paixonite que tinha por ela desde seu sexto ano. 

Hermione e Gina estavam rindo em volta de Luna e Rolf, se divertindo com as tentativas falhas, mas alegres, de Luna para dançar com o marido. Rony e Harry ficavam olhando para os filhos, murmurando sobre como eles estavam velhos, já que seus filhos já estavam namorando, morando junto com várias pessoas, e falando sobre darem a eles netos. Rony, com os olhos arregalados, dizia que achava que deveria ter aproveitado mais a vida antes de ter netos, e quando ele diz que deveria ter flertado mais e ido àquelas novas boates de Hogsmeade, Hermione faz um feitiço que faz com que, de repente, uma mão invisível dê um tapa no braço dele. Rony fica por volta de dez minutos falando como aquele tapa doeu, enquanto Hermione, Gina e Luna riem do garoto, ao mesmo tempo que Rolf tenta fugir de Luna, para que possa ler seu livro em paz.

Era uma cena divertida de se ver, mas os pensamentos que se passavam na cabeça de cada um talvez não fossem tão divertidos, e nem os gestos escondidos que cada um fazia, gestos que eram difíceis de perceber, a não ser que você prestasse atenção. Como a quantidade de vezes que Rose Weasley observava o relógio na parede, e seu cérebro calculando por quanto tempo Scorpious estava fora, e percebendo que o tempo era cinco minutos a mais que da última vez que observara. 

Cinco horas, esse era o tempo que Scorpious estava fora. Mas, se você fosse exato como Rose, veria, ao observar o relógio, não cinco horas, mas sim cinco horas e trinta e quatro minutos, com um bônus de quinze mensagens não visualizadas de Scorpious. 

— Rose, fica calma. Scorpious já vai chegar. - Albus sussurra no ouvido dela, quando os outros se distraíram com alguma outra coisa.

Rose respira fundo, e logo depois de fazer isso, sente seu celular vibrar. 

Rose, me encontre nos fundos da sua casa. 

Para sempre seu, 

Scorpious. 

Rose fica observando a mensagem em seu celular, e logo mostra para Albus. Ele sorri. 

— Vai lá! Eu posso ir com você, se quiser. Acho que fica mais normal nós dois sairmos juntos do que você sozinha. 

Rose assente. 

— Acho melhor você avisar a Lorcan que vai sair. Ele é capaz de enlouquecer se te procurar e não achar. 

Albus ri, e diz que vai fazer isso, já correndo em direção ao marido. Rose observa Albus, rapidamente, se aproximar de Lorcan e sussurrar algo no ouvido dele. Ela não sabe o que é, mas vê a expressão do loiro fechar, mas Albus volta a falar algo em seu ouvido, algo que o faz sorrir. Logo depois disso, Albus corre em direção a Rose. 

— Pronto. Já falei com ele. Vamos? - depois de falar com Lorcan, Rose percebeu que Albus estava mais animado, as bochechas mais coradas e o rosto mais sorridente, o que a fez ter uma certa ideia do que Albus havia sussurrado para Lorcan naquela hora. Ela sorri enquanto atravessa a porta da casa dos Potter para caminhar com Albus em direção à Toca.

 

  ❤️ 

 

Quando chegaram lá, Rose disse que iria falar com Scorpious sozinha, e perguntou a Albus se ele se importava se ela pedisse que ele fosse embora.

Albus foi sem hesitar. Ele sabia o que era querer alguém apenas para si, por alguns momentos. Ele sentia isso em relação a Lorcan toda hora, em quase todos os lugares. Ele caminhou de volta para a sua casa, enquanto Rose ia até os fundos. 

 

❤️ 

 

Quando Rose chega até os fundos da casa, ela se depara com Scorpious ali, parado, esperando por ela. 

— Scorpious! - ela exclama, correndo em direção a ele e beijando-o. - Eu estava ficando louca! Você não respondia às minhas mensagens, e eu ficava checando o relógio de cinco em cinco minutos... 

— Bem... Eu vou te mostrar agora o que eu estava fazendo o tempo todo.

Todo o nervosismo de Rose se transformou em curiosidade depois de Scorpious falar aquilo. 

— Eu achei que você estivesse com o seu pai o dia todo... - ela diz. 

— Bem... Sim, eu estava. - ele diz, com um sorriso no canto dos lábios. - Os contatos do meu pai me ajudaram um pouco. Mas a ideia foi toda minha! - Scorpious levanta os braços, como se declarasse inocência, e Rose gargalha.

— Tudo bem. Estou curiosa. Me mostre. 

Scorpious ri, satisfeito consigo mesmo, pois sabia que ela ficaria morta de curiosidade se ele fizesse mistério quanto ao que era a surpresa.

Ele estende a mão para Rose, que segura.

— Bem, lá vamos nós. - os dois aparatam e, de repente, Rose se vê com Scorpious em nada mais, nada menos que na Estação King's Cross. 

 

  ❤️ 

 

— Scorpious... - diz Rose, desconfiada. - O que estamos fazendo na Estação King's Cross? 

A expressão de Scorpious se enche de orgulho, por Rose não ter descoberto qual era o plano dele antes da hora.

— Você vai ver. - ele diz, segurando a mão dela, de repente. - E agora... - Scorpious sorri, ao se ver de mãos dadas com Rose entre as plataformas 9 e 10. - Vamos correr. 

Rose, apesar da curiosidade estar matando-a, sorri para Scorpious. 

— Vamos correr. 

E Rose e Scorpious saem correndo em direção a pilastra, até atravessarem-na.

 

  ❤️ 

 

Rose e Scorpious atravessam a plataforma, e Rose sai do outro lado às gargalhadas, quase caindo, de tanta felicidade. 

— Ah, Scorpious!... Que saudade! Até dá para fingir que nós vamos embarcar no trem para Hogwarts de novo, e voltar à escola, e... Ah, Scorpious! Obrigada!

Scorpious sorri ainda mais, sabendo que ela ficará ainda mais espantada quando souber o real motivo dele tê-la trazido ali, que não era matar as saudades da plataforma 9 3/4, por mais que ele estivesse, de fato, com saudade de atravessar aquela pilastra correndo, de olhos fechados. 

— Rose... - ele diz, parando em frente a ela, e ajoelhando no chão. - Há nove anos eu conheci uma garota incrível. Dizem que as primeiras pessoas que você realmente gosta no Expresso de Hogwarts são aquelas que você vai levar para o resto da vida. Acho que é verdade, já que a primeira coisa que eu vi no trem foram os cabelos da cor do fogo, que eu amo tanto que eu nem sei como descrever. Eu te amo, Rose Weasley, e hoje... - Scorpious se levanta, segura a mão livre de Rose (ela estava usando a outra mão para secar algumas lágrimas que caíam) e a guia para dentro Expresso de Hogwarts, que estava parado ao lado dos dois. - Dia Primeiro de Setembro de 2026... Nove anos depois do dia em que eu conheci você, Rose Granger-Weasley, a garota mais fantástica que eu já vi em toda a minha vida... - Scorpious parou em frente a uma das cabines do vagão. - No exato lugar em que eu a vi pela primeira vez. No exato lugar em que eu conheci o verdadeiro significado de beleza, de fascínio e de deslumbramento. Porque você, Rose Weasley, é a pessoa que mais me deixou fascinado em todos os meus vinte anos de vida, mesmo que eu tenha passado algum tempo deixando você pensar que tudo que eu sentia por você era ódio. - Scorpious ajoelha novamente, mas dessa vez dentro do trem. - Rose Weasley, eu sei que nós já pertencemos um ao outro, e que nós nos amamos tanto que não poderíamos passar o resto das nossas vidas com outra pessoa, mas... Eu realmente queria firmar isso, bem aqui. Porque eu sei que, para os outros, só a promessa não dita de que passaremos o resto das nossas vidas juntos não conta. E mesmo que eu não me importe com o que os outros pensam, o meu amor é grande demais, a ponto de eu não conseguir que ninguém o veja. E, por isso, eu quero firmar essa promessa, eu quero dizê-la, fazê-la não ser mais uma promessa não dita. Então... Rose Weasley, você aceita, aqui, no exato lugar em que nos conhecemos, firmar a promessa de que você nunca sairá do meu lado? Você aceita se tornar, para todos que quiserem ver, Rose Malfoy?

Àquela altura, o rosto de Rose já estava cheio de lágrimas e um sorriso estampado em seus lábios. Ela pula nos braços de Scorpious, sem se importar com o fato de que ele ainda estava ajoelhado no chão. Eles se beijam por vários minutos, até que separam para pegar ar, quando Rose sussurra, o mais perto possível de Scorpious:

— Eu aceito, Scorpious Hyperion Malfoy. Eu aceito me tornar Rose Weasley Malfoy.

Os dois continuam a se beijar ali, no chão do Expresso de Hogwarts, até cansarem. Ou, talvez, até acharem que todos na casa dos Potter deveriam estar preocupados, e que eles deveriam avisar que estavam ali. E também... Bom, também anunciar o fato de que haveria um casamento no clã.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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