O Deus da Escuridão escrita por AnnaGrandchamp007


Capítulo 2
Semideuses...


Notas iniciais do capítulo

Ola pequenos gafanhotos!!!!!!!!!! Eu Love vocês, espero que gostem!



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Que menino louco. Eu só conseguia pensar que queria muito perguntar de que hospício ele saíra.

— Ei, perna de bode! Nariz de cobra! Bunda-mole! - Um a um, todos os monstros o olhavam com um olhar assassino. - Venham lutar com o bravo guerreiro Gale!

Eu me segurei para não rir. Imaginar aquele menino magricela na pose de Hércules na base de uma montanha, e todos ao redor o chamando de "Bravo Guerreiro", era uma imagem tão estupida que a tirei da cabeça. Eu e minha imaginação. Não sei quem é pior. Gale procura algo nos bolsos das calças. De um salto, ele acha um pedaço de madeira com uma corda na ponta e sorri. Então ele solta a ponta da madeira da corda e uma faca surge ali.

— Venham, se tiverem coragem!

Uma das dracaenae simplesmente fez um gesto com as mãos para o gigante.

— Vá lá sss você. Ele sss não vale a pena sss.

O gigante dá um sorriso maldoso. E caminha na direção de Gale com uma clava na mão. Eu me remexo, desconfortável. Não queria ver o que aconteceria a seguir.

— Vem logo, Gorducho! Ou não consegue andar com essas pernas curtas?

O gigante começa a correr. Achei que Gale fosse correr ou gritar ao ver um gigante de quatro metros e noventa toneladas correndo em sua direção com uma clava ameaçadora em sua mão, mas o garoto era insano. Em vez de correr para longe, ele foi na direção do gigante correndo. Ninguém se mexia. Todos sabiam que Gale logo viraria uma mosquinha amassada. E não queriam perder a cena (Deixando bem claro que eu estava tão impressionada com a loucura dele e por isso não me movi).

Então, o garoto toma impulso e pula com um salto que acerta a madeira no olho do gigante. Imagine um prédio oscilando; É mais ou menos essa a sensação que eu tive quando vi aquele ser enorme gritando e se balançando de um lado para o outro.

Eu aproveito que todos estavam boquiabertos, e me ignoravam, para cortar dois cães infernais com um golpe só e fugir. Ou tentar ao menos. Corro no momento em que empousas e dracaenas voltam ao normal para me pegar. Todos os monstros vem em meu encalço. Por sorte, consigo me aproveitar do caos que o gigante estava causando para deixa-los para trás. O garoto fica gritando xingamentos para os monstros, e então começa a correr. Em poucos segundos, ele me alcança.

— Eu sei um atalho! - Ele grita. Mas os monstros nos alcançavam. Logo, estaríamos encurralados. Um cão infernal pula e me arranha, rasgando a minha camiseta. Não havia tempo. Eu teria que usar meu poder, mesmo que isso gastasse toda a minha energia. Paro e me viro. Gale para também, poucos metros a minha frente.

— Você é louca ou o que? - Ele pergunta.

Eu me concentro e estendo a mão para a terra. Zumbis e esqueletos surgiram dela, rastejando para fora. Eles estavam vestidos de soldados e eram muito feios. Ainda assim, eles atacam os monstros, e causam algum estrago, além do fato que eles seguem minhas ordens cegamente.

— Incrível! - Ele sorri e começa a rir como o louco que era - Caraca, se eu soubesse que existem semideuses tão fortes assim... Poxa, pai. Podia me dar uns zumbis malucos desses também.

Eu não tive tempo de assimilar que ele era um semideus como eu. E nem de pensar em ficar desconfiada dele. Não por enquanto.

— Onde é esse atalho?

Ele começa a correr e eu vou atrás. Ouço o barulho de ossos se quebrando. Embora eu soubesse que eram meus zumbis os afetados, eu torci quase sem esperança que fosse uma empousa. Uma boa corrida depois quando me dou por mim, estamos no meio do mato de novo, só que agora indo na direção da cidade.

— Para onde você está indo? - Eu me apoio em uma árvore bem no momento que quase caio. - Acho que estamos seguros agora.

Seu sorriso desaparece. Ele observa as árvores, preocupado.

— Somos semideuses. Nunca estaremos seguros. - Seu tom de voz me assusta. Reavalio o garoto. Sua seriedade não combinava com o que ele havia sido momentos atrás. - E é exatamente por isso que vamos para lá.

Eu sigo o olhar para onde ele apontava. Me irrito instantaneamente com a visão.

— Campos de Morango. Sério?

Ele rejeita meu comentário com um gesto.

— Olhe de verdade. - Eu o faço, levantando uma sobrancelha, novamente duvidando do estado mental dele - Não vê?

Eu arregalo os olhos. Uma estátua branca estava no topo da colina. Os campos de morango desapareceram e eu vi chalés. Uma aura irradiava o lugar.

— O que... Isso? - Começo a perder o fôlego, mas não sabia mais se era por causa disso, ou simplesmente por que eu usara energia demais. - Aquilo é real?

— É. - Ele sorri animado. - Chama-se Acampamento Meio-Sangue. É talvez o único lugar seguro para os semideuses.

Eu começo a escorregar. Minhas forças cedendo cada vez mais.

— Não. Não é verdade.

Ele franze a testa.

— Porque não?

— Se fosse, eu saberia. - Resumi.

Ele se vira de costas por uns segundos. Quando se vira de novo, seus olhos estavam cheios de divertimento, como se ele acabasse de se lembrar de algo muito engraçado.

— Vamos logo. Que droga.

Eu recuo alarmada. Todas as vezes que alguém é legal, ou finge se importar comigo, é porque é uma armadilha. Ele nota o meu medo e fica me observando.

— O que foi?

— Como posso confiar em você? Acabei de te conhecer!

— Eu te salvei.

Eu penso no assunto.

— Desculpa. Eu não posso ir. Espero que você consiga chegar lá.

Eu nunca tinha visto alguém tão desesperado. E louco. O garoto joga a arma dele para cima e arregala os olhos. Quando ele se aproxima, eu recuo. Novidade. Odeio esses reflexos que tenho.

— Por favor, vem! Com o seu poder e o meu conhecimento da área, nenhum monstro vai vir mexer com a gente!

Eu penso no assunto. De novo.

— Eu nem te conheço!

Ele cruza os braços.

— E eu te conheço menos ainda e to me arriscando, viu como sou fofo?!

Odiei concordar com sua lógica. (Não com a parte que ele era fofo).

— Tem certeza? Eu sou uma pária e nem sempre controlo meu poder.

— Absoluta! E é para isso que o Acampamento serve. Vão nos treinar, e vamos fazer amigos, conhecer nossos irmãos!

Só agora pensei que talvez, eu tivesse irmãos. A ideia me assusta.

— Você... é filho de qual deus?

Ele sorri.

— Hermes. Embora eu não tenha conhecido o Papai.

A maneira natural que ele me falou isso me deixou enojada. Eu odiava meu pai e estranhei ele não odiar o dele. Embora eu não soubesse quem era meu pai.

— Hum, ele era Deus de que mesmo?

Ele ri.

— Muita coisa, acredite. Aliás, vou ter que me apresentar melhor. Olá, meu nome Gabriel Turner, filho de Hermes, mas você pode, ou melhor,  você deve me chamar de Gale. Ou bonitão. E você é?

Eu sinto calafrios. Mas decido aceitar dizer meu nome, afinal se ele estiver junto com os monstros, já deve saber meu nome.

— Maya Carrow. Não faço a menor ideia de quem é meu pai, e nem quero pensar nisso.

Ele concorda.

— Certo, nada de pensar nisso. Anotado. Se você tiver algo a fazer, o momento é agora.

Me lembro que estou quase sem energia, e eu perdi minha mochila.

— Você tem ambrosia?

Gale balança com a cabeça, concordando. Então ele vasculha os bolsos e tira um pedaço.

— Toma. Vai ter juros, hein.

Tento não rir. Não sei como vou paga-lo, mas mesmo assim eu digo:

— Pode deixar.

Assim que como a ambrosia, meu coração da um salto. Dou duas mordidas e paro. Então lhe entrego o que sobrou, embrulhado em um plástico.

— Muito bem. Vamos a esse tal Acampamento Meio-Sangue.


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Notas finais do capítulo

Oiiiiiiiiiii! Gente obrigada por ler, leiam os próximos capítulos, deixem seus comentários e acompanhem!!!!!!!!!!! Arigato!!!!!!!!!!!!! Beijoossssss



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