Blue Sky escrita por Calpúrnia


Capítulo 8
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá! Como vocês estão? Então, eu gostaria de começar agradecendo todo o apoio e carinho de vocês, leitores. Isso é tão importante na continuidade de uma história, no trilhar do caminho de um escritor. Então, obrigada, obrigada, obrigada.
Sem enrolação, mais um capítulo!
Boa leitura!
TEM PRESENTE NAS NOTAS FINAIS, hein?! Quem perder, perdeu.



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Capítulo Sete

Escrito por G. de Oliveira

Hinata não sabia onde estava. O cheiro era de Naruto, porém ela sabia que tinha algo de diferente. Fechou os olhos, lembrando-se lentamente da noite passada, o que a fez sorrir. Foi uma situação cômica, a forma como eles sabiam que estavam correndo um para o outro. E quando finalmente se viram nem precisaram dizer uma única palavra: estava escrito em seus olhos. Até mesmo a forma como se movimentavam poderia dizer o que precisavam. E depois Naruto levou-a para a casa dele. Quer dizer, casa deles.

Ela desmaiou e foi uma vergonha, mas ele a tranquilizou com seu sorriso e amou-a, dizendo como estava feliz. Era melhor assim, quando estavam juntos. Aqueles dias longe de Naruto fizeram com que Hinata entendesse que ficar longe só pioraria sua situação, o que poderia levá-la a fazer algo que não era de seu feitio. Ela havia batalhado tanto para que ele pudesse reconhecê-la e amá-la, não podia simplesmente jogar tudo fora daquele jeito. Era como mostrar que estava desistindo de tudo, o que era errado.

Estava sozinha na cama. Suspirou. Naruto provavelmente já tinha ido trabalhar e ela tinha que voltar para o Clã. Conhecendo Ko como ela conhecia, ele surtaria e mandaria todos os ninjas de Konoha atrás dela, algo desnecessário, mas, no fundo, ela rezava para que ele não implicasse com isso e apenas deixasse para lá. Ela estava muito bem, afinal de contas.

Espreguiçou-se e levantou. Vestiu-se e começou a percorrer a casa em busca da saída, porém o corredor lhe chamou a atenção com quadros de cerejeiras e outras árvores e um mais bonito ainda dos pais de Naruto. Sim, eram eles, porque Naruto havia lhe mostrado quem eram eles quando conversavam uma vez. Na noite passada não prestou atenção nisso, mas vendo-os sentiu um grande conforto. O sorriso de Naruto era uma herança de Kushina, definitivamente, e os cabelos loiros e os olhos azuis, eram algo de Minato. A força e a coragem eram uma mistura deles que nasceu em Naruto. Eles eram uma família belíssima.

— Gostou do quadro?

Hinata virou-se assustada e preparada para atacar, mas era apenas Naruto.

— Que susto, Naruto-kun. — riu, enquanto ele se aproximava, abraçando-a por trás. — É um quadro muito bonito. Acho que eles eram incríveis.

— Eles eram, mas o legado continua.

Ela riu.

— Percebi. Você não deveria estar no trabalho? — perguntou, virando-se para ele.

— Hm, talvez.

Talvez? Eu tenho certeza. Vamos, mocinho. Você tem uma vila para governar.

Hinata começou a empurrá-lo até a cozinha, e se surpreendeu em encontrar a mesa cheia de comida. Parou e olhou para ele com os olhos arregalados.

— Oe, não me olhe assim. — ele disse, de cenho franzido. — Achou o quê? Eu tenho minhas habilidades, 'ttebayo!

— Estou vendo! Desculpe, é uma surpresa para mim. — gargalhou. — Desculpa.

— Hai, hai.

Sentaram-se e começaram a comer. Naruto fez questão de quase explodi-la de tanta comida e conversaram um pouco.

— Eu não queria sumir daquele jeito. — fez uma pausa. — Talvez eu quisesse, mas não conseguia ver claramente que era o errado. Acho que me senti muito pressionada e acabei me jogando nesse abismo de dor pela perda do meu primo e do meu pai, e eu não queria que você fosse junto.

— Foi errado, Hina, porque se você precisa de mim, você tem que ceder a esse orgulho e me deixar ajudar. Eu posso e quero cuidar de você. Ora, você acha mesmo que eu me atreveria a mexer com Hyuuga Hinata se não pudesse arcar com as consequências? Eu sou Uzumaki Naruto!

— Hai, hai. — riu. — Naruto-kun...

— Hm?

— Sobre ontem... é sério, não é?

— Claro que sim! A gente vai casar, 'ttebayo!

Hinata sorriu.

— Bom, é que eu preciso te comunicar uma coisa.

— Oh, entendi porque esses velhos temem você.

— Eu vou adotar o Kotarou. — despejou de uma vez.

Naruto não soube o que dizer. Claro que não era algo ruim, Kotarou era um ótimo rapaz e precisava de alguém ao seu lado, mas... se fosse assim, eles teriam de adotar todas as crianças órfãs de Konoha.

— Por quê? — perguntou, mais por curiosidade do que por recriminação.

— Ele precisa de mim, e eu sei que posso cuidar dele. Talvez eu seja um pouco nova demais, mas eu não vou conseguir viver sabendo que não fiz nada por ele. E eu sei o que você está pensando. É claro que eu lamento por todas as crianças órfãs, mas Kotarou... ele apareceu assim, entende? Simplesmente apareceu. Quero cuidar dele, guiá-lo para um caminho cheio de luz, e não permitir que ele se afunde em uma escuridão. Todos pensam que só os Uchiha são amaldiçoados, mas nós, Hyuuga, também somos. Essas tradições acabam conosco. Eu quase me deixei levar, e não posso permitir que isso aconteça novamente. Com ninguém.

O loiro sorriu e abraçou-a.

— Você me deixa mais orgulhoso a cada dia, hime. E eu tenho certeza que Hiashi sente o mesmo.

— Obrigada, Naruto-kun, por tudo.

— Mas então, quando você vai trazê-lo para casa? — perguntou enquanto erguia-se para arrumar a mesa. — Ah! Claro, temos que tratar da sua mudança. E você vai trazer Hanabi? Eu acho que é melhor, porque deixá-la sozinha não é bom, ela está passando por um momento delicado e...

— Naruto-kun! — gritou. — Calma, calma! Eu vou adotar Kotarou, mas preciso…

— Nós, Hina, nós vamos.

Ela arregalou os olhos, mas sorriu.

— Hai, nós vamos adotar o Kotarou, mas para isso eu preciso cuidar de todos os documentos e enfrentar todas as burocracias. De qualquer forma, acho que consigo tê-lo conosco em pouco tempo. E sobre a mudança… será bom. A organização vai ficar mais fluida e o espaço será bem maior, e eu posso trabalhar aqui mesmo. A contratação de ANBUs ainda funciona? Precisarei deles para me comunicar com Hikko-san; vou deixá-lo como uma espécie de vice-líder. Sim, é isso. Hanabi... Você tem razão, eu não posso deixá-la sozinha. Somos só nós duas agora. — disse tudo isso calmamente, diferente de Naruto.

— Sim, Uzumaki-sama!

Ela franziu cenho.

— Não sou uma Uzumaki.

— Ainda. — riu. — Não vai demorar a se tornar uma. Kotarou também.

Hinata fez uma expressão de questionamento.

— Ele vai levar meu nome, Hina-chan. Dã.

A Hyuuga revirou os olhos, mas sorriu, encaminhando-se até ele, abraçando-o e beijando-o calmamente. Estar nos braços de Naruto fazia com que se sentisse segura, calma, ele tinha esse poder de deixá-la mais forte, preparada para qualquer desafio, porque sabia que ele estaria ao seu lado, independente do que ocorresse.

Δ

Kotarou era um menino bem diferente de qualquer outro Hyuuga e ele logo sentiu esse impacto de culturas no momento em que pisou em Konoha. Os outros rapazes de sua idade não eram tão transparentes quanto ele era nem gentis. Fracos. Não, na verdade ele não era fraco. Ele viveu em um lugar em que as pessoas não se importavam realmente com os treinos, suas vidas se baseavam mais em agricultura, portanto Kotarou não sabia lutar muito bem. Mas para aquelas pessoas tão nobres e superiores, ele era sim um fraco.

Tentou focar na imagem de Hinata, sua dama salvadora, como resolveu chamá-la. Ela havia lhe dito que ele não era fraco, apenas que precisava treinar e ela ajudaria. Era impossível não acreditar nela, seus olhos perolados eram os mais sinceros que ele já havia conhecido. Nunca pensou que um dia poderia ter algum amigo, e ela era muito mais do que merecia.

Mas nos últimos dias ele estava preocupado com ela. Naruto havia parado de visitá-la e ela tampouco pensava em vê-lo. Kotarou não entendia muito bem essa situação, porém sabia que estava fazendo muito mal a ela. Conseguia ver a tristeza em seus olhos perolados e nem mesmo seu sorriso parecia mais verdadeiro, era só um gesto automático cheio de cansaço, implorando para que aquela situação, fosse ela qual fosse, acabasse logo. Ele queria muito ajudar, mas sabia que só existia uma pessoa que poderia realmente trazê-la de volta, e essa pessoa não era ele.

O fato era que ele se sentia sozinho. Seus pais morreram quando ele ainda era apenas um bebê de colo e desde então ele foi criado pelos outros moradores da vila em que vivia. Eles sempre foram compreensivos e tentavam deixá-lo mais confortável com aquela terrível situação em que se encontrava. Mas Kotarou foi forte, mostrava que estava bem e também seu melhor sorriso, o mais bonito possível, o que não queria dizer que era o mais sincero. Seu peito ainda doía muito quando pensava que não tinha mais ninguém. Claro que seria eternamente grato às pessoas da vila por terem cuidado dele, porém não era a mesma coisa. Ele queria poder ter uma família.

Ele pensava que talvez isso jamais aconteceria e que viveria sozinho até a eternidade, porém estava tentando acreditar que ele encontraria, sim, uma família, pessoas que seriam parte dele. Poderia demorar, mas ele esperaria pacientemente. Ele não se importava se a família seria perfeita ou não, bastava que estivesse ali, para que pudessem apoiá-lo e ajudá-lo. Dar amor e carinho.

— Kotarou-kun?

— Hai, Ko-san?

— Hinata-sama quer vê-lo. Acompanhe-me.

— Hai.

O menino acompanhou Ko até a sala de Hinata. Ko era uma ótima pessoa também, cuidava muito bem de todos, só era um pouco exagerado em relação à Hinata. Algumas vezes parecia que estava perseguindo-a, mas tirando isso, Ko era alguém que se podia confiar com os olhos fechados.

Esperou que fosse anunciado e então entrou. Hinata estava belíssima em um quimono simples, uma vestimenta típica do Clã e os cabelos presos em um coque desajeitado. Era uma imagem que ele adoraria poder guardar para sempre.

— Kotarou-kun! Não vai me dar um abraço?

Ele sorriu e aproximou-se, abraçando-a bem forte. Seu cheio era tão suave, algo bem viciante, que dá vontade guardar dentro de um pote para nunca mais esquecer.

— Hinata-chan, aconteceu algo? — perguntou preocupado.

— Se estiver falando de algo ruim, não, não aconteceu. Mas eu tenho uma notícia muito boa para te dar.

— Sério? E o que é?

— Bom, eu realmente queria te contar agora, mas precisamos encontrar com o Naruto.

— Naruto-kun? O que ele tem a ver…?

— Você já descobrirá. Vamos. — sorriu.

Ele se deixou levar por Hinata, que pediu que Ko cuidasse de tudo até que ela voltasse. A Hyuuga o arrastou pelas ruas de Konoha até que chegassem a frente ao prédio Hokage. Kotarou lembrou-se da primeira vez em que viu aquele lugar, os rostos dos Hokages esculpidos naquela enorme rocha. Naruto falou sobre todos eles, e deixou o menino surpreso dizendo que o Quarto era seu pai. Bom, o Uzumaki havia lhe contado várias coisas interessantes e se mostrou um homem muito bom. Ele gostava do loiro hiperativo.

Esperaram lá por alguns minutos, conversando enquanto o tempo passava.

— Hinata-chan, por que estamos aqui?

— Calma, Kotarou-kun!

— Hai. — fez uma pausa. — Você não está mais brigada com o Naruto-kun, não é?

Hinata franziu o cenho.

Ele percebeu, hein?

— Nós não brigamos.

— Não?

— Não exatamente. Foi só um distanciamento, mas já resolvemos isso. — sorriu. — Não se preocupe.

— Hai! Vocês se amam e quem se ama não pode se separar. Nunca.

A morena aproximou-se para abraçá-lo enquanto Naruto chegava. O loiro viu a cena de longe e sorriu, pensando que não poderia ter escolhido mulher mais adequada para ser a mãe de seus filhos.

— Desculpem o atraso. A obaa-chan resolveu aparecer e encher minha cabeça.

— É melhor que ela não ouça você a chamando assim, Naruto-kun. — disse Kotarou.

Ele gargalhou.

— É verdade. Ela pode me bater. — gemeu. — Obaa-chan tem um soco terrível.

O menino riu. Naruto sorriu para Hinata e piscou, puxando-os para si e desaparecendo para logo surgir no terraço. Kotarou ficou surpreso com essa atitude, não estava esperando. Já tinha ouvido falar que Naruto podia usar o teletransporte, porém nunca imaginou que presenciaria isso. Era incrível!

O loiro se sentou e Hinata o acompanhou.

— Vem cá, Kotarou-kun. — ela chamou.

Ele se aproximou, sentando-se de frente para o casal. Eles sorriam tranquilamente.

— Lembra quando eu disse que eu faria de tudo para você tivesse amigos, uma família?

— Hai, Hinata-chan.

— Pois então. Está bem melhor agora, não é?

— Hai! Eu conheço várias pessoas legais, e tem você e o Naruto-kun, que são incríveis. Eu sou muito feliz. Arigatou!

— Não precisa agradecer. Eu vou te contar uma coisa. — fez uma pausa. — Eu e Naruto-kun... vamos nos casar.

O menino arregalou os olhos. Os mais velhos ficaram temerosos da reação dele, mas Kotarou sorriu lindamente para eles.

— Que legal! Vocês serão o casal mais bonito do mundo! E forte também.

— Oe, oe, Kotarou-kun! Claro que seremos, mas todo casal precisa de filhos, e nós decidimos que você seria um ótimo filho.

Kotarou ficou confuso.

— Como assim? — perguntou hesitante.

— Bom, nós queremos ser seus pais. Se você quiser, é claro. — disse Hinata, sorrindo esperançosa.

Kotarou não reagiu. Tudo que se ouvia eram os pássaros e o vento indo e vindo. Naruto e Hinata já estavam prontos para receber um não do menino, mas o que ouviram foi seu soluço. Olharam-se e aproximaram-se para abraçá-lo.

— Gomen. É que vocês são muito mais do que eu mereço, e eu sempre, sempre quis uma família, porque eu não tinha nada.

— Mas agora você tem, e você é muito valioso para nós, Kotarou-kun. — disse Naruto. — Somos uma família agora, certo?

— Hai! — sorriu entre as lágrimas. — Arigatou, Hinata-chan, Naruto-kun. Eu estou muito feliz.

— Nós também, querido. — disse secando suas lágrimas. — Vai ficar tudo bem. Eu prometo.

Ficaram abraçados por mais um tempo. Era como se tudo estivesse completo, o quebra-cabeça estava finalizado, não havia por que se preocupar mais. Estava tudo bem.

— Agora é a hora de comermos ramén!

— Naruto-kun… — advertiu-o. — Você já come ramén todos os dias, precisa parar um pouco.

— Só hoje, Hina-chan! Por favor!

Ela revirou os olhos.

— Só hoje… sei… Bom, do que adianta negar? Nós vamos para lá de qualquer jeito.

— Oe, Hina-chan! É impressão minha ou você está ainda mais cabeça-dura do que antes?

Kotarou riu. Estava feliz. Definitivamente, feliz.

 Δ

A notícia de que Naruto e Hinata se casariam espalhou-se bem rápido. Alguns ficaram surpresos, outros ficaram muito felizes e aliviados, porque, finalmente, eles estavam juntos. A vila estava em festejos. Menos, é claro, os conselheiros do Clã. Os malditos continuavam acreditando que aquele casamento traria muita desordem à família e a linhagem não se manteria mais pura, mas Hinata não se pegou a isso, já que é sua vida, sua escolha e não voltaria atrás. Não seria justo desistir do único homem que ama por causa de alguns senhores chatos e cheios de ideologias fracas.

Ambos tiveram que se desdobrar para que cumprissem tudo, especialmente com relação à adoção de Kotarou, que era uma situação mais delicada, mas estava indo tudo bem. A Hyuuga mudou-se para a casa de Naruto, e reorganizou o distrito do Clã. Como já havia previsto, o espaço tornou-se mais amplo e muito mais confortável. Hikko-san a ajudou em tudo e ainda tentou fazê-la desistir do casamento com Naruto, porém, não deu certo. O homem só queria ver o filho casado e lhe dando netos, mas talvez tivesse de esperar mais um pouco.

Ninguém nunca tinha visto Hinata tão bem. Seus sorrisos sinceros voltaram e aquela aura negativa havia desaparecido. Qualquer um que chegasse perto dela era contagiado por sua alegria e sentia a diferença em seus olhos, que são a porta para a alma. Hinata decidiu que deveria aceitar a morte de seu pai e de seu primo, deixá-los ir, porque essa é a única saída quando perdemos quem mais amamos. Não seria egoísmo viver presa neles, sabendo que precisavam de paz, algo que buscaram por toda vida? Talvez não fosse, mas era preciso, não esquecer, apenas aceitar.

Naruto também. Por várias vezes pegou-se pensando em como Hinata lhe completava. Passou tanto tempo sozinho, seguindo por um caminho incerto sobre si mesmo, ainda que sempre acreditasse que daria tudo certo no futuro. E ela sempre esteve ao seu lado, apoiando-o ainda que em silêncio. A ligação que têm é muito forte e qualquer um pode perceber isso, basta olhar em seus olhos. Ele sabia quando ela precisava dele e vice-versa. O fio vermelho que os ligava jamais poderia ser quebrado.

Em um mundo tão vasto como aquele e cheio de coisas ruins e tristes, é preciso existir algo de bom, uma luz, algo mágico que preencha todo o vazio causado pela dor de viver em um lugar assim. Era assim que Naruto se sentia em relação à Hinata. Mas mais que isso, ela era o amor que ele precisava, o caminho que ele trilharia para ser feliz ao lado dela. E ela o amava, não porque era o Hokage ou por ser poderoso. Não, não era isso. O amor que ela sente é diferente, é puro, é um sentimento que visa quem ele realmente é. Ele nunca pensou que viveria isso, porém encontrou alguém que ama seus defeitos e qualidades. Talvez mais os defeitos do que as qualidades, e isso não era de modo algum ruim.

Quando encontrou com sua mãe no treinamento para dominar a Kyuubi, ela lhe contou sobre seus últimos momentos e repetiu os seus pedidos. Kushina lhe disse para encontrar alguém como ela. Naruto não entendeu isso muito bem no começo, mas após cada ação de Hinata ele entendeu o que sua mãe quis dizer com isso: ele deveria encontrar uma mulher que fosse capaz de amá-lo intensa e verdadeiramente, aquela que se sacrificaria por ele sem pensar duas vezes. Era ela, era Hinata. Era como se sua mãe soubesse muito antes de tudo acontecer. Tinha certeza que a Uzumaki estaria em algum lugar muito orgulhosa dele e também feliz, porque ele era feliz. Muito feliz.

Havia conquistado tudo que mais queria: uma família, a felicidade, era amado e amava. Agora, só lhe restava um último sonho: continuar fazendo Hinata feliz, porque ele já era extremamente feliz, completo.

 Estava tudo bem, porque seu céu estava cheio de estrelas e a Lua... Ah, a Lua era só sua.

Δ


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Notas finais do capítulo

E então? Acho que alguns já previam esse destino para o Kotarou que é um amorzinho de pessoa. Adoro esse menino. E eu acho que foi a melhor coisa que poderia acontecer a ele, não é mesmo, ter uma família com duas pessoas tão incríveis. Achei justo.
Bom, estamos na reta final, mas ainda temos alguns momentos fofíssimos a acontecer. Vai ser algo simples, mas muito bom.
Ahhhh, eu queria deixar uma coisa aqui... Pena de você que não leu as notas finais, viu?!

"A verdade era que ela gostava das coisas assim. E mais ainda: preferia que fossem assim. Ela se sentia tão bem, livre e desimpedida do mundo, das consequências e responsabilidades. Hinata se sentia poderosa quando seu amor a agarrava com força e estourava sua cabeça, dava socos em seu estômago e garganta. E amava mais ainda quando destroçava seu coração frágil e idiota. Esse era o único amor que ela conhecia e era o único de que precisava. Ah, sim, era esse."

Pois então. Projeto novo? Sim, projeto novo. Não é algo completo, mas estou desenvolvendo e, quem sabe, mais tarde nos encontraremos por aqui de novo?! Vamos aguardar acontecimentos.
Espero que tenham gostado do capítulo e os aguardo no próximo!
Até mais! ♥