The End Of The Peace escrita por Saffra Everdeen Mellark
Notas iniciais do capítulo
Oii! Alguém vai fazer uma aliança, com quem sera?
Encontro o 10, está a torturar a do 5, eu acabei de matar uma pessoa, qual seria a diferença em matar mais uma? Tiro uma flecha e disparo-lhe nas costas fazendo-o cair. Chego perto da rapariga do 5 que está a gemer de dor.
—Queres ajuda? - pergunto-lhe.
—Dispara e acaba com o meu sofrimento, eu não vou conseguir sobreviver - olho para a miúda, cortes pelo corpo todo, está a perder muito sangue e eu receio não a conseguir ajudar.
—Desculpa - pego na flecha e disparo, matei 3 Tributos num dia, não é assim tão mau.
Começo a ouvir barulhos, árvores a cair, pego nas minhas coisas e começo a correr, as plantas têm todas espinhos e eu fico toda picada, estava tudo a ser demasiado fácil para mim. Começa a custar-me a caminhar e caio por um monte abaixo, sinto sangue no meu corpo, é então que caio na água de um lago, o sangue mistura-se e alivia-me a dor, já me viram sofrer um pouco.
Resolvo passar a noite numa árvore, naquele dia vejo quem morreu, a miúda do 2, a miúda do 5 e o 10, todos mortos por mim, claro com o Harry no final e isso fez-me chorar, ele era demasiado novo, ele ajudou-me muito e eu não fui capaz de o proteger, primeiro a Monica, agora ele. Na arena, estão o 2, os dois do 4 e eu, ou seja, somos quatro, em breve o grande final aproxima-se, eu contra 3 carreiristas, olhem só o interessante que vai ser...
Acordo com o som do canhão, saio da árvore e caminho um pouco, acabo por me sentar no chão, o grande final não deve tardar a acontecer, mas esta arena foi demasiado rápida, uma semana não é suficiente, ou seja, eles não nos querem matar já, a menos que nada aconteça. Sinto o som de passos nas folhas, armo a flecha e aponto-a a quem quer que venha na minha direção.
—Calma! - é o Odair, ele levanta os braços e põe o tridente no chão. - Está tudo bem, eu vim em paz.
—Que queres? - pergunto e ele senta-se ao meu lado.
—Lamento muito pelo Harry - diz de cabeça baixa.
—Lamento muito pela Amy - é óbvio que foi ela, e em breve o Dylan vai aparecer e aí a nova geração do esquadrão 451 vai estar toda junta.
—Estive a pensar, tu queres matá-lo, eu também, podemos fazer isso juntos - ele propõe.
—Como assim? Tipo uma aliança? - pergunto e ele assente. - Por mim tudo bem.
—A comida desapareceu toda - observa ele.
—É verdade - ele vê sangue a escorrer por mim toda.
—Meu deus! Willow, vamos tratar disso! - ele pega-me ao colo e eu confesso que senti uma coisa estranha. Ele leva-me para uma caverna e de repente lembrei-me dos meus pais.
—É aqui o teu esconderijo? - pergunto e ele assente, tiro da minha mochila a pomada e ele tira o kit de primeiros socorros, no entanto, não paro de sangrar.
—Sim - responde curto e tira a camisola, meu deus, que corpo dos deuses é aquele? Devo ter estado muito maravilhada por ele ri. - Gostas do que vês?
—Cala-te! - rio, ele enrola a camisola à minha perna.
—Confessa lá, sentiste-te atraída pelo meu corpinho, não foi? - ele chega muito perto de mim, recua, recua, recua!
—Não! - exclamo e ele ainda chega mais perto e eu dou-lhe um soco no peito ao de leves, começo a vomitar água, não como há dias, a comida da mochila acabou e não tenho mais nada nos últimos dias.
—Estás bem? - eu continuo a vomitar. - Estás a vomitar água, há quanto tempo não comes?
—Desde os últimos 2 dias - ele arregala os olhos. - Eu tenho que ver se arranjo qualquer coisa!
—Não, eu não te posso deixar ir sozinho! - fico preocupada. Ele vem ter comigo e dá-me um abraço.
—Meu deus, estás com febre, estás a ferver! - ele está realmente a tentar ajudar-me.
Ouvimos um paraquedas descer e o Finnick vai lá fora ver, trazendo para dentro uma malga com sopa e outra com lombo assado, vai dar umas boas refeições.
A seguir à refeição ele olha para mim com uma cara um tanto estranha, constrangida.
—Eu não te queria dizer para fazeres isto, mas era o que a minha avó me dizia para fazer quando eu tinha febre... tira a roupa e fica só de roupa interior...
—Estás maluco? Eu mal me consigo mexer! A menos que ma tires tu! - isto está a soar tão mal.
—Com licença... - ele tira-me o casaco, e em seguida a camisola timidamente, nunca pensei ser viva para ver Finnick Odair com vergonha, se bem que eu também devo estar muito vermelha, nunca nenhum rapaz me viu de roupa interior. Tira-me as calças e refaz os curativos na minha perna. Ele levanta a cabeça e eu e ele estamos a centímetros, é a nossa chance de ter mais patrocinadores ainda. Ele junta os nossos lábios e eu ponho as mãos em torno do pescoço dele, este beijo não é aqueles beijos estúpidos, é um beijo de língua, um beijo que só me faz querer mais. Definitivamente eu considero-me a rapariga em chamas neste momento.
Quando o ar nos falta eu olho para ele e ele olha para mim, desta vez quem toma a iniciativa sou eu, colo-me aos lábios dele, eu podia ficar assim para a eternidade, se eu pudesse continuar a beijá-lo para sempre seríamos apenas simples adolescentes, o problema é que nos vamos ter que separar e aí estaremos a lutar pela vida e um de nós vai morrer.
Ele põe-me no colo dele e beija o meu pescoço, nunca ninguém me fez isto, eu estou a gostar muito, o beijo dele é bom, ele é bom e...
Aquilo tudo acaba, olhamos um para o outro e eu saio do colo dele, deito-me, acho que o Capitólio deve estar a vibrar com o que acabou de acontecer, deito-me timidamente e quando reparo estou deitada com a cabeça no peito dele, enquanto o mesmo me abraça, é tão bom estar assim...
—Se estes forem os meus últimos dias, é contigo que os quero passar - confessa e eu olho para ele.
—Eu também sinto o mesmo - digo e deito-me de volta enquanto ele acaricia os meus cabelos.
—Se eu morrer e tu sobreviveres eu prometo estar sempre a olhar por ti - dou-lhe mais um beijo e tenho lágrimas nos olhos.
—Eu não consigo imaginar a minha vida sem ti! - isto já é exagero, mas fica bem.
Adormeço e quando acordo já estou melhor e já me consigo mexer, visto-me e já ando na perfeição, quer dizer, dentro do possível.
Saio e encontro o meu aparentemente talvez namorado? Eu não sei o que somos, a única certeza é que temos um objetivo em comum, matar o Dylan!
Continua...
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Espero que tenham gostado ;)