The End Of The Peace escrita por Saffra Everdeen Mellark
—Chegamos, avó! - o Finnick grita mal entramos em casa.
—Venham para a mesa, o almoço está pronto! Conversamos à mesa! - lavamos as mãos e vamos para a mesa. - Como o Finnick me disse que és vegetariana, fiz esta comida para ti.
—É, eu adotei esta nova dieta desde que voltei ao 12. Ao menos não se caça com armas - ela mostra um sorriso compreensivo e eu olho para o Finnick que me pisca o olho. Na verdade, eu só não consigo comer peixe, mas a Annie não tem que saber de tudo. Fico a dever uma ao Finnick.
—Mas contem-me lá como foi - o Finn mostra um grande sorriso.
—Sabes o Bryland? - ela assente. - Fez as provas todas, no final, chegou-se à beira da Willow e perguntou-lhe se a tinha impressionado. Foi demasiado bom. Ela disse-lhe que ele falhou uma flecha e ele desafiou-a a fazer o simulador. Ela acertou tudo.
—Não! A sério? O Bryland tem a mania que por ser qualquer coisa do Brutus, é o melhor de todos. Adorava ter visto a cara dele! - ela ri-se imenso.
—Não gostei foi do Comandante - ela suspira.
—Que te fez? - questiona.
—Foi muito duro com o Finn. Começou a dizer-me que eu teria sido uma excelente carreirista se tivesse sido treinada, e ainda começou a especular o que eu fazia. Insinuou até que eu caçava e tinha tido preparação! - ele come um pouco e bebe um copo de água.
—Nunca te disse, mas em parte é verdade. Nos Jogos deste a impressão que tinhas sido treinada, e não te quero ofender, mas se tivesses tido aquele treino, tu eras implacável. Não há mal nenhum em ser guerreira, Willow - pensando na última parte é verdade. - Falaste com o Dominick, Finnick?
—Não tive tempo. Foi uma correria, mas quero ver se o faço - explica. - O Dominick é dos meus melhores amigos, Willow. De certeza que vocês se vão adorar.
—Estava aqui a pensar, podemos ir à praia hoje. Que me dizes, Willow? - um grande sorriso brota na minha cara.
—Claro! Nunca fui à praia antes! - eles riem-se.
—Sabes, fofinha? O teu entusiasmo é tão divertido... - o Finn diz entre gargalhadas.
—Fofinha? - quando eu pronuncio a palavra ele parece aperceber-se de que ele a disse primeiro.
—Ahh... sobremesa? - a Annie arranja uma saída estratégica.
—Desculpa, eu não quis ser... - ele começa a explicar-se quando ela sai, mas eu beijo-o.
—Eu gostei - ele parece ficar mais tranquilo.
—Meninos, eu vou entrar agora e espero não me traumatizar - volto à posição inicial. - É que eu ouvi umas histórias do Peeta...
—Mal ele sabe o que aconteceu... - sussurro.
—Que foi? - surpreendo-me com o facto de ela ter ouvido. - Eu tenho boa audição.
—Se ele tivesse entrado no quarto do meu irmão quando eu entrei, tinha-lhe dado um ataque a ele e à Delly! - ela parte-se a rir.
—Eu tentei impedi-la! - o Finn defende-se. - Também não se pode queixar, quando eu entrei em casa até voltei para fora outra vez.
—Sejam mais práticos, sexo é algo normal - fico chocada com o comentário. - Não, a Johanna não invadiu o meu corpo. Vocês dramatizam muito. O Peeta exagerou imenso. Nunca pensei dizer isto, mas a Katniss teve imensa calma com o assunto - fico confusa. - A tua mãe em nova, não te passa.
—Como assim? - até tenho medo da resposta.
—Muito tímida quanto a isso. Ela e o Peeta só deram o passo seguinte cerca de um ano depois da Revolução. Ela tinha muitos complexos com isso, surpreende-me que tenha reagido tão calmamente - é muito a minha mãe, realmente.
—Como é que tu reagias? - eu não esperava que ele lhe perguntasse isso, mas perguntou.
—Ia querer ter uma conversa contigo, provavelmente ligaria ao Peeta, mas agora descobri que teria que ligar à Katniss e pronto, problema resolvido - a Annie é extremamente prática e eu adoro isso nela. - Mas bem, vamos mas é vestir os nossos trajes de banho. Finnick, põe a loiça na máquina.
—Porquê eu?! - protesta.
—Porque eu e a Willow somos duas mulheres que demoramos muito tempo a arranjar-nos e tu és só um e demoras pouquíssimo tempo - nós vamos para cima e a Annie saca um biquíni. - Tira algo que queiras.
—Ok - concordo e escolho. Visto tudo e calço umas sandálias, que mais tarde tirarei na praia. Descemos as escadas e o Finn já está a bater o pé, à espera. Quando se levanta perco o fôlego, aqueles abdominais lindos estão de novo descobertos.
—Vocês, mulheres demoram uma eternidade a ficar prontas! - reclama e sorri ao ver a minha reação.
—É assim, meu querido. Agora vamos por-nos na alheta - ela vai à frente e quando estou a passar por ele sinto um arrepio.
—Controla as mãozinhas perto de mim - sussurra e eu mordo o lábio e continuo a caminhar.
—Bem-vinda à praia, Willow! - fico maravilhada com a beleza do local, o mar tem tons de azul vivo. Uma paisagem magnífica que o Distrito 4 tem o privilégio de ter. Tiro as sandálias e pouso os pés na areia, que se afundam. Continuo a caminhar e respiro fundo.
—Como é ter os pés na areia pela primeira vez? - o Finn alcança-me.
—É estranhamente bom - ele ri. Arranjamos um lugar onde estendemos as toalhas. Dispo o vestido branco e fico apenas com o biquíni. Reparo que o rapaz ao meu lado admira o meu corpo sem pudor, o que me faz ficar corada. - Para!
—Com o quê? - faz-se de inocente.
—Com esses olhares! - neste momento a Annie chega.
—Bem, eu vou dar um mergulho, minhas meninas. Volto já! - observo-o afastar-se de nós e atirar-se ao mar.
—É tão tolinho! Sempre foi assim! - noto que se recorda de memórias com ele. - O pai e avô eram iguais, deve ser de família.
—Acredito-me, os meus pais contaram-me algumas coisas do Finnick e do Finn - ela sorri. - Tal avô, tal neto, têm um vício por cubos de açúcar inacreditável!
—Mas as Everdeen nunca os aceitam - rio.
—É verdade. O Finn adorava o Ryen - noto que uma lágrima escorre pelo seu rosto.
—Todos os dias sinto falta deles, mas todos os dias agradeço-lhes por me terem dado este tesouro - ele chega todo molhado, os abdominais dele ficam ainda mais atrativos molhados.
—Sabes nadar? - pergunta-me.
—Não - ele pega-me ao colo do estilo noiva.
—Que pena - começa a correr para o mar.
—FINNICK ODAIR SEGUNDO, POUSA-ME NO CHÃO AGORA! EU NÃO QUERO! - protesto a altos berros.
—É por me devorares com os olhos todas as vezes que me vês sem camisola - fico violentamente corada. - Agora ficas vermelhinha, mas não te esforças sequer em esconder.
—PARA! - protesto e sinto algo frio a molhar-me.
—Tens que aprender a nadar! - ele insiste.
—Mas assim a tua avó fica sozinha - ele olha para ela.
—VÓ! Vem para aqui connosco! - ele convida-a com cara de "Problema resolvido".
—Não posso, tenho um assunto para tratar - ela parece-me muito sorridente. Arruma as coisas rapidamente e vai embora, deixando a praia vazia.
—Tem um encontro! - penso em voz alta.
—Oh, a minha avó nunca mais teve ninguém desde o meu avô, não será agora que o terá! - renega a opção e eu coloco os braços em volta do seu pescoço.
—Estava aqui a pensar, Finn - venho com as minhas manhas.
—No quê? No quanto te vais divertir a aprender a nadar? - ele não desiste.
—Não - chego perto do ouvido dele e sussurro. - Há coisas mais divertidas que podemos fazer...
—Não vejo nada mais divertido que nadar - começo a beijar o pescoço dele. - Lembra-te que tu é que ficas maluquinha comigo.
—Digamos que eu não me importo - provoco.
—Tu é que disseste! - finalmente ele beija-me. Um beijo quente, como os nossos últimos. Fui atrevida o suficiente para tocar-lhe nos abdominais e sorrio no meio. - Sabes, acho que já chega de praia por hoje!
—Concordo! - arrumamos o que nos competia e vamos todos felizes pelo Distrito, atraindo vários olhares. Ainda assim, não nos olham de lado, mas sim como se fossemos malucos por andarmos a rir no meio da rua sem motivo aparente. Adoro não me sentir detestada em todo o lado.
Quando chegamos a casa percebemos que a Annie não está, tal como eu pensei, ela deve estar a ter um encontro, vou averiguar. Do nada, ele ataca a minha boca e eu retribuo o ataque. Ele pega-me ao colo e vamos para o quarto dele, que é no andar de cima. Tira-me o vestido de renda e continuamos nos beijinhos. É quando sinto que ele me faz desapertar o biquíni que paro o beijo.
—Que se passa? Fiz algo de errado? - ele parece preocupado.
—Não, nada disso. É só que... eu não me sinto preparada para isso - ele sorri compreensivamente e dá-me um bate chapas, saindo de cima de mim. - Não ficas chateado?
—Claro que não! Eu percebo, vai ser quando quiseres - aconchego-me no peito dele, sendo envolvida pelos braços dele. Ficamos assim, sem dizer nada, ele acariciava-me os cabelos e eu senti-me tranquila e em paz pela primeira vez em muito tempo. Acabo por adormecer descansada e sem problemas de consciência.
Continua...
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