Whispers escrita por Gessikk


Capítulo 5
Eles se conhecem desde crianças


Notas iniciais do capítulo

Hey meus lindos, vamos as explicações: Minhas amigas acabaram desistindo da aposta.
Sim, antes a gente só tinha dado uma pausa porque uma das garotas ficou doente..maaas acabou que elas desistiram hahhaha
Tecnicamente, eu venci por causa da desistência delas hahaha
O que isso muda na fic?? Não vou mais postar todos os dias.
Juro que vou me esforçar para não demorar tanto assim... até porque o novo trailer da 6 temporada me deixou beeem animada pra essa fic!!
Inclusive, escrevi esse capítulo no dia que saiu o trailer hahaha..maas só estou postando agora!
Só queria dizer que... "LEMBRE-SE QUE EU TE AMOOOOOO"!!!!
CHORA HATERS PORQUE MEU SHIP OTP É ENDGAME!!!!!!!
Boa leitura Stydias do meu coração!!



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“If this was meant for me, why does it hurt so much?
And if you're not made for me, why did we fall in love?

Oh no, oh no

(...)

You found I'm mistaken, then I was the last one to know
And if you return for me, I'd never want for more”

Fear of the water- Syml

Foi difícil, quase impossível, mas Stiles conseguiu dormir.

Lydia fez uma comida deliciosa e depois dele devorar três pratos transbordando de alimento, ela ajeitou o sofá da sala para que ele dormisse. O travesseiro era confortável, as colchas o mantinham quente, porém, pensar que aquela era a primeira vez que Lydia o fazia dormir na sala, dificultou o sono.

Até mesmo quando ainda só eram amigos, todas as vezes que Stiles dormiu na casa de Lydia, ela fez questão de dividir a sua cama com ele. Então ficar no sofá parecia ser uma prova ainda mais concreta de que ela, realmente, não lembrava dele.

Quando o sono finalmente o dominou, não veio a paz ou o sossego que ele ansiava. O que era para ser seu merecido descanso se tornou em tormento quando foi dominado por pesadelos.

Lydia acordou com o som de gritos roucos, desesperados. Ela desceu as escadas correndo e encontrou Stiles agonizando no sofá. Ele se contorcia, berrava, as mãos e pernas atingiam o vazio.

— Stiles. — Por um momento Lydia só foi capaz de dizer o nome dele.

Suas pernas paralisaram no lugar. Tudo que ela fez, foi olhar para Stiles. A forma como ele se contorcia, berrava e chorava durante o sono a preencheu com uma inesperada sensação de deja vu.

O desespero dele, a inquietação de seu corpo, tudo fazia com que lembranças cegas se chocalhassem em sua cabeça. Era como se uma voz sussurrasse ao fundo da cabeça de Lydia.

— Stiles! — Ela voltou a dizer o nome do garoto, sentindo o sabor doce em seus lábios ao proferir aquela palavra.

“Lembre. Lembre. Lembre. Lembre. ” Era o que a voz dizia. O mais assustador era que Lydia reconheceu a tonalidade daquele sussurro. Era sua própria voz que entoava uma única palavra em seus ouvidos.

A agonia de Stiles durante o pesadelo aumentou. Sua coluna saltou do sofá e por um instante, Lydia achou que ele cairia no chão. Isso a fez despertar dos sussurros que a deixavam desnorteada.

Correu em direção a Stiles e sem pensar no que fazia, desabou no chão. Ficou de joelhos e pôs as mãos no peito do garoto que ela não lembrava. Mesmo sob a blusa, ela sentiu o suor que se acumulava nele.

— Hey, Stiles! — Ela chamou delicadamente. Suas mãos percorreram pelo peitoral dele. Seu rosto automaticamente se aproximou do corpo dele. — Stiles, acorda. Está tudo bem, é só um pesadelo.

Stiles foi liberto da prisão de sua inconsciência ao ouvir aquela voz gentil e conhecida. Seus olhos se abriram perdidos, cheios de tristeza e medo. Sua íris castanhas transbordavam de pavor.

— Ninguém lembra de mim. — Lydia não estava pronta para ouvir aquela voz grave retorcida pela tristeza. — Você não lembra de mim!

Então, os olhos cor de uísque derramaram lágrimas infinitas. Agoniado, constrangido, Stiles sentou no sofá e um soluço desajeitado surgiu de sua boca. Ele passou as mãos na testa suada, sentiu sua pele fria e chorou. Deixou que todo medo, toda lamentação se descarregasse pelo choro.

Horrorizada, Lydia percebeu que Stiles não temia o pesadelo e sim a realidade. Entendeu que o desconhecido era atormentado durante sonos pelos mesmos motivos que era atormentado durante a consciência.

— Stiles... — Ela não sabia o motivo de sentir tão fraca.

Ver Stiles desmoronar, chorando como uma criança, parecia arrancar suas forças. Ele não se acalmava de jeito nenhum. O choro piorava a cada segundo, seu rosto estava vermelho de vergonha, suas mãos tremiam enquanto tentava enxugar as lágrimas.

Lydia não sabia o que fazer, mas era como se o seu corpo soubesse. Ela não precisou pensar, seus músculos agiram como se recordassem aquilo que a mente dela não conseguia alcançar.

Ela segurou os braços de Stiles e os puxou. Assim, não permitiu que Stiles continuasse tentando esconder o rosto. Lydia se inclinou na direção dele e deixou que seus rostos se encontrassem. Seus narizes quase se tocaram.

— Stiles. — Ela não conseguia dizer outra coisa. Somente aquele nome familiar era proferido de seus lábios grossos.

— E-eu acho que vou ter um ataque de pânico. — Ele revelou tremulo, hesitante.

Com os olhos arregalados, Lydia observou os sinais que antes não tinha notado. Notou como Stiles respirava com dificuldade, a respiração curta demais. O rosto antes vermelho, começou a perder a cor.

Ele realmente estava prestes a ter um ataque de pânico. O rosto dele se contorceu de dor, sentindo pontadas alucinantes no peito. Sua garganta fechou, a visão perdeu o foco. Mesmo estando tão perto de Lydia, ele não conseguia enxergá-la.

Aquela situação provocou pancadas nauseantes no estomago de Lydia. Ela lembrava daquilo, já sabia que Stiles tinha ataques de pânico. A familiaridade daquele momento a fez fechar os olhos.

Quando percebeu, já envolvia o corpo de Stiles em um abraço apertado.  Seus braços finos o reconfortaram, suas mãos se cruzaram atrás das costas largas dele.

— Estou aqui, Stiles. — Ela não sabia o motivo de dizer aquelas palavras. — Eu não vou abandonar você.

Stiles retribuiu o abraço. Ele envolveu Lydia com tanta força, tanta saudade, que tirou o pequenino corpo do chão. Obrigou que seus corpos se fundissem como se fossem apenas uma pessoa.

Lydia já não estava mais ajoelhada no chão. Stiles foi capaz de erguer seu peso e a puxar para o sofá. As mãos dele se alojaram no quadril conhecido e por instinto, apertou as ancas conhecidas, fazendo ela estremecer.

Ele mergulhou o rosto na clavícula de Lydia. Inalou o perfume que sentia saudade, a apertou com muita força, desespero, contra si. A sensação daquele contato era tão boa, que ele não refreou a vontade de puxá-la ainda mais.

Fez com que Lydia subisse em cima dele. Ela arfou, mas não tentou impedi-lo. Aquele abraço era tão íntimo, tão gostoso e conhecido, que ela simplesmente não podia se afastar.

Stiles ficou tão entretido com a sensação de sentir Lydia em seu colo, que se acalmou. O choro diminuiu, a dor insuportável no peito sumiu. Lydia preencheu todos seus pensamentos, seus sentidos. Só existia ela, cobrindo toda sua dor, se infiltrando no vazio imenso que tinha em seu coração.

Relembrando de cada momento de intimidade que já tinha compartilhado com Lydia, uma de suas mãos escorregou até uma das pernas grossas. Respeitoso, porém ousado, seus dedos agarraram o joelho da menina e forçou para que ela separasse as pernas.

Lydia não pensou, apenas deixou ser guiada. Separou as pernas e permitiu que Stiles mais uma vez, aumentasse o contato de seus corpos. Seus seios cobertos se chocaram no peitoral magro. As partes mais intimas, cobertas por excessos de roupas, se grudaram devida a extrema proximidade.

— Eu senti tanto a sua falta... — Ele choramingou rouco enquanto suas mãos voltaram para o quadril dela.

Apesar do abraço íntimo, apesar de Lydia ter rodeado as pernas ao redor da cintura de um garoto que ela conhecia através de sonhos, ela tinha a estranha certeza de que estava segura. Sabia que ele não a machucaria, que não a forçaria a fazer nada.

— Quem é você, Stiles? — Ela continuava com os olhos fechados, sua cabeça repousava no ombro dele. — Eu não entendo porque você me deixa assim, nem porque parece tão certo estar perto de você... — Sem perceber, ela levou as mãos ao cabelo dele. Esfregou os dedos na nuca suada, tentando reconfortá-lo.

— Nos conhecemos desde crianças, Lydia. — Ele murmurou choroso, esfregando a ponta do nariz na pele dela. — Nos tornamos melhores amigos e namoramos pelos melhores meses da minha vida. — Stiles suspirou e desejou ter a liberdade de arrancar a camisola que ela usava. — Monstros sobrenaturais me levaram de você e fizeram com que todas as pessoas esquecessem de mim. É como se eu nunca tivesse existido.

Apesar da improbidade daquelas palavras, Lydia reconheceu a sinceridade no que ele falava. Por algum motivo, ela acreditou naquela explicação, tendo a certeza de que era verdade que explicava as memórias perdidas em sua cabeça.

— Eu sei que você ainda lembra de mim, Lydia. Lembra de alguma coisa. — A voz dele era um tipo de confiança e esperança. — Eu implorei que você apenas se lembrasse que a amo.... e sei que você lembra disso.

A cabeça de Lydia girava. Ela queria gritar, queria chorar e acima de tudo, sentia a necessidade de continuar abraçando aquele garoto. Em sua mente, pensava em tudo que não conseguia lembrar e tentava achar uma forma de relacionar as perdas de memória com Stiles.

— Nós já fizemos sexo? — Ela não conseguiu impedir a própria pergunta.

Lydia sentiu o coração de Stiles se acelerar. Tudo que ela pensava, era se Stiles podia ser o homem misterioso com quem ela já tinha tido relações sexuais e que a impedia de avançar a intimidade com o namorado. De alguma forma, ela sentia como se fosse trair o homem desconhecido se dormisse com o namorado.

— Já. — Ele respondeu rápido, os olhos fechados enquanto lembrava dos momentos com Lydia. — Várias e várias vezes. — Completou em um misto de segurança e vergonha. — Eu sei exatamente como você beija, conheço cada centímetro do seu corpo. Sei o que gosta durante o sexo, como lhe dar prazer. — Ela estremeceu, se arrepiou, lutou para lembrar. — Eu conheço você melhor do que qualquer outra pessoa, amor. Conheço por dentro e por fora.

Stiles falou com a segurança, a coragem, que adquiriu aos poucos durante o namoro com Lydia. Além de que, o desespero para fazê-la lembrar o tornava mais corajoso para dizer qualquer coisa.

Lydia só conseguia pensar que ele tinha a chamado de amor.  Ninguém jamais a chamou daquela forma.


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Notas finais do capítulo

Só fofura, né?? Espero que tenham gostado!
Se tudo sair como planejado...no próximo capítulo vou finalmente revelar quem é o o namorado da Lydia!
E ahhhh essa música é da mesma banda que toca a música "Wher's my love" de um momento Stydia lindooo da 5temporada. Então aconselham que todos escutem a música do capítulo e conheçam essa banda maravilhosa!
Beijinhos e até logo



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