Velozes e Furiosos 8: Operação Las Vegas. escrita por Pizzle


Capítulo 2
Elas não estão na esquerda do Greenwich


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal. Quanto tempo, uh? Mas, então, resolvi voltar com essa fanfic, porquê eu recebi um comentário muito amorzinho esses dias. Espero que gostem.



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Phêmeder se sentia sufocada com aquelas pessoas. Não sabia exatamente o porquê, só sabia que era muita cabeça pensando junta, e isso embaralhava seu cérebro. O único que se mantinha quieto era Hobbs, o homem parecia estar consertando alguma coisa no carro do lado de fora. Phêmeder, aproveitando que a atenção estava em Bryan pesquisando a localização da GN, foi para o lado de fora, atrás de Luke. O ar de São Paulo nunca pareceu tão puro. Luke, ainda distraído com o carro, só se deu conta da presença da moça quando esta respirou forte atrás dele. O homem sorriu, se levantando, e só então Phêmeder percebeu a fina camada de suor na pele dele, talvez por não ser acostumado ao calor brasileiro:

— Vocês, americanos, devem passar um protetor solar pra ficar expostos ao sol brasileiro.— a moça senta num banquinho perto dele.

— Virou dermatologista e eu não fiquei sabendo? —Hobbs nem sempre era tão ignorante quanto estava sendo com ela. Ele agia assim para a irritar, como se fosse um troféu a ver soltando fogo pelas narinas.

— O seu mau humor é tão constante, juro perguntar para o Toretto como ele te aguenta.— ela forçou um sorriso sarcástico.

— Isso me fez lembrar de outra coisa, em Santa Marta. Lembra?

O vento frio da mar de Santa Marta bagunçava os cabelos da brasileira. Apesar de ter nascido no Brasil, falava quase três línguas, e conseguia rodar o mundo inteiro sem problemas em comunicações. Alguns dias atrás, se deparou com um novo policial a rondando. Ele atendia pelo codinome Agente Hobbs, e virara muito famoso pela América do Sul, junto com o resto da equipe. Phêm os apelidou de Scooby-Doo, e ela seria o monstro dessa vez. O curioso caso da brasileira ficaria para sempre no currículo do Agente, se conseguisse ter êxito naquilo. O real problema naquela missão era que a traficante era imprevisível, poderia aparecer em qualquer canto, e desaparecer em qualquer fumaça. Lembrava um pouco de Owen Shawn, apesar de trabalhar sozinha. Hobbs contava com a boa vontade da moça de se entregar a ele, ou a levaria a força mesmo, decisão dela. Luke estava muito cansado naquele final de semana, trabalhou igual um camelo no deserto, e resolvera descansar na praia de Santa Marta. Estava tudo ok, se não fosse o barulho de água forte no outro lado da praia. Seguiu o som, e encontrou a mais temida do Sul ali, brincando sozinha na água, apenas com a parte de baixo do biquíni. Ficou alguns minutos a observando, até que a moça o notasse ali. Mais rápido do que entrara, saira. Vestiu rapidamente uma regata branca (que ficou transparente com os pingos de água), e lhe apontou o cano de uma arma:

—O que está fazendo aqui, rato dos Estados Unidos?

—Não estou em horário de serviço.— falou baixo, para que apenas os dois escutassem.

—Eu não me importo. Não é porquê um rato não está comendo, que o gato não pode atacar.

—Não quero, e não vou, te machucar agora.— se aproximou, erguendo as mãos em sinal de rendição. Phêmeder ficou confusa, o que Hobbs queria ali?

—O que você quer aq...—Hobbs não a deixou terminar a sentença, se aproximou e tampou sua boca com a mão.

A proximidade repentina fez Phêmeder repensar todos os atos que fizera; por que ela não tinha ficado com ele ainda? Luke provavelmente gastava um terço do dia malhando, sem tirar com seu rosto que sempre passará uma visão tensa do mundo, e as grandes mãos (importantíssimas para Phêmeder) ágeis que manuseavam armas quase todos os dias. Ele era um pecado, um lindo pecado, apesar de inimigo.

Lucas se aproximou, fitando-a com um desejo nítido no olhar. A boca do homem clamava para sentir o gosto da língua da moça, e ele não conseguia ignorar esse desejo. Lentamente, Hobbs aproxima sua boca, ainda olhando-a incessantemente. Phêmeder, impaciente como sempre fora, quebrou o pouco espaço em questão de segundos, deixando-se levar pela leve sensação de perigo que o homem carregava. Luke, ainda insatisfeito, a deita na areia, apressado, tirando a blusa que ela acabara de pôr. Instantes depois, Phêmeder não sabia distinguir de quem era o suor que estava escorrendo pelas costas.

—Gostaria de não me lembrar.— Phêm responde, e é correspondia por um riso sarcástico do moreno.

—Você é um doce de mulher, já te falaram isso?

—Umas cinco ou seis vezes, na ironia.

Letty chama Phêmeder e Hobbs para entrarem. Enquanto os dois estavam discutindo, Brian conseguiu localizar o último serviço da máfia. Constatou que após o império de Reyes ter caído, quem tomou as rédeas da situação foras a Gangue Nóbrega. Cada uma ficara com duas partes do país, para não ficar confuso, porém Nicola achou novos trabalhos em outro continente e foram para lá, resolver qualquer que fosse o trabalho.

—Se fortificaram através do nosso ataque ao Reyes, genial! Me lembre de ter essa ideia quando formos atacar os outros maiores traficantes.— Roman comenta, sorrindo atoa com o plano quase infalível.

—Será que você não pode nos ajudar a pensar pelo menos uma vez?— Phêmeder ralha, nervosa com a falta de compromisso de Pearce.

—Eu estou ajudando, mantendo a equipe alegre.— Roman fala, sorrindo gloriosamente, como se tivesse ganhado algum prêmio importante.

—A gente precisa daquelas criaturas, não de um palhaço que fugiu do circo.

—Engraçado você falar que eu não ajudo, há alguns minutos atrás você estava flertando com o Hobbs ao invés de nos ajudar.

—Eu não estava flertando com ninguém, nós estávamos discutindo!

—Não sei qual a sua utilidade aqui, Phêmeder. Se fosse pra ficar mongando por ai, pegávamos qualquer detento.

—A minha utilidade? Vou te mostrar a minha utilidade quando seu cabeção duro estiver na mira da minha arma.

—Calma, pessoal. Estamos parecendo Scooby-Doo. Foco!— Hobbs pediu, se intrometendo no meio dos dois antes que Phêm pegasse a arma e realmente atirasse em Roman.

—Calma? Esse filho da puta cretino me chama de inútil e você me pede calma, Luke?— a moça empurra bruscamente o braço do samoano, já que ele tentava privá-la de olhar para Roman.

—Eu falei alguma mentira, Hobbs?— Roman tenta driblar o corpo musculoso do Agente.

—Se é verdade, ou não, só sei que isso não nos ajuda a pegar aquelas safadas que estão correndo o mundo inteiro. Estão parecendo criança!

—Elas não devem estar correndo o mundo...— Phêm fala baixo.

—O que disse?— Hobbs pergunta, se abaixando para ficar da altura dela.

—Elas não estão correndo o mundo.— fala, um pouco mais alto.— Também não estão no Brasil, ou qualquer outro lugar à esquerda do Greenwich.

—E aonde elas estão, então?— Dom pergunta.

—Las Vegas, baby.


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Notas finais do capítulo

E, ai, o que será que leva Phêm à pensar nisso? Será que é verdade mesmo? Dêm seus melhores palpites. Até a próxima, amores ♥



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