Monsters escrita por Semideusadorock


Capítulo 41
Lilith...


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas, tudo bem? Espero que gostem do capítulo, eu sei que to meio enrolado, mas estou tentando mesmo postar, sério.
Boa leitura!



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Nico tentava não estranhar tudo aquilo, mas era inevitável. Suspirou e puxou com delicadeza o braço de Meredith a fazendo ter um sobressalto, mas quando percebeu que era o lobisomem se acalmou e deixou ser puxada até estar em um lugar mais vazio, onde ele a encostou contra o armário.

— Sei que não fala com a Lilith a um tempo, mas você é melhor amiga que a Jessie... cadê ela? — foi direto ao assunto, deixando uma distância considerável entre os dois, afinal sabia como o pessoal daquela escola era fofoqueiro.

— Ela vai ficar longe da escola por um tempo, até ela resolver uns problemas... — a zombie tentou não o encher de detalhes, ele sabia que a Lilith não tinha contado para ele sobre o pai dela.

— Quais problemas? — insistiu preocupado — Não foi o pai dela, né?

O Di Ângelo sabia muito pouco do pai da garota, ele entrou uma vez no meio de uma briga entre os dois, quando ele tentou bater nela entrou na frente o que o fez sair machucado, afinal ele era bem mais forte do que o lobo.

— Ela saiu de casa, eu não posso te contar mais Nico, mas ela está bem, ok? — Meredith disse incomodada, vendo a surpresa do garoto, sabia que ele não a deixaria sair sem contar mais.

— Como assim ela saiu de casa? Meredith! — exclamou surpreso, acabando por aumentar seu tom de voz, chamando a atenção de algumas pessoas a sua volta.

O lobisomem suspirou levando as duas mãos ao rosto, os tampando, deixando que seu corpo se acalmasse e se esfriasse. Ele poderia não amar a Lilith, mas ainda se importava com ela.

— Aonde ela está? — perguntou depois de um tempo em silêncio, refletindo.

— Em uma das casas da família do Connor — respondeu baixo, trocando o peso dos pés e olhando Nico com calma, cruzando os braços.

— Fala com ela, diz que eu quero vê-la, tudo bem? – pediu baixo, sentindo a zombie ficar desconfortável, mais do que o normal.

— Nico...— tentou, vendo-o abrir os olhos e a cortar.

— Só fala com ela, se ela não quiser me ver eu não vou insistir — insistiu, levando uma das mãos ao cabelo.

Meredith assentiu hesitante, vendo-o agradecer e se retirar, entendia o porquê de Nico querer saber como Lilith estava, afinal a garota tinha um nariz em pé inabalável e ela faltar no dia seguinte ao termino com seu namorado era ferir a imagem e ego da garota drasticamente, logo Nico sabia que ele em si não era o problema.

O dia passou se arrastando para Nico, mais ainda quando Connor disse que levaria ele para sua casa de praia depois da aula para ver sua ex. Quando por fim estava na frente da porta branca, viu Meredith ocupar o banco da frente do carro do namorado enquanto o Stoll afirmava que iria na praia com a zombie e quando ele quisesse ir embora era só chamar.

O Di Ângelo respirou fundo e tocou a campainha assim que ouviu o carro dar a partida e sumir pela estrada. A porta não demorou a ser aberta e ele sorriu em ver como a loira estava. A ausência de maquiagem revelava o quanto sua pele era branca e seus olhos claros, suas roupas também estavam longe de serem chamativas e extravagantes como as que normalmente ela usava.

— Oi — Nico proferiu sem jeito, levando as mãos aos bolsos do casaco.

— Oi — murmurou, dando espaço para que ele adentrasse a casa e fechando a porta. — Por que queria me ver?

— Bom, você é a Lilith, a garota mais...— ele parou um pouco pensando no adjetivo certo que não a ofenderia. — Determinada... que eu conheço, logo não posso deixar passar despercebido que você faltou o dia anterior de nosso termino na escola, você nunca faria isso se não tivesse algo realmente sério por trás.

— Obrigada, eu acho... — respondeu sorrindo leve, indicando com a mão que Nico sentasse no sofá, assim como ela o fez.

— O que está acontecendo? — Questionou depois de um tempo em silêncio, já que ela não explicou.

— Meu pai... não é um exemplo de pai, Connor e Meredith me convenceram ontem ir na polícia...

— Polícia? Por quê? Lilith! — Sentiu o nervosismo com tal palavra fervilhar os hormônios e seu lado lobisomem dentro de si.

Ela suspirou jogando a cabeça para trás, tentando pensar em um jeito de falar aquilo a ele sem o deixar explosivo de raiva. Refletiu em sua mente o que poderia dizer, se forçando a fazer isso de maneira rápida, pois sentia ele ficar tenso a cada minuto.

— Meu pai me obrigava a fazer sexo para ele conseguir dinheiro para manter a casa — contou, sentindo Nico estremecer ao seu lado.

— Ele o que?! — o tom de raiva dele a fez se apressar a acalma-lo, ou pelo menos tentar.

A loira segurou a mão de Nico com calma, acariciando ali, vendo-o respirar fundo para não se transformar em lobisomem.

— Começou quando minha mãe morreu, um tempo depois eu descobri que ela fazia isso para manter nossa casa, meu pai prometeu que acharia alguém para isso, eu tinha quinze anos e eu tinha que ajudar de alguma maneira, não tinha simplesmente para onde ir... — contou quase como um sussurro de tão fraca que sua voz saia, mantendo seus olhos fixos em seu pé. — No início era em casos extremos, acontecia no máximo uma vez por mês, quando estávamos muito desesperados para conseguir dinheiro.

“Despois começou a ficar mais frequentes, pois a necessidade não era apenas conseguir dinheiro para sobreviver e sim para viver melhor, o luxo começou a ter uma importância que nunca teve antes em nossa vida, e começava a variar mais as pessoas que meu pai me obrigava a fazer isso...”

Respirou fundo, fechando os olhos, sentindo o Di Ângelo apertar sua mão a incentivando em continuar a contar.

— Eu pensei até mesmo em me matar uma vez, mas eu sou tão inútil que não consegui descobrir como fazer isso — confidenciou.

— Lilith... — tentou reconforta-la, mas ela não deixou.

— Então você entrou na minha vida, começamos a namorar e tudo parou, meu pai aceitou em arrumar outro jeito de ganhar dinheiro, pelo menos enquanto eu conseguisse te manter, porque sua família é rica e ele viu você como um baú de tesouros que eu tinha conseguido adquirir.

— Mas quando a gente terminou... — Nico murmurou, sentindo a culpa o acertar em cheio com aquilo — eu... por que...? Lilith...

— Eu nunca te contei nada porque você iria querer se meter, ia querer me ajudar, qual é, Nico? Você é aquele tipo de garoto que é prestativo, quer ajudar tudo e todos e você ia acabar apenas se machucando, apenas isso... — respondeu se exaltando, olhando os olhos negros que tanto amava.

Nico era perfeito, era um sonho, um sonho que nunca poderia ser seu, ele não a amava, não podia o obrigar a isso.

— Eu me sinto um idiota por nunca ter percebido — admitiu, lembrando de todas as vezes que tinha ido para a casa da garota e nunca sequer tinha notado mais do que um pai severamente chato.

Lilith suspirou, levando seu olhar a Nico, delineando cada pedacinho do seu rosto com atenção; sua barba necessitando ser aparada, sua pele branca, seus olhos negros e intensos, seu cabelo na mesma cor, combinava tão perfeitamente com ele.

O Di Ângelo devolveu o olhar, sorrindo triste para ela, que voltou a encarar seus pés, mexendo os dedinhos calmamente.

— Não tinha como notar, tomei o cuidado para que nada que ele fazia transparecesse para você e ele também estava se esforçando para isso — confidenciou, lembrando de todas as vezes que fingiu estar feliz quando só queria desabafar, quantas fezes o puxou para fazer sexo para ele não insistir em um assunto que ela não queria tocar.

— Lilith...— chamou calmo, baixinho, como se tivesse mais alguém na casa e esse alguém não pudesse e nem deveria ouvir aquilo.

Os olhos azuis dela se desviaram para Nico, sorrindo suave, sentindo a presença acolhedora dele. O lobisomem tirou com cuidado uma mexa do cabelo loiro dela do rosto, pondo atrás da orelha com delicadeza.

— Eu estou aqui tudo bem, eu vou te ajudar no que for preciso, mas eu necessito que você fale o que é, ok? — ele afirmou a encarando no fundo dos olhos fazendo um sorriso surgir em seu rosto e as lágrimas finalmente escaparem.

Nico a puxou para um abraço, reconfortando a ex-namorada, deixando que ela chorasse aquilo que ela tanto queria por para fora, aquilo que tanto tinha a incomodado.


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Notas finais do capítulo

- O que acharam?
— O que querem que aconteça?
— Me desculpem a demora para postar, mas como sabem eu estou demorando a postar, mas eu estou de mudança ainda, então uma correria que não sei explicar hahaha, mas juro que estou tentando colocar tudo em dia no computador para que quando a faculdade começar eu não tenha mais motivos para ficar sem postar e acreditem vem muita coisa por aí.
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Beijos e até!



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