Monsters escrita por Semideusadorock


Capítulo 40
Cargo de melhor amigo


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas, tudo bem com vocês?
Como estou atrasadinha eu falo com vocês nas notas finais, vão ler, vão...
Boa leitura!



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— Não precisava me acompanhar até aqui – Piper disse, parando em frente à sua casa, levando as mãos ao bolso do casaco, que pertencia ao garoto.

— Não custa nada e nem é tão longe da minha casa – Jason deu de ombros, olhando a casa fofa em tons pasteis da McLean.

— Quer entra e beber alguma coisa? – perguntou meio inserta do que deveria fazer e ele riu minimamente com o convite.

— Não creio que tenha uma bolça de sangue aí dentro – comentou a fazendo rir constrangida.

A unicórnio tampou o rosto com as duas mãos, mordendo o lábio inferior.

— Desculpe, é que é estranho – admitiu e ele retornou a rir, se aproximando com calma dela.

O Grace tirou as mãos do rosto da unicórnio com delicadeza, a encarando no fundo dos olhos, que em menos de três segundo mudaram de rosa para laranja e de laranja para verde. O loiro selou seus lábios ao dela, envolvendo em um beijo que não foi hesitado em ser retribuído. Suas mãos foram para a cintura da garota a puxando para si, enquanto Piper envolvia o pescoço dele.

A morena separou o beijo por falta de ar, mas não se afastou dele, sentiu Jason distribuir beijos pelo seu pescoço fazendo-a ficar arrepiada, até mesmo com a presa do garoto arranhando de leve sua pele, mas sem a machucar.

— Eu aceito entrar – sussurrou no ouvido da unicórnio, que assentiu, sorrindo leve.

Depois de uma rápida verificação de que estava sozinha em casa, ela chamou Jason o levando para seu quarto, onde nenhum dos dois perderam tempo para fazer o que queriam. Era estranho como ela conseguia se manter controlada perto dele, mesmo sendo completamente apaixonada, saber que ele era um idiota ajudava com isso.

Piper se sentou na cama, respirando fundo, sentindo os dedos do vampiro percorrerem suas costas nuas com delicadeza, quase como se tivesse medo de tocar realmente.

— Por que não relaxa um pouco? – Jason questionou calmo, fazendo Piper olhar em sua direção.

Ele estava deitado o braço que não a acariciava estava dobrado, posto atrás de sua cabeça, ele estava completamente nu, porém a coberta cobria da sua cintura para baixo.

— Eu estava pensando – admitiu Piper, fazendo Jason franzir o cenho.

— Devo ficar preocupado com isto? – questionou calmo em um tom divertido.

— Não sei – admitiu, deitando-se, vendo o vampiro se acomodar com ela ali, ficando de lado e envolvendo sua cintura, olhando-a de cima. – Vai ser sempre assim? Não estou reclamando, mas eu gostaria de saber – resolveu ser sincera, encarando os olhos azuis claros.

— Como gostaria que fosse? – perguntou calmo, sem desviar os olhos do dela.

— Não sei – confidenciou, era estranho conversar sobre isso com ele, pensando bem, ela nem sabia aonde queria chegar.

Jason sorriu leve, beijando-a pela milésima vez desde que tinha chego naquela casa e como em todas as vezes, ele foi correspondido sem problemas.

— Você não quer que seja só sexo, não é? – perguntou, mesmo sabendo que aquilo era óbvio.

— Eu quero saber o que esperar disso, se devo me preocupar em só ficar com você porquê talvez isso torne algo sério, ou se seremos indiferentes a isso, sendo apenas só sexo, eu preciso de uma direção – concluiu, olhando-o fixamente.

— Eu não posso te dar uma direção – admitiu, decidindo falar a verdade – não posso te garantir que é só sexo, porque eu sinto que não é, mas não posso dizer que eu quero ter algo sério com você, pois não sinto que goste de você para isso, então de qualquer maneira, entendo caso não queira continuar nesse ritmo – falou por fim, não via motivo para mentir para ela, então apenas disse a verdade.

A unicórnio parou para refletir, tirando os olhos do vampiro pela primeira vez desde que começaram a ter aquela conversa, encarando o lustre branco em seu teto, respirou fundo.

— Eu posso lidar com isso por enquanto, mas preciso que assim que você descobrir, diga-me – falou novamente, olhando para ele que assentiu.

— Será a primeira a saber – Jason disse baixo, envolvendo-a em outro beijo, que geraria muito mais naquela noite.

Enquanto isso, na casa dos vampiros...

Nico se arrumou mais na cama, ajeitando Thalia com cuidado para não acorda-la, desligando a televisão. Seus olhos logo se acostumaram com a escuridão e ele conseguia ver a híbrida perfeitamente.

Encolhida contra seu abraço ela parecia tão inofensiva, pequena e doce, ele sorriu suavemente, lembrando como tinha sido conhecer a garota.

Nico desenhava em sua mesinha, o único quieto no recinto, mais concentrado em fazer seu desenho com perfeição do que em tagarelar com as outras crianças. Ele não tinha amigos na época, alguns até mesmo zoavam ele por ser lobisomem, apenas para vê-lo se descontrolar e se transformar.

Quando a professora abriu a porta da sala, chamando a atenção de todos.

— Crianças, teremos uma nova aluna a partir de hoje, Thalia Grace veio da sala quatro b para a nossa, tratem ela bem – pediu, mostrando uma garotinha.

Pequena, ela usava um vestido preto, assim como sua calça preta, seus cabelos estavam presos em um coque alto tão repuxados que todos se surpreenderiam dela conseguir o soltar depois.

Não demorou muito para a menina fazer amigos, não demorou que ela se mostrasse divertida, animada e amigável. Era engraçado como todos os dias, Nico se sentava no mesmo lugar e ficava olhando a menina conversar com as outras crianças. Até que um dia ela se sentou ao seu lado, sorridente.

— Por que está aqui comigo? – Nico questionou, parando de colorir o sol de seu desenho.

— Por que não estaria? – ela rebateu, piscando muitas vezes seus olhos azuis elétricos gigantes, que se destacavam por tanto uso do preto.

— Você nunca veio aqui – respondeu sincero.

— Eu sei, mas estou avaliando opções, eu briguei com meu irmão e o cargo de melhor amigo está aberto, queria saber se gostaria de se candidatar ao emprego? – Thalia questionou, se lembrando das conversas que seu pai tinha com os homens que iam na sua casa as vezes.

Nico piscou confuso e surpreso olhando seu desenho, triste.

— Pra que iria querer isso? Eu vou perder o controle uma hora ou outra – disse voltando a pintar.

— Bom, ser melhor amigo é uma via de mão dupla, eu tenho meus defeitos e você tem os seus, isso pode fazer com que nos completemos – disse dando de ombros e tirando um papel do bolso. – Aqui, caso queira tentar o cargo é só se inscrever.

Ela deixou o papel dobrado em cima da mesa e saiu saltitante para ir brincar com as outras crianças. Nico pegou o papel, desdobrando, vendo que não tinham muitas perguntas, apenas duas.

“Nome:”

“Por que quer se candidatar ao cargo de melhor amigo?”

No final da página havia um “boa sorte!” e o dia e local da entrevista, apenas isso, tudo em uma letra torta em lápis de cor roxo.  Naquela semana, todos os dias Nico ficou pensando o que faria, no final ele se inscreveu e foi na hora do intervalo no dia marcado. Para a sua surpresa, a fila estava cheia, a menina naquele dia usava uma saia jeans azul escura e uma blusa simples de alça.

Ele quase pensou em voltar e desistir, afinal tinham muitas outras pessoas mais legais na fila, mas ele continuou, viu alguns desistindo e todos tinham uma conversa rápida com a Grace.

— Se inscreveu! – disse animada na vez de Nico, vendo-o se sentar ao seu lado. – Por que quer ser meu melhor amigo? – perguntou, fazendo Nico franzir o cenho.

— Se ia me perguntar isso, por que me fez escrever? – rebateu sem entender, apontando para o papel.

— Isso é recordação, caso ocupe o cargo, eu quero provas para um dia eu poder usar a favor ou contra a ti, agora responda, sem ser o texto decorado de seu papel, apenas o que acha – ordenou, pegando o papel dobrado na mão dele.

— Eu não sei o porquê me inscrevi, não tem como eu querer ser melhor amigo de alguém que eu não conheço, então apenas acho você legal, mesmo meu pai dizendo que vampiros não são legais, então estou disposto a te conhecer – respondeu Nico, dando de ombros a fazendo sorrir.

— Perfeito – ela falou se levantando. – O cargo foi ocupado, boa sorte a todos, se conheçam, vai que vocês achem melhores amigos melhores do que eu seria para vocês.

Então Thalia se virou para Nico, esticando as mãos pequenas e magras para ele, sorrindo.

— Vamos, se queremos nos tornar melhores amigos em uma meta de seis meses temos que nos conhecer – disse como se fosse óbvio, fazendo ele rir, e segurar a mão dela, caminhando até a mesinha que ele sempre ficava.

Ele riu baixo, cuidando para não se mexer enquanto fazia isso, ele lembrava de não acreditar que aquilo funcionaria, lembrava de achar que ela o abandonaria um tempo depois, afinal ele não tinha amigos por algum motivo, mas ela não o fez e agora, treze anos depois, eles ainda eram mais grudados do que tudo.


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Notas finais do capítulo

- Então meus amores, como eu disse eu estou de mudança/me mudei, então tá meio correria a minha vida e é isso ai, vou tentar trazer o que der para vocês, quando der, até eu simplesmente conseguir me estabilizar novamente.
— O que acharam do capítulo? O que querem que aconteça?
— Comentem para deixar uma autora feliz ♥
— Beijos e até!



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