The Weasley Family escrita por Paddy


Capítulo 3
Capítulo II: Lucy Campbell Weasley


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou, eu!
Então, hoje eu tô' com um uma puta gripe - tô' sempre gripada, porém, cá estou eu, no meu quarto, postando esse capítulo destruidor de sentimentos.

Bem, antes de lerem o capítulo, leiam isso:

>> Quem interpreta a Lucy é a Georgie Henley.
>> A parte do Quadribol, eu peguei do livro (J.K linda que fez) e o texto de monitora do Pottermore.
>> Pretendo postar os capítulos no dia 8 de cada mês.
>> Nesse capítulo não haverá musica, pois não encontrei nenhuma que combinasse com ele.
>> Florence interpretada pela Ashley Benson.
Espero que Gostem e Boa Leitura.



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CAPÍTULO II

Lucy Campbell Weasley

[14/01/2008 à 05/08/2021]

Olá, leitor!

Como vão as coisas por aí? Aqui, anda tudo na mesma: a cada dia que passo, penso em uma maneira mais sutil de contar a vida de cada um deles. É complicado, eu sei, afinal, contar sobre a vida de alguém e, consequentemente, contar cada um dos segredos, é difícil. Obviamente falar sobre tal assunto não é fácil, pois, ou você escolhe contar tudo de uma vez sem enrolar ou você enrola até achar as palavras certas. Como você pode perceber, eu escolhi a segundo opção, entretanto, farei de tudo para ser mais direta. Ou não.

Acho que você lembra do que eu disse anteriormente, caso não lembre, vou dizer novamente: Seguirei a sequência de Louis, logo, hoje falarei de Lucy, a filha mais nova de Percy e Audrey Weasley e a irmã de Molly Weasley II.

Lembro que Louis me disse que ela havia sido a única que conseguiu faze-lo sentir pena, que havia morrido muito jovem e que tinha uma vida inteira pela frente. Lembro de concordar, mas de lhe dizer que não sentia pena dela.

Sei que deve estar revoltado ou achando que não tenho coração, porém, entenda: Eu sempre gostei dela e concordo que a garota tinha uma vida inteira pela frente, mas as vezes a Morte vem buscar alguns mais cedo. Não importa se era cedo demais, tarde demais, se ela merecia ou não, a hora dela chegou e não havia como fugir disto. Poderia ter sido diferente? Poderia, claro que poderia, mas não foi e não há nada a ser feito em relação à isso. Talvez sentar e chorar pela morte da jovem Weasley. Sei lá, isso é com você, temos opiniões diferentes e eu respeito as suas, entretanto, como já disse: eu não senti pena dela e não vai ser agora que sentirei.

Bem, Louis, por escolha própria, resolveu contar, de forma resumida, a vida dela. Mas eu acompanho a vida dos Weasley a mais tempo, acredito que sei mais coisas que ele e sendo assim, nada mais justo do que contar, de fato, como foi sua vida antes de ir passar a eternidade ao lado da Morte.

Lucy, nasceu no dia 14 de janeiro de 2008 e diferente de Molly que nasceu em um anoitecer, ela nasceu em uma linda tarde. Confesso que não lembro direito daquele dia, os Weasley estavam tão focados a garotinha que acabei esperando para vê-la depois que eles se acalmassem, logo consegui ver Molly dar seus primeiros passos.

Sabe, sinto falta de ver aquele sorriso verdadeiro no rosto de Percy, ele pode ter feito coisas das quais não aprovamos, mas temos que concordar: o sorriso dele em ver suas filhas era tão verdadeiro, tão bonito, nem parecia o Percy Weasley que um dia eu conhecemos.

Confesso que não tenho muito o que falar dela, Lucy foi uma garota cujo o único segredo, na verdade, único desejo, era que sua irmã a amasse.

Lucy podia ser uma criança, mas sabia que sua irmã tentava ser gentil.

Ela via nos olhos de Molly o desejo de ser a única filha de Percy e Audrey, ela sabia que havia entrado no reino de Molly e roubado tudo o que a garota mais amava, porém, ela também sabia que havia sido sem querer: Ela nunca quis ser o centro das atenções, ela só queria ser a Lucy, ela só queria ter o amor de sua irmã.

A primeira vez que falou, Lucy disse: "Molly!"

A primeira vez que caminhou, foi em direção a irmã.

A primeira vez que sentiu medo, ela correu para o quarto de Molly.

A primeira vez que amou, contou para Molly.

Molly era sua melhor amiga.

Molly era a única pessoa que tinha toda a confiança de Lucy, pois mesmo sabendo que a irmã não gostava tanto dela, ela sentia que poderia contar tudo para a irmã mais velha que ela não contaria a ninguém.

No dia em que morreu, Lucy aprendeu que não deveria confiar totalmente nas pessoas.

É difícil dizer tudo isso, eu sinto vontade de chorar enquanto lhes digo isso, pois mesmo não tendo sentido pena dela, confesso que sua história é triste. Ela, de fato, teria uma vida inteira pela frente.

Tudo o que Louis lhes disse sobre o futuro dela é verdade, eu lhe contei, eu sei o futuro de cada um de vocês. Não me pergunte como eu sei disso, isso é um mistério, assim como a minha identidade.

Enfim, eu resolvi contar detalhadamente, ou quase isso, o futuro de Lucy.

Jogaria Quadribol.

Neste dia ela usaria um uniforme de quadribol reserva, junto dos outros inscritos para apanhador.

Confesso que não lembro tanto do teste dela, não lembro tanto deste dia - talvez porque não aconteceu? -, o fato é que tal "lembrança" está muito confusa, não lembro de tudo. Apenas lembro que teste seria revelador: Ela saberia que era um apanhadora espetacular, céus, em menos de 15 segundos ela já estava segurando o pomo!

Ganharia a Taça de Quadribol.

— E aí vem o time da Ravenclaw! — brandaria Florence, que, como sempre, fazia a irradiação. — Padalecki, Stoll, Johnson, Simões, Ribas, Rezende e Rosier. Considerado por todos um dos melhores times de Hogwarts, perdendo apenas para a Slytherin, mas também...

Os comentários de Florence seriam abafados por uma onda de vaias da torcida da Gryffindor.

— E aí vem o time da Gryffindor, liderado pelo Capitão Coradini. Ele fez algumas alterações no esquema tático e parece ter preferido o peso à qualidade...

Mais vaias da torcida da Gryffindor. Louis – que estaria nas arquibancadas, porém, acharia que Florence tinha razão. O novo apanhador, Nunes era, sem discussão, o menor jogador do time; todos os outros eram enormes.

— Capitães, apertem-se as mãos! — diria Adriana.
Luke Coradini e Kevin Rosier se aproximariam e apertariam as mãos com força; dariam a impressão de que estavam querendo quebrar os dedos um do outro.

— Montem nas vassouras! — diria Adriana. — Três... Dois... Um...

O som do seu apito se perderia no estrondo das torcidas na hora em que as catorze vassouras levantaram voo. Lucy sentiria os cabelos voarem para longe da testa; seu nervosismo a abandonou na excitação do voo; olharia para os lados e veria Nunes na sua esteira e aumentaria a velocidade para ir à procura do pomo.

— E Gryffindor com a posse da bola, Catarina da Ravenclaw com a goles, voando direto para as balizas da Gryffindor, em boa forma, Catarina! Arre, não, a goles foi interceptada por Eduard. Eduard da Gryff partindo em velocidade pelo campo.

PAM!

— Uma boa rebatida de um balaço por Simões, Eduard deixa cair a goles, que é apanhada por... Johnson, Ravenclaw com a posse da bola outra vez, aí Diana, bom desvio de Lucila. Se abaixa Diana, aí vem um balaço! ELA MARCA! DEZ A ZERO PARA RAVENCLAW!

Diana daria um soco no ar ao sobrevoar o extremo do campo; o mar azul nas arquibancadas berraria de felicidade...

OUCH!

Diana quase seria derrubada da vassoura por Luke Coradini ao colidir em cheio com ela.

— Desculpe! — diria Coradini enquanto os torcedores lá embaixo vaiariam. — Desculpe, eu não vi a jogadora!

Não demoraria muito, Rezende atiraria o bastão contra a cabeça de Coradini, cujo nariz bateria com força no cabo da vassoura e começaria a sangrar.

— Chega! — gritaria Adriana, mergulhando entre os dois. — Pênalti contra Ravenclaw pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra Ravenclaw por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversário!

— Ah nem vem! — berraria Rezende, mas Adriana apitaria e Bianca se adiantaria para cobrar o pênalti.

— Aí, Bianca! — gritaria Florence no silêncio que se abatera sobre as arquibancadas. — SIM, SENHORES! ELA FUROU O GOLEIRO! VINTE A ZERO PARA LESTE!

Lucy daria uma guinada na Mercúrio para ver Coradini, ainda sangrando à beça, voar para cobrar o pênalti contra Norte. Alan sobrevoaria as balizas da Gryffindor, os maxilares contraídos.

— É claro que Rosier é um esplêndido goleiro! — comentaria Florence para os ouvintes enquanto Coradini aguardaria o apito de Adriana. — Esplêndido! Difícil de vazar – muito difícil mesmo – SIM SENHORES! EU NÃO ACREDITO! ELE AGARROU A BOLA!

Aliviada, Lucy se afastaria velozmente, espiando para todos os lados à procura do pomo, mas sem perder nenhuma palavra dos comentários de sua namorada. Era fundamental para ela manter Nunes afastado do pomo até Ravenclaw atingir cinquenta pontos de vantagem.

— Ravenclaw com a posse, não, Gryffindor com a posse, não! Ravenclaw retoma a posse e é Bruna Simões, Simões da Ravenclaw com a goles, a jogadora corta o campo.... FOI INTENCIONAL!

Lucila, uma artilheira da Gryffindor, cortaria a frente de Bruna e em vez de agarrar a goles, agarraria a cabeça da jogadora. Bruna daria uma cambalhota no ar, conseguindo continuar montada, mas deixaria cair a goles.
O apito de Adriana soaria mais uma vez ao sobrevoar Lucila e começar a gritar com ela. Um minuto depois, Bruna teria marcado mais um pênalti contra a defesa da Gryffindor.

— TRINTA A ZERO! TOMA, SUA SUJO, SEU COVARDE NEM PARECE QUE PERTENCE A GRYFFINDOR...

— Florence, se você não consegue irradiar imparcialmente...

— Estou irradiando o que acontece, professora!

Lucy sentiria um grande tremor de excitação. Acabaria de ver o pomo, refugindo ao pé de uma das balizas da Ravenclaw, mas ela não deveria apanhá-lo por ora, e se Nunes o visse...

Fingiria uma expressão de súbita concentração, Lucy daria meia-volta na Mercúrio e correria em direção ao campo da Gryffindor, a manobra funcionaria. Nunes sairia a toda velocidade atrás dela, pensando evidentemente que Lucy vira o pomo lá...

CHISPA.

Um dos balaços passaria voando pela orelha direita de Lucy, arremessado pelo gigantesco batedor da Gryffindor, Carlos Jackson. Então, novamente...

CHISPA.

O segundo balaço roçaria pelo cotovelo de Lucy. O outro batedor, Eduardo, se aproximaria.

Lucy teria um vislumbre fugaz de Eduardo e Jackson voando em sua direção, com os bastões erguidos...

Viraria a Mercúrio para o alto no último segundo e os dois batedores colidiriam com um baque de provocar náuseas.

— Merlin do céu, esse não pode ser o time da Gryff! – Lily se exasperaria.
Rose reviraria os olhos.

— VAI LÁ, LUCY! MOSTRA DO QUE OS WEASLEY SÃO CAPAZ!

— Há! Há! Há! — brandaria Florence quando os batedores da Gryffindor se separariam, levando as mãos à cabeça. — Mau jeito, rapazes! Vão ter que acordar mais cedo para vencer uma Mercúrio! E Leste fica com a posse da bola mais uma vez, quando Johnson toma a goles, Coradini emparelhado com ela, mete o dedo no olho dele, Diana! Foi só uma brincadeira, professora, só uma brincadeira... ah, não – Coradini toma a bola, Coradini voa para as balizas do Leste, agora é com você Black, agarra...

Mas Coradini marcaria; haveria uma erupção de vivas do lado da Gryff e Florence xingaria tanto – ela torcia para a namorado, é clara – que a Profª. Carolina tentaria arrancar o megafone mágico das mãos dela.

— Desculpe professora, desculpe! Não vai acontecer de novo! Então, Ravenclaw está à frente, trinta a dez, e Rav tem a posse...

O jogo estaria se deteriorando na partida mais suja que Lucy já participara. Enraivecidos porque Rav tomaria a dianteira desde o início, os adversários estariam rapidamente recorrendo a todos os meios para roubar a goles. Eduardo atingiria Alice com o bastão e tentaria alegar que pensara que era um balaço. Rezende iria à forra dando uma cotovelada na cara de Eduardo. Adriana puniria os dois times e Black faria mais uma defesa espetacular, elevando o placar para quarenta a dez para Grifinória.

O pomo tornaria a desaparecer. Nunes continuaria a acompanhar Lucy de perto quando a garota sobrevoaria o campo, procurando, agora, o pomo, “quando Rav estiver cinquenta pontos à frente...”

Bruna marcaria. Cinquenta a dez. Rezende e Simões mergulhariam cercando a garota, os bastões erguidos, caso os jogadores da Gryffindor pensassem em se vingar.

Eduardo e Jackson aproveitariam a ausência de Rezende e Simões para arremessar os dois balaços em Black; eles o atingiriam no estômago, um após o outro, e o goleiro viraria de cabeça para baixo no ar, agarrando-se à vassoura, completamente sem ar.

Adriana ficaria fora de si.

— Não se ataca o goleiro a não ser que a goles esteja na área. — gritaria ela para Eduardo e Jackson — Pênalti a favor da Gryffindor!

— Diana marcou. Sessenta a dez.

Instantes depois Rezende arremessaria um balaço contra Lucila, derrubando a goles de suas mãos; Alice apanharia a bola e a enterraria no gol da Gryff.

— Setenta a dez.

A torcida da Ravenclaw lá embaixo estaria rouca de tanto gritar, a casa passaria sessenta pontos à frente e se Lucy apanhasse o pomo naquele momento, a Taça seria dela. A garota chegava quase a sentir as centenas de olhos acompanhando-a enquanto sobrevoava o campo, muito acima das equipes, com Nunes correndo atrás dela. Então Lucy o veria. O pomo estava brilhando seis metros acima dela.

A garoto imprimiria maior velocidade à vassoura; o vento rugiria em seus ouvidos; ela estenderia a mão, mas, de repente, a Mercúrio começaria a desacelerar...

Horrorizada, ela olharia para os lados. Nunes se atirara para frente, agarrando a cauda da Mercúrio e procurava atrasá-la.

— Seu...

Lucy se enfureceria o suficiente para bater em Nunes, mas não conseguiria alcançá-lo. Nunes ofegaria com o esforço de segurar a Mercúrio, porém seus olhos brilhariam de malícia. Conseguiria o seu intento, o pomo tornara a desaparecer.

— Pênalti! Pênalti a favor da Gryff! Nunca vi uma tática igual! — Adriana guincharia, enquanto velozmente se dirigia até o ponto em que Nunes deslizava de volta à sua Nimbus.

— SEU SAFADO NOJENTO! — urraria Florence no megafone, saltando fora do alcance da Professora Carolina. — SEU SAFADO NOJENTO, FILHO... CÉUS! QUANDO EU E MOLLY COLOCARMOS OS DEDOS EM VOCÊ, CARA, VOCÊ SE FERROU! NINGUÉM FAZ ISSO COM A MINHA NAMORADA! SEU...

A professora nem se daria o trabalho de ralhar com Florence. Na verdade ela sacudiria o dedo na direção de Nunes, seu chapéu cairia da cabeça, e ela também berraria furiosamente.

Alice cobraria o pênalti para Gryff, mas estaria tão zangada que erraria por mais de meio metro, o time da Rav começaria a perder a concentração e os jogadores da Gryff, encantados com a falta de Nunes em cima de Harry, se sentiriam estimulados a tentar voos mais altos.

— Gryffindor com a posse, Gryff corre para o gol... Bell marca. — gemeria Florence. — Setenta a vinte para Leste...

Lucy agora estaria marcando Nunes tão de perto que os joelhos dos dois se bateriam o tempo todo. Lucy não ia deixar Nunes sequer se aproximar do pomo...

— LUCY, PEGA LOGO A MERDA DO POMO! – Gritaria Molly da arquibancada. Pois naquele ano, a relação delas estaria muito melhor.

— Sai da frente, Weasley! — gritaria Nunes, frustrado, ao tentar se virar e deparar com Lucy no bloqueio.

— Diana Johnson pega a goles para Rav, aí Diana, VAI, VAI!

Lucy olharia para os lados. Todos os jogadores da Gryffindor, a exceção de Nunes, estariam correndo pelo campo em direção a Diana, inclusive o goleiro do time, todos iam bloqueá-la...

Lucy daria meia-volta na Mercúrio, curvaria-se até deitar o corpo sobre seu cabo, e impeliu-a para frente. Como uma bala, ela se precipitaria em alta velocidade contra os jogadores da Gryff.

— AAAAAAAAIIIIIIIII!

Os jogadores se dispersariam quando veriam a Mercúrio vindo; o caminho de Diana ficaria desimpedido.

— ELA MARCOU! ELA MARCOU! Ravenclaw lidera por oitenta a vinte!

Lucy, que quase mergulhara de cabeça nas arquibancadas, pararia derrapando no ar, inverteria a direção da vassoura e voltaria a toda para o meio do campo.

E então ela veria uma coisa que faria o seu coração parar.

Nunes estaria mergulhando, uma expressão de triunfo no rosto, lá a menos de um metro acima do gramado, lá embaixo, haveria um minúsculo reflexo dourado.

Lucy apontaria a Mercúrio para baixo, mas Nunes estaria quilômetros à sua frente.

— Vai! Vai! Vai! — Lucy diria à vassoura.

A distância que a separava de Nunes iria diminuindo. Lucy deitaria-se no cabo da vassoura quando visse Eduardo arremessar um balaço contra ela, já encostara nos calcanhares de Nunes, emparelharia-se...

Lucy se atiraria à frente, tiraria as mãos da vassoura.

Afastaria o braço de Nunes do caminho com um empurrão e...

— MINHA NAMORADA PEGOU! Digo... LUCY WEASLEY PEGOU!

Tiraria, então, a vassoura do mergulho, a mão no ar, e o estádio explodiria. Lucy sobrevoaria as arquibancadas, um zumbido estranho nos ouvidos. A bolinha de ouro estaria bem segura em sua mão, batendo inutilmente as asinhas contra seus dedos.

No momento seguinte, Rosier viria voando ao seu encontro, quase cego pelas lágrimas; agarraria Lucy pelo pescoço e soluçaria sem se conter no ombro da garota. Lucy sentiria dois grandes trancos quando Simões e Rezende colidiriam com eles; depois as vozes de Bruna e Catarina:

— Ganhamos a Taça! Ganhamos a Taça!

Embotados num abraço de muitos braços, o time da Rav desceria, berrando roucamente, de volta ao chão.

Onda sobre onda de torcedores azuis saltaria as barreiras do campo.

Choveriam mãos nas costas dos jogadores. Lucy teria uma impressão confusa de ruído e corpos que a empurravam.

Então ela e o resto do time seriam erguidos nos ombros dos torcedores. Empurrada para a luz, ela veria Florence correndo até ela.

— Você os derrotou, Lucy, você os derrotou! Você ganhou a Taça, meu amor!

Lá estaria Scarllet – monitora da Rav, pulando que nem maluca, toda a dignidade esquecida. Diana soluçaria mais até que Black, enxugando os olhos com uma enorme bandeira da Ravenclaw; e lá, lutando para chegar a Lucy, veria Molly.

Faltariam palavras a irmã. Molly simplesmente sorriria radiante em ver Lucy ser carregada para a arquibancada onde a Diretora aguardaria de pé com a enorme Taça de Quadribol.

Monitora.

Lucy olharia para os primeiranistas. Eles estariam tão nervosos e felizes.

— Parabéns! Sou a monitora Lucy, e estou encantada em recebê-los na Ravenclaw. Nosso emblema é a águia, que sobrevoa onde outros não conseguem escalar; as cores de nossa casa são azul e bronze, e nossa Sala Comunal é no topo da Torre da Corvinal, atrás de uma porta com uma aldrava encantada. As janelas em arco ambientadas em nossa circular sala comunal dão vista para o terreno da escola: o lago, a Floresta Proibida, o campo de quadribol e as estufas de Herbologia. Nenhuma outra casa na escola possui paisagens tão belas.

"Sem querer se gabar, essa é a casa das bruxas e dos bruxos mais inteligentes. Nossa fundadora, Rowena Ravenclaw, prezava o saber acima de tudo – assim como nós. Diferente das outras casas, que possuem entradas escondidas para suas salas comunais, nós não precisamos de uma. A porta para a nossa sala comunal fica no topo de uma alta escada em espiral. Não há maçaneta, mas sim uma encantada aldrava de bronze no formato de uma águia. Quando você bater na porta, a aldrava vai te fazer uma pergunta, e se você a responder corretamente, poderá entrar. Essa simples barreira tem mantido todos fora, menos corvinais, por quase mil anos.

Alguns primeiranistas ficam assustados em ter que responder às perguntas da águia, mas não se preocupe. Corvinos aprendem rápido, e em breve você apreciará os desafios que a porta lança. Não é incomum achar vinte pessoas em frente à porta da sala comunal, todos tentando encontrar a resposta do dia juntos. Essa é uma ótima forma de conhecer colegas corvinais de outros anos, e aprender deles – embora seja um pouco irritante se você tiver esquecido seu uniforme de quadribol e precise entrar e sair rapidamente. Aliás, eu te aconselharia a checar três vezes tudo que você precisa na sua mochila antes de sair da Torre da Corvinal.

Outra coisa legal sobre a Corvinal é que nossos membros são os mais reservados – alguns podem até considerá-los excêntricos, mas gênios geralmente estão numa sintonia diferente das pessoas comuns, e ao contrário de algumas outras casas que poderíamos mencionar, nós achamos que você tem o direito de vestir o que quiser, acreditar no que quiser e dizer o que você sente. Nós não tentamos mudar pessoas que são diferentes; pelo contrário, nós as valorizamos!

Falando de excêntricos, você vai gostar de nosso Chefe de casa, o professor Fílio Flitwick. As pessoas geralmente o subestimam, porque ele é muito pequeno (achamos que ele é parte elfo, mas nunca fomos rudes o suficiente para perguntar) e tem uma voz esganiçada, mas hoje ele é o melhor e mais bem informado mestre de Feitiços do mundo. A porta de seu escritório está sempre aberta para qualquer corvinal com um problema, e se você está realmente mal ele vai te dar esses deliciosos cupcakes pequeninos que ele mantém numa lata na gaveta da escrivaninha e os faz dançar uma dancinha para você. Na verdade, vale a pena fingir que você está mal só para vê-los dançar.

A casa da Corvinal tem uma história lustrosa. A maioria dos melhores inventores bruxos esteve em nossa casa, incluindo Perpetua Fancourt, o inventor do lunascópio, Laverne de Montmorency, um ótimo pioneiro das poções do amor, e Ignatia Wildsmith, a inventora do pó de flu. Dos famosos corvinais Ministros da Magia, está incluída Millicent Bagnold, que estava no poder na noite em que Harry Potter sobreviveu à maldição do Lord das Trevas, e defendeu as celebrações bruxas por todo o Reino Unido com as palavras ‘Eu afirmo nosso direito inalienável à festa’. Houve também o Ministro Lorcan McLaird, que era um bruxo muito brilhante, mas preferia se comunicar soltando fumaça da ponta de sua varinha. Bem, eu disse que produzimos excêntricos. Na verdade, nós também fomos a casa que deu ao mundo bruxo Uric, o Excêntrico, que usava uma água-viva como chapéu. Ele é o final de muitas piadas bruxas.

Quanto à nossa relação com as outras três casas: bem, você provavelmente já ouviu falar dos sonserinos. Nem todos são maus, mas você faria bem em ficar alerta até conhecê-los bem. Eles têm uma grande tradição de casa de fazer o que for preciso para ganhar – então fique esperto, principalmente em jogos de quadribol e exames.

Os grifinórios, tudo bem. Se eu tivesse uma crítica, diria que os grifinórios tendem a ser exibicionistas. Eles também são bem menos tolerantes do que somos com pessoas que são diferentes; na verdade, eles são conhecidos por fazer piadas de corvinos que desenvolveram um interesse em levitação, ou os possíveis usos mágicos de meleca de trasgo, ou ovomancia, que – como você provavelmente sabe – é o método de adivinhações usando ovos. Grifinórios não possuem nossa curiosidade intelectual, enquanto que nós não vemos problema se você quiser passar seus dias e noites partindo ovos num canto da sala comunal e escrevendo suas previsões de acordo com a forma que as gemas caem. Na verdade, é provável que você encontre algumas pessoas para te ajudar.

Quanto aos Lufa-lufos, bem, ninguém poderia dizer que não são boas pessoas. Na verdade, eles fazem parte do grupo de pessoas mais agradáveis da escola. Vamos apenas dizer que você não precisa se preocupar muito com eles quando o assunto é competição na época de exames.

Acho que isso é quase tudo. Ah sim, o fantasma de nossa casa é a Mulher Cinzenta. O resto da escola pensa que ela nunca fala, mas ela conversa com corvinais. Ela é particularmente útil se você está perdido ou extraviou algo.
Tenho certeza de que você terá uma boa noite. Nossos dormitórios são em torres fora da torre principal; nossas camas de dossel são cobertas em edredons de seda azul céu e o som do vento assobiando ao redor das janelas é muito relaxante.

E de novo: parabéns em se tornar um membro da mais inteligente, mais bizarra e mais interessante casa de Hogwarts."

— Você decorou tudo isso? — Perguntaria uma garotinha.

Lucy iria rir.

— Sim, e acredite, foi difícil!

Namoro com Florence Zabini.

— Amor, sei que estamos namorando a um tempo, mas eu nunca fiz um pedido. Então, agora, farei isso.

Florence a olharia surpresa.

— Mas...

— Xiu, só cala a boca e escuta, amor.

Florence iria rir e ficaria quieta.

— Eu não sei cantar, mas farei o possível para que fique bonitinho.

Diga a verdade ao menos uma vez na vida
Você se apaixonou pelos meus erros
Não fique pela metade,
Vá em frente minha amiga
Destrua a razão deste beco sem saída

Diga a verdade ponha o dedo na ferida
Você se apaixonou pelos meus erros
E eu perdi as chaves, mas que cabeça minha
Agora vai ter que ser para toda vida

Somos o que há de melhor...
Somos o que dá pra fazer...
O que não dá pra evitar,
E não se pode escolher...

Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho
Eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho
Feitos um pro outro
Feitos pra durar
Uma luz que não produz sombra

Somos o que há de melhor,
Somos o que dá pra fazer
O que não dá pra evitar,
E não se pode esconder...

— Então, você quer namorar, tipo, oficialmente comigo?

— OH, MY MERLIN, CLARO QUE EU QUERO!

Lucy seria jogadora profissional de Quadribol, casaria com Florence, adotaria uma garotinha, Arabella Weasley-Zabini, morreria aos 75 anos de varíola de dragão.

Para finalizar, vou lhes dizer suas últimas palavras, ou melhor, seu último pensamento - algo que contei para Louis e creio que ele já tenha lhes dito: "Pedir desculpas não muda o que aconteceu. Assim como perdoar não evita que tudo possa acontecer de novo. Mas você é minha irmã e eu te amo, então quando você perceber o que fez, saiba que eu te desculpo.’’


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Notas finais do capítulo

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