The Weasley Family escrita por Paddy


Capítulo 2
Capítulo I: Molly Campbell Weasley II


Notas iniciais do capítulo

HELLO, BITCHES!
Cheguei cedo? Cheguei, mas não se acostumem.

Vamos falar do capítulo? YEEEEEES!
> Primeiro: Quem leu Weasley's vai perceber que eu mudei algumas coisas, achei melhor mudar, pois encaixava melhor na história.
> Segundo: Mudei a atriz que interpreta a Molly, antes era a Rose Leslie, agora é a Holland Roden ♥
> Terceiro: Escutem a música - ela vai estar no "capítulo I", então, só cliquem ali -, sério, vai dar um clima mais: "eita, porra"
> Quarto: Desculpem-me por qualquer erro ortográfico, to meio cansada e tenho aula amanhã, então, depois da aula eu reviso o capítulo.

Acredito que seja só isso. Espero que gostem e Boa Leitura.




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Capítulo I

Molly Campbell Weasley II

 

[27/07/2005 à 19/06/2020]

Resolvi seguir a sequência do Louis, logo, começarei por Molly Weasley II.

Tenho que lhes confessar algo: Eu já conhecia a família Weasley antes de Louis me contar sobre... Bem, tudo.

Eles, assim como os Black, despertam uma curiosidade em mim. Sempre gostei de os observar, de ver o modo como agiam, desde o nascer até o último suspiro. Então, quando por acaso encontrei Louis, senti que já o conhecia, que era uma amiga e que talvez pudesse ma aproveitar da situação. Crianças, não façam isso, é errado! Entretanto, eu fiz, porque minha curiosidade falou mais alto e então eu fiquei ali, ouvindo tudo através do ponto de vista dele.

Porém, não estou aqui para falar de mim, mas sim para falar da filha mais velha de Audrey e Percy Weasley.

A garota nasceu em um lindo anoitecer de dia 27 de julho de 2005.

Lembro daquele dia como se fosse ontem: Percy sorriu verdadeiramente, devo acrescentar que foi a primeira vez que sorriu assim em anos, acredito que naquele momento alguma parte do seu coração frio tenha se aquecido. C'mon, ele era pai pela primeira vez!

Todos a adoraram, afinal, era mais uma princesa para aquele reino. Mais uma garotinha a ser mimada.

Esse é o erro deles: Mimam demais e depois quererem que sigam suas regras, sendo que até então, faziam tudo o que as "crianças" queriam. Davam-lhe os melhores brinquedos, as melhores roupas: faziam eles serem reis, porque era eles que mandavam e você era só mais um súdito obediente e bajulador.

Entretanto, chega o momento em que você volta a ser Rei e eles são nada mais que seus príncipes. Logo, deverão respeita-lo e fazer o que você manda. Mas não espere que seja fácil, nunca é.

Ela deu seus primeiros passos dois dias antes do seu aniversário de três anos e no dia em que sua mãe descobriu que estava grávida. Naquele dia, mesmo sendo muito pequena, Molly entendeu que teria que dividir seus pais com mais alguém, que o seu reino teria uma nova moradora: uma nova princesa. Alguém que estava prestes a roubar o seu lugar.

Os meses foram passando e tudo envolvia a gravidez de sua mãe. Molly estava sendo deixada de lado. Agora quem cuidava dela era a babá, pois Andrey não tinha condições de cuidar da pequena ruiva, na verdade, sua mãe passou muito tempo ser olha-la, isso porque ou passava trabalhando ou fazendo outras coisas que não envolviam a garotinha. Molly se sentia excluída. Sentia que estava ficando invisível para sua mãe e para seu pai.

No dia em que falou as primeiras palavras, ninguém estava presente para ver: Era o nascimento da pequena Lucy, todos estavam no St. Mungus, menos Molly. Molly estava na casa de seus avós maternos.

Naquele momento, a ruiva sentiu que Lucy iria acabar com seu reinado.

Dito e feito!

Em menos de um ano, Molly começou a perder tudo o que havia conquistado: Estava perdendo seu reino, seus súditos, seus fiéis. Estavam todos trocando de lado.

Lucy Weasley era a nova princesinha, a nova queridinha do mundo bruxo. Pelo menos, até qualquer outro Weasley nascer.

Isso fez com que Molly sentisse raiva, mas não iria demonstrar isso. Ainda era uma Weasley, ainda era a garota que queriam que fosse: Bonita, esperta, boa menina que obedecia os pais - pelo menos na frente dos outros -. Molly era um amor, porém, quando se irritava, você percebia a mistura dos genes Weasley com Campbell.

Aos poucos ela começou a ser invisível para todos. Fazia tudo o que os pais mandavam - mesmo que fosse difícil, a vontade de agrada-los era maior que desejo de mandar em algo -, assim como Lucy, entretanto, a mais nova sempre se destacava.

Quando recebeu a carta de Hogwarts a atenção voltou para si. Ela havia conseguido ficar na frente da irmã.

Lembro do dia em que foi para Hogwarts: o cabelo ruivo e liso estava bem penteado, a calça jeans escura um pouco justa, a camiseta azul do Capitão América bem passada, o all star preto bem limpo.

O caminho até a escola foi barulhento. Ela e os primos riam, brincavam, comiam doces e riam mais um pouco. Cada um contando o que queria viver em Hogwarts, o que esperavam daquele ano.

Quando chegaram, ela estava nervosa. Tinha medo de ser selecionada para a Sonserina, tinha medo da reação dos pais. Mesmo sentido raiva, ela ainda era uma garota ingênua e com medo das coisas.

O nervosismo só passou quando o Chapéu Seletor bradou: HUFFLEPUFF!

Entendo que esteja se perguntando o porquê dela ter ido para lá e não para a Slytherin. Bem, Molly podia ter as características daquela casa, entretanto as que se sobressaíam eram as da Huff. Tais valores estava escondidos, apenas esperando para serem mostrados ao mundo.

Tudo estava indo bem, até dois anos depois, quando Lucy foi para Hogwarts. Ela tinha carisma, era sensível, um anjo e tinha facilidade em fazer amigos. Novamente ela estava tomando o reino de Molly sem fazer nenhum esforço.

Molly a odiou e se sentiu mal por isso.

Molly queria voltar a ter os holofotes em si.

No fundo, ela só queria conseguir conversar com sua irmã sem sentir vontade de mata-la. Entretanto, não conseguia, era mais forte que ela.

Então, dois anos depois, quando as férias chegaram, ela sentia que tudo iria mudar.

Sua família havia ido para a praia e ela sentia que precisava fazer alguma coisa. Estava cansada de ter que ouvir os pais lhe dizendo para ser igual a Lucy. Ela queria ser única, queria ser lembrada por seus próprios feitos e não por ser a sombra da irmã mais nova.

Ah, aquele dia ainda está gravado em minha memória.

Os pássaros cantado, as ondas agitadas, a família toda reunida, rindo e se divertindo, como sempre foi. Molly, por sua vez, estava brigando com os pais por não querer cuidar da irmã mais nova, dizia que achava Lucy já estava grandinha demais e que já conseguia cuidar de si mesma.

Foi então que sei pai falou: "Eu não me importo com o que você acha ou deixa de achar. Você sabe que sua irmã não sabe nadar e como é a mais velha tem obrigação de cuidar de Lucy! Faça algo de útil pelo menos uma vez na vida!"

Essa "simples" frase fez Molly ter certeza de que estava na hora de botar seu plano em prática.

Molly tinha tudo em mente, ela sabia que era algo fácil e que todos achariam que foi acidental.

A mais velha achava que ninguém iria ver, mas tinha alguém lá, olhando ela jogar uma boa cor-de-rosa para a irmã pegar. Olhando ela convidar a irmã para ver quem ficava mais tempo embaixo d'água, dizendo que nada aconteceria, que tomaria cuidado para a irmã não se afogar.

Esse alguém viu Lucy fechar os olhos, respirar fundo e mergulhar. Viu Molly colocar as mão na cabeça da garota e ficar a empurrando para o fundo. Viu Lucy tentar se defender, mas aos poucos ir perdendo a força e então, no segundo seguinte, estava morta.

Viu Molly perceber que a irmã estava morta e correr até os pais, dizendo que havia se distanciado um pouco para pegar a bola e quando havia voltado, Lucy não estava mais ali.

Viu todos ficarem preocupados e viu quando finalmente haviam achado seu corpo.

Esse alguém era Fred Weasley II.

Percy e Audrey entraram em um luto eterno: Percy se enterrou no trabalho e Audrey entrou em depressão. Molly, por fim, acabou percebendo o mal que havia feito a irmã e aos pais. E, aos poucos, foi enlouquecendo.

Ela via a irmã pelos cantos da casa e como os pais não falavam com ela, acabou achando que sabiam o que ela havia feito. Entretanto, eles nem desconfiavam disso, estavam perdidos demais para conseguir entender alguma coisa.

Na madruga do dia 19 de junho, Molly se trancou no banheiro e ficou lá, quieta, ouvindo o barulho dos trovões. Aqueles malditos barulhos que a deixavam assustada.

Com a maquiagem borrada - havia voltado de uma festa na Toca - de tanto chorar, ela pegou um pergaminho e começou a escrever uma carta:

"Lucy, você sabia que remorsos se acumulam como velhos amigos? Eu não sabia, até as coisas mudarem. Falarei sobre isso mais tarde. Irmãzinha, você sabe o porquê de eles se acumularem? Não? Pois bem, eu lhe respondo: Eles se acumulam com o único objetivo de reviver seus momentos mais sombrios.

E esses momentos são tão sombrios... Tenho medo! Acordo gritando toda noite, mas nunca conto o porquê, eles ficariam bravos e só Deus sabe o que eles fariam. E, céus, os pesadelos são tão ruins, é sempre a mesma coisa.

Eu juro, juro por Merlin que não fiz de propósito, foi sem querer, eu não queria que... Mas Deus sabe o que passo, porque eu simplesmente não acho uma saída, não acho! E isso é tão frustrante e amedrontador.

Sempre que entro no nosso quarto sinto tanto medo, porque de noite eles saem. E eu não posso falar, não posso contar, ninguém acredita em mim, porém, toda vez que escurece, eu os vejo sair. Sim, todos os monstros do meu passado saem para brincar.

Vou lhe contar algumas coisas, não se assuste, depois de um tempo você se acostuma com esse fato. Sabe, sempre que eles saem, eles vão em busca de algo... Porque cada demônio quer seu pedaço de carne e eles vem até mim.

Contudo, eu gosto de guardar algumas coisas pra mim, você sabe que gosto de deixar minhas questões definidas, e eu quero que você lembre de uma coisa: É sempre mais escuro antes do amanhecer.

Novamente, eu peço que me desculpe, eu não queria. Juro por todos os deuses, todos o anjos, eu sei que foi errado, sei que não deveria ter feito aquilo, porém, eu peço que me desculpe, porque você não tem ideia do que eu sinto, todo esse peso na consciência e eu sei que ele nunca vai sumir, porque o que fiz foi errado e não há nada no mundo que mude isso. Isso me atormenta de uma forma... Tenho medo de tudo. Medo. Eu estou sendo consumida por ele. Lucy, irmãzinha, eles acham que sou louca. Eu não sou, né? Eu juro que não sei se sou, ninguém mais fala comigo, acho que eles sabem o que fiz, só estão esperando eu admitir isso. Mas eu não quero contar, isso me deixaria pior, por isso to escrevendo, acho que é um jeito de me sentir menos culpada.

Eu tento esquecer, mas é difícil. Eu sou tola e cega, nunca consigo deixar o passado para trás e nunca vejo uma saída, sempre estou carregando esse peso nas costas. São tantas questões, tantos ruídos de sofrimentos que eu cheguei a uma conclusão: Está na hora de enterrar esse peso na terra, porque eu gosto de deixar minhas questões definidas, lembra? E bom, é difícil dançar com um demônio nas costas, então vou me libertar dele, não o aguento mais.

Eu penso, será que com metade de uma chance, eu tomaria alguma coisa de volta? Nossa família é boa, mas me deixou destruída. Acho que pelo fato de não ser como todos, afinal entre todos vocês, eu sou a única que não se destaca. Talvez tenha sido por isso que eu tenha feito tal coisa, inveja de vocês.

Ou talvez eu não aguentasse mais a sua voz de boa menina, o seu jeitinho de anjo que deixava Rose no chinelo, não sei, todavia, sei que foi errado. Embora, eu tenha sentido algo bom naquele momento, mais tarde percebi que não era bom. Era terrível. Mas o que não fazemos por, pelo menos, alguns segundos de prazer? Você era tão irritante, isso me deixava com raiva, porque todos amavam você e ninguém me notava. Sim, eu sei, isso não justifica o que fiz. Entretanto a vida é assim, você poderia descobrir isso um dia. Se... Né?!

Você sabe que estou condenada se eu fizer e condenada se não fizer? Pois é, eu estou. Por isso aqui estou, para brincar no escuro ao final da minha estrada. Eu to pronta, pronta para sofrer e para ter esperança. De fato, isso é como um tiro no escuro mirando direto na minha garganta. Pois buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim. Bem, que se dane, vou deixar acontecer comigo.

É o certo, né? Acho que sim.

Lucy, daqui a pouco eu vou ir vê-la, pelo menos, eu acho que sim.

Entretanto, antes de nos encontrarmos, quero que saiba que me arrependo de tê-la matado, eu tinha apenas 14 anos, era uma criança corrompida pela inveja, fiz o que achei que certo. E na verdade não era. Percebi isso. Mas fazer o que? Já passou... E o passado nunca volta.

Lembre-se: É difícil dançar com um demônio nas costas. Então faça como eu, liberte-se.

Beijos, nos vemos daqui a pouco.

Molly Weasley II."

Em silêncio, Molly pegou um frasco de veneno que havia roubado da sala de Poções e com cuidado, o tomou. Esse foi o único jeito que ela encontrou de se ver livre de tudo o que sentia.

E então, sua família enterrou a segunda Weasley que estava fadada a morte.


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Notas finais do capítulo

:3 :3 :3