Os Opostos! escrita por Bru Fullbuster


Capítulo 3
Capítulo 3 - Sou o Batman.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707484/chapter/3

Bufei irritada ao ouvir meu celular tocando, sem pensar duas vezes o desliguei, pude sentir os raios solares entrando pela cortina do meu quarto, enfiei minha cara contra o travesseiro, na tentativa de dormir de novo. Meu celular tocou novamente. Bufei, e atendi. - Quem é? Espero que seja no mínimo importante, pra me ligar plena 8 horas, em um sábado! Se não for um caso de emergência, desligue e não me ligue nunca mais. - Nem sabia quem era do outro lado da linha, já que o número não constava nos meus contatos, mas foda-se! Agora quero saber quem é o retardado que está me ligando essa hora.

— Bom dia pra você também, Katherine. - Reconheci a voz na hora.- Será que você pode fazer gentileza de parar de me ignorar, como você está fazendo, quando eu tento conversar com você, porque se a senhorita não sabe fui resignado a te dar aulas de reforço, mas será impossível se você continuar fugindo toda vez que me vê.

— Qual o seu problema? Você me liga 8h da manhã, pleno sábado! Estava fazendo planos de ir dormir até não aguentar mais, e depois sair! Garoto vá se foder! Vá pra puta que pariu, espero que um caminhão de lixo passe por cima de você, da sua mãezinha e do seu pai. - Não o poupei de grosserias e palavrões, por que pouparia? Só porque ele é quem vai me dar aulas de reforço de graça, vai gastar o seu tempo me ajudando á não repetir de ano? Bufei irritada, ok, ele não merecia isso. Respirei profundamente, e me acalmei. - Retiro o que disse, eu me exaltei um pouco, não quero que sua mãe ou seu pai sejam atropelados por um caminhão de lixo, mas se você for, eu ficaria muito feliz, talvez até daria uma grana pro motorista por livrar o mundo de mais um nerdzinho. - Ok, peguei pesado, reconheço. Mas esse garoto me tira do sério, sei que ele tá tentando me “ajudar”, mas algo dele não desce, é bonzinho demais! Não existem pessoas boazinhas assim, impossível, ele é o tipo de pessoa que acorda cedo na segunda feira feliz, e cantando. Desliguei o telefone na cara dele.

Peguei num sono novamente, mas fui interrompida pelo meu pai. - Você tem visita, tá te esperando na sala. - Ele disse. - Vou sair, preciso resolver algumas coisas. Juízo.

Não entendi a parte do “Juízo”, ele fala como se eu fosse uma louca. Como se eu fosse a qualquer momento colocar fogo na casa comigo junto, é claro que não sou louca suficiente, até porque se eu colocasse fogo na casa, eu sairia depois porque não quero morrer né.

Antes de descer pra ver quem era minha visita, provavelmente era o Matt, e eu o mataria por está aqui pelo oito e meia da manhã, ele sabe que eu amo dormir até tarde. Fui ao banheiro fiz minha higiene matinal, e desci, eu estava com meu pijama que era um short curto, e blusinha curta também, afinal tava calor e não sou obrigada a nada, e afinal Matt não se importaria, ele já me viu sem roupa mesmo.

POV Matt Ross

Não queria ir até a casa de Katherine, mas poxa, estou tentando ajudá-la desde o dia que soube que seriamos dupla, mas ela parece não estar nada disposta a ser ajudada, me ignora quando tento conversar, foge quando me vê, e quando ligo ainda me deseja a morte. Não sei o que fiz de tão ruim pra que ela me odiasse tanto. Fui convencido de ir na casa dela depois de uma conversa que tive com minha mãe, ela disse que costumava ser uma das melhores amigas da mãe de Katherine, e disse que Katherine nem sempre foi assim, ou melhor, ela ficou assim depois que viu sua mãe morrer na sua frente vitima de um tiro após um assalto, a pobre da garota nunca mais foi a mesma, ela só tinha 12 anos, seu pai como sempre era muito focado no trabalho e quase não tinha tempo pra garota, então Katherine foi se revoltando com tudo e todos. Minha mãe também disse que eu não deveria desistir de ajudá-la, pois sabia que a garota tinha um coração bom, só tinha uma vida sofrida.

Mas quando eu cheguei em frente de sua casa, e toquei a campainha, juro que quase desisti. Lembrei do telefonema que dei á ela mais cedo, e lembro exatamente como foi pouco receptiva, se ela foi daquele jeito no telefone, imagine pessoalmente? Respirei fundo quando a porta foi aperta, e fiquei aliviado quando percebi que era seu pai. Ele foi muito educado comigo, e pediu pra esperar na sala, o vi subindo as escadas e logo depois descendo com uma pasta, disse que Amora já descia – Não pude evitar o sorriso nesse momento, então, quer dizer o que o apelido dela era amora? - E que estava de saída. Fiquei novamente tenso, já pensou se ela tentasse me matar?

Quando eu a vi descendo, não sei, por um momento eu fiquei sem reação, não sabia mais o que diria, nem sabia se estava pensando, pude perceber a cara dela de surpresa ao me vê, desci meu olhar um pouco e pude ver seu pijama que era realmente muito curto, eu estava perdido. Foi aí que vi um sorriso malicioso se formar naqueles lábios rosados, e ela falar: - No que posso ajudar Jace? - Sua voz tinha um tom doce e no mesmo tempo firme. Suas pernas eram um convite pra perdição… Balancei a cabeça, e esquivei o meu olhar, tentando tirar meus devaneios da cabeça.

— Ahn… A gente… - Respirei fundo, pude perceber que ela estava se divertindo com o meu nervosismo. - A gente precisa conversar, e se acertar!

Ela fez um biquinho, e me olhou indiferente.- Não estou afim, pensei que você tinha entendido o recado mais cedo.

Tentei o mais calmo possível. - Katherine, você precisa da minha ajuda. Eu sei que você me odeia, e odeia todos em sua volta, não quero que você goste de mim, ou me veja como um amigo. Só me dá uma chance, pelo menos pra te ajudar a recuperar as notas que você precisa.

 

Vi ela andar em direção á uma garrafa de bebida, e pôr em um copo, logo depois ela se virou em direção a mim, o olhar dela agora é indescritível, não sabia se ela aceitaria minha ajuda ou se jogaria a garrafa na minha cara.- Suspirei, na tentativa de aliviar a tensão que estava sobre mim.- E ela veio na minha direção, a cada passo era como se meu coração fosse parar de bater, minhas mãos foram ficando suadas. Foi quando ela quebrou o espaço que tínhamos, e ficamos cara a cara, ela me encarava, e eu a retribuía, eu estava definitivamente hipnotizado.

— Tudo bem, jace. - Ela deu a mão para mim apertar.- Eu aceito sua ajuda.

POV Katherine

Percebi que o garoto ficou incrivelmente nervoso na minha presença, que apesar de parecer um santinho, ele não totalmente um. Minhas pernas nuas foram quase um convite para ele, mas ele era bonzinho demais pra se deixar levar aos desvaneio. Melhor do que passar de ano, seria corromper o garoto mais santo que a escola já viu.

Então sorri maliciosamente. Esse ano, com certeza, será o melhor ano de todos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Opostos!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.