Mudança de Planos escrita por Honeyzinho


Capítulo 5
Capítulo V • Afogada


Notas iniciais do capítulo

Hello, people!

Primeiramente, eu gostaria de agradecer os comentários da Lady Allen e da Sayonara! ♥ Sério, amei muito e espero ter vocês por aqui até o finalzão euheuehe. E, claro, eu realmente devo agradecer a minha querida e linda e fofiiiiiiiiiiiinha HUNTRESS! ♥

Ta, eu sou meio suspeita, porque amo essa garota desde que comecei a acompanhar a original dela. Sério, recomendo demaissssss! (https://fanfiction.com.br/historia/689833/30_motivos_para_odiar_Benjamin_Lacerda/) ♥

Vocês brilharam muito e me fizeram muito feliz com cada palavra. *-*

E, bom, em segundo lugar, eu revisei, mas ando muito cansada, porque trabalho numa agência e fico frente a frente a um tela de pc o dia todo e pode ser que tenha algum errinho ou outro. Caso isso ocorra, relaxem que eu vou corrigir! euheuhe

No mais, é isso. Desejo uma ótima leitura e espero que gostem!






Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707467/chapter/5

Há dois anos, consegui um emprego de verão numa oficina mecânica e aprendi o suficiente para não ficar a pé caso algo acontecesse ao meu carro. Felizmente, pude aplicar toda a minha sabedoria para consertar o Sonata da Dallas, mas fora em vão. Meu esforço em acordar cedo, meu cansaço devido ao calor e toda a minha aparente boa intenção tinham ido por água a baixo.

Isso sem falar no fato de tê-la defendido de Samantha.

Grande merda.

Ela sequer ficara balançada. De que planeta aquela garota tinha vindo para conseguir resistir a mim? Talvez eu soe meio narcisista e prepotente, mas poxa, sempre fui encantador! Como ela podia não ir com a minha cara?

Ah, como eu estava cansado.

Mesmo tomando uma chuveirada no colégio, eu me sentia sujo e cansado demais. Quando cheguei em casa naquele dia, só queria sentir a água morna sobre meus ombros e esquecer qualquer tipo de preocupação que pudesse atrapalhar o meu merecido descanso.

Abri a porta principal, passando pela copa e caminhando em direção à cozinha, onde encontrei minha mãe lavando a louça com muita agressividade, batendo os copos e pratos e balbuciando algo para si.

Como se vê-la cuidar dos serviços de casa já não fosse estranho o suficiente – afinal, para isso nós tínhamos a Ângela –, ela estava em casa num horário que geralmente ainda está no escritório. Aquilo tudo me cheirava a problema – e dos grandes.

— Cheguei, mãe – falei e, parecendo despertar de um transe turbulento, Grace me olhou. A feição dela era cansada e triste, porém devo esclarecer que nada disso era muita novidade.

Por volta de uns quatro ou cinco meses atrás, meus pais começaram a brigar por qualquer motivo – desde assuntos banais, como sobre ter que aparar a grama do jardim, até os mais relevantes envolvendo os negócios da família. E, claro, ambos estavam no auge do estresse e chateação.

— Oi, filho – ela me cumprimentou com a voz um pouco trêmula e forçando um sorriso – Como foi o dia?

— Foi bom – menti. Coloquei minha mochila sobre a bancada e caminhei até ela – O que aconteceu, mãe?

Ela engoliu em seco.

— Como assim? – sorriu nervosa, largando o que estava fazendo, secando suas mãos no avental e se pondo a me olhar – Não aconteceu nada, Rob!

— Então por que está maltratando essas vasilhas? – perguntei, cruzando os braços e encarando de volta. Minha mãe fechou os olhos e me deu um sorriso triste, enquanto suspirava lamentando.

Quando tornou a abrir os olhos, colocou uma de suas mãos em meu rosto, fazendo carinho, e pediu para que eu não ficasse preocupado. Insisti na pergunta que eu havia feito, pois queria saber o que tinha acontecido. No entanto, antes de ela dizer, eu já previa o problema que a incomodava tanto: meu pai.

— Foi uma discussão de negócios, ok? Seu pai e eu não concordamos em como dividiríamos os investimentos a serem feitos neste mês e ficamos meio zangados. Mas não tem que se preocupar com nada disso – ela falou, tentando soar menos irritada e incomodada com toda a situação.

Aquela história vinha me deixando bastante triste. Meus pais sempre foram o casal mais sensato e unido que conheci e, em menos de um ano, tinham se transformado na pior denominação de inimigos que eu podia imaginar. E, pra completar, não havia nada que eu pudesse fazer para melhorar as coisas.

Por fim, respirei fundo e assenti com a cabeça, pegando minha mochila e seguindo para o meu quarto. Sentia minha cabeça ainda mais pesada do que antes e, infelizmente, nem um longo banho foi capaz de me fazer sentir melhor.

Deitei em minha cama e fiquei por um tempo checando minhas redes sociais pelo celular. A verdade é que meu cérebro sequer estava prestando atenção no que meus olhos viam. Eu pensava em meus pais, em suas brigas e, até mesmo, num possível divórcio, quando Sophie Dallas invadiu minha cabeça e se tornou meu último pensamento antes de cair no sono.

¨

Quando cheguei ao Instituto Dimsdalle no dia seguinte, vi Sophie atravessar o estacionamento indo em direção à portaria e cogitei mesmo ir falar com ela, mas havia muita gente do colégio ali, e fazer demonstrações públicas do meu falso afeto podia pegar mal, então optei por esperar uma oportunidade mais reservada para isso.

Por algum milagre, as aulas naquele dia pareceram voar. Não demorou até que eu fosse liberado para o treino da equipe de natação de forma que eu pudesse aproveitar a melhor coisa que aquele lugar me oferecia: duas piscinas de porte olímpico.

Quando cheguei, alguns dos atletas já estavam aquecendo, enquanto outros conversavam sobre qualquer coisa, assentados próximo a uma das piscinas. Nós somos oito ao todo e fazemos de três a quatro treinos semanais.

O foco principal é se tornar bom o bastante para ser escolhido por algum olheiro, e convidado a participar dos Jogos Olímpicos. No entanto, claro, ser bom o suficiente para ganhar uma bolsa em uma universidade de prestígio também não é nada mau.

— E aí, galera! – cumprimentei Fred e Arthur, que estavam assentados na beirada da piscina e ambos acenaram com a cabeça.

— Como vai, capitão? – Fred perguntou, simpático. Apesar de fazer parte da equipe dos nadadores e ainda ser muito receptivo, ele era o único que não se envolvia com a gente fora do ambiente de treino. Sempre o convidava para as festas que Dylan e Josh faziam, mas ele realmente não era nem um pouco ligado a nada disso e nunca marcou presença.

Fora dali, seu foco era estudar muito e ter notas altas para ingressar em uma universidade grande. Acredito que só tenha se interessado pela Natação, por conta da possibilidade de ganhar uma bolsa de estudos.

— Tudo bom, e você? – respondi. Ele também disse que estava bem e deu um último aceno antes que eu seguisse até o vestiário para trocar de roupa e logo receber as ordens do Treinador Phillips sobre os primeiros exercícios do dia.

Estava com tanta energia ruim acumulada, que aquele treino se tornou a melhor forma de expulsar todo e qualquer sentimento negativo de dentro de mim.

Nadando de um lado para outro, eu podia sentir meus músculos queimando e meu cérebro parando de processar qualquer coisa que não fosse referente aos meus movimentos.

Como eu previa, os exercícios passados não foram suficientes. Pedi mais algumas atividades ao treinador, que me passou, sempre alertando sobre não exagerar para evitar a ocorrência de alguma lesão grave.

Obviamente, eu tinha plena consciência de tudo isso e não pretendia brincar com a minha resistência. Eu só precisava... Espairecer. Eu só precisava ficar de bem comigo mesmo e com a mente limpa para lidar com a minha vida naquele momento.

Quando enfim eu me senti melhor e pronto para finalizar os exercícios, todos da equipe já tinham ido embora, inclusive o nosso treinador. Tomei uma ducha quente e me vesti novamente, pensando apenas em me mandar do colégio.

No entanto, ao sair do vestiário, pude ouvir barulhos vindos da área das piscinas e logo notei alguns dos integrantes do time de futebol dentro de uma delas.

Eles davam gargalhadas altas e, por um momento, realmente achei que estivessem comemorando alguma coisa e apressei o passo para saber do que se tratava. Dylan e Josh eram os que mais davam risadas e falavam algumas porcarias e, bom, eu realmente estava curioso pra saber o motivo de tanta felicidade.

E foi então que eu a vi.

E ela se debatia, tentando escapar de todos aqueles caras enormes que a seguravam, mergulhando sua cabeça na água e fazendo com que ela não conseguisse respirar de modo algum.

Toda a minha sensação boa de antes se transformou em terror total e mal consegui perceber quando eu comecei a correr em direção à piscina, tirei meus tênis e me joguei na água.

Simplesmente perdi meu autocontrole. Dei um soco em Matthew, que era o responsável por afundar a cabeça de Sophie, e todos os outros caras começaram a gritar o meu nome e me xingar, querendo partir para a briga.

Agarrei a garota, que estava praticamente inconsciente, de modo que ela ficasse com a cabeça para fora d’água. Eu não conseguia imaginar como eu iria bater em todos aqueles caras com apenas uma mão livre caso resolvessem mesmo procurar briga, mas eu tinha uma certeza: eu faria isso.

Eu faria o impossível, mas socaria a cara de todos eles.

Você enlouqueceu, Rob?— Josh berrou, fazendo um movimento para que ninguém começasse uma luta dentro d’água. Todos pararam, mas me encaravam com tanto ódio, que eu podia sentir a quilômetros.

Vocês é que enlouqueceram!— respondi no mesmo tom – Ela podia ter morrido! Vocês são idiotas?

Dylan não falou nada diretamente para mim. Somente mandou que todos saíssem da piscina e, como ele é o capitão do time de futebol, ninguém se opôs.

Ele foi o último a se retirar e, antes disso, lançou seu olhar mais ameaçador em minha direção. Com certeza ele iria querer discutir e me xingar por ter acabado com a brincadeirinha deles, mas eu não me importava, porque sabia que tinha feito a coisa certa.

Sophie estava acordada, mas tremia muito e parecia totalmente desnorteada. Subi com ela e, segurando-a em meus braços, caminhei até o vestiário feminino e a coloquei deitada num dos longos bancos ali dispostos. Felizmente, ela respirava – o que com certeza me deixou mais tranquilo.

Fui até os compartimentos de higiene e peguei toalhas limpas para que ela pudesse se secar.

— Sophie? – disse, ao retornar. Ela tremia muito, batendo o queixo e demorou para abrir os olhos e perceber o que estava acontecendo. Quando finalmente o fez, ela, por algum motivo divino, não entrou em estado de pânico ao me ver. Pra ser sincero, ela sequer foi grosseira.

Milagrosamente, ela sorriu.

Sorriu para mim.

— Robert? – ela disse baixinho e então começou a se levantar, abraçando-se e se encolhendo – Estou com f-frio.

— Ok, vamos cuidar disso – falei e logo eu me apressei em envolve-la com uma das toalhas, enquanto tentava, ao meu modo, secar o seu cabelo. Ele estava preso e não ia funcionar direito, então perguntei se ela se importaria em soltá-lo.

Sophie pareceu sem jeito, de início, mas depois permitiu e tirou o elástico que ainda mantinha seu rabo de cavalo de costume. Depois de solto, ela ainda tentou ajeitar um pouco o seu cabelo para que ficasse menos rebelde. Ela não me olhou em nenhum momento enquanto fazia isso, o que me fez pensar que ela estava realmente envergonhada com tudo aquilo.

— Relaxa – falei e ela me encarou. Dei-lhe um sorriso e ela me respondeu com outro, enquanto me permitia secar seus cabelos. A verdade é que ela ficava muito bem sem rabos de cavalo.

Muito bem mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem!

E fantasminhas, por favor, apareçam. ><

Beijinhos!