Miraculous escrita por Danny


Capítulo 2
Amos Diggory is a shitty ashole


Notas iniciais do capítulo

Olar, pessoas :3
Eu tive que desviar de umas cinco flechadas e um monte de tiros vindo pra cá, então por favor não me matem! O BTS é a prova de balas, eu não!
Sim, eu sei que demorei muito, mas... Cá estou eu!
Quatro mil palavras, sem or.
Aliás, eu gostaria de avisar que eu inverti Alecto Carrow e troquei ela para a Emmeline Vance, não surtem, okay?
Enfim, vou parar de enrolar aqui porque eu sei que o que vocês querem ler é o capítulo, então...
Bye bye!



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— Ah, não! Aquela é a voz do Frank! – Lily gritou, assim que viu o enorme monstrengo de pedra sair gritando da escola, mas encarou Marlene com uma expressão de dúvida ao ver a loira mexendo no celular.

— Bateria: Okay! Câmera: Okay! GPS: Okay! Bye, bye! – Lene saiu correndo em direção à porta.

Pelos deuses, o que diabos aquela garota estava fazendo? Ela ia caçar pokémons no meio de um ataque?

— Lene, espera! Aonde você vai? – Perguntou

— O garoto se transformou em um verdadeiro super-vilão! E onde há um vilão, há um super-herói, e nem em sonho eu vou perder isso! – Gritou e logo em seguida saiu pela porta da biblioteca.

Lily olhou em volta, observando a zona que estava na biblioteca, pegou sua mochila de qualquer jeito e saiu correndo da escola, sem se importar se as aulas haviam acabado ou não. No seu primeiro dia de aula um de seus amigos havia virado uma fera gigantesca de pedra e estava destruindo a cidade. Aquilo não podia ser coincidência.

Ah, deuses. Quem me dera eu não tivesse saído da cama hoje.

.......

— James, qual foi o palácio que Maria Antonieta mandou seu marido construir para ela? – Dorea perguntou, o tablet com as anotações em sua mão.

— O palácio de Versalhes. – James respondeu entediado.

— Muito bem, James. E agora...

— Dorea, você pode nos dar um minuto, por favor? – Fleamont Potter entrou na sala, a mesma expressão impassível de sempre.

O garoto olhou para Dorea, que abaixou a cabeça. Ambos sabiam que ela havia falado para Fleamont o que James tanto pediu para que ela guardasse segredo. Ele se sentia, acima de tudo, traído. Mas ela deixou a sala mesmo assim.

— James, eu já disse isso mil vezes! Você não vai para a escola!– Disse o homem, sem mudar a expressão.

— Mas pai...

— Você tem tudo o que quer nessa casa, por que iria querer sair? Está proibido de ir lá fora, você não tem noção do quanto é perigoso!

— Por que você quer tanto assim me manter preso aqui? – Respondeu James, que agora já havia se levantado da cadeira encarando seu pai – Eu estou sempre sozinho! Por que não posso ter amigos como todo mundo?

— Porque você não é como todo mundo! – O mais velho suspirou, abaixando o tom de voz – Você é meu filho, James.

James afundou na cadeira, sentindo seus olhos ficarem úmidos.

— Agora retome os estudos, eu preciso trabalhar. – E dizendo isso, ele saiu da sala, com a secretária entrando logo em seguida.

— Olha James, nós podemos parar por aqui se você... – Mas ele não a deixou terminar. Saiu correndo da sala e entrou em seu quarto, batendo a porta com força. Ele só queria deitar em sua cama e deixar os dias passarem. Estava cansado demais.

— Espera, o que é isso? – Levantou a cabeça do travesseiro, ouvindo um estrondo do lado de fora.

Confuso, ele correu até a sacada do seu quarto, e se assustou com o que viu do lado de fora. Havia um enorme monstro de pedra destruindo a cidade, gritando e traçando coisas por aí. E a tentativa dos policiais de contê-lo não servia de nada, tendo em vista que quanto mais o acertavam, maior ele ficava.

Ainda tentando entender aquela situação, ligou a televisão e todos os noticiários de Hogsmeade noticiavam apenas a chegada desse super-vilão na cidade.

E foi só quando mais um estrondo soou que ele finalmente reparou na caixinha preta em cima da sua escrivaninha.

.........

— Mas o que raios é isso? – Lily girou o objeto em sua mão, sem saber o que fazer.

Rezando para Zeus que dentro da caixinha não houvesse uma bomba ou qualquer coisa do gênero, abriu, e quase ficou cega com a luz forte que saiu dela.

Sem querer, deixou-a cair no chão, esfregando os olhos, e se surpreendeu com o que saiu de dentro dela: Uma criaturinha vermelha com pintinhas pretas, que lembrava muito uma joaninha.

— Um rato! – Gritou, escondendo-se atrás da cadeira da sua escrivaninha. Não era novidade para ninguém que a ruiva não era das mais corajosas – Uma barata! Um rato-barata! Santo Hades, o que eu te fiz?

— Olha, calma. Não se assuste. - Disse a criaturinha sorrindo de forma fofa.

— E ainda fala! – Deu mais um grito, tentando acertar o bicho com qualquer coisa que visse.

— Olha, Lily, eu sei que isso pode parecer um pouco estranho pra você, mas... – Desviou da Box do Jogos Vorazes, e encarou a garota, que segurava um bonequinho estranho de um garoto com cabelo ruivo – Quer mesmo estragar isso acertando ele em mim?

Lily parou com o braço para o alto, preparada para jogar, e pensou um pouco. O inseto-rato realmente não parecia ser mortal, e ela não queria mesmo estragar o seu funko pop do Jerome Valeska. Por isso, ela colocou-o de volta na prateleira e apontou seu abajur vermelho para a criatura.

— O que é você e como sabe o meu nome? – Perguntou, fingindo-se de ameaçadora, mas a verdade é que estava quase saindo correndo gritando.

— Eu sou um Kwami, meu nome é Tikki. – Sorriu – E não se preocupe, eu vou te explicar tudo.

.............

— Prazer, Plagg. Eu sou um kwami, eu concedo poderes e, antes que pergunte, o seu é o da destruição. Entendeu?

James balançou a cabeça negativamente.

— Ótimo. Agora você pode arrumar algo pra eu comer? Estou faminto.

— Isso é uma brincadeira do meu pai? É uma pegadinha? – James agarrou o bichinho, que não pareceu satisfeito com a atitude – Não, meu pai não tem senso de humor.

— Ah, novatos são tão complicados. – Suspirou – Você não pode contar para o seu pai! Ninguém pode saber, James!

O moreno o encarou, ainda sem acreditar muito no que o kwami dizia.

— Ah, pelo amor! – Plagg exclamou – Por que eu iria mentir pra você?

....................

— Isso deve ser um engano, só pode ser. – Disse Lily, sentada no chão, abraçando seus joelhos – O único poder que eu seria capaz de ter é o “Super Desastre”! Espera... Minha amiga Lene! Ela ama essas coisas! Quer dizer... Eu acho que ela é minha amiga, mas... Enfim, ela é completamente obcecada por super-heróis. Fale com ela, aposto que ela vai ser uma super-heroína bem melhor do que eu.

—Mas você é a escolhida! – Tikky se aproximou – É você que tem que ser a super-heroína!

— Mas eu não sirvo pra isso! Eu vou acabar destruindo a cidade mais do que os vilões!

— Por favor! – Tikki fez uma carinha de cachorrinho – Você é a única que conseguirá parar o Stoneheart, Lily!

A ruiva a encarou, suspirando. Sabia que iria se arrepender mais tarde disso porém, atualmente, ela estava fazendo várias coisas de que iria se arrepender no futuro.

— Ah, Okay! – Concordou – Mas vamos rápido!

— Sabia que ia concordar! Não se preocupe, não vai acontecer nada demais.

— Então eu só tenho que ir lá e destruir o objeto onde está o tal... Anuma?

— Akuma. – Tikki corrigiu – Mas, sim. É basicamente isso.

— E aí eu tenho que capturar ele com um... Ioiô?

— Exatamente.

— Não podia ser alguma arma melhor? Sei lá, uma katana? Alguma coisa que machuque, pelo menos. Vai parecer mais uma brincadeira de crianças do primário do que uma luta.

— Você não pode matar ele! – Exclamou assustada – Ainda é o seu amigo lá dentro! E o ioiô é muito útil, acredite.

Lily suspirou.

— Okay, então eu capturo a borboleta e... Só isso?

— Você tem que purificar. Não se esqueça disso. É a parte mais importante.

— Então tá, não precisa se preocupar. – Assentiu, mesmo sabendo que iria acabar esquecendo alguma parte.

........

— E assim, você só tem que dizer “Plagg, mostrar as garras!” e é só ver a mágica acontecer.

— É mesmo? Plagg, mostrar as garras!

— Não seu idi... – A criatura não teve tempo de terminar a frase e foi puxado para dentro do anel, que instantaneamente materializou em James uma roupa que ele tinha certeza que nunca havia visto na vida.

Era uma blusa de moletom enorme com orelhas de gato e que tinha até mesmo um sininho no pescoço. Seu rosto estava coberto por uma máscara preta e o mais assustador: Agora a parte de fora da íris de seus olhos estava completamente verde. Aquilo era surreal demais pra ser verdade.

James sentiu o bolso da blusa pesar e quando enfiou a mão lá dentro para sentir o que estava incomodando, teve uma surpresa. Era um bastão de metal tecnológico, provavelmente sua única arma naquele trabalho de super herói.

— Show. – Murmurou, para logo em seguida se aproximar da sacada aberta e pular de lá, sendo salvo pelo bastão que se esticou magicamente levando-o até o outro prédio.

James nunca havia se sentido tão livre em toda a sua vida.

A sensação de pular de um prédio para o outro era como voar, só que melhor. Seu pai nunca o deixara praticar esportes radicais então aquilo que estava fazendo era incrível, mesmo se desequilibrando e caindo de cara no chão algumas vezes.

— Acho que eu estou pegando o... – E foi quando ele ouviu. Um grito de uma garota. E vinha de cima.

James nem viu o que o acertara, só sabia que, em poucos segundos, ele e a coisa que o acertara estavam rolando no chão, enroscados por alguma coisa não identificável que lembrava muito um fio.

— Hey, você literalmente caiu do céu. – Disse ao ver uma garota ruiva, mascarada também, na sua frente, enroscada junto a ele.

A garota apenas o encarou com uma expressão de “Você só pode estar brincando comigo”.

— Muito engraçado, você. – A ironia em suas palavras praticamente transbordava – Espere, eu... Já... Estou quase... – Ela mexia a mão presa por baixo dos fios freneticamente até James sentir os fios que o apertavam afrouxando e os soltando – Consegui!

James se levantou e estendeu a mão para a garota se levantar também, que parecia entretida demais em fazer todos os fios voltarem para o lugar de onde virem – Seja lá de onde tivessem vindo— Para prestar atenção nele.

— Você deve ser a parceira de que meu kwami me falou. Eu sou... – Parou e deu uma olhada em suas roupas, pensando em um nome de super herói decente. Black Cat era extremamente previsível, e já havia um anti-heroína da Marvel com um nome parecido, mas quando ele lembrou-se das aulas de Francês que havia tido com sua mãe, a ideia brilhante chegou – Chat Noir! Isso! Sou Chat Noir! E você é...

— Ah, eu sou L... – O “Ioiô” da menina acertou a cabeça de Chat e este gemeu de dor, afagando sua cabeça – Louca! Me desculpa, eu sou muito desastrada.

— Ah, não, tudo bem. Sério. Mas, enfim, você faz alguma ideia do que é aquilo? – Apontou para Frank, ou o ser de pedra que já fora o Frank. – Nós temos que pensar em algo pra... Espera, aonde você vai? – Encarou o garoto que, a ignorando, havia usado o bastão para chegar no telhado da casa a frente deles.

— Salvar Londres, oras. – Disse como se estivesse falando que ia tomar um cafezinho na padaria da esquina e logo em seguida pulou para o próximo telhado.

Oh, céus, não poderiam tê-la dado um parceiro que ao menos a escutasse?

— Okay. Eu confio em mim mesma. Eu confio em mim mesma. Eu confio em mim mesma.

E então ela jogou o ioiô indo atrás do parceiro.

.........

—AMOS DIGGORY! – Stone Heart fervia em cólera.

Frank nunca for a pessoa mais calma do mundo, isso ele tinha que admitir. Ele era cabeça quente e impulsivo, ainda mais com Amos sempre o irritando. Aquele imbecil. Não havia como ficar calmo perto de Amos Diggory, mas Frank tentava se controlar. Porém, quando amos o mandou, no meio da aula, uma foto dele beijando Alice, a paixão platônica de Frank, o garoto entrou em um estado de raiva absoluta. E agora, como um vilão, ele podia fazer o que mais queria no momento: Matar Amos Diggory.

— Quem é o fracote agora, hein? Seu merdinha babaca! – O akumatizado arremeçou Amos em direção ao gol do estádio de futebol de Hogwarts.

Ele faria Amos sofrer antes de matá-lo. Sofrer por tudo que já havia feito Frank passar.

— Sabe, – Um garoto com uma roupa que lembrava muito um gato entrou em sua frente antes que pudesse pegar Amos novamente – não é legal bater em pessoas menores que você.

— Está falando de si mesmo? – Stone Heart tentou afastar Chat Noir com um soco, porém o mesmo pulou por cima do akumatizado e o acertou na cabeça.

O que ele não esperava é que Stone Heart fosse aumentar de tamanho.

—Ah, bosta. – Praguejou baixinho e desviou de mais um soco – Cadê você, parceira?

De longe, Lily Evans observava toda aquela confusão. Ela queria ajudar, realmente queria. Mas faltava-lhe uma coisa fundamental: A coragem. Ela queria interferir, ajudar seu novo parceiro, combater aquele monstro e trazer Frank Longbottom de volta. Mas ela tinha medo. Medo de falhar e de Londres ser destruída por sua causa.

E foi aí que ela viu.

Havia uma garota loira filmando toda a situação perto da arquibancada. Porém, quando Stone Heart arrancou o gol do chão e o arremessou, Lily entrou em desespero ao ver que ia em direção à garota.

Chat Noir, percebendo a situação, jogou seu bastão desviando o gol, porém, nesse mesmo segundo, foi encurralado e agarrado por Stone Heart, agora possesso não só com Amos, mas com o super herói também.

— Ei, garota joaninha! – Ela conhecia aquela voz. Sem dúvida conhecia. – Você não vai ajudar não? O que você está esperando?

Marlene.

Era ela. Aquela maluca havia corrido no meio da confusão apenas para filmar o vilão e os super heróis agindo. Era sua culpa. Marlene estava em perigo e era sua culpa, pois ao invés de ajudar Chat Noir e agir como a pessoa corajosa que era, lá estava ela: Escondida como uma covarde. Seus pais sentiriam vergonha se a vissem daquele jeito.

E foi isso que a motivou a pular do teto da arquibancada e enganchar seu ioiô nas pernas do akumatizado.

— É muito feio maltratar animais, sabia? – E puxou a corda, o derrubando.

O garoto moreno pulou das mãos do vilão e rolou em direção a Lily, que o parou com o pé.

— Desculpe a demora. – Disse.

— Sem problemas, garota joaninha. E agora é hora de quebrar algumas rochas... – Chat Noir tentou correr, mas Lily o segurou pelo rabo que, até aquele momento, ele não havia percebido que fazia parte de seu uniforme. Era como um cinto preto, e se parecia com algo improvisado para uma festa de Halloween.

Isso sim é uma situação humilhante.

— Você não entendeu? – Lily perguntou, soltando o garoto – Ele fica maior e mais forte a cada vez que é atacado. Precisamos encontrar outra forma de detê-lo.

— Sim, mas como?

— Esse é o problema: Eu não sei. Mas nós poderíamos...

— CATACLYSM!

E então, interrompendo o raciocínio de Lily, a mão de Chat Noir começou a brilhar e uma certa fumaça preta saía dela.

Pelos deuses, aquele garoto não sabia se controlar?

— E parece que eu posso destruir tudo o que eu toco. – Sorriu presunçoso.

— Você não precisa de um super poder pra destruir tudo o que toca, acredite. – “Inclusive a minha boa vontade” pensou em completar, mas ficou quieta. – Ei! Não faça isso!

Mas já era tarde demais. Chat Noir havia encostado no gol  e o destruído, testando o super poder, e logo em seguida já avançava contra o vilão.

Se James Potter pensava que ele destruiria o vilão daquela forma, bem, ele estava redondamente enganado. Quando encostou no monstro de pedra, nada aconteceu. Apenas um Chat Noir sendo chutado para longe, batendo a cabeça na trave do Gol e encarando a garota cujo olhar dizia claramente: Eu te avisei.

— O seu poder só funciona uma vez, idiota! – Lily o ajudou a levantar – E agora você só tem alguns minutos até destransformar! Sinceramente, o seu kwami não te explicou nada?

— Ahn... Digamos que ele foi interrompido por... Forças superiores. Eu devia ter escutado até o final.

— Bom, minha vez. Lucky Charm! – Jogou o ioiô para o alto e no mesmo instante um objeto caiu em suas mãos. – Uma roupa de mergulho? De borracha?

— Bem legal o seu super poder. – Chat Noir debochou, e Lily revirou os olhos.

— Meu kwami disse que nós temos que quebrar o objeto onde o spooma... Digo, akuma, está escondido.

— Que objeto? Ele é todo feito de pedra! – Chat apontou para Stone Heart, que andava na direção de um Amos correndo desesperado.

— Mas você não viu a mão dele? Ele a mantém fechada.

— Tá, mas e daí?

—O objeto deve estar dentro da mão dele! Escondido, como nos truques de ilusionismo!

Chat Noir pareceu pensar por algum tempo e finalmente assentiu com a cabeça, concordando.

— Mas como é que a gente vai pegar o objeto? Você tem um plano?

Lily olhou em volta, pensando. Olhou para a roupa de borracha em suas mãos, para Lene (que continuava no canto, escondida e filmando toda a situação) e finalmente para a mangueira no canto do campo. E foi quando ela teve uma ideia.

— Na verdade... Tenho sim.

Ignorando os olhares curiosos do moreno sobre si, Lily pegou a mangueira e conseguiu amarrá-la na gola da roupa de borracha, transformando-a em uma espécie de balão, porém, vazio.

— Chat Noir, você confia em mim?

— Não. – Respondeu prontamente.

Lily suspirou e, ignorando-o novamente, pegou o seu ioiô e de uma vez só amarrou as pernas do garoto juntas, arrancando um grito de susto do mesmo.

— Você é louca?

— Confie em mim só dessa vez!

E, antes que ele pudesse responder, a ruiva o jogou para Stone Heart, que agarrou o super-herói rapidamente com sua mão livre.

Por favor, que dê certo.

— Ei, cabeça de pedra! – Gritou, atraindo a atenção para si mesma – Por que você não tenta me pegar?

E então ela pulou e, finalmente, o akumatizado abriu a mão para pegá-la, derrubando uma pedrinha roxa que estava em sua mão.

— Lene, a mangueira! – Gritou para a garota, que pareceu não entender.

— O quê?

— A mangueira! Liga a mangueira!

E então Marlene Mckinnon finalmente se tocou e abriu a maldita mangueira.

No momento em que a roupa de borracha encheu de água e inflou, Stone Heart jogou-a longe, juntamente com Lily, que bateu a cabeça no gol, sentindo o gosto de sangue em sua boca. Mas ela não ia deixar aquilo a impedir do que iria fazer. Ignorando a dor de cabeça e todos os outros hematomas que havia ganhado, ela correu até o objeto roxo no chão e pisou encima dele, destruindo-o rapidamente. Depois apenas observou a pequena borboleta branca sair voando e deixando apenas um pedaço de papel amassado no chão, que Lily recolheu.

Chat Noir, caído no chão após o monstro de pedra de desfazer e se transformar em apenas um garoto, observava a menina com um sorriso admirado no rosto. Ele nunca havia conhecido alguém que pensasse tão rápido sob pressão. Realmente, ela era a pessoa mais incrível que ele já havia conhecido em toda a sua vida.

— O que aconteceu? O que eu estou fazendo aqui? – Frank perguntou, ainda no chão e ligeiramente zonzo.

—Você está legal? – Chat virou-se para sua parceira, olhando os machucados em seu rosto.

— Estou. – Lily cuspiu no chão o sangue acumulado em sua boca – Vou sobreviver.

—Bem senhorita... Joaninha, você foi incrível!

— Nós dois fomos, parceiro! Bom trabalho! – Os dois fizeram um “Soco-Bate”, como Lily gostava de chamar.

Nem parecia que a poucos minutos atrás ela sentia vontade de enterrá-lo de cabeça pra baixo no gramado.

— Eu tenho que ir. – James ouviu seu anel apitar e fez uma reverência, já correndo para fora do campo – A gente se vê em breve, não?

— Eu espero que não tão em breve... – Murmurou, olhando para Frank, que começava a se recuperar de tudo o que havia acontecido.

Com cuidado e um pouco de receio, Lily desamassou o papel, vendo que era uma fotografia de Amos Diggory e Alice Fortescue, dois dos seus colegas de classe, se beijando. Mas ela conhecia Alice, sabia como ela era. E aquela menina não beijaria Amos Diggory.

— Ahn... Garoto? – A ruiva se aproximou de Frank com cautela.

— Foi o Diggory que me mandou essa foto, bem no meio da aula. – Disse ele – Eu explodi e fui expulso da sala. Tudo por causa daquele idiota. – Suspirou.

— Olha, você não precisa ter vergonha de dizer pra essa garota que gosta dela. Quer dizer, você gosta dela, não gosta?

— Ah, gosto, mas...

— Ela não me parece o tipo de pessoa que ficaria com esse cara. Tenta conversar com ela, aposto que tudo vai se resolver, Frank.

O moreno deu um sorriso mínimo. Lily nunca fora boa em consolar pessoas, mas parecia estar funcionando.

— Mas, espera... Como você sabe meu nome?

Okay, hora da saída estratégica pela direita.

— Er... Bem, eu tenho que ir. Não se esqueça do que eu te falei, okay?

E quando Lily jogou seu ioiô, pronta para voltar para casa, ela ouviu aquela voz novamente.

— Incrível, fantástico, estupendo! – Lene posicionava-se na frente dos dois com o celular na mão, filmando tudo – E eu preciso renovar a minha lista de adjetivos porque eu estou sem palavras!

Santo Hades, essa garota não desiste?

— Você vai proteger Londres a partir de hoje? – Marlene continuou – De onde seus poderes vieram? Você foi mordida por uma joaninha radioativa? Ou você...

— Mais tarde! Eu tenho que ir, é sério!

— Mas eu tenho tantas perguntas pra fazer pra você, senhorita... Er...

— Ladybug. – Lily completou – Me chame de Ladybug.

.............

E com a recente descoberta dos novos protetores de Londres graças a um vídeo amador — Dizia a repórter enquanto Lily encarava a TV, assustada. – Uma nova onda de terror se espalha pela cidade, fazendo com que dezenas de pessoas se transformem em monstros de pedra. É completamente inacreditável!  Por enquanto, os monstros de pedra permanecem imóveis. O que irá acontecer com as estátuas? Um dia eles irão acordar ou ficarão assim para sempre?

— Eu não sei o que aconteceu, Tikki! – Disse a garota – Eu tenho a certeza de que fiz tudo certinho!

— Você capturou o akuma?

Merda.

— O que isso tem a ver com a aparição de novos Stone Heart’s?

— Um akuma pode se multiplicar. – Disse a kwami, voando pelo quarto – É por isso que você tem que capturar o akuma, senão quando o Stone Heart original tiver emoções negativas, o akuma irá transformá-lo novamente e assim ele poderá controlar todas as pessoas que foram transformadas e formar um exército!

 As penas de Lily tremeram e ela se sentou na cama para que não caísse. Seu coração estava acelerado, sua respiração descompassada e seus olhos lacrimejavam, ela sabia que cairia no choro a qualquer momento.

— Então... Tudo isso é minha culpa? Eu sabia, Tikki! Eu não sirvo pra ser super heroína! Tudo o que eu faço é estragar as coisas ainda mais!

—Olha, se acalme. – Respondeu com um sorriso bondoso – Foi a sua primeira vez, eu tenho certeza que na próxima você vai...

— Não vai haver uma próxima vez.

Os olhos de Tikki se arregalaram. Lily não podia estar falando sério.

— Eu só pioro as coisas, Tikki. Eu não faço nada além de provocar catástrofes e ferrar com tudo! Sério, Chat Noir vai ficar melhor sem mim.

— Mas só você pode capturar o akuma!

— Então encontre outra Ladybug! – Gritou. Doía falar de um jeito tão duro com sua amiguinha, ela não parecia entender. – Eu não vou fazer isso, não mais. Me desculpe, Tikki.

Então, Lily tirou os brincos.

Quando abriu os olhos novamente, a kwami não estava mais lá. E deixando as lágrimas descerem por seu rosto, Lily abriu a gaveta e guardou o par de brincos de joaninha. Não voltaria a ser a Ladybug, ela não era a heroína que Londres merecia.

...........

— O garoto Longbottom tem um coração fraco e uma cabeça quente. – Dizia o homem sombriamente, deixando que a borboleta branca entrasse e se alojasse em seu cajado – Logo a raiva e a tristeza o consumirão novamente, e neste dia, todos os meus monstros de pedra voltarão a vida e veremos se vocês ficarão escondidos por muito tempo, Ladybug e Chat Noir.


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Notas finais do capítulo

Sobre a pergunta que a Dorea faz para o James: Danny também é cultura, pessoas!
Bem, o capítulo foi betado pela maravilinda e dona do meu coração Coffee (Que eu devo desculpas por ficar enchendo o saco o tempo todo).
Bem, o que acharam?
Enfim, até a próxima!
PS: Marlene Mckinnon é a melhor pessoa que vocês respeitam!

XOXO



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