Miraculous escrita por Danny


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Como vão?
Depois de muito incentivo por parte do grupo do whatts e muita (muita mesmo) ajuda da queridíssima Coffee (Leiam as fics dela também, ela é incrível) eu finalmente tomei a famosa vergonha na cara e postei essa fic. Agradeçam ao grupo, que me incentivou bastante.
Enfim, eu espero que gostem :)



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“ – Há muito tempo atrás, joias mágicas foram criadas para dar poderes impressionantes: Os Miraculous. Por toda a história, heróis têm usado esses poderes para o progresso da humanidade. E existem dois miraculous que são mais poderosos do que os outros: Os brincos da Ladybug, que concedem o poder da criação, e o anel do Black Cat, que concede o poder da destruição. A lenda diz que quem tiver ambas as joias alcançará o poder absoluto.”

— Eu conheço a história, Nooroo. – O homem cujo rosto não podia ser visto por causa da escuridão falou – Eu quero esse poder absoluto. Eu preciso desses miraculous!

— Mas mestre, não sabemos onde encontrá-los. – Argumentou a criaturinha.

— Mas eu achei você com facilidade, meu pequeno Nooroo. – E girou o broche em forma de borboleta por entre os dedos, observando-o – Por favor, o seu miraculous. Me lembre o que ele é capaz de fazer.

Nooroo sorriu inocentemente.

— Esse broche te permite dar super-poderes a alguém e eles serão os seus leais guerreiros.

Foi a vez do homem de sorrir, mas o sorriso dele foi diferente: Um sorriso maldoso, carregado de segundas intenções. 

— Exatamente.

— Perdão mestre, mas eu não entendi. – A pequena criaturinha lilás parecia confusa.

— Simples, Nooroo: Qual a melhor forma de atrair super-heróis do que criar super-vilões?

Nooroo ficou em estado de choque, mal respirava de tanto espanto.

— M-M-Mas mestre, o miraculous não está destinado a fazer o mal. As consequências podem ser desastrosas!

— Não me importa! – Ele bateu o pé no chão e o estrondo fez as borboletas aos seus pés levantarem voo – Eu preciso desse poder absoluto! Seu miraculous está sob o meu poder! Eu sou seu mestre! Você deve me obedecer!

Assustado e com medo do que aquele homem poderia fazer, Nooroo abaixou a cabeça obedientemente. Mesmo sabendo que aquele plano não seria uma coisa boa, ele não podia fazer nada. Enquanto seu miraculous estivesse sob a posse daquele homem, seria obrigado a obedecê-lo, mesmo contra a sua vontade.

— Sim, mestre. Como o senhor desejar.

Prendendo o broche no colarinho da camisa, o homem misterioso se preparou para executar seu plano. Depois do que faria naquele dia, não havia mais volta.

— Asas da escuridão, concedam-me seu poder! Nooroo, me transforme!

Quase que instantaneamente, as borboletas foram se acumulando em volta de seu corpo, e junto com elas foi Nooroo, juntando-se ao seu miraculous. Quando todas dispersaram, do centro delas ele saiu completamente transformado. Suas antigas roupas haviam virado uma espécie de paletó especial roxo, preto e lilás, que combinavam com a máscara em seu rosto e com a bengala que lembrava um cetro em suas mãos.

— Agora eu sou... Voldemort. É esse o meu nome. E o mundo inteiro tremerá quando me ver! – E olhou pelo vitral do lugar, que agora estava aberto, admirando a cidade que ele tinha a mais absoluta certeza de que seria sua e gargalhando.

..................

 

Longe dali, em outra parte da cidade, outra criaturinha acordou. Mas essa era diferente de Nooroo, ela era verde, e lembrava muito uma tartaruga.

Ele acordou se deu sono assustado, como se tivesse sonhado com alguma coisa muito ruim, o que não acontecia há anos, e por isso ele fez o que qualquer pessoa sensata julgaria correto.

Avisou seu mestre.

— Mestre, mestre! – Chamou, sem perceber que o mesmo estava ocupado.

Seu mestre era Albus Dumbledore, um homem de cabelos e baba longos e brancos, quase prateados. Ninguém suspeitaria que esse mesmo homem foi um super-herói que, depois de muito tempo na ativa, resolveu se aposentar e agora trabalhava como diretor em uma renomada escola em uma parte afastada de Hogsmeade, uma cidadezinha pequena da Inglaterra.

— O que houve, Wayzz? – Dumbledore perguntou, abaixando seu livro. – Aconteceu alguma coisa?

Ninguém nunca entendeu como ele consegue ser tão calmo.

— Mestre, o miraculous Moth, eu senti a sua aura! – Wayzz estava desesperado, quase entrando em pânico.

— Mas eu pensei que ele estivesse perdido para sempre.

— Mestre, me escute! Essa aura que eu senti é negativa! Receio que ele tenha caído em mãos erradas!

E esse foi o momento em que Dumbledore começou a se preocupar. Usar miraculous para fins malignos era uma coisa incomum, e que normalmente acabava em desastre.

— Temos que pegar o Nooroo de volta. Se um miraculous é usado para o mal nem Merlin imagina os maus que podem ser desencadeados para esse mundo! – E se levantou de sua mesa, andando até o centro da sala.

— Wayzz, trans... – Mas antes que ele pudesse sequer terminar a frase, acabou fazendo uma posição ruim para sua coluna, que já estava bem ruinzinha e não aguentava mais essas aventuras.

— Por favor, mestre. Seja razoável. Você está...

— Eu ainda estou jovem! – Dumbledore se levantou do chão, ainda com suas costas doendo bastante – Só tenho cento e quinze anos. Mas você está certo, Wayzz. Eu não posso fazer isso sozinho. Precisamos de um novo herói.

Dumbledore, decidido que depois que acabasse ia tomar alguns analgésicos para aliviar essa dor, caminhou até o seu armário, e de lá tirou um objeto prateado, como uma caixa de música. Tirou uma tampa que havia na lateral, digitou a senha e finalmente ela abriu, revelando uma pequena caixinha preta com alguns símbolos desenhados em vermelho.

.........................

Lily não poderia ter escolhido jeito pior de ser acordada. Ela acordou com seu despertador tocando e sua mãe a chamando, os dois ao mesmo tempo e da forma mais irritante possível.

— Lily, essa porcaria está tocando há quinze minutos! Você vai se atrasar para o primeiro dia de aula. – Sua mãe a chamou do andar de baixo de sua casa.

Mesmo sem estar com nenhum ânimo para sair da cama naquela manhã, ela desligou o seu despertador irritante e se levantou, mas não sem antes bater o dedo mindinho no criado-mudo.

— Merda. – Xingou baixinho – Por que essas coisas só acontecem comigo? 

Para falar a verdade, sem ânimo era pouco para descrever o que ela estava sentindo no momento. Por ela, Lily nem sairia do quarto. Ficaria o dia inteiro maratonando Doctor Who e os filmes da Marvel. Um dia perfeito. Mas como nem tudo são flores, ela foi obrigada a levantar por motivos de “Se ela não levantasse em cinco minutos Petunia subiria com um copo d’água”, e ela não duvidava da capacidade de ser irritante de sua irmã.

Jogou as cobertas de qualquer jeito no chão e se levantou bocejando, se arrumou e quase caiu na hora de descer as escadas, para encontrar sua mãe e Tuney na cozinha. Cansada e morrendo de preguiça, e sentou na mesa para tomar café, tentando ao máximo ignorar sua irmã mais velha tagarelando sobre modelos de revista com as amigas ao telefone.

— Bom dia. Dormiu bem, querida? – Rose Evans sorriu, e Lily tentou retribuir, sem sucesso.

— Não, mãe. Não dormi. E você vai ver, eu tenho certeza de que a Emmeline vai estar na minha classe de novo.

Emmeline Vance era uma garota detestável que Lily foi obrigada a aturar desde os onze anos de idade. Uma criatura tão irritantemente cor de rosa que mais parecia uma mistura de Regina George com todas as outras patricinhas de filme. Definitivamente, ela não merecia isso.

— Pelo sétimo ano seguido? – Perguntou sua mãe, surpresa. – Você acha que isso é possível?

— Com a minha falta de sorte? Sim.

Petunia desligou o celular e revirou os olhos diante do drama da irmã. Se isso não a afetava, ela apenas não se importava.

— Lily, um garoto bonito e famoso vai estudar na sua escola esse ano. Tente não estragar tudo, Ok?

— Que garo...

— Lily, você vai se atrasar. – Rose a avisou, pela milésima vez.

Com pressa, a ruiva se levantou da mesa, se despediu das duas e saiu correndo de casa. Se atrasar logo no primeiro dia de aula era um feito que apenas ela conseguia. Deveria entrar para o livro dos recordes por isso.

— Lily! – Seu pai, o padeiro Edward Evans a chamou antes que ela saísse – Pegue isso aqui, e tente não comer tudo sozinha, Okay?

Nas mãos dele estava a mais bela caixa de cookies caseiros que ela já havia visto em toda a sua vida. Já havia comido muitos doces bons, mas pelos deuses, cookies de chocolate eram a sua vida!

— Obrigada! Te amo, tchau! – E saiu correndo novamente.

Naquele dia, tudo parecia estar conspirando contra ela. Até o sinal de trânsito parecia mais lento.

E foi quando ela o viu.

Albus Dumbledore, o diretor de Hogwarts, a escola em que estudava desde pequena, andando calmamente na calçada sendo que o farol estava fechado, e o homem ainda usava aquela bengala velha que fazia tudo ficar ainda mais demorado! E o pior: Vinha um carro na direção dele.

Sabia que poderia se arrepender, quebrar um braço, uma perna, ou até mesmo morrer, mas ela fez.

Com uma rapidez que daria inveja até mesmo no Flash, Lily correu e puxou o Professor Dumbledore para a calçada onde ela antes estava. Sua respiração estava descompassada e ela havia acabado de passar por uma situação de risco, mas sentia que havia feito a coisa certa.

— Aqui. Tome. – Ela entregou os óculos e a bengala para seu diretor, que sorriu agradecido com o gesto da menina.

— Muito obrigada, Senhorita Evans. Não sei o que seria de mim se você não tivesse feito isso. Mas foi muito perigoso.

— Perigo? Eu rio na cara do perigo! – Lily brincou, rindo, para logo depois oferecer um dos cookies que trazia consigo para ele, que aceitou de com grado.

— Bom, precisa tomar mais cuidado, ou pode acabar em apuros. Mas, obrigada, mesmo assim. E creio que esteja indo para a escola, não é mesmo? Se importa se eu lhe acompanhar?

— Claro que não! Será um prazer.

“O prazer é todo meu, Senhorita Evans” Dumbledore pensou, e logo depois sorriu “Pessoas com a determinação dessa garota é o que o mundo precisa para melhorar”.

.............

 

— Senhor Black, se importaria se sentar na frente este ano? Eu quero me manter de olho no senhor. – A professora Minerva McGonagall disse assim que ela entrou na sala, e não foi difícil ela perceber que a professora falava com Sirius Black, o motivo de os cabelos da professora estarem ficando brancos.

— Mas Minnie, o que eu fiz? – O garoto, que estava na última carteira, perguntou, mesmo sabendo a resposta exata para isso.

— Quer a ordem alfabética ou cronológica? Apenas sente-se na frente, senhor Black.

Sirius suspirou, pegou suas coisas e jogou de qualquer jeito na carteira da frente, que por acaso, era uma daquelas em que se sentavam de dupla. O garoto tirou os fones de ouvido e olhou para trás, finalmente reparando que Lily se sentava atrás dele.

— Hey Evans. – Sorriu quase simpático – Dia difícil?

— Nem me fale. Mas o bom de tudo isso é: Não tem como piorar.

— Lily Marie Evans! – Emmeline Vance bateu a mão na mesa de Lily, fazendo-a ir para trás com o susto.

Definitivamente, Lily deveria aprender a manter a sua boca fechada.

— E lá vamos nós de novo.

— Evans, saia do meu lugar. Agora!

A ruiva respirou fundo e revirou os olhos. Não queria brigar justo no primeiro dia de aula, principalmente com a garota Vance, que é capaz de transformar a vida de qualquer um em um inferno.

— Emmeline, este é, sempre foi, e sempre vai ser o meu lugar. – Lily respondeu pausadamente, suspeitando que, se falasse rápido demais, a garota não teria capacidade mental suficiente para compreendê-la.

— Ano novo, lugares novos! – Mary McDonald praticamente brotou do seu lado

— Então você se levantar, juntar suas tralhas e se sentar com a garota nova ali na frente. – Emmeline apontou para onde uma garota loira mexia no celular com uma expressão irritada.

— Eu não estou disposta a sair daqui. Então a não ser que você vire a Wanda Maximoff e use a telecinese para me tirar do meu lugar e me jogar ali, daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. – Lily cruzou os braços em sinal de teimosia. Emmeline estava quase espumando de tanta raiva.

— Escute aqui. – Ela apontou o dedo na cara de Lily – James vai vir estudar aqui. Ele vai se sentar na sua frente, e se esse era o seu lugar, agora é o meu. Entende?

— Quem é... James?

Pelos deuses, será que ninguém iria deixá-la em paz naquele dia? Só por que o provável namorado de sua pior inimiga estava vindo estudar na sua escola ela iria ter que sair de seu tão amado lugar? Para falar a verdade, o problema não era o seu lugar. O problema era obedecer às ordens de Emmeline Vance como se fosse o cachorrinho dela, como o resto da sociedade faz. E ela estava decidida a não ser assim.

Emmeline e Mary gargalharam, para logo em seguida encararem-na com desdém.

— "Quem é James”? Pelo amor, em que mundo você vive? Você não sabe quem é James Potter? – A loira perguntou.

“Se eu soubesse, não perguntaria” pensou em responder, mas ficou quieta.

— Ele é um modelo super-hiper-mega conhecido! – Disse Mary

— E eu sou a melhor amiga dele, ele é louco por mim! E ele vai sentar bem aqui. – Apontou para o lugar na frente das duas, ao lado de Sirius – Então mova-se!

— Hey! – As três ouviram uma voz, e quando olharam, era a garota nova que estava falando – Quem morreu e te nomeou rainha?

— Veja só, Mary. Temos uma benfeitora na sala este ano! – Ela continuou com o mesmo tom de desprezo, como se a garota fosse algo insignificante, tão importante quanto um inseto – O que vai fazer comigo, Super Idiota? Atirar o seu celular em mim?

— Você verá. – E sem nenhum aviso prévio, ela empurrou Emmeline, agarrou o braço de Lily e a puxou para a carteira onde estava sentada antes – Você está legal?

— Fora a perda de uma dignidade que não tinha? Estou legal. – Brincou.

— Muito bem. Todos acharam os seus lugares – A professora McGonagall se levantou e escreveu seu nome no quadro negro - Para aqueles que não me conhecem, eu sou a professora Minerva McGonagall, e vou ser a professora de vocês. Qualquer um que for pego brincando na minha aula vai sair e não vai voltar mais. Vocês foram avisados.

— Hey, está tudo bem. – A novata disse para Lily assim que a mesma terminou de arrumar suas coisas na carteira – Não é grande coisa. Relaxa.

— Eu sou uma idiota. Quem me dera eu conseguisse enfrentar a Vance como você. Ela me dá nos nervos.

— Como a Capitã Marvel, você quer dizer. – Ela respondeu, e apontou para a foto de uma super-heroína loira em seu celular – Ela sempre diz que se as pessoas boas não fizerem nada, o mal sempre irá triunfar. Aquela garota – apontou para Emmeline, que batia as unhas freneticamente na carteira – é o mal em figura de gente. E nós somos as pessoas boas. Não podemos deixar aquela cópia mal-feita da Regina George ganhar, não é.... Qual é o seu nome, mesmo?

— Lily Evans. – Ofereceu um dos cookies para a loira, que aceitou sorrindo.

— Eu sou Marlene McKinnon, mas pode me chamar de Lene, se quiser. Sinceramente, eu não sei o que meus pais tinham na cabeça quando me deram esse nome. – As duas deram risada.

.........

— Para quem tiver aula de educação física agora, a Madame Hooch está esperando vocês no ginásio. O resto pode ir para a biblioteca. Mas já vou avisando para tomar cuidado com a Madame Pince. Ela não parece muito bem hoje, então não a provoquem e...

— AMOS! – Frank Longbottom se levantou da sua cadeira e encarou o moreno cheio de raiva no olhar. Estava quase pronto para acertá-lo com um soco quando a professora interviu.

— Senhor Longbottom! Qual é o problema? – A Professora McGonagall se levantou de sua mesa e encarou a cena com um desgosto quase palpável.

— Foi ele, professora! A culpa é dele! É sempre dele! Eu vou quebrar a sua cara, seu filho de uma... – E novamente se virou para o rapaz quase o acertando com um soco.

— Senhor Longbottom! Vá para a sala do diretor! Agora! E faça o favor de se acalmar antes de voltar para a sala, por favor.

Frank, mais irritado no que nunca na vida, apertou ainda mais seu punho - em que continha o que parecia ser uma fotografia amassada – e seguiu seu rumo até a diretoria.

Nunca na vida havia estado tão irritado. Em alguns momentos ele até se assustava com o que fazia, mas desta vez foi diferente. Mais do que apenas com raiva, agora ele estava triste, e extremamente magoado.

— Oh meu rapaz, não fique triste. — Uma voz soou em sua cabeça, fazendo Frank se assustar.

— Quem é você?

— Eu sou Voldemort. E eu posso te dar o poder de se vingar das pessoas que te fizeram mal. Mas, futuramente, você terá que fazer um pequeno favor para mim, nada demais. Você aceita?— A voz falou novamente, de uma forma que deixava a situação mais assustadora ainda.

— Sim, Voldemort.

E então, de repente, ele viu uma pequena borboleta negra pousar sobre a fotografia amassada ,em sua mão, e logo em seguida seu corpo começou a arder e a brilhar. Doía, mas Frank não se importava. A única coisa que ele sentia naquele momento era um desejo de vingança avassalador, e uma vontade enorme de quebrar a cara de Amos Diggory.

Quando parou de brilhar, viu seu reflexo no vidro e seu corpo havia sido inteiramente transformado em pedra.  Não era bonito, mas ele não ligava. Encontrar e matar aquele que lhe fizera mal era mais importante do que sua aparência.

Enquanto toda aquela confusão acontecia, Emmeline Vance olhava irritada para o lugar vazio onde deveria estar sentado James Potter. Ela não podia se conformar que ele iria combinar uma coisa e depois faltar sem mais nem menos!

— Ele está atrasado! Já era para ele estar aqui! – Murmurou insatisfeita.

— Não se preocupe, Emme. Eu tenho certeza que ele já deve estar vindo. – Mary respondeu, mesmo sem ter certeza do que estava falando.

...................

James corria sem parar, e cada vez mais depressa.

Conseguia ouvir o som da limusine “queimando pneus” atrás dele, e mesmo que entrasse em ruas estranhas para tentar despistá-la, sabia que tudo aquilo seria em vão.

Virou mais uma esquina, tropeçou em alguns lugares, desviou de algumas pessoas, esbarrou em outras (que provavelmente estavam o xingando mentalmente) e finalmente avistou o grande prédio que era Hogwarts, o seu destino final.

Porém, definitivamente a sorte não estava a seu favor naquele dia.

Assim que que colocou os pés na calçada do local, a limusine estacionou ao seu lado e de dentro dela saiu Dorea, a secretária de seu pai, que parecia estar surtando por dentro, apesar de tentar manter a aparência de “Moça de exatas segura e confiante, que com certeza não tem nenhum problema com o filho maluco e rebelde de seu chefe”.

Dorea era quase uma mãe para James. Desde que.... Aquela coisa aconteceu com sua mãe, ela sempre foi seu maior apoio, diferente de seu pai, que parecia a cada dia mais distante. E quando Fleamont Potter concordou em deixá-lo estudar em uma escola normal, foi como um sonho para o garoto.

Mas é óbvio que nada é tão fácil assim.

Por motivos que nem Deus sabe, o homem decidiu mudar de ideia de última hora e proibiu James de ir para a escola, mudando completamente o que ele havia afirmado alguns dias antes. Mas nem ele, nem Dorea, nem mesmo o Gorila – Seu motorista, que ganhou esse apelido por ser enorme – conseguiriam segurá-lo em casa.

E isso o levou à cena que ele estava passando naquele momento.

— Por favor, James. Reconsidere. Não vê que isso só vai lhe causar mais problemas?  Você sabe que seu pai é contra isso tudo! – Dorea se aproximou, enquanto James estava quase subindo a escada e alcançando as portas da escola.

—Mas isso é o que eu quero! E você não vai me impedir! Não desta vez! – Ele estava de costas para a escada, apenas esperando a deixa para que pudesse abandonar tudo e entrar de uma vez. E ele ia fazer isso, se não fosse por um pequeno detalhe.

Quando colocou o pé no segundo degrau, ele avistou com o canto do olho um senhor de barbas e cabelos brancos compridos que tossia muito, e tentava pegar seus óculos e sua bengala no chão, sem sucesso.

James sempre negou quando as pessoas diziam que ele era um príncipe encantado, mas quando ele via alguém precisando de ajuda, não conseguia se conter.

Ignorando os últimos resquícios de sanidade que ainda restavam em seu corpo, ele correu até o homem, ignorando Dorea e o Gorila, que havia descido do carro, para ajudar o pobre homem, que com a ajuda do garoto, conseguiu se levantar.

— Muito obrigada, meu jovem. Você me ajudou muito.

— O prazer foi meu. – James sorriu, mas quando se virou para voltar para a escola, Dorea e o Gorila se colocaram em seu caminho.

Seu rosto, que normalmente estava sempre cheio de vida, assumiu uma expressão triste e cheia de mágoa. Ele caminhou até o lugar onde eles estavam, onde a mulher colocou a mão sobre o seu ombro, de forma carinhosa.

— Eu só quero ir para a escola como uma pessoa normal. O que ele tem contra isso? – Sem obter resposta, abaixou a cabeça – Por favor, não conta nada para o meu pai.

O trio entrou na limusine preta novamente e quando o carro virou a esquina, Dumbledore apoiou a bengala em seu ombro – Obviamente mostrando que não precisava dela – e caminhou para a sua escola enquanto assobiava “Dominique-nique-nique” calmamente.

— Mestre, o que o senhor fará agora? – Wayzz saiu de dentro do bolso do seu paletó cor púrpura com uma expressão de dúvida.

— Não é óbvio, Wayzz? – Ele perguntou, e quando a criaturinha verde negou com a cabeça, seu sorriso misterioso ficou ainda maior – Nós encontramos os nossos heróis, Wayzz. Agora só precisamos fazer com que eles saibam disso.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Bom, eu realmente não sei se a Capitã Marvel falou isso, mas eu precisava de alguém para a Lene ser fã, e a Capitã se encaixa perfeitamente. Além de que a imagem que a Alya mostra para a Marinette lembra muito a Capitã Marvel.
PS: Capítulo betado pela Maravilhosa Coffee (Pelo amor dos deuses, ande logo com a fic você-sabe-qual)!



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