Bella POV

Assim que desliguei o telefone, Renesmee já tinha saído do banho e estava se vestindo no quarto. Às vezes, eu me esquecia que minha filha não era como as outras crianças de Três anos.

"- Tenho uma boa notícia para você! "- disse agarrando ela por trás, aproveitando a sua distração.

"- O que é mamãe? "- ela disse virando-se para mim para poder olhar diretamente em meus olhos.

“- Liguei para sua dinda, e ela me disse que vem amanhã para cá! "- disse, sorrindo.

" AAAAAAAAAAAh! Nem acredito... como conseguiu mamãe?"- disse ela enquanto dava milhares de pulinhos e batia as suas mãos.

Nessas horas Renesmee me lembrava tanto Alice. Como eu sentia falta dela. Antes de tudo acontecer, era ela que sempre estava ao meu lado. Era para ela que eu contava tudo. Mas eu não sabia se ela aguentaria não contar a Edward sobre minha gravidez, caso eu tivesse contado a ela. Ela sempre foi muito unida a Ele. Não sei se ela resistiria...

 “- Eu apenas disse que estávamos com muitas saudades! '- menti, dando uma piscadinha para ela.

"- Ah tá. "- respondeu um tanto desconfiada. "-Mamãe queria dar uma volta... Vamos?- ela sugeriu.

Assim que ela sugeriu, lembrei-me que tinha um parque de diversões em Seattle que tinha acabado de ser inaugurado. Foi aí, que tive a idéia de levá-la.

"- É claro minha flor, vou te levar em um lugar que você vai adorar. É só o tempo de eu me trocar! - falei.

" Que lugar, mamãe?"- perguntou.

" Surpresa! - disse, enquanto corria dela.

Renesmee tinha decidido vestir o vestido que eu havia lhe dado de presente. Ele era branco com flores rosa por toda a extensão, e para combinar ela colocou um sapatinho rosa (N/A Vestido de Renesmee:http://i34.tinypic.com/143bzr.jpg). E para finalizar ela pôs a tiara – que também era rosa e também lhe dei de presente- na sua cabeçinha. Ela adorava combinar suas roupas com os devidos acessórios, que de preferência deveriam ser da mesma cor de toda a sua roupa.
 

Eu vesti-me com apenas uma calça jeans e uma blusa vermelha e coloquei um sapato de salto alto preto.

Quando chegamos ao parque, Renesmee ficou tão feliz que queria brincar em absolutamente todos os brinquedos possíveis que vocês podiam imaginar.

Divertimos-nos bastante e quando deu por volta de 07h 30min da noite resolvi voltar para casa no meu Chevrolet Captiva cinza.
Fui obrigada a mudar de carro, devido ao tempo, pois minha Picape não resistiu. Não ligomuito para carros, mas tive que comprar um que fosse confortável por causa da minha filha. Não posso mais só pensar em mim.

Ao chegarmos a casa, Renesmee correu e se jogou no sofá, pois estava cansada de brincar em todos os brinquedos. Eu decidi fazer-lhe uns ovos, pois era a única comida humana a qual ela comia sem reclamar e que realmente gostava.

“- Senhorita Renesmee Swan, acho que deveria tomar um banhozinho né?”

“– AAAAAAAh mamãe... Daqui a pouquinho eu tomo. Estou vendo desenho “ –  ela disse sem tirar os olhos da televisão.

“- Tudo bem então... Estou preparando uns ovos para você comer, já que nada no parque lhe chamou a atenção. Nem ao menos para experimentar”. - disse sarcasticamente.

“ - Tudo lá tinha um cheiro ruim! “– minha pequena disse um tanto emburrada.

“- Já sei, já sei! Tudo lá tinha um cheiro de cervo morto. - falei repetindo a mesma frase que ela dizia toda vez que sentia um cheiro de alguma comida humana que não lhe agradasse.

“- BINGO! Acertou em cheio, ponto para mamãe! – respondeu sorrindo.

Depois de eu ter feito os ovos e Renesmee já ter comido, resolvi assistir televisão ao lado dela. Vimos um pouco de desenho, e depois ela me pediu para que montássemos um quebra-cabeça de bichinhos que Rose tinha dado para ela no último natal.

Assim que terminamos de montá-lo e já tínhamos decidido subir para os nossos quartos, o telefone tocou.

Ao olhar no display vi que era Rose. Provavelmente ela já teria resolvido tudo por lá, e já estaria a caminho de Forks. Vibrei internamente com isso, pois assim poderíamos conversar melhor sobre tudo que aconteceu hoje.

“ – Alô “– atendi ao telefone ainda olhando para Renesmee, gesticulando para ela poder saber que era a Rose ao telefone.

Ao perceber que era ela, Renesmee desceu as escadas e se posicionou ao meu lado e pediu-me para ouvir a conversa.
Fiz sinal para que ela esperasse, pois logo depois lhe contaria.

“- Oi Bella, só liguei para dizer que já estou saindo daqui! Devo chegar de madrugada ou amanhã bem cedo. Já comprei a minha passagem e por aqui está tudo bem, ninguém desconfiou de nada” - murmurou.

“– Tudo bem então. Aposto que sua afilhada vai fazer de tudo para lhe esperar. Ela está muito ansiosa!”- respondi olhando para minha filha que estava esboçando um grande sorriso de felicidade.
“ – Aposto que sim! Diga a ela que estou levando presentes e que ela irá amar quando vê-los.”
“ - Pode deixar. Um grande beijo e até mais”.
“ - Até mais”- ela murmurou e logo em seguida desligou o telefone.

Assim que desliguei o telefone, Renesmee já estava ao meu lado pulando e puxando a minha calça para saber o que Rose havia dito para mim.

“- Calma filha. O que foi?- perguntei mesmo já sabendo a resposta.

“ Me conte o que a dinda falou! Me conte o que a dinda falou! Me conte o que a dinda falou! – ela gritava e pulava ao mesmo tempo. Se eu possuísse uma audição humana, não entenderia o que o ela disse, pois ela gritava o mais alto que podia devido a sua ansiedade.

“ – Caaaaalma. Ela disse que deve chegar de madrugada ou amanhã bem cedo- respondi rindo quando seus olhinhos já transmitiam tamanha felicidade.

“ – Iuupiiii! A dinda tá chegando! A dinda tá chegando! A dinda tá chegando! – ela dançava por toda extensão da sala. Eu adorava ver a minha princesinha feliz.

“ - Nem deixou eu terminar filha. Sabe o que ela disse? Ela disse que vai trazer... PRESENTEEEEES!- destaquei bem a última palavra, pois eu me maravilhava ao ver a alegria que uma simples palavra exercia sobre a minha pequena.
Ela simplesmente amava ganhar presentes. Ao contrário de mim que sempre tive aversão, mas ultimamente tenho aceitado com um pouco menos de relutância. Mas que fique claro que é só com um POUCO menos de relutância, porém ainda mantenho a minha antiga opinião.

Depois de ela ter dançado por toda a casa, praticamente todos os cômodos consegui convencê-la, de enfim tomar banho.
Enquanto ela estava no banheiro, decidi tomar um banho também. Pelo menos um banho ao dia eu tomava, pois tentava conservar alguns hábitos humanos.

Depois Renesmee vestiu seu pijama e eu já tinha posto a minha camisola e resolvemos assistir ao filme da “PRINCESA E O SAPO”, que minha filha pediu para que eu visse com ela.
Renesmee estava decidida a não dormir como eu havia deduzido que ela faria, mas quando filme chegou ao meio, ela já havia adormecido.

E eu ficaria esperando por Rose, afinal de contas eu não posso dormir. É dessas determinadas coisas que sinto falta de ser humana. Mas só de certas coisas, que fique claro ok?!

                                                 Edward POV

Estava deitado em minha cama ouvindo um pouco de música, esperando que o tempo passasse depressa. Mas por incrível que pareça cada segundo aparentava horas.

Minhas lembranças vinham como um flash em minha mente. Era como se eu estivesse rebobinando uma fita de vídeo... E nessa fita de vídeo só continham momentos com ela.
Desde o momento em que a vi pela primeira vez até o momento em que a deixei.

Eu pensava que no momento em que salvei Bella de James – sugando todo o veneno dele de seu corpo- eu havia me superado. Mas não... O momento mais difícil de minha existência foi deixá-la. Parecia que haviam enfiado uma estaca em meu peito, e para continuar a tortura faziam movimentos circulares com a mesma.

Foi uma dor inigualável. Mas eu precisava tentar...
E agora eu iria reencontrá-la, e precisava procurar forças dentro de mim para conseguir vê-la novamente.  Se antes eu estava tentando lidar com a imensa vontade de voltar a Forks para revê-la, agora eu contava os milésimos para encontrar com ela.

Fui retirado de meus devaneios quando ouvi Rose abrir a porta do seu quarto. De instinto me levantei e fui direto para a porta, para saber se já estava no momento de segui-la.

Fiquei escondido atrás da porta sem nem ao menos respirar, para que assim ela não percebesse a minha presença. Pelo vão da porta pude perceber que ela levava apenas uma mala pequena e sua passagem nas mãos.

Eu havia comprado as minhas antes do entardecer, mas para isso tive que ficar ouvindo tudo o que Rose falava ao telefone para eu não cometer o engano de comprar uma passagem do mesmo vôo. Comprei uma passagem no mesmo horário que ela, a única coisa de diferente é que era em outra aeronave.

Iríamos chegar ao mesmo horário ao aeroporto de Forks. E chegando lá, tudo ficaria um pouco mais fácil.

Rose começou descer as escadas, e eu uni toda a minha velocidade e joguei minha mala pela janela do meu quarto, e logo em seguida a pulei.

Entrei dentro do meu Volvo, e fiquei escondido esperando ela sair. Ela tomou um táxi que já estava esperando-a em nossa porta.
Deixei o automóvel virar a esquina, e logo em seguida fui atrás, mas tentando manter a maior distância possível para ela não perceber.

Chegando ao aeroporto, avistei Rose fazendo o check in em uma fila próxima a minha. Antes que vocês pensem, coisas do tipo: Esse cara é louco? Ela está do seu lado! Quero que fique claro que eu estava disfarçado.

Eu estava de gorra preta, óculos escuros, casaco escuro, jeans e um tênis. Não era um super disfarce, mas eu ficava um pouco irreconhecível.

Depois de fazermos todos os procedimentos, a primeira chamada do vôo de Rosalie aconteceu. Ela levantou-se e caminhou em direção ao embarque.

Depois de aproximadamente 3 minutos, a primeira chamada do meu vôo foi feita. Fui em direção ao embarque e logo depois entrei no avião.

A viagem foi um tanto monótona, pois eu estava impaciente demais para um vampiro de cem anos de idade.

Fiquei martelando que tipo de coisas eu iria dizer a ela e como ela reagiria. Eu não fazia idéia o que Bella iria fazer quando me avistasse.

Revirei os olhos. Afinal eu tinha que estar sereno, mas a quem eu estava querendo enganar, eu a amava mais do que tudo que existe nesse mundo.

Bella sempre foi e sempre seria a fonte da minha existência. Enquanto ela vivesse, eu viveria – se é que posso chamar o modo que passo os meus dias, de “viver”-. Acho que a palavra viver não se enquadra a mim...

A viagem não duraria muito tempo, mas o aperto que estava nesta pedra que tenho em meu peito no lugar de meu coração, continuaria apreensivo esperando o momento de vê-la novamente.