I love you M'Lady escrita por Vampira


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oii pães de mel. Adivinha quem tem vestibular agora em setembro. Isso msm, a fudida aqui.
Podem relaxar que o proximo capítulo também já ta pronto e mes que vem eu vou conseguir postar.
Me desejem sorte pra essa prova.
Agora deixando minha vida de lado, algumas coisas novas vão aparecer no proximo capítulo e algumas antigas vão ser resolvidas nesse.
Qualquer coisa podem me mandar mensagem ou comentar que eu respondo o mais rápido possível.
Boa leitura



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Adrien’s POV

 

            Eu só queria dormir um pouquinho, mas eu tinha deveres a cumprir. Depois de algumas semanas de paz Paris voltou a ser atacada por pessoas frustradas com as suas vidas. Já era a quarta noite seguida que eu saía de casa para defender a cidade.

            Como se já não bastasse  os ataques, meu pai voltou para casa e com ele mais e mais tarefas que eu teria que realizar. Eu tinha no mínimo três compromissos durante a tarde, após o colégio. Esses compromissos, além de não me deixarem descansar, não me permitiam sair com a Mari com tanta frequência que eu tinha antes e isso me deixava um pouco triste.

 

 

 

            Agora que eu passava minhas tardes ocupado, eu podia perceber o quanto eu sentia falta de passar esse tempo com a morena. Agora eu apreciava muito mais esse tempo que eu tinha ao lado dela e ansiava por ter mais momentos como esses.

            Às vezes me pegava lembrando de seus toques durante uma sessão de fotos ou dos seus lábios durante uma aula de piano.

            Eu não havia percebido o quanto havia me apegado a ela até meu pai voltar, eu mal conseguia passar uma semana sem ter ela perto de mim.

            Claro que eu estou fazendo um pouco de drama, afinal eu vejo a menina todos os dias no liceu, mas passar a tarde ao lado dela era totalmente diferente. Durante as tardes nos juntávamos para conversar qualquer besteira, fazíamos nossa tarefa de casa juntos, comíamos muito e eu assistia a garota desenhar ou costurar.

            Meu humor não era dos melhores ultimamente, só melhorava quando eu via aquele sorriso de manhã, e meu cansaço não ajudava muito a situação. Nathalie me jogava alguns olhares de pena quando me avisava que eu tinha que fazer alguma coisa, mas não podia me ajudar a fugir das minhas obrigações. Já meu pai parecia mais frustrado do que nunca , sua viagem não deve ter sido das melhores, e toda vez que me via de mau humor por não querer fazer alguma coisa acabava mais irritado do que já estava.

            Era quinta-feira à noite e eu estava jogado na cama, cansado após mais um ensaio fotográfico. Plagg comia seu queijo e se divertia as minhas custas.

            - Tá com saudades da princesinha? – Sua voz fininha estava um pouco abafada pela comida em sua boca.

            Grunhi em resposta e afundei meu rosto no travesseiro, mal tive a decência de tirar minhas roupas e colocar meu pijama, estava cansado demais para isso.

            - Não sei como vocês humanos conseguem se apegar uns aos outros. – O queijo já deveria ter acabado, pois sua voz saía normal agora. – Vocês são tão sem graça.

            As vezes eu tinha vontade de tirar o anel e guardar na caixa preta e vermelha para ver se esse Kwamii estúpido sumia por algumas horas, mas eu sabia que isso seria irresponsável.

            - Nem sei do que você sente tanta falta nessa garota. – Senti um peso levinho nas minhas costas e imaginei que o pequeno gato preto talvez estivesse sentado nas minhas costas. – Vocês nem fazem nada demais, só ficam jogando vídeo-games e dando uns beijinhos por aí.

            Ele não ia parar não?

            - Se bem que outro dia vocês deram um beijo tão quente que eu achei que fosse rolar algo mais. –Disse e continuou com deboche. – Mas você é lerdo demais para fazer qualquer coisa.

Como ele conseguia me irritar tanto? Levantei o dedo do meio de uma maneira que achei que ele conseguiria ver.

            - Nossa você está com péssimo humor mesmo. – Soltou uma risada. – Por que não vai atrás dela?

            Levantei-me num pulo, digerindo as palavras que ele falara. Não é que ele falava algumas coisas certas de vez em quando.

            - Ótima ideia, Plagg. – Saí da cama e fui andando em direção a janela do meu quarto.

            - Eu não tava falando pra ir ago... – Sua fala logo foi cortada por mim, chamando-o para a transformação.

            Pulei os telhados indo em direção a casa da menina, um mais que familiar para mim agora. O vento gelado batia nos meus músculos cansados, aliviando um pouco do meu desconforto.

            Cheguei à varanda da menina e bati na porta do pequeno alçapão. Pude ouvir a voz de Marinette conversando com alguém, uma voz bem fininha  respondia, mas meu toque na portinha fez com que a conversa cessasse.

            A menina abriu a entrada para seu quarto surpresa com a minha presença ali, mas me deixou entrar mesmo assim.

            - Conversando com alguém, prrrincesa? – Perguntei, pegando sua mão e beijando de leve.

            - Só minha melhor amiga me perguntado sobre algumas coisas no telefone. – Respondeu. Que eu saiba a Alya não sem uma voz tão aguda, quase infantil.

            - Claro. – Disse meio desconfiado, mas continuei a conversa. – Trabalhando em algo novo? Alguma roupa nova? Algum esboço?

            A menina andava de um lado para o outro preocupada. Suas feições mudavam de acordo com o que passava em sua cabeça.

            - Chat... – Sua voz saiu um pouco falha e pelo seu tom eu já sabia que vinha problema por aí. – Posso te perguntar uma coisa?

            - Claro. – Seu rosto mostrava certa dor.

            - Naquele dia. – Ela escondia o rosto, virando-se para o lado. – Quando você me beijou...

            - Sim. – Encorajei-a para continuar, mesmo já sabendo que rumo essa conversa estava tomando.

            - Por que você foi embora daquele jeito?

            Sua voz saiu meio quebrada e eu pude ver que suas bochechas estavam um pouco coradas. Me lembrei que desde aquele dia eu não havia voltado para ver ela, pelo menos o Chat não voltou.

            - Eu estava confuso. – Respondi meio sem graça. Isso não era motivo suficiente para eu ter deixado ela pra trás sem nenhuma explicação. – Me desculpe.

            Abaixei minha cabeça com vergonha de olhá-la nos olhos. Andei até o divã que tinha no cômodo e me sentei.

            - Tudo bem. – Um suspiro alto saiu de seus lábios. – Não tem problema.

            - Mesmo?- Perguntei, ainda me sentindo um lixo pelo que eu havia feito a menina.

            - Sim. – Levantei meus olhos para ver um simples sorriso em seus lábios e eu sabia que esse sorriso significava que ela estava sendo sincera.

            Rapidamente o sorriso em seus lábios sumiu e ela voltou a expressar preocupação.

            - Princesa... – Disse sério, agora eu estava preocupado. Nem percebi que disse seu apelido de forma diferente. – Me diz o que está te incomodando por favor.

            Eu conseguia ver que a garota estava nervosa já fazia alguns dias, mas toda vez que eu perguntava o que era ela respondia que não era para eu me preocupar.

            Ela estava mais ansiosa do que o normal, embora estivesse mais solta a minha volta. E pra piorar tudo, de uns dias para cá ela estava bem mais cansada do que antes.

            Ela balançava a cabeça, se negando a falar.

            - Por favor, princesa.- Disse em um sussurro. Ver ela assim me quebrava por dentro.

            A menina não disse nada, mas me surpreendeu ao correr em minha direção e me abraçar. Mari escondeu sua cabeça no meu ombro e começou a chorar. Passei minha mão por suas costas tentando acalmá-la enquanto a puxava para mais perto de mim.

            - Eu achei meu príncipe. – Ela soluçava as palavras.

            - E isso não é bom, prrrincesa? – Perguntei confuso, não fazia sentido ela estar chorando por isso.

            - Eu não sei se ele sente o mesmo que eu sinto. – Ela praticamente cuspia as palavras, mas parecia que não era isso que ela queria falar.

            Mas é claro que eu sentia o mesmo, quando eu dei sinais de não gostar dela? Isso realmente não fazia sentido algum.

            - Você tem certeza, prrrincesa?

            - Eu nem sei o que eu sou dele. – Ela disse após suspirar forte, como se tomasse coragem para dizer as palavras em voz alta. – Não sei se sou amiga dele.

            Claro que ela é minha amiga.

            - Não tem como estar perto de você e não querer ser seu amigo. – Disse, tentando tranquilizar a menina. Mas com as minhas palavras ela pareceu chorar mais ainda.

            Ela levantou seu rosto do meu ombro, me olhando nos olhos. Aqueles olhos azuis tão bonitos não deveriam nunca ficar vermelhos daquele jeito por um choro, por culpa minha.

            - Você não entendeu, Chat. – A menina continuou. – Eu não sei se sou SÓ amiga dele.

            A compreensão bateu forte em mim, ela estava insegura sobre quem ela era na minha vida. Ela estava insegura sobre o nosso relacionamento, sobre o que era nosso relacionamento.

            Limpei a lágrima que descia por sua bochecha. Eu tinha que resolver isso, não podia deixar ela chorando por mim.

            - Cheguei até a pensar que talvez eu fosse só um caso pra ele, já que ele é modelo e pode ter qualquer uma pra namorar. – Meu coração parecia pesar dentro do meu peito, eu não podia acreditar que estava ouvindo. Agradeci mentalmente que ela escondia de novo seu rosto no meu ombro e assim não podia ver minha cara de incredulidade.- Mas eu sei que o Adrien não faria isso, ele não faria isso de propósito.

            Bom, pelo menos ela tem noção de que eu nunca faria nada para machucá-la. Eu sei que tudo isso estava vindo de sua insegurança, mas eu não podia deixar de me sentir um pouco ofendido com isso.

            A menina não se soltava dos meus braços e eu não tinha planos de liberá-la do meu abraço, mas ao ouvir a menina bocejar me lembrei de sua expressão cansada todos esses dias de manhã. A morena precisava descansar e eu também, embora eu ache que hoje eu não vá conseguir dormir, a ideia que está se formando na minha cabeça não vai deixar.

            Levantei e peguei a menina no colo, que se assustou um pouco. Carreguei Mari até sua cama e a fiquei encarando por um tempo. Fui descendo meus lábios em direção aos seus e ela pareceu perceber minha intenção, pois seus olhos se arregalaram em surpresa. Assim que percebi a besteira que estava fazendo me afastei dela rápido.

            - Perdão, é a força do hábito. – Disse com um sorriso envergonhado. – E não se preocupe com tudo isso.

            Desci novamente meu rosto e beijei sua testa, tentando mostrar um gesto protetor.

            - Tenho certeza que seu príncipe não está querendo fazer você se sentir assim de propósito. – Disse tentando o máximo possível falar sem parecer que eu estava falando de mim mesmo. Quase disse ‘eu não queria...’, mas consegui me segurar. – Descanse um pouco agora.

 

 

            Fui andando em direção ao alçapão e pude ouvir mais alguns soluços da menina. Eu ia ajeitar aquela situação.

            Saí rapidamente da casa da menina torcendo para que não houvesse nenhum ataque hoje, eu precisava muito descansar e pensar sobre como sair dessa mal entendido. 


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