I love you M'Lady escrita por Vampira


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oii pães de mel, desculpa por tooooodo esse atraso. Eu agradeço a todos que me desejaram boa sorte nas provas, amo vcs. Eu preciso conversar com as pessoas que se ofereceram para revisar a fic ( me add por favor). Se eu n respondi algum comentário no capitulo anterior, eu sinto muito, acabei esquecendo antes de apagar ele.
Bom acho que é isso, fiz um capitulo maior como pedido de desculpas pelo atraso.
Aaaah eu to planejando em fazer uma one-shot de yuri on ice pra postar amanha no meu aniversario ou dia 29. acompanhem meu perfil se interessar.
Mais uma coisa, até o meio da semana eu vou postar uma mini comic sobre miraculous no meu tumblr, da uma fuçada la ( vampiraismyfirstname.tumblr.com), sigo de volta se alguem quiser.
Boa leitura!!!!!



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Marinette’s POV

— Ai menina conta logo! – Alya berrava na minha orelha enquanto puxava meu braço de forma animada. Ao meu outro lado estava Nathanael rindo da situação, mas tão ansioso quanto a garota. – Como assim ele apareceu na sua casa do nada ontem?

— Eu sabia que não ia demorar pra ele correr atrás dela como um cachorrinho. – Disse Nath orgulhoso.

— Não sei não, eu vejo ele mais como um gato do que como cachorro. – Disse meio avoada fazendo a comparação na minha cabeça.

— Não desvie do assunto, garota!- Alya puxou meu braço e deu um beliscão. – O que ele fez na sua casa ontem? O que você estava fazendo? Vocês transaram? Foi bom?

Os dois me encaravam com expectativa pela resposta, mas eu não conseguia responder. Eu não acreditava que ela havia falado isso em voz alta bem no meio da praça.

Havíamos combinado de nos encontrar na praça pela manhã, antes da aula, para que pudéssemos conversar sobre meu encontro na tarde e noite anterior. É claro que assim que eu cheguei em casa eu mandei uma mensagem para os dois que logo ficaram animadinhos e quiseram saber de todos os detalhes, mas eu disse que só diria pessoalmente.

— Parem de falar essas coisas!- Minhas bochechas estavam mais vermelhas que um pimentão. –Vocês estão me deixando envergonhada.

— Não tem porque ter vergonha! – Repondeu o ruivo. – Mas vocês usaram camisinha né?

— NÓS NÃO DORMIMOS JUNTOS! - Disse mais alto do que gostaria e acabei atraindo a atenção de um senhor que estava sentado no banco próximo à nós.

— Como assim vocês não fizeram sexo? – Minha melhor amiga me olhava incrédula. – Mas você está toda suspiros e risinhos desde que chegou aqui.

— O pior de tudo é que eu não duvido do que ela está falando, estamos falando sobre o Adrien aqui e ele é bem lerdinho. – Nath ponderou. – Será que se eu disser que vou comer ela, ele faz alguma coisa?

— Você não perdoa ninguém, né senhor Nathanäel? – Alya ria.

— Parem pelo amor dos deuses maias. – Eu queria virar as costas para os dois e simplesmente ir embora, não acreditava no que estava ouvindo. – Não creio que vocês estão dizendo essas obscenidades em público.

— Relaxa um pouco, Mari. – Nath disse descontraído, qualquer um que o visse assim não acreditaria que é o mesmo garoto tímido das aulas. – Sexo é super normal, você tem que se acostumar com isso.

— Exatamente, você tem um namorado agora e sem querer te contar nada, mas ele é adolescente  e também tem hormônios a flor da pele como você.

— Agora conta logo como foi ontem ou vamos começar a imaginar mais ainda! – Meu amigo comentou, cutucando minhas costelas no processo, como uma criança irritante. – E pelo que vejo você não gosta de onde nossas imaginações estão nos levando.

— Ta bom eu conto. – Respirei fundo tentando esconder minha vergonha. – Parece que vocês tão lendo muita historinha pornô na internet.

Fechei os olhos e deixei com que as lembranças da noite anterior voltassem a minha cabeça para poder contar detalhadamente tudo que acontecera. Não que fosse muito difícil, já que aquela boca era bem difícil de esquecer.

***

— Marinette você pode ajudar lá na padaria? – Minha mãe havia entrado no meu quarto de forma afobada e carregava junto dela uma pequena bolsa branca com flores vermelhas desenhadas. Eu havia feito aquela bolsa para ela no dia das mães do ano anterior e ficava muito feliz todas as vezes que ela usava. – Eu preciso ir ao banco e seu pai está fazendo uma encomenda especial, você poderia ficar no balcão até eu voltar?

— Claro mãe. – Eu mal havia terminado de falar e ela já estava correndo porta afora. Soltei um riso abafado de sua pressa e fui andando a passos lentos para a padaria.

Fiquei no balcão por uns bons minutos, mas a confeitaria estava com pouco movimento hoje, o que era uma sorte para meu pai que tinha a tal encomenda especial para fazer. Atendi apenas duas garotas que queriam uma caixa de cupcakes de chocolate, mas que saíram da loja tão rápido quanto entraram.

Depois de algum tempo sem clientes decidi me sentar em uma das cadeiras que ficava atrás do balcão e peguei o celular para ficar rolando a tela em algumas redes sociais. Ficar parada muito tempo não era bom, minha cabeça voltava o tempo todo para o beijo que o Adrien me deu e infelizmente algo na minha mente impura começou a comparar o beijo dele com o beijo de Chat.

Tentei me distrair com um joguinho de celular qualquer que Rose havia me indicado, era sobre uma princesa que tinha que fazer escolhas para conquistar o príncipe. Não deveria ser ao contrário? Bom, eu até acho super legal essa ideia de mulheres indo atrás dos homens que elas querem, mas eu não sei se isso se encaixaria no contexto medieval. Ignorei isso e tentei jogar até que ouvi o sininho da porta e levantei rapidamente para atender o cliente. Já falando enquanto levantava:

— Posso a-a-ajudar? – Minha voz se perdeu ao perceber que meu cliente era Adrien e ele estava parado no meio da confeitaria com as mãos nos joelhos, o corpo curvado e ofegante.

— Pode! – Disse meio sem fôlego. – Desculpe meu estado, eu tive que correr um pouco, um cachorro começou a me perseguir no meio da rua.

Não pude conter minha risada após o comentário do loiro. Cobri minha boca tentando não parecer rude com ele, mas logo ele estava rindo junto comigo.

— Como posso te ajudar? Croissant? – Perguntei, colocando o celular no bolso e me aproximando da bancada branca.

— Na verdade não. – Ele colocou a mão atrás da nuca, claramente nervoso. – Você gostaria de sair comigo?

— Claro. – Disse acompanhado de um simples aceno de cabeça. Ele acabou se surpreendendo com a facilidade da minha resposta e eu também, mas a verdade era que de vez em quando eu ganhava uma coragem que eu só estava acostumada a ter com a máscara no meu rosto. – Quando?

— Agora. – Seu rosto exibia um sorriso sincero.

— Agora?- Ele acenou, mas o sorriso nos seus lábios oscilou. Ele já começava a perder a confiança. – Eu estou tomando conta da padaria, mas quando minha ...

Fui interrompida pelo som dos sinos na porta novamente. Minha mãe entrava justamente na mesma hora que eu falava sobre ela.

— Oi Adrien, querido. – Lhe lançou um sorriso e o puxou para um abraço, que o deixou totalmente sem graça, mas correspondeu mesmo assim. – Você veio aqui fazer o trabalho com a minha filha?

— Vim chamá-la para uma volta na verdade. – Disse envergonhado.

— Vai lá filha. – Disse minha mãe ignorando qualquer conversa futura que pudesse existir entre nós três. – Divirta-se.

Acenei para o loiro pedindo que ele esperasse e corri para o andar de cima. Peguei a jaqueta que estava no manequim e vesti, coloquei também a bolsa cor de rosa que costumo usar e logo Tikki se escondeu dentro dela.

Corri para o andar de baixo onde minha mãe mantinha uma conversa agradável com o garoto de olhos verdes, logo nós dois já estávamos andando lado a lado na rua, ainda meio sem rumo.

— Onde nós vamos? – Perguntei meio curiosa, já pensando se eu estaria com uma roupa adequada para onde ele gostaria de me levar.

—É um segredo. – Ele estendeu a mão para mim e me olhou nos olhos enquanto terminava de falar. – Você confia em mim?

Peguei sua mão mostrando que eu definitivamente confiava no meu amigo e iria com ele para qualquer lugar que ele quisesse me levar, fora que segurar a mão sele era um sonho se tornando realidade. Ele poderia me levar para o inferno se eu pudesse continuar segurando sua mão.

A tarde já estava chegando ao fim e logo o sol iria se por, trazendo a beleza da noite. Eu aprendi a apreciar a noite depois que me tornei super heroína, antes disso eu tinha um pouco de medo dela e dos animais noturnos.

Conforme andávamos pude perceber onde ele pretendia me levar, já havia feito aquele caminho algumas vezes e era um lugar que eu definitivamente amava, apertei um pouco sua mão com a ansiedade do nosso primeiro encontro.

— Eu gosto muito desse lugar. – Ele disse quando chegamos ao meio da ponte dos cadeados. – Uma pena que não permitem mais cadeados novos aqui.

— É um lugar realmente bonito. – Confirmei e olhei o rio a nossa frente, dando alguns passos para me apoiar na grade de metal da ponte.

O sol já estava se pondo no horizonte e a água refletia seus raios avermelhados. A cena me lembrava de um desenho que Nathänael havia feito com giz pastel sobre o por do sol.

Senti Adrien se aproximando se mim de novo e colocando seu braço em volta dos meus ombros em um abraço apertado, como resposta deitei minha cabeça no seu peito inalando seu perfume doce.

Ficamos assim por algum tempo, até que o sol terminasse seu trajeto e a noite ficasse no seu lugar. Senti o garoto mexendo nas minhas costas e a ansiedade que eu estava sentindo voltou com tudo no meu estomago. Os akumas não eram nada comparados às borboletas na minha barriga.

Virei-me devagar, sem sair dos seus braços, encontrando seu rosto virado para baixo me encarando com um olhar de carinho que eu não conhecia ainda.

Suas mãos soltaram meu corpo e subiram para o meu rosto, me puxando cada vez mais perto dele. Seu cheiro de canela invadia meus pensamentos e me levava ao delírio. Senti o garoto tremer sob meus braços, eu também não estava muito diferente. Ambos ainda ficávamos muito nervosos na presença um do outro, mesmo que ás vezes eu tivesse alguns surtos de coragem estranhos.

Sua boca logo tocou a minha e ficamos assim por um tempo, apreciando o toque macio da boca um do outro, inseguros do que fazer depois. Eu não tinha coragem de dar o próximo passo, na verdade eu sem sabia direito o que fazer. Para minha sorte ele sabia o que fazer e logo senti a ponta de sua língua esbarrar no meu lábio inferior. Para o meu azar eu fiquei nervosa e não soube reagir por alguns segundos.

Ainda trêmula, abri um pouco meu lábio e pude sentir sua língua deslizar para dentro da minha boca. Marinette pare de tremer, essa não é a primeira vez que você faz isso, pode fazer de novo. Mas da outra vez quem fez tudo foi o Chat. Marinette você é a Ladybug, crie coragem e faça alguma coisa. Marinette pare de ser estranha e ter conversas consigo mesma enquanto o Adrien te beija.

Ainda receosa, levei minhas mão até sua cintura e o puxei um pouco mais contra mim, retribuindo o beijo. Minha ação gerou um pequeno gemido pela parte do loiro, que logo foi refletido por mim. O que eu fiz deve ter dado um pouco mais de segurança para ele, que me puxou mais forte contra si e aprofundou o beijo. Assim como seu cheiro, sua boca também tinha gosto de canela. Eu sinto que estou começando a me viciar em canela.

O beijo era confuso e atrapalhado pela falta de experiência, mas mesmo assim eu não estaria em lugar nenhum que não fosse aqui com ele, beijando ele dessa forma atrapalhada mesmo. Mas infelizmente tudo que é bom dura pouco e o ar começou a nos faltar e tivemos de nos separar.

Abri os olhos devagar, já totalmente corada. Corada pela falta de ar e pela vergonha, posso até estar envergonhada, mas não estou arrependida.

— Sabe, eu gosto muito da noite. – Ele quebrou o silêncio entre nós. Sua voz estava rouca e baixa, ele não precisava falar alto com a distância que nos separava. – Ela me permite ser diferente.

— Eu também gosto. – Respondi com um sorriso nos lábios, quem falava no meu lugar era Ladybug e não eu. Ou será que era eu sim, afinal eu sou ela, não sou? - Ela me protege.

Nossa conversa acabou tão rápido quanto começou. Logo ele me puxou de novo para os seus lábios, mas agora era diferente, o beijo estava mais feroz. Ele mantinha os lábios fortes contra os meus e os sugava com força. Sua língua logo invadiu minha boca sem nem avisar. O beijo não deixava de ser bom, só estava diferente, mas ao mesmo tempo me lembrava de alguma coisa.

Suas atitudes mudaram drasticamente se comparadas com o beijo que acontecera poucos minutos atrás. Suas ações eram quase animalescas. Suas mãos não estavam mais no meu rosto, e sim na minha cintura. Suas unhas estavam apertando contra a pouca pele exposta que eu exibia pela blusa que havia levantado um pouco. Eu posso jurar que o ouvi ronronar na minha boca,

            Suas mãos começaram a descer em direção a minha bunda e eu fiquei tensa, mas ele não parou. Fez o mesmo que estava fazendo antes com as unhas, ganhando um gemido inevitável da minha parte. Como da outra vez, o ar acabou nos separando.

            Quando olhei nos seus olhos de novo, eles estavam selvagens. Suas pupilas dilatadas, o verde parecia mais escuro. Sua respiração estava ofegante e ele me olhava como uma presa, mas por incrível que pareça eu não tinha medo de sua expressão.

            Ele continuou a me encarar por um tempo até que pareceu cair em sim mesmo:

            - Desculpe.- Disse todo sem graça. – Como eu disse, sou diferente de noite.

            Começou a se separar de mim, subindo as mãos da minha bunda até a parte mais baixa das minhas costas.

            - Não tem problema. – Disse ainda meio sem fôlego. – Eu gostei.

            Ele beijou o topo da minha cabeça e soltou um dos braços, me abraçando de lado.

            - Melhor eu te levar para casa agora. – Disse um pouco corado. – Já está ficando um pouco tarde.

            Andamos abraçados até a ponta da ponte, que estava vazia, o que me deixou um pouco menos sem graça pela cena que eu acabara de participar.

            Andamos de mãos dadas até minha casa com a lua nos acompanhando. Assim que chagamos perto da entrada da confeitaria ele me deu um selinho e disse:

            - Boa noite, princesa. – Princesa? Por que ele me chamou assim? Ele nunca falou esse apelido pra mim. Só uma pessoa tem o costume de me chamar desse jeito.

            - Boa noite, Adrien. – O abracei mais uma vez e entrei na minha casa, pronta pra passar mais uma noite em claro. Quem sabe contar sobre isso a Alya ou Nath. Tikki também vai ter muito o que comentar, já que viu tudo de camarote.

***

            - Então foi ótima a sua noite, não é mesmo?- Alya riu da minha expressão no final da história. – Ele tem pegada pelo visto.

            - Queria poder ter uma noite romântica com alguém. – Nath sonhou acordado enquanto olhava os pássaros acima.

            - Você vai. – Alya assegurou. – Depois que nossa amiguinha aqui estiver bem com o macho dela, a gente busca uma garota pra você.

            Continuei encarando meus amigos enquanto minha mente ficava na noite de ontem, lembrando de cada toque que havia recebido. Mas algo ainda estava um pouco estranho, só não sabia dizer o que era.

            Vi alguns alunos passando no meio da praça a caminho da escola e avisei meus amigos, que logo entraram em pânico e começaram a me puxar para a escola dizendo que chegaríamos atrasados.


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