I love you M'Lady escrita por Vampira


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oii pães de mel, mais um capítulo.
Boa leitura



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Marinette’s POV

 

            — Marinette, acorda garota! – Disse Alya, me sacudindo pelos ombros, mesmo eu não estando dormindo. Não durmo há mais de 18 horas, mas o sono definitivamente não vem para mim. Passei a noite toda em claro lembrando dele, da sua boca, do seu ... Nosso beijo.

            -Não estava dormindo, só pensando. – Avisei a garota parada do meu lado, já tirando suas mãos dos meus ombros.

            - Garota, você não tava SÓ pensando, você já estava em um transe. – Riu a menina de cabelos cacheados.

            Estávamos sentadas no chão do pátio do colégio, absorvendo o sol que entrava pelas janelas, ideia da Alya já que não me considero uma planta que precisa fazer fotossíntese. O dia estava realmente lindo e eu adoraria poder estar em um parque ao invés de estar dentro da escola, mas logo logo o horário da saída chegaria.

            - Você tá muito esquisita, Mari. – Olhou-me Alya. – Soube que foi uma das primeiras a chegar no colégio, o que é bem estranho já que está sempre atrasada.

            - Não estou estranha, é só impressão sua.

            - Impressão nada, no que você anda pensando tanto? – Alya tinha essa mania de perceber tudo, menos que sua melhor amiga era na verdade uma grande heroína.

            - Bem, é que eu ... – Uma hora ou outra eu teria de contar pra minha melhor amiga sobre o beijo, só não sei se poderia contar sobre quem beijei. Ela não acreditaria.

            - Hey garotas. – Nino me cortou bem no momento em que eu pronunciaria aquela sentença reveladora. Beijou Alya nos lábios. – Oi meu amor.

            Ainda não estava acostumada com os dois agindo dessa maneira, mas eu estava muito feliz que eles tenham se ajeitado do jeitinho doido deles.

            - Oi. – Uma voz constrangida me surpreendeu. Olhei atrás de Nino e lá estava ele, Adrien. Eles quase sempre andavam juntos, não sei por que imaginei o Nino sozinho justo agora.

            A verdade era que eu estava evitando olhar para o loiro desde que entrei na sala de aula, não sou mais digna de sua confiança depois de ontem. Tenho evitado ele e o pensamento sobre o beijo, mas este segundo insiste em voltar pra mim o tempo todo. Já o primeiro parecia colaborar com minha escolha.

            - Podemos nos sentar aqui? – Disse o moreno apontando para o chão. Alya sacudiu a cabeça freneticamente concordando com o ficante, posso chamá-los assim? Ficantes? Ou namorados? Quem sabe enrolados?

            A garota roubou risadas de todos com o comportamento anormal.

            Nino logo se sentou ao lado da menina, mas Adrien ficou em pé olhando suas possibilidades que se resumiam em sentar na minha frente ou ao meu lado. Olhei para seu rosto pela primeira vez no dia, meio a contra gosto.

            - Senta logo, Adrien! – Exclamou Alya. – Tudo bem que você é bonito, mas ninguém te quer como estátua, talvez a Mari.

            A garota disse aquele comentário adicional, totalmente desnecessário diga-se de passagem, em um volume mais baixo para que só eu a  ouvisse, porém Nino também ouviu devido a proximidade. Olhei novamente para cima e vi o rosto vermelho do garoto loiro, e isso confirmou a possibilidade de ele ter escutado o comentário infame da minha melhor amiga.                                                                

            Coloquei minha cabeça entre meus joelhos numa tentativa te esconder meu rubor que já se formava nas minhas bochechas.

            Senti algo esbarrando em minha perna e depois nas minhas costelas. Levantei a cabeça e olhei para o lado para encontra Adrien sentado ao meu lado com as costas na parede. Tão próximo de mim. Pelo menos nessa posição não terei de olhar diretamente para o seu rosto.

            O silêncio já estava se tornando incomodo, até o loiro ao meu lado parecia estar incomodado pois se mexia continuamente de forma desconfortável, sempre esbarrando em mim.

            - Que tal irmos ao parque hoje à tarde? –Nino logo quebrou o silêncio.

            - Claro. – Disse a namorada.

            - Pode ser. – Complementou o loiro.

            Todos me olharam esperando minha resposta, não sabia se eu estava disposta a passar a tarde me consumindo de culpa por vontade própria. Alya me cutucou esperançosa e como não sei dizer “não” para ninguém, logo concordei sacudindo os ombros.

            Nino passou a conversar com Alya sobre uma atualização que ela poderia fazer no ladyblog para tornar o site mais rápido. O assunto me desinteressou totalmente e logo fiquei entediada, ás vezes as conversas entre eles eram tão estranhas para mim.

            Deitei minha cabeça nos joelhos novamente e fechei os olhos. Quantas vezes já cometi esse erro hoje?

            Assim que meus olhos fecharam, imagens de Chat Noir invadiram minha mente. Eu ainda podia sentir suas luvas no meu rosto, seu nariz roçando junto ao meu, seus lábios nos meus...

            Não posso acreditar que meu primeiro beijo foi dado por meu parceiro de lutas, aquele gato não deveria ter feito isso. Mas a culpa não é só dele, eu cedi aos seus encantos, eu também o beijei.

            E o pior de tudo foi a maneira que ele fugiu de mim, será que meu beijo foi tão ruim que ele se arrependeu de tê-lo roubado? E eu, trouxa como sempre, ia comentar com ele sobre ter sido meu primeiro beijo, mas ele não me permitiu, fugiu antes. Não acredito que confiaria aquele segredo para ele, como fui tola. Devo ter sido só mais uma em sua lista, mais uma que ele se arrependia.

            Lágrimas já se formavam em meus olhos quando senti alguém cutucando minha costela, levantei minha cabeça e notei olhos verdes me encarando de uma distância razoável.

            - Mari, o Nino e a ... – Sua testa se enrugou em preocupação. – Por que você está chorando?

            - Eu ... – O que eu iria falar pra ele. Olhei a minha volta e notei que os outros dois já não se encontravam lá. – Eu não consigo.

            Levantei-me rapidamente e corri para fora do pátio. Ouvi Adrien me chamar algumas vezes, mas continuei correndo com um rumo em mente.

            As lágrimas impediam minha visão e tenho uma vaga noção de que quase caí algumas vezes durante meu percurso. Eu adoraria culpar Chat por isso, mas a culpa também é minha.

            Por que eu fiz aquilo? Se minhas chances já eram pequenas com meu colega de classe, agora elas eram inexistentes. Será que ele vai descobrir?

            Continuei a correr, mas senti meu pé prendendo e meu corpo indo para baixo. Meu tombo era iminente, mas alguém me segurou antes que eu atingisse o chão.

            - Tá tudo bem, Mari? – De alguma forma sua voz masculina me reconfortou naquele momento. Olhei para o alto para poder encará-lo nos olhos.

            - Não...

Adrien’s POV

 

            Como eu poderia falar com ela direito depois do que aconteceu ontem? Minha vergonha não tinha tamanho e eu não sabia se conseguiria manter minha cor natural perto dela. Nino me perguntou algumas vezes por que eu estava tão esquisito, mas depois da quarta vez em que respondi estar tudo bem ele desistiu. Ele também insistiu algumas vezes em falar com as garotas, mas eu não conseguiria, encontrei desculpas para não me encontrar com ela. Não conseguiria olhar em seus olhos.

            Meu plano de evitá-la estava dando certo até Nino tê-las encontrado no intervalo e me forçado a sentar com elas. Como imaginado, o momento foi terrível, o silêncio perpetuava e eu não sabia o que fazer.

            Nosso beijo voltava nos meus pensamentos o tempo todo, aqueles lábios. O pior de tudo era o fato de que eu não conseguia me arrepender de tê-la beijado. Ladybug jamais me perdoaria.

            Nino e Alya logo saíram do círculo em que estávamos dizendo uma desculpa qualquer e me deixando para trás com a garota que tanto evitei. Senti-me na obrigação de avisá-la que eles haviam ido embora.

            Quando vi as lágrimas em seus olhos meu coração simplesmente parou, o que a estava magoando? Eu mataria quem a estivesse fazendo chorar, se eu soubesse quem era.

            Pior do que vê-la chorar foi vê-la correr de mim. Ela não confiava em mim? Chamei seu nome algumas vezes, mas ela não virou uma única vez para trás. Em um estalo meu cérebro me mandou correr atrás dela.

            Estava quase a alcançando, nunca agradeci tanto o fato de ela ser pequena e ter pernas curtinhas. Ia chamá-la mais uma vez, mas uma mão segurou em meu braço e quase caí ao parar.

            Chloé me segurava firmemente.

            - Não acredito que você nem sequer me deu bom dia hoje, Adrikins! – Sua voz estava mais aguda que o normal ao dizer meu nome.

            - Eu estou atrasado, Chloé. Solte-me, por favor. – Minha voz oscilava conforme meu desespero de não conseguir encontrar a garota aumentava.

            - Atrasado para que? Posso saber?- Ela não me soltava de forma alguma.

            - Só me deixe ir. – Implorei.

            - Vai atrás da sua amiguinha chorona? – Menosprezou Marinette. – A essa hora ela já deve estar próxima ao banheiro feminino ou fora da escola.

             Banheiro feminino? Não tinha pensado nisso, devo tentar esse caminho.

            - Sim eu vou atrás da Mari.- Disse seu nome com certo carinho que não sabia existir por ela, ou sabia?

            Ela me soltou indignada com minha fala e aproveitei a oportunidade para voltar a correr, pude ouvi-la exclamando algo como “não acredito”.

            Corri o mais rápido que pude, corri como corria quando minha mãe ainda estava em casa e brincava comigo. Pensar nela ainda me trazia uma dor imensa, mas eu já havia aprendido a lidar com essa dor.

            Minhas pernas já estavam doendo e eu estava prestes a desistir de procurá-la, mas algo me chamou a atenção, alguém estava dizendo seu nome. Apressei meu passo e pude encontrá-la, mas preferia não ter encontrado. A cena na minha frente fez meu coração parar pela terceira vez nesse dia.

            - Não... – Sua voz saiu cortada por soluços que foram proporcionados por seu choro. Nathanäel tinha seus braços envolta do pequeno corpo da garota e a mesma abraçava a cintura do rapaz. Só amigos? Posso ver.

            O ruivo levantou o rosto e me encarou de forma assustadora, deixando-me um pouco mais abalado do que eu já estava.

             -Vamos sair daqui. – Proferiu as palavras olhando diretamente para mim. – Sei de um lugar em que poderemos conversar.

            Soltou-a por um breve momento, apenas para poder abraçar seus ombros de uma forma diferente e levá-la para longe de mim.

            Não consigo acreditar que depois do nosso beijo ela já havia corrido para os braços de outro. Aquele beijo, que mesmo sendo tão confuso, foi tão especial para mim, mas não para ela. Meu primeiro beijo. O que ela viu nele, que ela não viu em mim?


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Notas finais do capítulo

Beijinhos



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