Island escrita por Romanoff Rogers
— Steve, para! – ela pediu, interrompendo os socos do loiro. – Steve, você não pode fazer esforço, o veneno dessas coisas...
— Nat, eu não posso simplesmente te deixar aí dentro! – ele socou novamente.
Ela suspirou, se afastando da parede da planta.
— Acho que essa droga vai me digerir viva... Meu Deus, vou morrer afogada em ácido estomacal de planta... – ela passou as mãos no cabelo.
— Não vai, se acalma. Vou dar um jeito nisso... – ele olhou em volta. Planta carnívora, planta carnívora, árvore, pranta carnívora, grama... Eram as únicas coisas ali...
Enquanto isso o líquido azul preenchia cada vez mais o interior da planta, deixando sua barriga coberta da coisa grudenta.
— Steve, está subindo! – ela disse, desesperada, encostando na parede da planta na ponta dos pés. – Steve!
— Eu vou te tirar daí! – o cansaço por conta do veneno batia em Steve, e ele não conseguia pensar. Mas ele tinha que tirar ela de lá!
— Steve! – ela gritou, com o líquido avançando contra sua cabeça.
— NAT!
O CANIVETE EM SEU BOLSO.
Steve enfiou sua mão no bolso, e de lá, tirou um canivete suíço vermelho. Enquanto ele procurava a faca, Natasha ficou completamente submersa no líquido. Ela fechou os olhos prendendo a respiração, tentando aguentar o máximo que conseguiu. Mas o ácido fez jus ao nome. Ela sentia toda a pele pegando fogo, como se estivesse sendo corroída, (ou digerida) pela planta. Ela gritou, perdendo ar, e duvidava que fosse aguentar...
Quando Steve, num grito de raiva, enfiou a faca lá dentro, abrindo um corte até o chão da planta, o que fez Natasha e todo o líquido, - agora transparente, já que não estava mais no escuro para brilhar, sair da planta morta.
Steve deixou Natasha cair sobre si, envoltos sobre uma cachoeira de ácido estomacal de planta.
— Steve... – ela disse, aliviada, o abraçando com toda a força. Completamente aliviado, ele retribuiu o abraço sem nenhum nojo do líquido pegajoso. – Foi como nascer de novo.
— Nat, você está bem? – ela o olhou com uma cara de dor. Tinham queimaduras concentradas em algumas partes de seu corpo, devido ao ácido. – Ai meu Deus...
— Tá muito ruim? – ela tocou o machucado em sua bochecha, antes de gemer de dor.
— Está... – ele piscou algumas vezes.
— Steve, você também não está bem... O veneno...
— Eu estou melhor que você, esquece. – ele negou, esfregando os olhos, antes de olhar em volta. Todas as plantas tinham morrido junto com a grandona. – Temos que voltar.
Ela concordou. Steve a ajudou a levantar com dificuldade, e passou o braço em sua cintura, enquanto ela sobre seus ombros.
— Obrigada. – ela disse, e ele sorriu.
— Não fiz mais que minha obrigação. Eu já te salvei quantas vezes?
— Não sei, Steve. – ela revirou os olhos.
— Te conheço a 5 anos, e se contar aquela vez na explosão Chitauri... São 78 vezes pra mim. – ele sorriu.
— E quantas vezes eu te salvei? São 71 pra mim. HÁ! – Ele revirou os olhos, e ela abriu um sorriso.
Estavam de volta a aldeia, e a primeira pessoa que apareceu na frente deles, foi o Bromélia.
— SANTO DEUS DO VULCÃO! – Ele ajeitou o óculos para olha-la melhor. – Você parece que foi engolida por uma planta!
— E fui. Ele...
— Natasha... – ele a chamou, já não aguentando mais ficar em pé sozinho. Seus joelhos falharam e ele caiu de joelhos no chão.
— Steve! – ela se abaixou, segurando seu rosto. – Lombriga, vai chamar alguém! – o homem correu aldeia a dentro. – Steve, olha pra mim.
Ele piscou os olhos, focando nas esmeraldas cada vez mais escuras da ruiva. Ele estava desligando.
— Steve, não, Steve, olhe pra mim... Fique comigo...
(...)
Steve piscou algumas vezes.
A última coisa que lembrava era Natasha implorando para que ele não a deixasse.
O teto de madeira da enfermaria era familiar a ele. Steve olhou pro lado, e viu Natasha dormindo na maca ao lado. Suas queimaduras estavam protegidas por curativos bem feitos, menos a do rosto, que continuava feia, mas dessa vez com uma pomada roxa.
Ele se sentia bem melhor, e, de acordo com a seringa ao lado da maca, haviam injetado o antídoto do veneno em sua veia. Steve se levantou, e foi até Natasha, e fez carinho em seu cabelo.
— Steve? – ela abre os olhos.
— Não queria te acordar. – ele sorri. – Você está bem, Bela Adormecida Linda que Revira os Olhos?
— Sim, estou. – ela corou. - E você? Você me deu um susto... Jesus... – ele riu.
— Eu estou bem, tudo bem agora. Vamos pra cabana?
Os dois seguiram pela aldeia quase escura, e subiram em sua árvore. Steve entrou no banho, e ela ficou perdida em seus pensamentos na cama.
— Você o ama?—uma voz em sua cabeça ecoou.
O que?
— Steve Rogers. Você o ama?
— Não. – ela franziu o cenho, espantada com a naturalidade forçada que isso soou.
— Mentira. Você o ama. Você o quer. – ela franziu o cenho.
— Quem está aí? – ela gritou, sobressaltada da cama. Ouviu o chuveiro desligar.
— Nat? Tudo bem? – Ela não respondeu a voz de Steve vinda de dentro do banheirinho. – Com quem você está falando?
— Todas as noites que passou em claro pensando nele... O beijo que você nunca esqueceu... Você sabe... Você sabe o que quer... Aquele sorriso... Esse aí em baixo... ele te deixa louca...
— Natasha? - um Steve preocupado e enrolado numa toalha saiu do banheiro . Ela encarou seus olhos azuis evitando ao máximo o desejo de olhar pra baixo. – Nat, tudo bem?
Ela continuou encarando-o, assustada. Ela estava ficando louca?
— Natasha. – ele segurou sua mão. Natasha balançou a cabeça.
— Hã?
— O que aconteceu? Com quem você estava falando?
— Sozinha... Tudo bem... – ele estranhou.
— Certeza?
— Sim... Seu cabelo está pingando... – ela levou a mão ao cabelo dele, o que arrancou um sorriso do loiro.
— Você o ama. – ela tirou a mão do cabelo dele num salto, o que o fez parar de sorrir.
— Natasha... O que está acontecendo?
Ela o ignorou e entrou no banheiro, se trancando lá dentro.
— Natasha.
— Eu estou bem. Só cansada. Por favor, Ste.
— Tudo bem,- sua voz suavizou. Ela precisava de espaço. - Bela Adormecida Linda que revira os olhos. – ela sorriu, revirando os olhos. – Vou buscar algo pra gente comer.
— Okay. – ela suspirou aliviada.
Natasha entrou no banho, e deixou a água escorrer por todo seu corpo.
— Fique na ilha
Ela franziu o cenho.
— Se você ficar, ele é seu.
Natasha sentiu algo a abraçar pelas costas.
— Nat. – a voz de Steve perto de sua orelha a fez sorrir.
-Você quer ele. Fique na ilha, e o terá.
Ela abriu os olhos, assustada, olhando ao redor. Não tinha ninguém lá.
Steve não estava lá.
— Eu to maluca.
— Sim. Maluca pelo Steve.
— CARALHO, CALA A BOCA!
(...)
Tudo estava vazio, e quase numa escuridão total. Apenas uma luz de vela vinha de uma cabana. Ele foi até lá, e antes de entrar, ouviu algo.
— Eles mataram a floresta inteira. Fui lá checar, meu Deus. – era Bromélia, falando com um tablet.
— Miseráveis. – Steve se surpreendeu como aquela voz era grossa. - Vou ter que fazer esforço para dar o que eles querem. Estou progredindo, sei o que a ruiva quer.
— Certo, meu Deus.
— Dê exatamente o que eles querem. E não os deixem chegar perto de mim em hipótese alguma.
— Sim, senhor.
Steve saiu correndo de volta pra cabana, e escancarou a porta.
— Nat! – Ele a fechou. – O Bromélia...
Ele viu a ruiva que dormia serena na cama nem se mexer com seu grito. Steve relaxou, e ajeitou as cobertas na ruiva.
— Boa noite, Bela Adormecida Linda que Revira os olhos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!