Remember-Uma Vida Pra Viver escrita por Thay Paixão


Capítulo 17
Jantar


Notas iniciais do capítulo

voltei! como estão vocês? vou tentar atualizar com mais frequência, tem muita bomba para os proximos capitulos!

Boa leitura ♥



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Remember

 

Bella.

 

Coloquei os bifes para marinar e corri para o banho. As batatas já estavam assando, eu poderia terminar de me aprontar a tempo de receber Edward.

Meu coração estava aos saltos, eu iria apresentar Charlie a Edward, não que eles não se conhecessem, mas eu finalmente apresentaria Edward ao meu pai como meu namorado. sim, isso era grande coisa.

Nos últimos meses eu estava castigando Charlie o excluindo dessa parte de minha vida, era o que ele ganhava por beber como...eu nem ao menos tinha uma comparação! Meu pai nunca tinha sido dado a bebedeiras e seu recente comportamento- que eu imaginava ser pela forma como minha mãe tratava minha ''volta dos mortos'' e sua completa falta de tato para com sua família. no fundo eu sabia a verdade; era por um amor proibido.

Charlie Swan, chefe de polícia para o bom povo de Forks, não sabia lidar com seu coração apaixonado. pensando bem, eu não deveria fazer pouco caso dos sentimentos do meu pai, afinal ele estava amando a esposa do seu melhor amigo (ou um deles), e isso era algo grande, grande e complicado. contudo não justificava a ele beber como um alcoólatra! finalmente ele estava se redimindo e como recompensa e eu estava voltando a inclui-lo na minha vida.

lavei meus cabelos com toda a dedicação que havia em mim, eu amava meus cabelos e agora  que eles estavam mais longos que nunca, na altura do quadril, cortar não era uma opção, talvez num futuro distante... sorri lembrando de como Edward gostava dos meus cabelos compridos, suas mãos grande se perdendo por entre os fios, seu nariz roçando meu couro cabelos, o leve puxão que ele dava ao se aprofundar num beijo...

meu corpo queimava ao lembrar, parecia todo desperto enquanto eu passava as mãos por ele, ansiando por algo que eu só podia imaginar; o toque íntimo de Edward.

por mais que ambos tivéssemos deixado claro que não tínhamos presa de darmos esse passo estava ali o tempo todo entre nós, num roçar de lábios até num beijo mais profundo. Quando era a hora certa de fazer amor? 

Ri para mim mesma com ironia, fazer amor, pelo amor de Deus estamos em dois mil e cinco! quem fala fazer amor?

—Transar. - sussurrei a palavra a testando. não, parecia errada. não poderia aplicá-la no meu relacionamento com Edward.

—Fazer amor.  -tentei essa sorrindo como uma idiota. olhei meu reflexo no espelho, corada até o couro cabelo! eu não tinha maturidade para fazer isso! ou aquilo. sexo. fazer amor. arght.

Tentei espantar os pensamentos da minha cabeça enquanto me arrumava para receber meu namorado, conhecendo Edward ele chegaria a qualquer momento, para que ele já estivesse aqui quando Charlie chegasse.

Sequei meus cabelos e fiz um rabo de cavalo no alto, deixando uma franja pender para o lado.

a campainha tocou as seis em ponto.

—Já vou. - gritei pulando pela a escada. abri a porta com o coração aos pulos, tão ansiosa para olhar para ele que a porta bateu com força na parede; com certeza havia deixado uma marca.

E ele estava lá, uma blusa de mangas compridas azul com corte em V, o cabelo gotejando um pouco pela garoa que caia, os olhos brilhando com humor. ele me olhou da cabeça aos pés, se demorando em minhas pernas nuas - eu escolhi um short jeans para a noite- e minha camisa de flanela, eu não queria me produzir demais para jantar em casa.

—Senti sua falta. - foi tudo o que ele disse, e eu só pude ficar olhando, o coração batendo forte, a respiração ofegante pela minha pequena corrida pela escada. o que poderia dizer? também senti sua falta? eu senti mais? eu passei um dia legal mesmo sem você? me privando de qualquer resposta idiota a sua declaração, me coloquei nas pontas do pé, passei os braços pelo seu pescoço e o puxei em minha direção a fim de beijá-lo e naquele beijo ele sentir todo o meu amor, devoção e saudade.

amor?

Sorri em seus lábios com o rumo dos meus pensamento. sim, amor. eu amava Edward Cullen e estava muito feliz com isso.

—Estou vendo que também sentiu minha falta. - ele falou dando pequenos beijos em meu rosto. sorri com a sua barba fazendo cocegas... pera ai... barba?

—Você está com barba! - me afastei para ver seu rosto melhor. era rala, pequenos fios loiros, mais estava ali.

—Você falando assim é como ter doze anos de novo. - ele revirou os olhos. 

—Desculpe, é que nunca te vi de barba. - justifiquei dando espaço para que ele entrasse. olhei a rua, nenhum sinal de Charlie, fechei a porta.

—Parece que recebi mesmo bem a medula de Alice. está crescendo pelos em toda parte do meu corpo. - algo em sua expressão ao falar isso me fez corar e desviar o olhar.

—Estou terminando o jantar, que pôr a mesa? vamos comer na sala de jantar. - anunciei.

—Tem certeza? seu pai já me conhece, parece formal de mais. - ele se encolheu um pouco.

—Não precisa ter medo do chefe Swan, ele nunca atira no trabalho, já deve ter esquecido de como faz isso. - debochei. 

—Bella... porque seu pai iria atirar em mim? -eu ri do seu tom encabulado e rumei para a cozinha a fim de terminar meus afazeres.

Edward me seguiu e fui orientando-o sobre onde ficavam os talheres, pratos, tudo para a mesa servir um jantar bonito.

Ele seguiu minhas orientações em silencio, eu que o atualizei sobre Jane e Jacob, falei que não gostava da atitude de Victoria com Rosalie, e por fim falamos até sobre os trabalhos da escola.

—Você não perguntou se passei no exame de direção. - ele finalmente falou, a expressão fechada, triste.

Suspirei, ele estava sentado no sofá e eu de pé arrumando os últimos detalhes da mesa. sentei no seu colo passando as mãos no seu cabelo curto.

—Estava esperando você tocar no assunto. Se não quiser falar não tem problema.

—Eu perdi. - foi direto. controlei à vontade ''eu sabia, do contraria teria sido a primeira coisa que você diria ao cruzar a porta.''

—Poderá fazer de novo. muita gente perda na primeira vez. - o tranquilizei.

—Eu sou péssimo, Bella. - gemeu. - talvez seja mais seguro para o mundo se eu não tirar carteira.

—Não diga bobagem. - reclamei tanto um leve tapa na sua nuca. - você vai fazer de novo e vai passar.

—Você é muito confiante. - ele beijou meu rosto. segurei o seu com as mãos e olhei bem em seus olhos.

—Eu tenho confiança em você - firmei, em seguida puxando seus lábios para os meus para um beijo que deveria ser calma, e demostrasse apenas meu amor e confiança, mas sua mão em minha perna subiram para minha coxa nua, onde tocava parecia traçar um caminho de fogo, que se concentrava no meio de minhas pernas, naquela lugar secreto que prometia prazeres impensados. sua boca se tornou mais exigente, tive que me afastar em busca de ar, seus lábios passaram a meu pescoço.

—Edward...-  ele estava me deixando tonta. sua mão esquerda dava apertoes em minha coxa, subia até meu quadril e voltava a descer até o joelho, quando finalmente ele passou por dentro delas, muito perto do meu centro que eu podia sentir úmido eu soltei um gemido de antecipação. sim, coloque a mão ai! - pensei.

senti apenas o roçar dos seus dedos sobre minha feminilidade e arfei, minha boca aberta em seus lábios que devoravam os meus.

a porta bateu, ouvi os passos ruidosos de Charlie. Edward agiu rápido, me passando para o seu lado no sofá. Fiquei com medo da cena que meu pai iria encontrar, ambos estávamos corados, ofegantes e descabelados. 

—Pai! você... - porem a expressão no rosto dele não me permitiu continuar; olhava as botas sujas de lama, os lábios tremiam.

—Pai. - minha voz não saiu mais que um sussurro. Troquei um olhar tenso com Edward.

—Senhor Swan, o senhor está bem? está passando mal? -Edward agiu mais rápido que eu, estava ao lado meu pai o amparado e guiando até o sofá.

Corri para cozinha tentando ser útil, peguei um copo e a jarra d'agua. 

—Beba um pouco ofereci. - ele bebericou, tomou folego e finalmente falou;

—Harry está morto.

—Harry Cleawart? - perguntei como uma idiota. claro que era Harry! Seu melhor amigo, e... marido da mulher que meu pai secretamente amava.

—Ah pai... eu sinto tanto. - O abracei sentando ao seu lado. Eu quase podia sentir os sentimentos que o consumia... tristeza, dor, confusão, alegria, e acima de tudo culpa. 

—Como foi? ele estava doente... - Edward indagou sem saber muito do círculo de amizade do meu pai.

—Ele tinha um problema de coração, certo? - busquei por confirmação de Charlie.

ele tomou folego.

—Sim, mas estava bem, Sue o mantinha em linha rígida cuidando da sua alimentação. estávamos na floresta caçando o urso que atacou os montanistas.

senti o gelo descer pela minha espinha. O urso. 

O vampiro rondando Forks.

—Como ele morreu, pai?

—Ele teve um ataque do coração. No meio da floresta. Ele estava tão bem! nunca iria permitir que ele viesse conosco se tivesse suspeitado de algo.

—Ele estava sozinho? - Edward questionou.

—Não... sim... ele ficou um pouco para trás, quando os cães se agitaram e saímos todos em busca do urso. 

—Vocês viram o urso?

—Não Bella... logo o Harry gritou e voltamos para buscá-lo... Ele já estava inconsciente.

O vampiro. No mínimo Harry havia topado com o vampiro e aquilo tinha sido demais para seu coração.

—Eu sinto muito mesmo, pai.

—Eu sei querida. Eu... vou tomar um banho. Preciso voltar para La Push e ajudar como puder.

—Acho melhor você ficar em casa. Volte para lá amanhã cedo.

Eu estava apavorada com ideia do meu pai circulando pelas estradas de Forks com um vampiro a solta.

—É a única coisa que posso fazer por ele, Bells. - seu olhar era cheio de culpa.

—A família dele vai precisar do senhor nos próximos dias. O senhor tem que estar bem para ajuda-los.- Edward falou com sabedoria.

Ele tocou exatamente no ponto.

Charlie aquiesceu.

—Quer que leve seu jantar na cama?

—Não... vou descer e comer com vocês crianças. - ele se levantou com dificuldade, passou por mim deixando um beijo em meus cabelos. Ficamos em silencio observando ele subir, e só falamos quando ouvimos o barulho do chuveiro ligado no andar de cima.

—O vampiro mantou o Sr Harry! - assim que a frase saiu tapei a boca com as mãos.

Edward me abraçou.

—Poderia ter sido meu pai, Edward! Como as pessoas vivem com essas criaturas à espreita? Como o governo não sabe? Não é possível não podermos fazer nada a respeito.

—Shi... Não sabemos o bastante, Bella. Talvez o vampiro não tenha nada a ver.

—Como é possível você ainda ter dúvidas? – me afastei para olhar bem seu rosto. Não era possível ele estar defendendo um assassino!

—Eu não quero imaginar que uma... coisa que não podemos vencer possa estar caçando e matando nossa espécie nas redondezas. Apenas não posso acreditar, é horrível de mais.

—O que podemos fazer?

—Apenas esperar que os lobos consigam combater esse ser logo.

Voltei para seus braços.

Por favor Deus, proteja minha família e meus amigos.

Como prometido, Charlie voltou para jantar conosco, comeu pouco para seus padrões.

—Está maravilhoso, querida. – me elogiou.

—Obrigado, pai, mas o senhor mal comeu. – assinalei.

—Desculpe. Estou mesmo sem fome. Me perdoem crianças, é melhor eu me retirar.

—Pai... – tentei levantar para deter ele, que deixava a mesa. Edward me impediu com uma mão em meu pulso.

—Deixe-o ir. – sussurrou.

Charlie se deteve a alguns passos da mesa. Se virou para nós com um meio sorriso.

—Eu aprovo o namoro de vocês. Obrigado por querer meu consentimento, Bella. Sei que não tenho sido um bom pai, sua atitude de querer minha aprovação significa muito.

Edward e eu estávamos chocados demais para falar algo. Charlie seguiu para o andar de cima nos deixando a sós.

—Nada de tiros. – Edward disse depois de um longo período de silencio no qual ele me ajudou a tirar a mesa.

—Nada de tiros. – entrei na brincadeira.

—Vem cá. – ele me chamou de volta para seus braços. Ficamos ali, abraçados no meio da minha sala de jantar por um bom tempo, apenas sentimento o corpo um do outro, o coração um do outro. Quando nos beijamos, eu olhei bem em seus olhos, e eu senti... senti muito dentro de mim que devia dizer a ele que o amava. Mas as palavras apenas ficaram presas na minha garganta.

Carlisle veio busca-lo e eu desejei que eles chegassem bem na casa dos avós de Edward. Claro que fiz Edward garantir que me ligaria assim que chegasse a casa.

Chequei Charlie antes de dormir, ele roncava alto.

Conferir todas as portas e janelas antes de me deitar. Olhando por entre a cortina do meu quarto, pude ver a sombra de um lobo grande nos limites do meu quintal, os olhos castanhos brilhantes. Estávamos seguros por hora.

Eu não queria ir a escola naquela segunda, preferia ficar com Charlie e garantir que ele estivesse bem, contudo meu pai frustrou meus planos de boa filha, acordando antes de mim, deixando meu café da manhã pronto junto de um bilhete que dizia que ele tinha ido para La Push e eu não devia me preocupar.

Que ironia, era quase que impossível que eu não preocupasse com ele.

Fiquei esperando minha carona para escola como todos os dias, porem dentro de casa; eu não sentia segura do lado de fora.

Jane chegou a frente da minha casa num incomum silencio, nenhuma musica alta no carro. Desejei bom dia a ela, e ela respondeu baixo. Fiquei no banco de trás onde Edward já estava, deixando o banco da frente vazio. Jane quebrou o silencio quando já estávamos perto dos limites da escola.

—Isso tudo é muito horrível. – disse com a voz baixa.

—Muito.- concordei me encolhendo ao lado de Edward.

—É horrível, e estamos totalmente reféns dele. – ela continou.

—Tenho confiança que os lobos vão acabar com ele. – tentei ser mais confiante.

—Eles podem se machucar caçando essa coisa. – ela disse. Trocamos um olhar pelo retrovisor e eu pude ver; Jane estava com medo, medo real. Medo de perder alguém. Jacob. Ela se importava com ele.

—Temos que confiar neles, Jane. São nossa única chance.

—O que ele está fazendo aqui? – Edward chamou nossa atenção para o estacionamento. Ao lado da nossa vaga favorita, estava uma mota preta, e escorado nela Jacob. Uma calça jeans surrada, e uma blusa de mangas curtas preta. Preciso completar que estava uma manhã relativamente fria para as roupas dele?

Para minha surpresa, Jane estacionou ao lado rapidamente, desligou o carro e pulou para fora, direto para os braços de Jacob.

—Quando isso aconteceu mesmo? – Edward disse irônico saindo do carro devagar.

—Eu te disse... ela não resistiria a compulsão do imprinting por muito tempo. – dei de ombros. Ele passou um braço pelos meus ombros e fomos em direção a eles.

—Como estão as coisas por lá, Jacob? – Edward o perguntou.

—Estamos caçando aquela coisa a toda. E preparando o funeral.

Meu amigo parecia se fazer de forte.

—Sinto muito, Jake. – falei.

Ele sorriu triste para mim.

—Só vamos descansar quando tivermos essa coisa em pedaços e queimado.

—Você tem que tomar cuidado.  -Jane advertiu. O olhar que lançou a ele era tão intimo que me senti impelida a desviar o olhar.

E ao fazer isso capitei uma movimentação incomum no pátio.

Três meninas... não, uma menina e duas mulheres caminhavam passando por nós, seguindo para dentro da escola, e todos os olharem se voltavam para ela. Pareciam deusas entre mortais. A menina era talvez mais baixa que eu, cabelos longos com cachos na ponta, um pouco ruivos, já as mulheres eram altas e deslumbrantes. Uma loira e a outra negra. Todas bem vestidas, roupas que sugeriam boas marcas.

—Alunas novas?! – Jane disse incrédula.

Jacob rosnou baixo.

—Sanguessugas.

—Vampiros? -Edward disse incrédulo.

—As maiores sim, mas a menor... não sei. O cheiro com certeza não é humano, mas não chega a ser sanguessugas...

Foi como se elas tivessem ouvido. As três viraram a cabeça em nossa direção. A menina com um olhar entediado; a loira como se pedisse desculpas, a negra com uma expressão sabia, diretamente para Jacob. Vi com exatidão seus lábios se moverem num ‘’resolveremos isso.’’ E depois entraram na escola.

O que tinha acabado de acontecer?


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Notas finais do capítulo

Algum palpites de quem chegou? acho dificil acertarem... kkkk volta ainda esse mês prometo!

ah quem quiser me encontrar na Bienal de SP estarei lá dia 4 de agosto. bjs :*