Remember-Uma Vida Pra Viver escrita por Thay Paixão


Capítulo 16
Romances


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouqinho, mas como já disse não farei pausas longas mais! kkkk
obrigado a cada comentário no capitulo anterior, eles são gás para escrever!
Boa leitura ♥



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Remember

Romances.

Bella.

—Eu não tenho o que vestir! – Jane reclamou de novo.

—Estou vendo muitas roupas em cima da cama. – comentei sem levantar os olhos da minha lição.

—Tudo parece inadequado! Vou ligar para o Jake e dizer que não posso ir.

—Jane, você poderia ir vestida com um saco de lixo e Jacob ainda a acharia linda. – brinquei ganhando um olhar mortal dela.

—A família dele vai estar lá! Não posso aparecer vestida de preto dos pés a cabeça! O que vão pensar de mim?

—Que gosta de preto?

—Você não está ajudando.

—Seja você mesma Jane, todos vão gostar de você.

—Você diz isso porque todos gostam de você. – ela revirou os olhos.

—As pessoas também gostariam de você se você deixasse. -acusei. Ela me mostrou a língua voltando a vasculhar a pila instável de roupas. – Fiquei surpresa por você aceitar sair com o Jacob.

—Aceitei almoçar na casa dele, a mãe dele cozinha muito bem, você mesma disse.

—Sim, mas... você não acha isso muito íntimo?

Ela deu de ombros.

—Não somos namorados nem nada você sabe. Mas decidi que se não posso mantê-lo longe, posso me aproveitar da comida da mãe dele.

Eu sabia que não era só isso, minha amiga devia estar enfim cedendo.

—Eu torço por vocês. – Sinalizei.

—Arght! Bella! Não seja tão romântica, não existe isso entre mim e o Jake.

Jake. Ela nem mesmo percebia no carinho que tingia a sua voz ao falar dele.

—Vou com esse vestido, não está tão ruim.

—Use as botas, vai ficar lindo. – ajudei. – Acho que meu trabalho por aqui acabou, tenho que ir à casa de Ângela.

Me levantei arrumando meu vestido azul, Edward havia dito que a cor ficava linda em mim.

—Achei que você ficaria aqui até Edward voltar da cidade. – ela me olhou surpresa.

—Ele vai jantar comigo e Charlie. – anunciei feliz, eu iria apresenta-los oficialmente, Charlie andava sóbrio o bastante.

—Vai fazer algo especial se ele passar no exame de direção? – ela caçoou.

Tive vontade de atirar um travesseiro nela.

—Ela vai passar, Jane.

—Bella, Edward é um péssimo motorista. – ela fez uma careta. Fiquei quieta, eu não podia defender meu namorado daquela frase.

—Ele é bastante dedicado, vai se sair bem. – fiz meu melhor. Ela quis zombar, mas escolheu passar mais batom.

—Tchau, Jane, de um beijo no Jacob por mim. – a beijei na bochecha. Ela corou um pouco, sempre pouco à vontade com minhas demonstrações de afeto.

Desci rápido as escadas, encontrando Victoria, a mãe do bebê de Carlisle, que estava na sala assistindo TV e foleando uma revista de moda. Ela me lançou um olhar de desdém.

—Bom dia. – falei cortes, ela sempre me ignorava. Na verdade, ignorava a todos.

—Bom. – respondeu firme.

—Bella, não vai ficar para o almoço? – Rose veio da cozinha, fez uma careta para a mulher e se concentrou em mim.

—Não, prometi passar na Ângela. – falei.

—Ah, vovó me ensinou uma receita de família.

—Tenho certeza de que teremos outra oportunidade. – falei tranquila afagando seu braço.

—Acho bom ser algo comestível, pirralha. – a mulher ralhou azeda.

—Não seja assim – pedi a ela seria. Ela não tinha o direito de ofender Rose, ainda mais na casa dela!

—Tudo bem, Bella, ela me trata assim porque tem medo de mim. Falei para ela tomar cuidado com o homem loiro, ele quer ela. – Rose disse seria.

A mulher realmente pareceu alarmada.

—Essa menina é uma bruxa! – acusou.

—Sim, todos sabemos. – falei simpática. Victoria me olhou contrariada.

—O único homem loiro na minha vida é Carlisle. – disse entre dentes. Rose a olhou com pena. Depois se concentrou em mim de novo.

—O vampiro. – sussurrou. – Ele quer a ela. Só está esperando o bebê nascer.

Senti um gelo descer pela minha espinha.

—Como sabe disse Rose?

Ela deu de ombros.

—Só sei.

—O que vocês tanto cochicham?! – a ruiva quis saber.

—Eu já vou. Te vejo depois Rose. – a abracei forte. – Posso ir tranquila para casa? – sussurrei em seu ouvido.

—Pode sim, caminho limpo.

—Até mais Victoria. – acenei para a mulher. Não era porque ela não tinha o mínimo de educação que eu iria retribuir sua falta.

Dirigi para casa de Âng debatendo as reações que os pais dela poderiam ter quando ela revelasse a gravidez;

Surpresa;

Pânico;

Gritos;

Choro;

E finalmente, conformidade, e então passariam aos planos para receber o mais novo membro da família. Sim, tudo ficaria bem, é claro.

Claro que não seria tudo tão lindo assim, Ang e Ben estariam a caminho do último ano do colégio, ainda seriam jovens de mais e sem emprego, mas afinal a vida não poderia ser perfeita, não é? Com a ajuda dos pais tudo daria certo.

Estacionei minha picape atrás do carro de Ben, ele estava sentado na calçada úmida, a expressão tensão.

—Vamos entrar? – falei baixinho chegando por de trás dele. Ele levantou o olhar para mim, eram tristes, como quando seu gato Fred morreu. – Ben, você não esta a caminho da inquisição.

—Antes fosse, isso me livraria do pai de Âng. Bella, ele vai me matar!

—Levanta. – pedi oferecendo minha mão que ele aceitou. – Não veja as coisas assim. Eles ficarão chateados durante uns dias, mas vai passar.

—Quando? Quando o bebê for para a faculdade? – ele disse irônico. Depois voltou ao pânico. – Como eu vou para a faculdade?! Eu vou para a faculdade ainda não é?

Como eu iria saber?!

—O bebê tem que ser sua prioridade agora, Ben. Sua e de Âng. – falei de vagar. Ele colocou as duas mãos no rosto, quando falou foi por de trás dela.

—Isso é péssimo. É um desastre.

—É sua responsabilidade. É um bebê inocente, e você verá que nada é tão difícil quanto parece. Vamos entrar?

O chamei, porque pela sua expressão poderia fugir a qualquer hora.

Bati a porta da casa da minha amiga, um lugar aconchegante e seguro onde encontrei amor de família varias vezes quando me sentia muito sozinha em casa. O pai de Ângela é o bom pastor da nossa comunidade, sua reação jamais seria horrível, ele apoiaria a filha eu tinha certeza.

Fomos recebidos pela mãe de Ângela, uma mulher alta e magra como a filha, olhando para ela eu tinha uma ideia muito boa de como Âng se tornaria dali a quinze ou vinte anos.

Desviando de brinquedos pelo caminho- minha amiga tem dois irmãos mais novo, de exatos seis anos, os gêmeos- me sentei na sala com Ben muito nervoso ao meu lado.

—Ang já deve estar descendo, ela disse que vocês viriam. Trabalho de escola? – muito simpática a senhora Weber nos trouxe uma bandeja com sanduíches, aproveitei para pegar um, porque achava difícil podermos ficar para um tranquilo almoço depois da revelação dos meus amigos.

—Algo assim. – Ben respondeu ausente.

—Bella, Ben! – o senhor Weber nos encontrou. Ao meu lado, Ben pareceu ficar mais pálido. Peguei sua mão na minha tentando passar mais confiança a ele.

O gesto não passou despercebido aos pais da minha amiga, com medo de estar passando a imagem errada, eu recolhi minha mão da dele.

Para nos salvar de um momento que poderia ser muito embaraçoso, Ângela chegou a sala. Com olheiros profundas, olhos marejados, nariz vermelho. Pobre amiga, andava chorando muito. Eu não via a hora dessa fase ruim de gravidez na hora errada passar, e começarmos a parte divertida de ter um bebê a caminho.

—Ang! – corri a seu encontro para abraça-la.

—Bella já que está aqui, converse com Ângela, ela não quer comer nada! – a mãe reclamou.

—Eu vomito tudo. – ela sussurrou em meu ouvido.

—Bom, vamos deixar vocês jovens. Vamos querida? – o pai de Ângela quis nos deixar.

—Na verdade senhor Weber, nós estamos aqui para falar com o senhor. – Eu chamei a atenção.

—Bella, acho melhor não. – minha amiga tremia dos pés à cabeça.

—Se não for agora, não será nunca. – sussurrei olhando serio para ela.

—Eu não posso fazer isso sozinha.

E foi olhando no fundo dos seus castanhos que eu entendi, o medo dela não era de contar aos pais, e sim de não ter o Ben. Ben, que estava sentado no sofá com certeza ciente da troca de palavras entre mim e a sua namorada, Ben que apesar disso continuava mudo olhando os próprios pés sem dar indicio nenhum de que iria falar, Ben que apesar de eu conhecer a vida toda, desde que descobriu que seria pai se tornou um estranho completo.

—Você não tem que fazer isso sozinha, eu estou com você. – falei firme.

—O que está havendo? – a mãe de Ângela não era inume ao clima na sala.

—Temos que conversar, mãe.

—Percebi. Sentem. – a senhora Weber pareceu mudar completamente de humor. Seu marido nos olhava curioso, a esposa parecia saber exatamente o que se desenvolvia.

Se eu tinha esse poder de trazer a harmonia a minha volta, eu não sabia como ele funcionava, por isso apenas me concentrei em pensar ‘’que o amor prevalece’’ com todas as minhas forças, e sentada entre Ângela e Ben, minha amiga contou aos pais que estava esperando um filho.

Não houveram gritos nem arquejos chocados, apenas um silencio pétreo e olhares de decepção.

—Eu esperava mais de você. – A mãe foi a primeira a quebrar o silencio.

—Desculpa. – Ang sussurrou.

—Você não precisa se desculpar minha filha. – seu pai falou para primeira vez, apesar de estar falando com a filha seus olhos estavam fixos em Ben. – O que vai fazer Benjamin?

Finalmente ele levantou os olhos.

—Como?

—Sua namorada está gravida, vocês têm um filho a caminho. O que vai fazer?

—Eu... eu...

Ele não conseguiu passar da gagueira.

—Você vai ser pai. O que seus pais acham disso? – o olhar do senhor Weber era afiado.

—Eles não sabem. – conseguiu dizer.

—Bom, você deve dar um jeito nisso logo.

—Pai...

—Não Ângela. Preciso ter uma conversa de homens com o seu namorado.

—Nós não somos mais namorados.

—Como?! – a mãe dela não sabia se ria ou se indignava.

—Mãe por favor.

—Por favor o que Ângela? Você namora esse rapaz, ele diz amar você, então ele te engravida e o amor acaba?! Como isso?

—O que vai fazer Benjamin? – o pai dela repetiu a pergunta.

Então a coisa mais estranha aconteceu; Ben se levantou, a respiração ofegante, o olhar perdido. Olhou para Ângela.

—Me desculpa. Eu não posso, eu apenas não posso.

—Ben...

—Eu sinto muito. – disse e saiu pela porta a batendo. Arrancou com o carro antes que Ângela pudesse alcança-lo.

—Esse foi o tipo de homem com quem você escolheu se deitar e produzir um filho. Parabéns. – O senhor Weber disse e entrou de volta para casa.

—Bella. – Âng se abraçou a mim com força, a chuva começa a cair fina. Tentei consola-la da melhor forma que podia, por ela ser mais alta não era algo muito confortável.

—Ben só precisa de tempo Âng. Você vai ver, vai dar tudo certo. – mas eu mesma não acreditei muito nisso.

Narrador.

James era um vampiro. Ele gostava de ser vampiro. Gostava de ser forte, rápido e de beber sangue. Mais que isso, gostava de matar. Não uma morta rápida e fácil, ele era um caçador, e um bom caçador sabia admirar uma presa em sua busca pela vida.

James era assim, ele ansiava pela sua presa, a deixava cercada, pensando que poderia sobreviver até o ultimo momento onde se deliciava com sua morte lenta, bebendo cada gota do sangue de sua vítima.

Sua vitima agora era Victoria, ela foi marcada como sua vítima quando ainda era um bebê no colo de sua mãe, essa que James bebeu todo o sangue numa noite em que estava muito entediado. Ele não quis matar a bebê, que graça teria? Ela não lutaria pela vida como uma presa comum, ela nem se quer entenderia o se passava, então ao invés disso observou toda a vida dela, toda o seu desenvolver, até agora.

Agora ele iria transformar ela, depois de 500 anos sozinho ele teria uma parceira. Ela era perfeita.

Antes disso ele teria que esperar... esperar o bebê dela nascer. Então ela seria sua.

Por hora ele iria se divertir com os humanos dessa pequena e chuvosa cidade.

Hoje os policias juntos de alguns civis estúpidos estavam caçando ele na floresta. Não ele com todas as letras e sim o bicho responsável pelas mortes misteriosas e violentas. Os humanos daquela região eram curiosos, haviam criaturas mutantes entre eles, cachorros gigantes que haviam destruído seu amigo, Laurent, e se ele não tivesse o devido cuidado, poderia ter o mesmo destino.

Hoje porem ele podia se divertir com os humanos, não haviam mutantes entre eles.

Os cães farejadores corriam e latiam seguindo seu cheiro, seus humanos os seguiam, achando que chegavam perto de algo. Por diversas vezes James quis parar e deixar que eles os alcançassem. Quantos era? Dez? talvez quinze? Ele poderia fazer um pequeno massacre...

Ele parou no topo de uma arvore. Homens passavam a toda, os cachorros estavam alucinados, era tudo muito divertido. Ele contou; eram vinte humanos no total. Ele chamaria muita atenção para si se os matasse, e isso faria a realeza dos vampiros vir atrás dele, e tudo o que James menos queria era esse tipo de atenção. Suspirou por mais que não precisa do ar em seus pulmões e voltou a terra.

Havia um humano encostado a uma arvore, parecia ter visto sua aterrisagem e estava ofegante. James sorriu, um humano morto não chamaria tanto atenção assim...

Se aproximou com a ideia de ser rápido.

—Seu beber de sangue imundo! – o velho grunhiu com ódio. O vampiro jogou a cabeça para um lado avaliando a situação. O velho sabia o que ele era, interessante...

—Harry! – alguém gritou ao longe. Ah, James teria de ser rápido...

Ele ouviu os passos correndo de volta a eles, não, não daria tempo de qualquer forma. Ele ouviu o coração do homem bater de forma errática, ele estava morrendo era claro. Dando de ombros deu as costas e correu para longe.

Quando os outros chegaram ao lugar, Harry já estava inconsciente no chão, seu encontro com um vampiro fora de mais para seu velho coração.

Não muito distante dali, Jane Volturi se encantava pela família do lobisomem Jacob Black. Toda aquela história de magia dos lobos, e amor eterno parecia menos impossível ali; na pequena cozinha daquela ruidosa família, onde eles riam e implicavam uns com os outros, onde cada gesto – até os menos gentis, como a irmã de Jacob que havia jogado um prato em sua direção e ele o pegou com destreza- era coberto de afeto. Jane sentia falta disso, do amor de um irmão, de um pai, de uma mãe. Ela se lembrava vagamente de como era ter sua família, mas com as mortes do irmão e da mãe e subsequência da ausência do pai, conseguiram enfiar as lembranças tão ao fundo de sua mente que ela já não sabia se eram memorias ou sua imaginação.

—Você está muito quieta. Estamos assustando você? – Jacob sussurrou para ela. Os dois estavam sentados no chão da sala, não havia lugar para todos no sofá, e ela se pegou sorrindo e observando a família.

—Não mesmo. sua família é incrível. – ela sussurrou baixinho.

—Então Jane, mora com os Cullen há muito tempo? – a mãe de Jacob perguntou, os olhos amorosos e maternos, nos cantinhos viam-se as rugas da idade, mas Jane duvidava que ela já tivesse chegado aos cinquenta anos.

—Não... eu não sou adotada. – disse com um sorriso duro. – Edward e eu somos vizinhos, e amigos desde que nascemos... eu acabo passando mais tempo com os Cullen que em qualquer outro lugar. – seus ombros se encolheram, ela não queria revelar para essa boa família, que estava sozinha no mundo.

—E os seus pais não se opõem? – Billy Black, pai de Jacob questionou. Pelo visto Jake não havia falado nada sobre ela.

—Pai... – ele tentou advertir.

—Não, está tudo bem. – Jane sentiu que poderia falar sobre isso. – Minha mãe morreu quando era mais nova. Num acidente de carro, ela e meu irmão gêmeo. Meu pai não lidou muito bem, passou a beber muito e me deixar sozinha, assim eu fiquei mais com os Cullen e Esme meio que se tornou uma mãe para mim. Quando eles viajaram para cá eu acabei vindo atrás, meu pai sumiu com uma namorada, e não da noticias a uns meses. Dessa vez Carlisle entrou com uma procuração para poder me matricular na escola daqui, e essas coisas, então agora sou meio que adotada mesmo.

—E onde está o seu pai? – A mãe de Jacob parecia chocada com o pequeno resumo.

—Eu não sei.  -A jovem foi sincera.

—Tem algo errado. – Jacob se pôs de pé, e Jane poderia jurar que ele farejou o ar.

—O que foi? – sussurrou, seu corpo respondendo a tensão do dele. Era estranho, quanto mais tempo passava com ele, mas parecia conectada a ele.

Jacob não respondeu dei início, olhando para fora, o corpo tremendo ligeiramente.

—Jake, não vá se transformar aqui dentro! – a mãe advertiu.

—Fiquem aqui. – ele disse fez um afago no rosto de Jane o que a deixou corada e correu porta a fora.

Pareceu ter passado horas até que ele voltou. A expressão denunciava muita tragédia.

—O que foi? – Jane correu até ele, sem se importar em como demostrava preocupação com ele, era real, ela sentia dentro de si, ela talvez... amasse aquela pessoa.

Ele passou os braços pelos seus ombros e a guiou de volta a casa.

—Harry Clearwater morreu. Ataque do coração. – ele explicou muito baixo.

—Não. – ela conhecia o nome, era o pai de um dos meninos que andava com Jacob, Seth. Aquilo era péssimo.

—Acho que ele pode ter visto o vampiro na floresta, e isso foi de mais para ela. – Jacob parou na porta de casa, pegou o rosto dela nas mãos. – Vamos caçar ele hoje, só pararemos quando tivermos destruído ele.

Aquilo a encheu de pânico.

—Você precisa tomar cuidado. – falou sem pensar, quis segurar na camisa dele, mas se lembrou tarde de mais que ele não usava camisa. Suas mãos se espalmaram no peito largo e quente dele.

—Não preciso tomar cuidado, não há ninguém esperando por mim. – ele disse com fingida decepção.

—Sua mãe, seu pai, suas irmãs... eu poderia passar horas aqui falando o quanto essa gente sentiria sua falta! – a atitude dele, por mais que ela percebesse ser falsa, a irritou.

—Você sentiria minha falta? – ele sussurrou, o hálito quente indo de encontro ao rosto dela a deixando tonta.

—Claro. – sussurrou sem pensar, o coração acelerando.

—Prove. Me de um bom motivo para volta. – ele se inclinou em sua direção.

Jane sabia o que ele queria, vários garotos já haviam pedido o mesmo dela, não de uma forma tão... doce. Mas o mesmo.

Jacob queria um beijo.

Apesar de eles estarem mais próximos, não podiam chamar aquilo de amizade, havia uma eletricidade entre eles, uma atração... que amizade nunca seria o bastante.

Mas Jane não o beijara ainda. E ele não forçara caminho.

Ela era tão mais baixa que ele! Sua cabeça batia no máximo no estomago dele, e se ficasse nas pontas dos pés poderia alcançar seu queixo.

—Você quer. – não era uma pergunta, ela não respondeu. Jane se aproximou mais dele, por um momento Jacob pareceu surpreso, mas logo corrigiu a postura, e suas mãos foram para a cintura dela, a trazendo para perto até seus corpos se colarem. Tudo que Jane ouvia era o som de seu coração batendo nos ouvidos. Ela levantou a cabeça, e ele se abaixou, seus lábios se encontraram de forma calma e hesitante. Jacob era inexperiente, ela logo percebeu e isso a fez feliz. Ela o ensinaria tudo.

Com sua confiança renova pela inexperiência dele, Jane entreabriu os lábios testando, querendo provar o sabor dele. Tudo muito calmo, tudo muito técnico...

Mero engano seu.

No momento em que sua língua tocou a dele, um fogo ardeu seus lábios, incendiando seu corpo, e de repente qualquer espaço entre eles era inaceitável.

Jacob a puxou para mais perto a erguendo do chão, uma mão a segurando forte pela cintura, outra bagunçando seus cabelos. Quem precisava de pratica para beijar? Era uma coisa natural afinal, e o beijo deles se encaixou com perfeição.

Se você perguntasse a Jane a alguns meses antes se ela acreditava em amor predestinado, ela teria rido e te respondido ‘’só por comida’’, mas depois de conhecer Bella, e ver como ela e Edward eram juntos, ela já acreditava em uma força maior... e agora, estando nos braços desse jovem lobo... ela tinha certeza. Jacob era seu prêmio depois de uma vida miserável. Ela estava destinada a ele.


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Notas finais do capítulo

Coitada da Ângela :'''''''''''''( muito fofo Jake e Jane né? >< proximo capitulo teremos Beward, prometo! bjs :*