Remember-Uma Vida Pra Viver escrita por Thay Paixão


Capítulo 14
Nada será como antes.


Notas iniciais do capítulo

Como foi a Páscoa de vocês? muito chocolate? muito amor no coração? Jesus ressuscitou e vive para sempre!
esse capitulo de hoje está uma delicinha! vcs estão gostando? se sim poderiam me dar uma recomendação? ><

Boa leitura ♥



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Remember

Nada será como antes.

Bella.

—Então você ficou. – concluiu

—Eu não me vejo voltando ao Arizona. Só de imaginar o sol, o calor, tudo que faz o lugar ser incrível, eu só quero ficar aqui. Protegido pela floresta, e usando casaco todo o dia. – Edward disse brincando com meus dedos.

Alguns dias tinham passado, seus pais haviam firmado sua separação e sua mãe voltou para a cidade deles ao trabalho. Ela quis muito que Edward e Rosalie fossem com ela, mas não conseguiu convencer nenhum dos dois.

—E seu pai agora será meu professor de Inglês. – eu ri para descontrair um pouco.

—Ele só quer fugir da garota que ele engravidou. – Edward revirou os olhos. – como ele pode ser assim? É o filho dele!

Eu não sabia o como, mas sabia o porquê; ele não queria lidar com o fruto da traição dele.

—Ele não queria ter traído a sua mãe.

—Ele traiu Bella, a intenção dele não vem ao caso.

Nesses dias que se passaram desde que Edward saiu do hospital ele havia melhorado muito; estava mais corado, mais enérgico, apesar da tristeza pela separação dos pais, eu podia perceber que a saúde dele havia melhorado muito. Ele parecia mais adulto também, a tristeza da irmã com a separação dos pais o afetava mais do que eu podia imaginar.

Olhei em volta, estávamos na parte de trás da casa dos avós dele, nas escadas que davam para o jardim e mais além a floresta.

—Quando vamos à aquela festa da fogueira? – ele mudou de assunto.

Aquilo me deixou feliz de imediato.

—Amanhã? Eu vim aqui para te chamar, mas outros assuntos foram surgindo...

—Amanhã?

—Já tem planos? – caçoei.

—Não. Só pesei que teria mais tempo de me preparar para conhecer seus amigos.

—Serão seus amigos também, você não vai começar as aulas na segunda? E você vai gostar de todo mundo. – garanti.

—Eu não sou tão sociável quando Jane. – ele fez uma careta. Encostei a cabeça em seu ombro soltando um suspiro. Jane...

Ela também ficou, seu pai não dava notícias, então Carlisle entrou com um pedido na justiça para poder matricula-la na escola daqui. A polícia emitiu um chamado de busca internacional para Aro Volturi, até o momento não haviam localizado ele, por isso Carlisle ficou legalmente responsável por Jane.

—Todos gostam dela lá na lanchonete. – contei.

—Ela parece feliz aqui. É como se... estivéssemos em uma realidade alternativa onde podemos ser felizes. – ele riu com amargura.

—Edward porque é tão pessimista? – bufei. Levantei e fiquei de frente para ele. Ele permaneceu sentado.

Me olhou surpreso com minha explosão.

—Desculpe Bella, não queria te chatear. Só é estranho viver... sem me preocupar em morrer. Aqui em Forks... parece que tenho uma vida boa, tenho uma vida!

—Está assim porque se curou do câncer? – tentei.

—É estranho não ter uma sentença de morte nas suas costas. Não ter meus pais brigando o tempo todo, e Rosalie... por mais triste que ela esteja com a separação dos nossos pais, ela está feliz aqui, como eu nunca vi antes.

Sacudi a cabeça, Edward era mesmo muito estranho! Não conseguia apenas aproveitar a alegria dos nossos dias?

Me agachei na sua frente tomando suas mãos na minha.

—Vocês serão felizes aqui.

—Você fala com tanta certeza que eu até acredito. – sussurrou, seu hálito quente batendo em meu rosto. Nossos rostos estavam muito próximos. Fechei os olhos. Senti seu nariz roçar no meu, meu estomago parecia cheio de borboletas batendo assas.

Ele vai me beijar!

Ele vai e eu vou deixar!

Eu vou beijá-lo de volta!

E posso dizer que sonho com ele todas as noites?

Será que posso pedir ele em namoro ou é cedo demais?

Será que ele quer namorar comigo?

—Edward, Bella! Venham comer, fiz um lanchinho para vocês!

O grito da vovó Cullen nos despertou do momento. Abri os olhos para encontrar Edward também com as bochechas coradas. Sorrimos um para o outro.

—Acho melhor irmos. – falou e eu apenas assenti o seguindo para dentro.

—Bella, querida, não conversamos! O seu pai como está? -Antony, o avô de Edward perguntou entre um gole de chá e outro.

—Melhorando, mas realmente mandaram outro Cherife para cá e isso o deixou transtornado.

—Pobre Charlie. Sempre foi um bom garoto.

—Não sinta pena do meu pai Senhor Cullen, ele andou bebendo em serviço. – aquilo ainda me deixava com raiva.

—Ele está passando por um momento difícil, filha. Sei que ele é seu pai, mas nós vemos um garoto que brincava nosso Carlisle quando olhamos para ele todos vocês são crianças para nós. – o sorriso da vovó Cullen era reconfortante, mas de nada servia para acalmar meu coração.

Charlie tinha pisado feio na bola comigo, Renée já o havia deixado a tanto tempo! Porque essa crise de bebedeira agora?

—Convidei o Edward para ir a La Push amanhã. – comecei.

—Isso seria uma ótima forma dele conhecer e fazer amigos. – sua avó logo aprovou.

—Sua caminhonete está em bom estado, Bella ou vocês vão querer uma carona? – O senhor Cullen como sempre prestativo.

—Está muito boa, meu amigo Jacob a concertou. Ele é um mecânico incrível. – elogiei.

—Jacob Black? Estive com ele na cidade esses dias, quando fui levar a jovem Jane ao trabalho... aquele menino cresceu! – o avô de Edward estava surpreso com o surto de crescimento de Jacob... será que a senhora Cullen não o havia contado as coisas sobrenaturais da nossa cidade?

Como que para me responder a vovó Elizabeth revirou os olhos e bufou.

—Querido eles sabem de tudo. – disse ao marido.

—Vó! – Edward protestou.

—Bella sabe que Rosalie é uma bruxa, querido. E que jovens de La Push correm por aí como lobos grandes. Só você não acredita nisso.

—Bella? – Edward me olhou com os a expressão em choque. Acho que a minha espelhava a dele.

—Eu sei de Jake ser um lobo. – dei de ombros.

—E você acredita nisso? – a expressão dele era incrédula.

—Edward você não pode duvidar que Rosalie é uma bruxa. Ela lança feitiços de proteção e faz coisas levitarem.

—Não pensei que você tivesse reparado nisso. – ele estava envergonhado agora. Afaguei seus ombros para que ele relaxasse.

—Eu fui a garota que voltou dos mortos. Os medico não conseguem explicar como sobrevivi seis meses sem comer. Tem magia aqui Edward, em cada canto dessa cidade. Acreditar que Rosalie é uma bruxa é o de menos na minha agenda.

—Mas lobisomens... -ele ainda protestou.

—Ah querido! Você viu pela sua janela outro dia. Achou que estava doido? Melhor acreditar logo. – Sua avó disse e levantou retirando a lousa da mesa que usamos.

—Eu ajudo a lavar. – ofereci.

—É gentileza sua Bella. – ela me sorriu.

—É difícil para o Edward aceitar as coisas estranhas daqui. – comentei baixinho com ela.

—Ele vai se acostumar querida. Agora me diga... o que há entre vocês? – ela me olhou sugestiva.

—Somos amigos. – disse me concentrado na xicara em minhas mãos.

—Bella... amigos não se olham como vocês dois.

—Eu não sei o que há. Eu só... gosto de estar com ele. É natural, bom e leve. Parece certo. – contei mantendo a minha atenção o tempo todo no meu trabalho manual. – Eu só não sei como ele se sente. E tem essa namorada...

—Ex-namorada. Uma namorada que ouvi muitas coisas boas dela, mas que ele não ama e nunca amou. E deixe eu te contar... tenho certeza de que ele se sente da mesma forma que você. – finalmente levantei o rosto para vê-la. Ela piscou para mim.

—Obrigado senhora Cullen.

—Eu te conheço desde que nasceu menina! Pode me chamar de vovó. – ela me abraçou pelos ombros.

Fiquei com Edward até o pai dele chegar com Rosalie e Jane, então já era hora do jantar e recusei ficar com eles, dizendo que precisava preparar o jantar de Charlie.

—Ele não vai se importa se você jantar conosco. – Carlisle tentou me convencer a ficar.

—Esse é o problema. Meu pai está tão desligado de tudo, não suporto vê-lo assim. – confessei.

—É uma boa filha Bella. – Carlisle me comprimento. Me despedi de todos e Edward me acompanhou até minha picape.

—Deixa que amanhã pego você na sua casa. – ele disse abrindo a porta para mim.

Meu coração acelerou. Me virei para ficar de frente para ele. A noite estava ficando fria, me inclinei para fechar o zíper do seu casaco.

—Você vai acordar cedo? Devo te esperar as oito ou dez e meia? – brinquei. Ele fez uma careta.

—As dez e não se fala mais nisso?

Eu ri.

—As meninas vão?

—Sim, Jane pegou folga e Rosalie quer muito ir. Por isso é mais fácil irmos no carro do meu pai, tem mais espaço.

—E você acha minha picape obsoleta. – fiz um biquinho. Ele apertou meus lábios entre o indicador e o polegar.

—O que é isso entre a gente? – sussurrou, de novo estávamos muito próximos.

—Ligação forte após um evento traumático? – sussurrei me aproximando ainda mais, totalmente atraída por ele.

—Eu poderia beijar você agora? – isso foi uma pergunta? Eu fiquei sem saber, porque dado a sua frase, eu mesma selei nossos lábios.

Eu não podia esperar mais por isso.

Os lábios de Edward eram quentes sob os meus, ficamos um pouco ali, parados, lábios colados, apenas sentindo a textura um do outro. Meio desajeitado, ele estendeu uma mão para minhas costas, e outra para meus cabelos em minha nuca. Pareceu como uma corrente elétrica passando por nós, e então qualquer espaço entre nós pareceu um absurdo, e estávamos colados, nossas bocas se movendo de forma frenética, sua mão em meu cabelo fazendo uma bagunça completa, ele me empurrou, e bati com as costas na porta da picape, agora tínhamos um apoio. Sua língua pediu passagem para minha boca e eu prontamente cedi, puxei seus lábios para minha boca mordiscando no processo, ouvi um gemido baixo dele, sua mão em minhas costas escorregou para minha cintura apertando ali. Foi a minha vez de gemer.

Forks ficou quente de repente? Porque eu estava queimando dentro daquela parca!

Nossas línguas se tocavam com maestria como se uma conhecesse a outra desde sempre e aquele não fosse seu primeiro contato.

Nosso beijo foi se tornando mais calmo, nossas respirações estavam pesadas. Precisávamos de ar afinal.

Edward trouxe ambas as mãos para meu rosto, terminamos nosso beijo em selinhos. Abrimos os olhos sorrindo.

—Isso foi... uau. – ele disse e me beijou de novo. Mais calmo dessa vez.

—Uau. – fiz eco. – acho que isso dispensa conversas.

—Acho que... precisamos conversa.

—Shi. – coloquei um dedo em seu lábio. – Por favor, hoje não. Amanhã conversamos. Só... eu gosto de você Edward, muito. Você pode achar que é o trauma ou qualquer coisa, mas eu chamo apenas de... paixão. – eu quis dizer amor, porém não quis assustá-lo.

—Eu estou completamente apaixonado por você Bella. Então não temos muito o que conversar. Eu quero isso.

—Namorar?

Ele apenas assentiu. Eu o beijei de novo me jogando em seus braços. Ele cambaleou um pouco com meu peso.

—Eu adoraria namorar com você!

Talvez eu tenha gritado.

Edward riu.

—Ok, namorada, acho que você tem que ir. – ele disse me devolvendo aos meus pés e se afastando um pouco. Tive que me apoiar no carro.

—Perdeu o equilíbrio ou está apenas afetada pela minha presença? – ele brincou me equilibrando com um braço.

—Um pouco dos dois. – me envergonhei.

—Eu também estou inebriado com você. – sussurrou e seus olhar sobre mim fez as benditas borboletas baterem asas no meu estomago.

—É melhor eu ir. Até amanhã.

—Até amanhã. – ele sorriu e me beijou de novo. – Eu não vou querer parar de fazer isso nunca.

—Nem eu.

Outro beijo... mais outro...

—Eu preciso mesmo ir.

—Ok. Até amanhã – a repetição o fez rir.

Entrei na picape e precisei de mais de uma tentativa para fazê-la pegar. Se eu não queria ir para casa, meu carro também não.

Estava mais escuro do que notei no jardim iluminado dos Cullen’s. Eu não tinha motivos para ter medo da noite, era a minha cidade, eu a conhecia bem até mesmo a estrada que levava a casa do meu agora namorado. Sorri com o pensamento. E se houvesse algo de mal... Jacob e seus amigos dariam conta.

Não faltava muito para alcançar a rodovia que me levaria de novo a minha casa, quando vindo do nada uma coisa pesada atingiu minha picape, me fazendo girar na estrada e bater numa arvore. O impacto na arvore foi leve, senti que algo havia puxado minha picape para trás. Um pouco atordoada eu ouvi:

—Eu estava mesmo precisando de um lanchinho... – a voz foi seguida da porta do meu lado sendo arrancada. Eu estava tonta com o rodopio na pista e a noite era muito escura, mas consegui distinguir a imagem do homem diante de mim. Gritei.

Ele estendeu a mão para mim, arrancou o cinto de segurança num movimento rápido, e como se eu não pesasse mais que um travesseiro ele me tirou do carro me suspendendo no ar. Meus pés balançavam no ar enquanto eu me debatia. Um vulto o arrancou de mim, deixando seu braço ainda preço ao meu casaco, cai no chão arrancando a mão de mim, me afastando daquilo. O urro do homem foi animalesco.

Eu estava em choque, tinha certeza, contudo quando os lobos apareceram eu reuni forças para falar.

—Jacob? – sussurrei.

Eram pelo menos dez, a maioria seguiu o que tirou o homem de perto de mim para dentro a floresta, apenas um ficou. Ele era enorme, de pé deveria ter dois metros ou mais. Ele se afastou mais, até o arbusto mais perto, eu ainda podia ver sua enorme cabeça por entre as folhas. Minha respiração estava pesada, eu não conseguia fazer meu coração parar seu ritmo frenético. Ele parecia querer sair do meu peito.

No lugar do lobo, quem saiu do arbusto foi Sam Uley.

—Sam. – o reconheci.

—Desculpe por isso Bella.

—Vocês salvaram minha vida. – coloquei a mão no peito.

—Você está bem? Parece que vai... – meu vomito o impediu de continuar. Vomitei todo o saboroso lanche da tarde na terra aos meus pés.

—Vomitar. – ele tossiu e fez um som de vomito. O som foi suficiente para que outra rodada se seguisse.

—Precisa de um hospital? – ele deu tapinhas nas minhas costas. Olhei seus pés descalços, sua bermuda jeans surrada. O peito claro, estava desnudo.

—Não, o objetivo daquela coisa não era me ferir.

—Era te comer. – ele disse sombrio.

—Porque eu?!

—Ele se alimenta de sangue humano Bella. Você preenche o requisito principal: tem sangue. Eu te levo para casa, vai ser difícil explicar esse carro para seu pai.

—Só amassou um pouco a frente. Jake pode dar um jeito nisso.

—Você parece bem.  -ele me olhou espantado. – para quem viu a morte...

—Sam, essa não é a primeira vez que vejo a morte. Somos amigas de longa data. – meu comentário sarcástico o deixou sem graça.

—Vamos, eu te levo. – ele me pegou no colo. Eu iria protestar, mas estava tonta de mais para isso. Me aninhei em seu calor e deixei que corresse comigo param minha casa.

—O que vai acontecer com o... vampiro? – a palavra saiu estranha na minha voz.

—A essa altura Jacob e o outros já devem ter separados ele em pedaços e queimado. Agora só falta o loiro.

—São os mesmos de semanas atrás?

—Sim. O que te atacou era o de dreads no cabelo. Tem o loiro do cabelo comprido ainda.

—Achem ele logo Sam. – o fitei com urgência. Meus amigos... todos estavam em perigo.

—Nós vamos. – ele prometeu. – está entregue. – ele sinalizou a porta da minha casa. A viatura de Charlie estava estacionada.

—Você corre rápido, mesmo como humano. – elogiei e ele sorriu.

—As vantagens de ser um lobo. Até mais.

—Agradeça a Jake e os outros por mim.

—É o nosso trabalho Bella.

—E estão arriscando a vida para nos proteger. Merecem nosso agradecimento. – pisquei para ele. Sam ficou meio encabulado e coçou a cabeça.

—Ok então. De nada. – disse e correu para a escuridão. Minha casa estava silenciosa, encontrei meu pai em sua cama jogado de qualquer jeito. Ainda com as botas do trabalho. Retirei e o ajeitei na cama da melhor forma possível.

—Boa noite, Pai. – sussurrei e o beijei o rosto. Ele resmungou abraçando o travesseiro.

Eu nunca vi meu pai tão frágil.

Tomei um banho quente, coloquei meu conjunto de moletom favorito. Finalmente me enrosquei em minha cama, e a adrenalina se evaporou de mim. Eu tremi e chorei até dormir.

(...)

Como prometido Edward estava a minha porta com sua irmã e melhor amiga as dez em ponto. Passei pelo quarto de Charlie antes de sair, deixando um copo com água e aspirina para a dor de cabeça que com toda certeza ele teria.

—Eu não deveria falar com seu pai? – Edward me questionou quando o encontrei no jardim.

—Ele está dormindo. – peguei sua mão. Meu coração disparado e o sorriso surgindo em meu rosto de forma natural. Como seria hoje depois do nosso beijo? Edward estaria com vergonha?

Não tive muito tempo para pensar nisso, ele mesmo se inclinou em minha direção e me deu um beijo leve.

—Gosto da forma como você da bom dia.- Elogiei de olhos fechados nossos lábios se tocando. Seguimos para o carro do seu pai, Jane estava ao volante.

—Não sabia que vocês tinham passado da fase ‘’nos conhecendo’’ para ‘’ confesso que quero te beijar’’. – ela comentou dando a partida.

—Bom dia Bella. – Rose me cumprimentou. Estava sentada no banco da frente.

—Bom dia Rose. E Jane, estamos na fase de.- travei sem saber bem em qual fase Edward e eu nos encaixávamos. O olhei pedindo ajuda e ele fez um carinho em minha mão enquanto respondia a amiga.

—Estamos na fase doce e melhosa pré-namoro. – ele beijou meu rosto.

Jane fez uma careta falsa e Rosalie riu.

—Não sejam tão melosos na minha frente pelo menos. – Jane reforçou. – Alguns de nós não tem tanta sorte no amor... quero dizer, não salvamos o nosso amor da morte.

—Jacob Black parece bem interessado em você. – Rosalie sinalizou e Jane pareceu chocada.

—Aquele cara é estranho, Rose, eu não sei porque ele me persegue.

 -Jake é um bom rapaz. – sai em defesa do meu amigo encolhendo os ombros.

—Ele fica andando pela chuva sem camisa! E me olha com aquela cara de bobo... é fofo, mas estranho!

Edward riu.

—Nunca vi Jane usar o adjetivo ‘’fofo’’ em um ser humano. Talvez Jacob tenha uma chance.

—Talvez ele seja o que você precisa, Jane. Sua recompensa por uma vida difícil. – Rose disse com a voz distante, olhando a vegetação passar por nós. Seu tom foi tão calmo, como o que a própria avó usava as vezes, carregado de experiência, que ficamos os três em silencio.

Meus amigos da escola já estavam lá, claro teriam chegado entre sete e oito da manhã, sem o problema de Edward e Jane de acordar cedo. Juntei minha bolsa térmica com lanches onde estavam as deles e apresentei Edward a todos. Notei que Ângela e Ben continuavam distantes e fiz uma anotação mental para interferir nisso.

Logo Edward estava conversando com Maike e os demais garotos e eu me juntei as garotas para contar nossos provimentos para o almoço, a caminhonete de Tyler tinha a traseira abaixada e o som do Link Park nos embalava. O dia estava claro, o sábado perfeito. Logo alguns amigos da reserva se juntaram a nós e vi Rosalie socializar embora timidamente.

—Você e Edward, hã? – Jane me provocou. Olhei para ele perto de um tronco conversando com os garotos.

—Foi de repente. – dei de ombros.

—Você gosta dele. – não foi uma pergunta.

—Muito. – confirmei.

—Ele também gosta de você. Apenas aproveitem, meu melhor amigo está apaixonado e é por uma garota legal, eu não poderia estar mais feliz. – a expressão de Jane foi tão relaxada ao dizer isso, que me senti impelida a lhe abraçar.

—Obrigado por me aceitar! – comemorei abraçando ela forte.

—Sem contato físico, Bella! – ela reclamou, porem me abraçou de volta. Por baixa de toda aquela roupa e maquiagem pretas, Jane tinha um coração bastante amoroso, ele só precisava de estimulo.

—Jacob! – gritei me afastando dela. Jake vinha com alguns amigos-Embry e Quill, que me surpreenderam também pelo tamanho e largura (ser lobisomem fazia você crescer tanto assim?!) – vestia uma camiseta e uma bermuda, apesar do dia claro a temperatura não podia ser mais que dezessete graus.

Fui ao seu encontro o abraçando forte.

—Obrigado por ontem. – sussurrei.

—Foi o nosso trabalho. Aquilo passou dos limites, deveríamos tê-lo pego antes. Se demorássemos um minuto se quer... – ele fechou os olhos.

—Mais conseguiram. Muito obrigado. – olhei para os outros meninos. Respirei fundo e me virei para Jane.  -Essa é minha amiga Jane Volturi, ela mora com a senhora Cullen. – apresentei.

—Já nos conhecemos. – Jacob pareceu corar por baixo da pele morena, o olhar encabulado. – Oi Jane. – cumprimentou baixinho. Os outros dois riram.

Jane bufou.

—Oi. Olha não precisa ficar todo estranho perto de mim, se isso ajuda desculpa por jogar refrigerante na sua cara.- ela logo disse.

—Como? – questionei.

Foi a vez dos meninos rirem com vontade.

—Sua amiga jogou um copo de refri na cara do Jake lá na lanchonete da cidade. – Quill explicou entre risos.

—Porque você faria isso, Jane? – a olhei chocada.

—Porque ele ficava olhando para mim como um idiota! Eu fiquei nervosa, achei que fosse um psicopata!

—Eu não sou isso. – Jacob sussurrou olhando para seus pés grandes.

—Quem me garante? – ela resmungou. Olhei feio para os meninos e eles abafaram o riso. – Vou trocar a música. Simple Plan?

—Pode ser.

Ela caminhou pela areia em direção a caminhote. Jacob ficou olhando para ela até que sumiu de vista atrás da mesma.

—Jacob! – o cutuquei.

—Desculpe, Bella.

—Jane é da cidade grande, se está afim dela é melhor mudar de atitude, assim não vai conseguir nada. – fui direta.

Ele fez uma careta.

—É mais que estar a fim. Ela... ela é o meu mundo.

Aquilo em pegou desprevenida.

—Jake, você é novo de mais...

Ele já estava sacudindo a cabeça discordando.

—É essa coisa de lobo. A forma como... como encontramos nossa parceira. – ele olhou de novo para o ponto onde Jane devia estar. – Quando você a vê o eixo da terra se torna claro para você. A simetria do universo aparece bem ali na sua frente. É como se o que te prendesse ao mundo não fosse mais tão forte, a gravidade, seu amor por sua família, amigos... qualquer coisa perde o sentido. E só ela importa. É como se ela fosse o sol e eu o planeta girando em sua orbita.

Engoli em seco.

—Isso foi profundo.

—É mais que profundo. É... tudo.

—Acho que Jane não está pronta para isso... como você chama? Amor fatal? – minha voz quebrou em minha brincadeira.

Ele me olhou antes de responder, em seus olhos castanhos eu via o homem Jacob não o garoto. Um homem que poderia ter vivido mil anos e experiencias diferentes.

—Imprinting. Nós chamamos de Imprinting.

—Imprinting. – testei a palavra. – como amor à primeira vista?

—Isso só que... mais forte. Eu farei tudo pela sua amiga, Bella. Serei o amigo, o namorado, o irmão... o que ela quiser. Sempre estarei aqui para proteger e amá-la.

Sorri finalmente entendendo.

—Jacob... é disso que ela precisa. De alguém que esteja sempre lá por ela. Jane já perdeu demais. Eu vou aproximar vocês, apenas evite ser tão... – eu não sabia a palavra certa. – bobo. Não seja bobo perto dela.

Então toda a magia de lobo era boa. Eles deixavam os vampiros afastados, se apaixonavam de forma intensa e cuidavam das pessoas.

Comenos nossos lanches no almoço, Jacob ficou perto de Jane e eu a peguei olhando para ele vez ou outra.

—É difícil resistir a tanta adoração. Ela vai ceder. – Rosalie sussurrou para mim.

—Você também sabe disso?!

Ela riu.

—Bella... eu sei de tudo um pouco.

—O que minha irmã sabe tanto? – Edward sentou ao nosso lado trazendo refrigerantes para nós duas.

—De tudo irmãozinho. – Rose sorriu brilhante para ele, depois nos deixou sozinhos.

Relatei para ele o episodio de ontem a noite e como imaginei ele ficou lívido, e depois com raiva.

—Eu não posso proteger você.

—Edward eles são monstros. Ninguém está a salvo, temos sorte de existirem os lobos.

—Se alguma coisa tivesse acontecido com você... – ele fechou os olhos. Peguei seu rosto em minhas mãos.

—Olha para mim, nada aconteceu. Eu estou bem. – o dei um beijo para firma minha fala. Ele me abraçou, animei a cabeça em seu ombro.

—Temos muita coisa para viver Bella. Vamos terminar a escola, vamos para a faculdade... e eu quero tudo ao seu lado.

Sabe as borboletas? Elas parecem fazer morada em meu estomago agora.

—Eu também quero. – levantei a cabeça para que meus lábios encontrassem os seus mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

olha Beward ai gente!! *_* como ficaria Jacob+Jane? Jane? Jacobne? kkkk não sou boa nisso! vejo vocês nos comentários :* por favorzinho, uma recomendaçãozinha!