Remember-Uma Vida Pra Viver escrita por Thay Paixão


Capítulo 13
Tensão


Notas iniciais do capítulo

voltei! não falei que irei postar direitinho agora? kkkk
muito obrigado por cada comentario no cap anterior, adoro ler e responder a cada um, e saber o que vcs acham e esperam.
Boa leitura ♥



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Remember

Tensão

Bella

O clima no quarto de Edward poderia ser cortado com uma faca e separado em pedaços. Nem mesmo Jane fazia alguma piada. Alice continuava sentada ao sofá, agora mais calma tentava falar com os pais na Austrália.

—Eles não me atendem! – reclamou.

—Espere um pouco querida, depois tente de novo. – Carlisle afagava seus ombros.

—Eles deveriam... ah pai! – ela se levantou num pulo, o telefone na orelha. – O Jasper... você viu! O que dizem? E os pais dele? Como assim não tem informações?

Ela saiu do quarto batendo a porta.

—Tão sem educação. – Esme censurou.

—Mãe! O namorado dela pode estar morto! – Edward reclamou.

A mãe apenas deu de ombros.

—Acho que você deveria dormir um pouco filho. O dia foi muito longo. – ela foi para seu lado arrumar seus travesseiros.

Me senti deslocada ali.

—Mas Bella e eu nem tivemos tempo de conversar. – Edward reclamou.

—Bella pode voltar a hora que quiser para o ver, é muito bem-vinda. – Esme disse com um sorriso para mim.

—Eu volto amanhã Edward, prometo. – afaguei sua mão com a minha. Vi um bloquinho de notas ao lado da cama de Edward. – vou deixar o numero da minha casa anotado ali, se precisar é só me ligar.

—Muito bom Bella.-  Esme elogiou.

—Então, já vou. Espero que fique tudo bem com Alice e o namorado dela.

—Vamos orar por eles. – Carlisle falou com a mão em meu ombro. – quer uma carona para casa?

—Se não for incomodar o senhor... – respondi sem graça.

—Não incomoda, tenho mesmo que levar Jane para a casa dos meus pais.

—Pensei que eu fosse ficar aqui hoje. – Jane protestou.

—Não mesmo, você precisa dormir em uma cama.

—E tomar banho, parece uma chaminé de cigarro. – Esme a repreendeu. – E Aro? Não responde as minhas ligações!

—Ele não se importa o bastante comigo tia Esme.- Jane revirou os olhos e vi compaixão no olhar de Esme.

—Querida seu pai sofre muito.

—Sei, sei, não precisamos falar disso. Vamos logo senhor Cullen. Até a amanhã Edward. – Jane deu beijo na testa dele.

—Vê se come comida de verdade hoje, aproveite que a comida da vovó é maravilhosa.

—Vou aproveitar. – ela piscou para ele.

—Até mais Edward. – sussurrei. Eu quis me inclinar e beijar sua testa como Jane havia feito, mas fiquei envergonhada. Então segurei sua mão mais forte na minha e ele correspondeu o aperto. Seus olhos pareciam um ima, me puxando para mais perto.

—Até a amanhã. – ele frisou.

Carlisle ficou o trajeto para minha casa silencioso, Jane falando comigo sobre o Arizona, Edward e suas impressões de Forks.

—Uma cidade muito estranha. -Concluiu e Carlisle riu.

—É a cidade onde nasci, Jane, seja mais amável.

—Mas é estranha! Sempre chove, e mesmo assim as pessoas são legais e prestativas mesmo com quem não conhecem. E ontem tinha um homem muito estranho na lanchonete, um da tribo. – ela tremeu.

—Estranho como? – eu reprimia meu riso.

—Estava muito frio, e ele não vestia nem se quer uma blusa! E nossas mãos tocaram por acidente e a pele dele estava pegando fogo! Muito, muito quente.

—Talvez estivesse com febre. – dei de ombros.

—Ele tinha que estar com convulsões para o nível da temperatura dele. E a forma como me olhava...  – seu olhar divagou agora, parecia quase... encantada?

—Como ele te olhava?

—Como se eu fosse... importante. -sussurrou olhando as unhas curtas com esmalte descasado preto.

Peguei sua mão nas minhas, Jane tinha uma tristeza que tentava a todo custo reprimir, eu queria tirar essa tristeza dela!

—Você é muito importante, querida. – Carlisle olhou pelo retrovisor para Jane. – foi uma criança muito amada pela sua mãe, pelo seu irmão e pelo seu pai.

—Ele não se preocupa nem se eu estou viva mais. – ela respondeu e olhou a paisagem, antes de virar o rosto para a janela, percebi as lagrimas em seus olhos.

—Seu pai tem sofrido muito também Jane. Você é mais forte que ele. – o senhor Cullen disse. Tínhamos chegado a minha casa.

—Eu fico aqui. – tirei minha mão da de Jane. – Te vejo amanhã?

—Estarei lá logo cedo. – ela afirmou ainda sem me olhar.

—Depois da escola vou para lá. – prometi. – obrigado pela carona, Senhor Cullen.

—Pode me chamar de Carlisle, Bella. Senhor Cullen é o meu pai. – ele riu e o acompanhei.

Estava escurecendo, a rua silenciosa, assim como minha casa. Achei estranho, nem mesmo a TV estar ligada.

—Pai? – chamei da entrada.

—Aqui na cozinha. – ele respondeu com a voz pesada. Estava bebendo?

Acendi a luz da entrada, e segui para a cozinha, toda a casa estava no escuro, consegui distinguir a silhueta de Charlie sentado a mesa da cozinha. Acendi a luz. Uma garrafa de bebida alcoólica e um copo a sua frente.

—Pai? – falei baixo, minha própria voz tremula. – Está tudo bem? E onde está a mãe?

Foi a pergunta errada a se fazer. Ele jogou o copo que estava em sua mão com força no chão. Dei um pulo.

—Ela se foi! Como sempre, quando as coisas ficam difíceis de mais para ela, ela vai embora! – ele chorou com a cabeça entre as mãos.

—Embora? – sussurrei. Sem ao menos se despedir?

—Ela não se importa com ninguém que não seja ela mesma, garota.- ele disse. Se levantou, passou por mim, dando um beijo em meu cabelo, o cheiro de bebida era forte nele, devia estar bebendo a tempos, subiu as escadas. Ouvi uma porta bater.

Eu não iria chorar. Não era a primeira vez, certo? Por que chorar agora? Eu mesma disse que não iria embora com ela, não deveria ficar tão sentida por ela ir sem mim...

Meu coração apertou como prova de que ela era importante, ela sempre me deixou e depois de todo esse tempo... mesmo assim doía, eu amava minha mãe e a queria por perto.

Deixei que as lagrimas saíssem, depois de chorar tudo ficaria bem, decidi, eu podia me permitir chorar um pouco que fosse. 

A chuva inevitável nessa cidade veio, não passaria um dia sem chover.

Coloquei uma cadeira próximo a janela da cozinha, sentei ali observando a chuva, imaginando que estava de baixo dela e suas águas levavam minhas lagrimas junto.

Fiquei um bom tempo ali, até batidas na porta dos fundos me chamar atenção.

Fiquei receosa de abrir, já era noite e chovia muito, quem poderia ser? Ainda mais na porta dos fundos... mesmo assim abri, para encontrar um Jacob encharcado.

—Jake! O que você está fazendo?! – reclamei o puxando para dentro. Vestia apenas uma bermuda surrada, o peito – ridiculamente grande – desnudo, e molhado. Apesar do frio, sua pele era quente.

—Eu estava correndo por perto e resolvi passar para dar um oi. – ele era todo sorrisos.

—Você está com febre! Quente desse jeito nessa chuva! Vou pegar uma toalha para você. – segui para o armário de baixo da escada deixando Jacob se sacudindo literalmente na cozinha e jogando agua para todos os lados.

Passei uma tolha de banho grande para ele.

—Obrigado, Bells. – ele sorriu todo feliz.

—Vai ficar mais doente! Como assim correndo por aqui? Com esse tempo? – ele revirava os olhos conforme eu falava, sem me dar importância.

—Bella a bobinha... eu não fico doente.

—E o que houve com o seu cabelo? – chamei atenção para esse fato ao invés da pergunta real que eu queria fazer; ‘’ você envelheceu dez anos?’’ ‘’ anda malhando vinte quatro horas por dia?” não era possível Jacob estar daquele jeito!

—Aconteceu Bella. – ele disse serio. – Aquela coisa... você sabe.

—Você alcançou a puberdade? – eu ri. ele bufou.

—Não desse jeito... você andou chorando?

Funguei coçado o nariz.

—Não importa. Estamos falando de você, e do seu uso de anabolizantes.

—Renée foi embora sem se despedir, não é? – ele adivinhou. – vi o carro dela nos limites da cidade... mas Bella, ela não é importante, você sabe que todo mundo aqui te ama.

—Eu sei Jake, e não quero falar disso. – o cortei.- e o que houve com você afinal?

—Eu não posso contar, você sabe, então apenas diga as palavras e poderemos conversar abertamente. – ele seguiu para a geladeira, pegou os restos do churrasco de ontem e começou a comer.

Nessa hora o olhei de cima a baixo, além de só vestir as calças, ele estava descalço.

Como Jacob estava correndo por aí descalço?

—Jake, foi um dia longo, preciso comer algo e dormir, podemos ter essa conversa outra hora?

Ele me ignorou, pegando um prato no armário me serviu os restos do churrasco.

—Coma, comer ajuda a pensar. Só posso sair daqui quando você entender do que estou falando.

Suspirei derrotada, sim ele iria me forçar.

—Por que não me da uma pista? – pedi levando meu prato ao micro-ondas.

—Deixa eu pensar... lembra das lendas da tribo? Não são lendas. – ele me olhava com os olhos arregalados.

Minha cabeça latejava, eu precisava dormir.

—Jacob, isso não vai dar certo hoje. Amanhã...

—Tem que ser hoje! Se eu voltar para a alcateia sem você saber o que eu sou agora, eles vão brigar muito comigo por querer te contar! – ele bateu o punho na mesa com raiva, sua mão tremeu um pouco.

Tentei fazer piada.

—Alcateia? Por acaso você entrou para uma irmandade de lobos? – ri. Diante de sua expressão seria eu me toquei do que havia dito.

Lobos.

A lenda do grande lobo que protegia a aldeia.

Protegia de bebedores de sangue.

A terceira esposa havia se matado para salvar o filho de um bebedor de sangue, um vampiro.

—Jacob... – sussurrei. Seus olhos brilharam reconhecendo que eu havia entendido.

Ele se levantou num salto, e eu no susto cai para trás.

—Bella! – ele estava tentando me ajudar a levantar, suas mãos quentes em mim criaram um novo significado.

—Você não está doente. – sussurrei. Ele estava cheio de saúde.

—Nunca estive mais saudável. – garantiu.

—Você é um lobo. – sussurrei, minha mão indo a boca.

Ele pareceu tenso.

—Eu me transformo em um. Mais ainda sou humano!

—Jacob, humanos não andam seni-nus na chuva, nesse frio, como se não fosse grande coisa.

—Eu só não sou um humano normal. – dei de ombros. Pegou minha mão levando ao seu peito.

—Meu coração bate. Estou vivo. – afirmou. Me senti desconfortável tendo a mão em seu peito largo. A retirei de lá meio sem jeito, rindo.

—Mas como isso aconteceu? As lendas não falavam porque vocês se transformavam... todos na tribo são...

Eu estava cheia de perguntas.

—Não, só alguns homens... e bom, Leah. Acontece quando existem Vampiros por perto.

—Vampiros existem?- quase gritei e ele tampou minha boca.

—SHI. Sim existem. Tem dois deles rondando a cidade, estamos tentando pegá-los. Eu estou patrulhando a sua rua essa noite, por isso vim dar um oi.

—Jacob... é muita coisa. Como são esses vampiros? Não estamos seguros?

—São dois, um loiro e um negro. Eles são diferentes dos filmes que você já viu, são duros como pedra, gelados, tem olhos vermelhos e até o mais moreno é pálido. Eles são muito fortes e rápidos. Não podemos baixar a guarda, eles não podem se alimentar aqui.

—Por se alimentar você quer dizer...

—Matar. Eles matam as pessoas, Bella.

Tremi com sua revelação. Definitivamente havia sido um grande dia.

Ele segurou minhas mãos.

—Não vou deixar nada te machucar. – prometeu.

—Não temo por mim, Jake, mais por todo a nossa cidade.

(...)

Os próximos dias foram tensos, meu pai parecia um caco, apesar de ter brigado com minha mãe durante cada hora que ela ficou na cidade, ele sentia a falta dela, e agora ele parecia bem inclinado a beber.

Dois corpos foram encontrados na floresta, turista que estavam se aventurando pelas montanhas, ambos sem sangue algum no corpo. Jacob e sua alcateia estavam ligados no máximo.

O namorado de Alice foi dado como morto, não houve sobreviventes do seu voo. Alice muito abalada voltou para Austrália com os pais, prometendo que se mudaria para os Estados Unidos assim que fosse possível, para estar junto de Edward. Rosalie não parava de dizer que Jasper não estava exatamente morto, o que não ajudava muito com as crises de choro de Alice.

Ben e Ângela estavam com o namoro em crise, minha amiga estava gravida e eles não sabiam o que fazer. Âng tinha certeza de que o pai a faria casar, e Ben estava apavorado com a ideia de ser pai. Eles ainda não haviam contado aos pais, e um estava evitando o outro, o que fez Jessica juntar os dois e brigar com eles. ‘’Vocês precisam ficar juntos agora mais que nunca!’’ disse tendo eu e Maike como apoio.

Apresentei Jane aos meus amigos, e ela parecia feliz na lanchonete da cidade, tão feliz que pediu para ser garçonete.

—Assim tenho meu próprio dinheiro de forma legal. – ela disse, e eu não perguntei qual era o seu jeito ilegal de conseguir dinheiro.

Edward finalmente havia saído do hospital, seu estado ainda aspirava cuidados, mas ele podia voltar a sair e frequentar a escola.

‘’sem sinal de câncer’’ o médico dissera para alivio de todos.

—Bella! É tão bom te ver!- Rosalie me recebeu na porta da casa de sua avó.

—Rose! Você cresceu! – apontei. Ela estava ficando cada vez mais linda.

Corou.

—Não mesmo, você que é baixinha. – ela riu e eu a abracei.

—Seu irmão está? – perguntei ainda da porta.

—Rose querida, mande a Bella entrar! – a vovó Cullen, a senhora Elizabeth apareceu. O sorriso sempre simpático.

—Desculpe, Bella pode entrar.- ela me deu um espaço.

—Obrigado. Como vai vovó? – a cumprimentei com um beijo.

—Muito bem minha filha. E vejo que você também! Edward está na cozinha tomando o café da manhã.

—Eu vim muito cedo. – me desculpei.

—Não mesmo! Acordamos cedo por aqui, e ele estava ansioso para sua chegada.

—Vovó!- Rosalie a censurou. – O irmão pediu para não falar nada.

A velha senhora colocou uma mão na boca.

—Ah aposto que Bella também queria muito ver seu irmão. Vamos querida, você sabe onde fica a cozinha. Vou acordar o meu marido, ele anda dormindo de mais.

Ela me deixou com Rose.

—Vovó é de mais. – a pequena sussurrou e seguiu para a cozinha comigo.

—Edward! Sua namorada sobrenatural está aqui!

Namorada sobrenatural?!

Edward engasgou quando me viu.

—Bella! – eu sabia que meu rosto estava tão quente quanto o dele.

—Oi Edward. – sussurrei envergonhada, como sempre acontecia quando estava na presença dele.

—Pode sentar Bella, coma algo.

—Eu já tomei café. – me desculpei.

—Não vai recusar o bolo de chocolate da vovó. – Edward ofereceu. Ele estava bem melhor, mais corado, havia ganhado peso, as bochechas coradas, e o cabelo nascendo. Fiquei tão feliz ao notar essas mudanças que dei os dois passos necessários para abraça-lo. Ele pareceu surpreso, mas não se afastou, timidamente fechou seus braços a minha volta.

—Fico tão feliz em te ver bem. – sussurrei, minha voz abafada pela sua camisa.

—Também fico feliz em te ver bem. – ele respondeu e me beijou na bochecha.

—Por favor, tem criança no recinto. – Rose reclamou e rindo me soltei de Edward.

—Não tem nada improprio aqui, tampinha. – Edward revirou os olhos e eu achei fofo a forma como ele fazia isso.

—Mas poderia ter é claro. – Jane pareceu. Tinha uma calça de moleton preta com caveirinhas, e uma blusa de moleton que fazia conjunto. Os cabelos bagunçados, ela bocejava.

—Já de pé? Vai chover. – Rosalie a provocou. Eu me sentei pegando um pedaço do bolo que Edward me servia.

—Os pais de vocês estão brigando lá em cima, ninguém consegue dormir assim. – ela disse muito natural se servindo de um copo de leite.

Senti Edward e Rosalie entristecer. Foi estranho, além das expressões deles que murcharam. Eu senti sua tristeza chegando.

—Os pais sempre brigam, isso é normal. – falei segurando a mão de cada um por cima da mesa, desesperada para que a tristeza saísse deles.

Edward levantou a cabeça para me olhar, um pequeno e triste sorriso no canto da boca.

—Eles vão se separar. – disse.

—Você não sabe disso! – Rosalie se alterou.

—Rose, talvez seja o melhor. – Jane disse amável.

—Não é o melhor! Nossa família tem que ficar junta! – ela disse e correu para fora. Edward suspirou.

—Ela vai entender alguma hora que é o melhor. – Jane disse certa.

—É muito difícil quando os pais se separam. – comentei.

—Tem falado com sua mãe? – Edward perguntou.

Notei que nossas mãos continuavam unidas.

—Sim, quase todos os dias. Ela está bem, disse para eu me escrever em alguma faculdade da Califórnia. – revirei os olhos.

—E você já pensou nisso? Em qual faculdade se escrever? – Edward questionou sorrindo.

—Ainda não, quero fazer medicina, mas não sei se terei notas boas o bastante. - fiz uma careta.

—Aposto que você pode fazer.

—Ah meu Deus Edward! – Jane o olhou em choque.

—O que? – Dissemos juntos.

Ela apenas ficou nos olhando, então sacudiu a cabeça.

—Vocês são tão bobinhos... vou tomar um banho, tenho que ir trabalhar. – ela ia se levantar quando Carlisle e Esme entraram.

—Precisamos conversar com vocês. Bom dia Bella. – Carlisle me saldou.

—Bom dia senhor. – falei soltando a mão de Edward.

—Talvez não seja a melhor hora, Edward e Bella tem planos para o dia. – Esme parecia nervosa.

—É a hora. Onde está Rosalie?

—Lá fora. Eu a chamo para vocês. – me levantei andando o mais rápido que podia. Rose não estava a vista no quintal, tive que adentrar um pouco nos limites da floresta. Estava um dia relativamente quente, o céu estava limpinho sem nuvens.

—Rosalie?! – Chamei.

—Aqui! – ela respondeu. Seguindo sua voz foi fácil encontrá-la.

Ela tinha os braços estendidos para a floresta, sussurrava palavras em uma língua que eu não reconheci, e o ar parecia tremeluzir a sua volta.

—Rose?- chamei incerta.

Ela terminou e então se virou para me olhar.

—Estou reforçando as barreiras em volta da casa, por mais que os vampiros não cacem de dia principalmente em dia claro. – ela explicou.

—Rose como você...

—Eu sou uma bruxa. Como a vovó, mais sou muito mais poderosa.

—Você sabe de tudo? – sussurrei.

—Sobre os lobos? Sim eu sei, vovó me contou.

—Edward sabe? – não era possível, ele estava tão tranquilo...

—Não, estou esperando o momento certo para contar.

—Você simplesmente me disse...

—Por que você sabe, Jacob me disse. Vamos voltar?

Caminhamos em silencio, eu estava abalada de mais para falar.

Bruxas também existem?!

O clima na cozinha parecia mais tenso, Edward já tinha terminado o café e encarava os pais de forma desconfiada, Jane comia uma fatia de bolo como se sua vida dependesse disso.

—Onde estava Rose? – Esme a questionou.

—Por ai, dando bom dia para a natureza. – Rosalie sentou ao lado de Edward.

—Eu vou esperar você na sala. – falei para Edward.

—Não Bella, pode ficar. – Esme convidou.

Sentei ao lado de Jane em silencio.

—Jane você tem sido parte dessa família desde que perdeu sua mãe, minha querida amiga. você é uma filha para nós. – Esme disse.

—Obrigado, vocês têm sido meus pais também. – A voz de Jane saiu pesada.

—As decisões que tomamos afeta a vocês três, então deveríamos ser sinceros com vocês. - Carliale completou. – Estamos nos divorciando.

Ele jogou. Edward parecia já saber, Jane fez uma careta. Mais Rosalie... ela começou a chorar, nenhum som saía de sua boca, apenas seus olhos transbordavam e as lagrimas caiam pelo seu rosto. seu silencio fazia sua dor maior, para quem via, e para mim que sentia. Sem conseguir controlar, chorei junto com ela. Por mais poderosa que fosse, Rosalie era apenas uma criança vendo seus pais se separarem.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM! Bella parece estar conhecendo seu poder... e Rose nossa bruxinha poderosa? Edward e Bella são uns fofos né? >