Remember-Uma Vida Pra Viver escrita por Thay Paixão


Capítulo 12
Casa


Notas iniciais do capítulo

Quem é vivo sempre aparece! dedico esse capitulo a Michelle Garcia, sua cobrança me ajudou e muito viu! saber que tem gente que gosta, que quer mais... ajuda a vencer o fantasma do bloqueio.
Voltei e vou terminar essa fic, to inspirada de novo!
boa leitura ♥



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Remember

Casa

Bella

O caminho para casa foi um evento falante. Renée falou sem parar em como eu adoraria o sol da Califórnia, a escola na Califórnia, os amigos que faria na Califórnia, toda a vida que poderia ter lá.

Charlie nos levou em silencio, vez ou olhando pelo retrovisor para mim, o bigode retorcendo um pouco em um riso contido. A tagalerice de Renée era algo que ele devia sentir falta, afim devia a ver um motivo para ele não ter retirado as fotos dela da casa. Ela ainda a amava apesar de tudo.

Haviam muitos carros estacionados na nossa rua e aquilo logo me alarmou.

—Pai... mãe... a imprensa está aqui?

—Não querida, as pessoas queriam fazer uma recepção para você. – papai disse manobrando para parar em sua vaga em nossa casa.

—Toda a cidade? – perguntei incrédula.

—Minha filha é muito querida. – mamãe olhou para trás sorrindo para mim.

—Eu só queria... ficar um pouco com vocês. Não sei se estou pronta para receber toda essa gente. – sussurrei olhando a entrada de casa. Onde as pessoas tinham se escondido?

—Querida – Charlie chamou minha atenção. – não precisa fingir que está bem, apenas os receba,  aceita os cumpridos e pode ir para seu quarto que eu os dispenso.

—Isso não seria educado. Eles trouxeram uma festa para o jardim. – Renée contou e pulou para fora da viatura. Suspirei concordando com ela, aquelas pessoas estavam comemorando a minha volta, não seria educado dispensá-las.

—Só se você quiser Bella.-  meu pai falou já do lado de fora, mantendo um braço ao meu redor.

—Vai ser bom ver todo mundo. – sorri para meu pai. Seguimos os três juntos para dentro de casa, eu no meio do meus pais. Como eu sonhei com o dia que minha mãe entraria ali junto conosco.

—BEM VINDA BELLA! – um coro nos saudou na entrada. Minha sala parecia cheia, olhei mais além para a cozinha também super lotada, e a porta aberta que dava para o jardim indicava mais pessoas ali. Os meus amigos Quileutes, os amigos da escola, os vizinhos... sorri enormemente ao reconhecer cada rosto ali. Sim, era certo eu recebe-los. Fui passada de abraço em abraço, as vozes se misturavam e eu tinha que gritar para ser ouvida, mais ri muito com todos e amei receber cada demonstração de carinho, em forma de um ursinho, uma caixa de bom bom, um estojo de maquiagem.

—Bella! – Ângela me abraçou de novo.

—Ângela. – eu meio ri meio chorava.

—Não chora amiga. – ela limpou minhas lágrimas e eu as dela. Rimos como duas bobas. Olhei em volta em busca de Jessica, ela me abraçou chorando, foi uma das primeiras e depois sumiu do meu campo de visão.

—Foi muito difícil fazer minha garota parar de chorar quando você sumiu Bella. – Ben disse passando um braço pela cintura dela. Aquilo me surpreendeu um pouco, não lembrava de nenhum tipo de relação mais intima entre eles. – deixe que ela chore por estar feliz. – ele a beijou no rosto.

—Vocês estão juntos! – eu gritei. – Isso é tão bonitinho!

Ângela corou.

—Sim, Ben me ajudou muito quando você... – ela engasgou e me abraçou de novo.

—Está tudo bem, amiga. Eu estou aqui agora.

—Bem a tempo de se formar! – Maike comemorou.

—Vou precisar muito da ajuda de vocês para repor as matérias. – falei com uma careta.

—Podemos até fazer as provas por você Bella. – ele disse serio assentindo e eu tive que rir. Eles eram os melhores amigos que alguém podia ter.

Contrariando a vontade do meu pai, que queria que eu fosse para o quarto descansar, continuei a circular e a conversar com todos e a comer um pouco, sabia que não devia abusar porque meu estômago não estava mais acostumado com tanta comida, aos poucos voltaria ao normal. Um churrasco ocorria no meu quintal. Avistei Jessica próxima a algumas pessoas do colégio, mas não eram os que faziam parte da nossa turma. Pensando bem ela estava afastada da nossa turma o dia todo.

—Jess, posso falar com você? – a chamei. Ela pareceu tensa mais confirmou e me seguiu para a entrada da floresta que circulava a casa.

—O que você quer? – foi ríspida. Aquilo me desarmou, as vezes nós brigávamos por ciúmes ou qualquer coisa, mas essa atitude não era normal. Dei um passo para trás.

—Agora é amiga de outras pessoas. – comentei.

—Você sempre foi amiga de todos, porque eu não seria? Você sempre disse para eu ser mais simpática com todos. – seu olhos ficaram marejados conforme ela falava.

—Sim e fico feliz, mas nosso melhores amigos... não vi você falar com eles.

—Nós nos afastamos. – ela eu ombros fechando os braços em sua volta de forma protetora.

—Por que? – eu não entendia, desde do jardim de infância nosso grupo era composto por Ângela, Maike, Ben, ela e eu. Porque isso mudaria quando eu havia... morrido? Logo quando eles deviam estar mais próximos!

—O que aconteceu? Você morreu! Foi isso que aconteceu! – ela começou a chorar livremente. – A escola era um inferno sem você, as pessoas eram diferentes... parecia que você mantinha aquele lugar em sintonia, com uma energia boa... e sem você o lugar era ruim. As pessoas brigavam e caçoavam umas das outras. Só havia maldade nelas. Mike e eu terminamos, ele chorou por você, mas depois do primeiro mês todos seguiram suas vidas e eu não conseguia seguir... não conseguia entender como elas podiam agir da forma que agiam sem você aqui. – ela chorava muito. Me aproximei para abraça-la e ela se esquivou.

—As pessoas não podem ser dependentes assim de alguém. – disse seria.

—Você está falando como se eu fosse a bem feitora, salvadora. – ri descrente.

Jessica não parecia achar graça.

—Era o que parecia para mim. As pessoas se respeitavam na escola, nem todos eram amigos, contudo não haviam inimigos... sem você lá aquilo era horrível.

—Isso não explica porque deixou nossos amigos.

—Porque eles seguiram sem você e eu não conseguia e eles não me entendiam! – ela jogou os braços para o ar em frustração.

Ignorando sua tentativa de se esquivar de mim, eu a abracei mesmo assim. Ela ficou tensa no começo, depois relaxou em meus braços e voltou a chorar.

—Vai ficar tudo bem, Jess.

—Nunca mais morra. – ela sussurrou no meu ouvido.

Eu ri um pouco.

—Um dia eu vou morrer, todos vamos.

—Não assim... num acidente horrível... sem corpo para enterrar...

Continuamos abraçadas por um tempo, até ela se recompor o bastante para voltar para dentro. A reuni com nossos amigos e a tensão aos poucos foi se desfazendo.

Não era perfeito, mais era um começo.

(...)

—Não acredito que toda aquela gente ficou até tão tarde aqui em casa. -Charlie reclamou enquanto eu o ajudava a lavar a lousa e Renée varia o chão.

—Minha filha é muito querida. – Ela comentou.

—Todos se sentem responsáveis por ela... já que a mãe a abandonou. Toda a cidade sentiu quando ela foi dada como morta. – ele respondeu áspero.

—Pai por favor. – sussurrei. Ele bufou e nos deixou.

—Seu pai nunca vai me perdoar, Bella. – Renée veio para o meu lado.

—Não é para menos, né mãe? – debochei.

—não, não é. Ele vai me odiar ainda mais quando você vier comigo para a Califórnia.

—Eu não vou. – falei seria. Seus olhos azuis me fitaram em choque e descrença.

—Como assim não vai? – quis saber.

—Minha vida é aqui, meus amigos e família estão aqui; não posso deixar o Charlie!

—Você é minha filha! Tenho todo o direito sobre sobre.

—Você tinha esse direito, quando foi embora me deixando com meu pai para fugir com um adolescente. Sou quase adulta, tomo minhas próprias decisões, eu fico em Forks e você pode vir me ver quando quiser. – terminei meu discurso sem esperar uma resposta. Cruzei com Charlie na escada, ele ouviu nossa troca.

—Boa noite, pai, eu te amo. – sussurrei e o beijei no rosto. Segui pela escada direto para meu quarto.

Parecia exatamente como o deixei antes de ir a La Push naquele dia. Minha cama bagunçada, meus livros no chão aos pés da cama, um casaco jogado na minha cadeira de balanço. Para mim não parecia ter passado todo o tempo que se passou, e imaginar meu pai olhando esse quarto como se sua filha fosse voltar a qualquer momento, não tendo deixado ninguém mexer nele apertou meu coração. Não... eu nunca seria capaz de deixar meu pobre pai aqui sozinho.

Troquei as cobertas de cama, as do meu guarda roupa tinham o cheiro de limpinhas, juntei as roupas que estavam espalhadas em um canto, amanhã eu as colocaria para lavar.

Tanto havia mudando em minha ausência... eu me sentia praticamente a mesma, se não fosse as pessoas a minha volta agindo de forma diferente, elas sim tinham passado o inferno sem mim. Eu nasci de novo, constatei e isso sim era grande coisa e eu devia dar todo o valor adequado a essa informação.

—Sua vida nunca mais será a mesma, Bella. – falei em voz alta comigo mesma, logo que me joguei em minha cama. Quando fechei os olhos o rosto pálido de Edward brindou por de trás das minhas pálpebras e um sorri surgiu em meus lábios.

Edward...

No meio de toda essa loucura eu finalmente conheci você. Com certeza ele viveria para sermos amigos.

Só que a batida forte do meu coração ao imaginar seu rosto, me dizia que talvez ser amigos não fosse o bastante.

Na manhã seguinte os gritos dos meus pais me acordaram. Nem coloquei meus chinelos como devia, apenas corri escada a baixo e encontrei os dois aos gritos na cozinha.

—Você nunca vai tirar minha filha de mim Renée, eu a criei, eu a eduquei! – Charlie tinha o rosto vermelho com raiva.

—Esse fim de mundo não é bom para ela, Bella merece mais! – Renée gritava e gesticulava.

—E você acha que pode dar mais a ela? Mais amor? Você nunca a deu, nem quando morava com ela!

—PAREM por favor! – entrei entre os dois. Ficaram quietos de imediato, as expressões amenizadas.

—Desculpa, filha, não queria que você visse isso. – Charlie disse baixo.

—E eu não queria vocês brigando. Por que disso? – implorei.

—Seu pai não quer que você vá comigo. – Renée explicou, os olhos marejados.

—Eu não vou a lugar nenhum com você mãe. – falei seria.

—Bella...

—Não. Eu não quero saber disso, eu não vou me mudar. Aqui é meu lar, minha casa, e eu não vou embora com você. – tomei um gole de ar antes de continuar. – eu estou viva e bem, se você quiser ir embora com o Phill pode ir, eu vou ficar bem, já me acostumei com a sua ausência. – terminei pegando um pão em cima da mesa. – vou me arrumar para a escola.

—Se sente bem para voltar, garota? – Charlie perguntou.

—Sim, já perdi muito tempo. Depois vou para o hospital ver Edward.

—Vai passar o dia fora?

—Mãe, como eu disse, estou bem e você pode ir embora.

Quando bati a porta do meu quarto ouvi eles voltaram a discussão. Então a paz entre os dois só durava com a minha presença.

Recusei a carona de Charlie para a escola, ele me abraçou forte na porta de casa e eu corri para a casa de Maike para pegar uma carona com ele. A mãe dele abriu a porta, me convidou para o café e eu me vi aceitando. Eu os adorava.

—E quando você voltará ao trabalho Bella? – o pai de Maike me perguntou.

—Pai! Bella acabou de voltar dos mortos e você já quer empurrar trabalho nela! – Maike protestou.

—Na verdade eu ficaria muito feliz de ter meu emprego de volta. – sorri para eles. Eu trabalhava meio período algumas vezes por semana na loja de artigos esportivos dos pais de Maike.

—Então estamos certo! Quando você quiser é só passar na loja que acertamos tudo. Estou saindo querida!

Maike balançava a cabeça para o pai.

—Eu não acredito que ele fez isso. Me desculpe Bella.

—Eu estou mesmo feliz em ter meu trabalho de volta. – eu ri.

Ele revirou os olhos para mim.

—Isso é bom, estou cansado de fazer isso sozinho. – rimos juntos a caminho do carro dele.

—Vou precisar de carona por enquanto, eu não sei como minha picape está. – avisei.

—Estarei as ordens.

Era bom estar com Maike, ele não ficava me perguntando como era estar morta, porque eu não fazia ideia de como tinha sido. Já ele, sabia como era eu estar morta.

—Maike, foi tão ruim assim? – sussurrei. Não precisei especificar do que eu estava falando.

Ele respirou fundo antes de falar.

—No começo ficamos todos empenhados em te achar, tínhamos tanta certeza... então a marinha encerrou as buscas, continuamos a procura... mas com os dias passando, e mesmo com a maré baixa... não achamos nada. Então você foi dada como morta e houve um enterro.

—E Charlie?

—Ele não foi. Disse que a filha não dele não estava ali, não havia sentindo. Sua mãe chorou muito. Toda a cidade foi.

—Sinto muito que vocês tenham passado por isso. – sussurrei com um nó na garganta.

Ele pegou minha mão e a apertou.

—doeu muito Bella. Nunca mais quero sentir isso... queria dizer que ficamos bem o tempo, mas isso seria mentira. Sempre lembrávamos de você com saudade. Chegava a doer.

—E quanto a Jessica? Porque terminaram?

Ele bufou soltando minha mão. Havíamos chegado na área escolar e ele estacionou antes de responder.

—Jess foi a que mais sofreu, eu acho. Quando tentávamos superar um pouco, marcar uma festa na fogueira, um dia na praia... ir a Port Angeles... ela sempre era contra. Ela queria sofrer por você todos os dias, e tem mais; o clima da escola não ficou dos melhores, e ela não estava satisfeita. Eu não conseguia tirar-la desse mal, e se ficasse perto dela ela iria me arrastar. Então eu me afastei.

—E ela mudou de grupo na escola.

—Na verdade ela passou a defender aquelas pessoas. Eles são meio... deslocados, sabe?

Eu me lembrava, os CDF’S eram mesmo meio excluídos, mas nada de mais...

—As pessoas colocavam apelidos e implicavam com eles e eles não revidavam. Então Jessica passou a comprar a briga por eles.

—Você e os outros deviam ter ajudado. – Censurei.

Ele encolheu os ombros.

—Estavamos desesperados para superar você, Bella. E Jessica não queria e... foi estúpido, mas foi o que pareceu certo na hora.

Fechei a boca numa linha rígida, eu nunca concordaria com Maike.

Ben e Ângela nos esperava na entrada e todos os alunos me cumprimentaram pelos corredores, eu voltei as aulas normais, teria que fazer muitos trabalhos para completar minhas notas e todos se dispuseram a ajudar.

Jessica voltou a andar com o nosso grupo e eu fiquei feliz com isso.

—Bella? – ela chamou minha atenção no almoço.

—Sim?

—A escola parece... normal.

—O que você quer dizer? – olhei em volta. Todas as mesas estavam mais próximas, os NERD’S, as patricinhas, os rockeiros, os atletas...

—Ninguém está implicando com ninguém. E todos parecem amigos.

—Sempre foi assim Jess. – falei seria.

—Sempre foi assim com você aqui. Não era assim sem você. Eu acho que...

—Que o que?  - a incentivei.

—Acho que você traz harmonia por onde passa. Pensando bem, quando você foi para a Califórnia as pessoas brigavam mais. 

—Eu não entendo.

—Vou te mostrar. – ela prometeu.

Tivemos mais algumas aulas, e logo que fomos liberados ela me puxou para a secretaria.

—Espera aqui. – ela pediu e entrou. Fiquei olhando para janela de vidro. Jessica falou algo com a secretaria e apontou para a outra. A primeira ficou muito brava, e falou algo para a segunda que se levantou indignada. Parecia que uma discussão se iniciava.

—Entra! – Jess abriu a porta para mim.

—O que é isso? – sussurrei em pânico.

—A Senhorita Dilaurentis está tendo um caso como o marido da Senhora Filds. E eu acabo de contar. Vi os dois numa rua.

—E você joga uma bomba dessas assim?! – as duas estavam prestes a se baterem.

—Faça elas pararem.

—Como?! – Jessica tinha enlouquecido?

—Não sei, apenas tentei! Eu sei o que você faz, mas não como!

Sem entender o que ela queria dizer, chamei a atenção das duas.

—Senhoras! Por favor não briguem! – pedi. Ambas pararam imediatamente e me olharam.

—Bella! – A senhora Filds me reconheceu. A expressão voltando ao normal.

—Desculpe, não sei o que me deu. – a mais nova disse.

—Eu sei o que você deu. Deu para meu marido!

—Por favor não briguem! – pedi de novo.

Fiquei com as duas, e elas conversaram por vinte minutos de forma civilizada. Ambas se desculparam uma com a outra e prometeram confrontar o marido da senhora Filds.

—Jessica que enrascada você me meteu! – reclamei quando ela me deu carona para o hospital. eu iria ver Edward.

—Você entendeu o que eu quis dizer? Você apaziguou a situação, as fez conversar de forma civilizada numa situação que é quase impossível.

—Sou muito persuasiva. – revirei os olhos.

—É mais que isso Bella. Parece um dom. – ela disse simplesmente. – sempre, onde você está desde pequena as brigas são evitadas, as pessoas parecem mais simpáticas umas com as outras.

Tinha um pouco de sentido naquilo. Mas se fosse verdade, porque meus pais haviam se separado?

Claro que eu não tinha Dom nenhum!

E apaziguar uma situação tensa? Da onde isso era um dom?

—Obrigado pela carona Jess. – agradeci.

—De nada. Quer que eu venha te buscar?

—Não, eu peço ao senhor Cullen para me levar para casa. Até mais. – me despedi e segui para dentro do hospital, meu coração acelerando ao saber que veria Edward.

Era incrível como os jornalistas haviam sumido, nada como ter conhecidos na justiça, parabéns para o Cherife Charlie Swan.

Fui a recepção para me apresentar.

—Boa tarde, gostaria de visitar Edward Cullen. – falei com a senhora Webber, mãe da minha amiga Ângela.

Ela me olhou sobressaltada.

—Bella! Querida, você não deveria estar em casa descansando?

—Já descansei de mais senhora Weber. – falei com uma careta.

—Seus pais sabem que está aqui?

Por favor, eu tenho dezessete anos! Porque ela fala como se eu tivesse dez?

—Claro senhora Weber. – suspirei.

—você sabe onde fica o quarto de Edward, pode ir. – ela disse simplesmente voltando a sua revista.

—Obrigado! – me joguei em cima da mesa da recepção para lhe dar um beijo no rosto.

—Venha jantar qualquer dia conosco! – ela disse quando eu já estava no corredor.

—Certo, vou marcar com Ângela! – respondi sorrindo. Os pais de Ângela eram muito queridos por toda comunidade.

Hesitei na porta do quarto de Edward. Deveria bater? E se ele estivesse sozinho e dormindo?

—Bella! – Jane me cutucou por trás.

—Que susto Jane! – reclamei.

—Eu que deveria me assustar ao ter ver.- ela revirou os olhos abrindo a porta sem bater.

—Porque?- A questionei, mas a segui para dentro.

—Você é a garota fantasma. – disse simplesmente.

Edward estava acompanhado da irmã, Alice. Esta que segurava sua mão e conversava baixo com ele.

—Olha você tem visitas. – ela disse sorrindo para mim. Ele levantou a cabeça e nossos olhares se cruzaram. Era como ter borboletas no estômago. Eu quis me contorcer para que elas parassem de bater asas lá dentro!

—Eu trouxe Doritos! – Jane sentou na cama.

—Jane você não pode se jogar em cima do Edward assim! – Alice ralhou. Jane fez língua para ela.

—Oi Edward. – falei baixinho sem me aproximar. O que estava acontecendo comigo?

—É bom te ver Bella. Ver você bem. – ele sorriu. Me aproximei mais da cama, mando as borboletas estúpidas pararem quietas e fiz um carinho em seu rosto, como faria com qualquer pessoa próxima. Sua pele ainda era fria.

—Bom é ver que você está se recuperando.

—Os dois. Vocês passaram por poucas e boas. – Alice disse com falso alarde para nós.

—Como foi voltar para casa? – ele perguntou.

—Estava tudo como deixei. Como já disse parece que eu sai para La Push na semana passada, mas logo que cheguei a escola hoje percebi que o tempo passou. Perdi muita matéria. – fiz uma careta.

—Com licença. – Alice pediu se afastando com um pequeno aparelho celular no ouvido.

—Quando você terá alta? – o perguntei continuando com o carinho em sua bochecha. Ele parecia gostar, fechou os olhos sob o meu toque.

—Na semana que vem.

—Isso é bom, se o tempo estiver bom podemos fazer uma festa na fogueira! – comemorei.

—Eu acho que Esme vai querer arrastar Edward de volta ao Arizona assim que possível. – Jane disse comendo o salgadinho. – Vocês querem?

Ambos negamos com a cabeça.

Eu não tinha pensado nisso, Edward não morava em Forks, ele teria que voltar a sua cidade alguma hora.

Aquilo me deixou triste.

Antes que pudéssemos falar sobre nosso eventual adeus, Alice voltou com lágrimas nos olhos.

—Alice? – Edward se sentou.

—O que houve? – perguntei.

—O avião do meu namorado... ele caiu! Caiu no México e parece que não há sobreviventes! – ela se jogou na cadeira do acompanhante com a cabeça entra as mãos. Eu estava em seu lado em um segundo, passando as mãos pelos ombros dizendo que tínhamos que ligar para as autoridades, algo devia estar sendo feito, tinha que ter sobreviventes...

Eu falei sem parar, minhas palavras de consolo se perdendo com seu choro que foi se tornando silencioso.


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Notas finais do capítulo

Então?! ainda tem leitores ai que não queiram me matar? a pausa foi necessaria gente, mas agora voltei com tudo! quem ai acha que a Bella tem um Dom? e o avião do namorado da Alice, que é o Jasper caiu... no Mexico! hum... ai tem coisa, vou adiantar kkk
bjs espero ver vcs nos comentários, tbm podem me procurar nas redes socias; missthayy no twitter e missthay no instagram >