Fireflies escrita por Mothra


Capítulo 1
— Feliz aniversário, Dai-chan ✳


Notas iniciais do capítulo

Finalmente postando a oneshot de aniversário do Daikilindo, meu amor. Mas essa fic é especial, é um presente não apenas para o fandom, mas para a linda da Shinitai, esse Anjo na minha vida, tão linda e importante, sempre presente na minha vida nas nossas conversas loucas sobre os otps lindos. Queria poder te abraçar, mas como não posso, espero que este singelo presente faça você sorrir no seu dia especial. Feliz aniversário, Angel. Sua linda. ♥

Boa leitura e espero que gostem! Nos vemos lá embaixo.



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Todo dia 31 de agosto era uma data muito especial para Momoi Satsuki. Era o aniversário de uma das pessoas mais importantes de sua vida; de um amigo que a conhecia desde a infância, de seu maior confidente e parceiro. Era o aniversário de Aomine Daiki e data sempre a deixava ansiosa, pois a cada ano tentava surpreendê-lo de forma diferente e dessa vez, ela estava sem ideias.

Principalmente porque Daiki estava realmente desanimado. Sempre que as férias de verão acabam antes do seu aniversário, o desânimo se apoderava dele. A volta às aulas depois da folga prolongada também o enchia de preguiça. E tédio, muito tédio.

Sequer tivera tempo para encontra-lo no intervalo, para perguntar se ele queria fazer algo depois que saíssem da escola, pois ela e Aomine foram sequestrados pelo time de basquete de Teiko que improvisaram uma festinha para ele com bolo e algumas guloseimas, apenas para não deixar a data passar em branco.

Akashi, Midorima e Murasakibara foram os primeiros a parabeniza-lo por mais um ano de vida. Nijimura agradeceu pelo bom trabalho dele com a equipe e os demais o saudaram, sempre avançando em abraços e felicitações. Alguns murmuravam coisas sobre o moreno ser sortudo demais por ser bom em basquete e ter uma namorada bonitinha como ela, e os comentários a deixava envergonhada enquanto balbuciava que não eram namorados, mas melhores amigos.

Melhores amigos. Para a vida toda.

Depois do horário escolar o treino ocorreu normalmente, estendendo-se um pouco mais porque os times reservas de Teiko também vieram parabenizar o ás da equipe principal, cantando parabéns e desejando aqueles clichês de aniversário. Depois de tudo aquilo, Aomine só queria ir pra casa. Estava cansado, resmungando igual um velho enquanto faziam o caminho de volta. Satsuki só ria e provocava, dizendo que a tendência agora que ele finalmente tinha treze anos – ela era mais velha que ele apenas alguns meses.

— Falando nisso, você ainda não me deu parabéns, Satsu. – apontou, encarando-a com um olhar inquisidor.

Ela sorriu.

— E nem vou dar! Você já ganhou parabéns de um monte de meninas hoje na escola. – comentou, agora fazendo beicinho ao cruzar os braços abaixo do busto já avançado para alguém de sua idade.

— Mas nenhuma delas é que nem você. – disse, displicentemente, agora fitando o céu escuro e estrelado.

Por uma razão desconhecida, Momoi sentiu as bochechas enrubescerem diante daquelas palavras. Forçou uma risada afetada, e o cutucou na costela com o cotovelo, brincando.

— P-Para com isso, Dai-chan. Seu bobo...

O moreno forjou uma careta de dor com o golpe por puro teatro, e levou ambas as mãos para a nuca, suspirando.

— É verdade. Você é minha melhor amiga. Eu nem conheço aquelas garotas e nem quero conhecer. São todas estranhas demais, e só fingem gostar de basquete. Você sempre gostou. – disse, com aquele sorriso sincero quando falava sobre o esporte que amava. – Acho que você gosta mais de basquete do que eu.

— Isso é impossível. – redarguiu. – Mas realmente gosto de basquete. E amo ver você jogar... – a última frase ela disse mais baixinho, para não alimentar o ego alheio.

— No próximo jogo vou dedicar uma das minhas enterradas para você-! —começou, levando a mão rosto levemente corado, para que ela não visse aquela expressão.

Mas Satsuki já não estava mais ao seu lado, e sim vários passos em sua frente, e provavelmente não tinha ouvido uma palavra sequer do que tinha dito. Uma pequena parte dele se sentiu aliviado por isso.

— Olha, Dai-chan! – apontou em direção ao rio que acabaram de atravessar na ponte.

— O que?

Mesmo olhando, ele não conseguiu ver o quê quer que fosse que lhe era mostrado. A gerente de Teiko bufou e recuou seus passos até ele, tomando uma de suas mãos ao puxá-lo.

— O-Oe, Satsu?! O que você tá fazendo?!

— Você tem que ver isso!

Continuou a puxar o amigo de infância, descendo pela barragem gramada até alcançar a margem do rio. Ainda estava com a mão atada à dele quando o fitou por alguns segundos, reparando o quanto ele havia crescido, já era um palmo mais alto que ela e ainda ia crescer ainda mais. Poderia passar horas olhando para ele, segurando aquela mão cujo calor emanava e aquecia a sua, com todas lembranças da vida deles até ali reverberando em sua mente. Se não voltasse a si ouvi-lo chamar seu nome.

— Ahn?! – desvencilhou a mão da dele rapidamente, no susto. – Desculpa, me distraí...

O olhar desconfiado dele caiu sobre si.

— É sério. – estreitou os olhos para ele. – Era isso que eu queria te mostrar, olha!

Na margem do rio, várias pequenas luzes piscavam na escuridão. Luzes que voavam e se aproximavam deles, irradiando aquela fraca iluminação verde e amarelada, um pequeno festival de luzes especialmente para eles. Um sorriso largo tomou conta dos lábios de Daiki, que fascinado, deixou ambas as mochilas – dela e dele – na grama e se agachou para apreciar aquele espetáculo tão singelo da natureza. Satsuki o acompanhou.

— Que legal. Fazia tempo que não via vagalumes. – sussurrou, alternando seu olhar entre ela e os vagalumes.

— Eu também! Essas luzes são tão bonitinhas. – estendeu a mão para pegar um deles, mas o vagalume foi mais rápido.

Então, calaram-se. Passaram alguns minutos em silêncio, apenas admirando a paisagem e os vagalumes que voavam acima do rio, e próximo deles. Juntos, como sempre estavam. E sempre estariam. Principalmente em datas tão importantes como essa, um dos seus dias preferidos de seus anos, o aniversário dele.

— Feliz aniversário, Dai-chan... – proferiu baixinho, atraindo a atenção dele. Avançou e depositou um beijo estalado na bochecha dele, de súbito, deixando-o atordoado. E ergueu-se, distanciando dele. – Agora vamos, ou vão acabar se preocupando com a nossa demora!

Aturdido, Daiki a fitava, enquanto ela batia as mãos contra a saia para tirar qualquer sujeira alojada ali. A pele da bochecha onde ela beijara queimava, mesmo que o contato fosse macio, cálido e quente, tudo ao mesmo tempo. E muito gostoso. Era engraçado pensar assim agora, pois odiava os beijos que ela lhe dava quando eram menores.

— Oe, espera aí. – falou, após limpar a garganta e a também a cabeça, daqueles pensamentos novos e confusos. Pegou as mochilas e foi atrás dela. – E o meu presente?

Satsuki andava com as mãos nas costas, virando-se apenas para mostrar língua para ele.

— Que presente? – indagou, divertida.

— O meu presente de aniversário. – estreitou os olhos azuis para ela.

— Ahhh... Talvez tenha alguma coisa te esperando em cima da sua cama, em casa.

Daiki arregalou os olhos. Ele estava brincando, mesmo sabendo que todo ano ela lhe presenteava, não é como se cobrasse isso dela. Encheu-se de expectativas enquanto a curiosidade lhe arrebatava.

— O que é? – questionou, usando o tom desinteressado para mascarar sua curiosidade.

— Se-gre-do!

Passaram o restante do caminho de volta conversando sobre coisas triviais, e sempre que via alguma oportunidade, ele perguntava sobre o presente. Ela quase deixou escapar duas vezes, mas deu socos nele para se vingar. Foram direto para a casa dele, onde eram esperados para uma festinha secreta entre suas famílias ali reunidas. Após cantarem parabéns – mais uma vez naquele dia – para ele, recebeu as felicitações de seus pais e dos pais de Satsuki e então se esquivou e subiu para seu quarto.

Realmente havia algo em cima da cama. Uma bola de basquete novinha, apenas com uma fita vermelha enrolada e um bilhetinho escrito à mão por ela. Não tardou em descer e ansioso em testar a bola novinha, a desafiou para um mano-a-mano.

E juntos, passaram horas jogando basquete, numa disputa ferrenha.

Daiki estava feliz pelo dia ter terminado de tal forma.

Com ele feliz, passando o aniversário com a sua pessoa preferida do mundo, fazendo algo que ambos amavam.


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Notas finais do capítulo

Aqui estamos, outra vez, com o otp supremo! Antes, deixa eu esclarecer algumas coisas: não citei nem o Kise e nem o Kuroko porque esse é o primeiro ano em Teiko, Kuroko entrou depois e Kise entrou só no segundo ano.
O Aomine pode soar um pouco ooc, mas lembre-se que ele era todo amorzinho antes do último campeonato em Teiko. Fora isso, acho que está tudo ok. Enfim... Espero que tenham gostado, eu achei que ficou bem simples e bobinho, mas acabei gostando do resultado. Se você gostou, deixe um comentário e faça essa autora feliz! Beijos apimentados, e até a próxima! ♥