Ressaca escrita por MTz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Abriu os olhos calmamente e depois se arrependeu de ter feito o mesmo A luz do sol da manhã que entrava pela janela lhe causava um incomodo nas vistas. Uma forte dor de cabeça resolveu aparecer, ou talvez já estivesse ali, ou talvez... Não sabia e nem ao menos queria saber quando começou, apenas o fato de pensar estava aumentando a sua dor de cabeça.

Quando finalmente se acostumou com a luz do ambiente, observou o ambiente a seu redor. Estava em um quarto enorme. O assoalho de madeira no local era tão limpo que parecia com espelho, havia apenas um criado mudo ao lado do que parecia uma porta de saída.

Sentiu uma rajada de vento entrar pela janela e de repente um arrepio de frio percorreu todo o seu corpo. Com uma mão alisou seu corpo, percebendo então que não estava usando roupa. Em um pulo saltou da cama que estava. O que não ajudou em nada sua dor de cabeça.

O movimento brusco, a dor de cabeça e a forte tontura que lhe atingiu fizeram com que seu estômago embrulha-se. Olhou o mais rápido que conseguiu e enxergou uma porta onde estava escrito "banheiro". Correu de forma meio cambaleante ate o mesmo. A primeira coisa que pensou foi a pia e então o pobre móvel foi inundado por vômito.

Ficou de 3 a 4 minutos naquele momento que julgou ser o mais horrível de sua vida. Após isso lavou seu rosto e encarou-se no espelho. Ela conseguiu ver seus olhos um pouco vermelhos e no fundo, lábios inchados e o rosto "amassado" de dormir. Nem parecia que ela era a taicho do segundo esquadrão do gotei 13.

Soi fong repreendeu-se mentalmente pelo estado que se encontrava. Era inaceitável uma mulher como ela se encontrar naquela ocasião. O que os outros Taichos iriam pensar? O que o Soutaicho iria dizer? O que Yoruichi-sama iria falar?

Aproximou seu rosto do espelho para enxergar melhor suas olheiras e acabou enxergando mais do que devia. Aquilo definitivamente piorava a situação. Ela possuía um CHUPÃO no pescoço. Quer dizer que passará a noite com alguém?

Quem teria sido o pilantra, cafajeste, canalha e próximo corpo morto que ousou tocar nela enquanto estava bêbada? Quem fora o ser nojento e insignificante? Para começar por que havia bebido na noite anterior? E o quanto bebera?

Resolveu parar de fazer perguntas internas pois isso somente aumentava a sua quase insuportável dor de cabeça. Voltou então a analisar seu corpo e encontrou diversos roxos nas regiões dos seios, barriga, parte interna das coxas e pescoço, assim como também achará uma pequena marca de mordida em sua orelha.

Suspirou derrotada imaginando a confusão que iria se meter quando saísse dali. Observou melhor o banheiro em que se encontrava e achou uma toalha desdobrada em cima da privada. Tocou a mesma e viu que ela se encontrava seca, ou seja não fora usada. Usou a mesma para limpar seu rosto, quando de repente ouviu barulhos vindo do box atrás de si. Se colocou em posição de luta e esperou.

A porta se abriu vagarosamente e surpreendeu Soi fong ao ver quem estava dentro daquele box.

— Kuchiki Taicho? - disse ela vendo um Byakuya levando a mão a cabeça.

— O que aconteceu? -  Disse ele tentando situar-se com a situação.

            Soi Fong não conseguiu prestar atenção no homem a sua frente. Sua cabeça tinha outras "trocentas" duvidas. Como Byakuya estava ali? Onde era "ali"?Como chegará a essa situação? Por que estava nua? Será que passará a noite com ele?

            Percebeu que conseguiria sanar a ultima pergunta que fizera em sua mente. Respirando fundo e olhando firme para o rosto do taicho a sua frente abrirá a boca para realizar uma pergunta, porém, nenhum som foi emitido, até porque não precisara.

            O olhar da líder do segundo esquadrão saiu dos olhos do homem em direção ao pescoço do mesmo, onde enxergou dezenas de roxos, provavelmente provenientes de chupões, descendo o olhar mais um pouco, enxergou o peitoral forte e desnudo dele mostrando mais alguns arranhões, sendo que um deles destacava-se por ser bem ao centro do corpo do moreno.

            — O que você faria se eu lhe arranhasse... - disse Soi Fong, sentada em cima de Kuchiki, arranhando ele com uma força bem maior quase fazendo-o sangrar - ...assim, Ku-chi-ki?. - sussurrou ela no ouvido do homem, que deu um pequeno gemido misto de prazer e dor.

            A imagem na sua cabeça da noite anterior responderá sua ultima pergunta. Sim, ela realmente passará a noite com Byakuya. Corou com a lembrança e desviou o rosto.

            - Você poderia colocar uma roupa Kuchiki? - perguntou Soi Fong.

—--------------------------------------------------- Quebra de Tempo -------------------------------------------------

            Ela estava sentada na beirada da cama enrolada na toalha que tinha usado antes para secar o rosto. A situação agora encontrava-se quase tão constrangedora quanto a anterior. Ambos estavam sentados na cama, um ao lado do outro. Ela enrolada na toalha tentando pensar em alguma possibilidade de aliviar a tensão que o ambiente se encontrava, enquanto ele estava apenas de cueca, pois fora a única peça de roupa que achará no quarto.

            - o que você se lembra da noite passada? - perguntou Byakuya.

A voz dele estava rouca, mais que o normal. Pensou que provavelmente seria alguma "reação" da bebedeira da noite passada. Seu cérebro tomou o rumo para outros assuntos e perguntas, como por exemplo: "A voz dele sempre foi sexy assim?", " Como será o som do meu nome com a voz dele?", " Será que ele beija bem?"... Balançou a cabeça como forma de afastar tais pensamentos e se xingou pois estava parecendo uma adolescente idiota apaixonada.

— Soi Fong! - ele falou novamente, tirando-a dos pensamentos.

— O que foi? - perguntou ela, um pouco áspera.

— O que você se lembra da noite passada? - repetiu ele

            - Pouca coisa - ela falou sem encará-lo - acho que só me lembro de como fiz este arranhão em seu peito.

            Ela sentiu os olhos dele sobre si. Com cautela olhou para ele. Os olhos cinzas de Byakuya mostravam surpresa e confusão, ela pensou que isso deveria ser pelo fato em ela admitir o fato de eles realmente terem se envolvidos na noite passada. Alguns segundos depois o olhar dele estava distante, como se ele se lembrasse de algo.

            A capitã desviou seus olhos para o rosto dele. Kuchiki Byakuya era o que todas as mulheres de homem perfeito, e ela precisou concordar com o fato. O maxilar fino, os lábios pouco expostos e quase sempre crispados, as sobrancelhas sempre sérias e o olhar frio dos olhos cinzentos, realmente lhe deixam muito atraente e, todos esses itens somados aos lindos, sedosos e macios cabelos do homem realmente o deixam muito perto da perfeição. A única coisa que, na opinião de Soi Fong, estragava a aparência do capitão eram aquelas porcarias de presilhas de cabelo. Fala sério, aquilo realmente tinha que ser daquela cor?

            - Corredor - Disse Byakuya, fazendo, novamente, ela cortar seus pensamentos.

            - O que? - perguntou a capitã.

            - Eu me lembro de alguma coisa acontecendo no corredor - falou ele se levantando de forma rápida.

            Ela observou ele caminhar até a porta. As costas dele estavam mais arranhadas que o peito, principalmente na região dos ombros, onde havia até marcas de sangue. " Será que eu sou tão sanguinolenta assim ?" pensou a mulher.

Byakuya abriu a porta e olhou para o lado de fora. Virou sua cabeça a esquerda e enxergou tudo em seu devido lugar, porém ao virar para direita pensou que talvez tivesse passado alguma espécie de furacão ali dentro. Havia diversos vasos quebrados, que antes eram a decoração, quadros no chão e até mesmos paredes amassadas.

— Mas que merda... - falou ele passando as mãos no cabelo sem acreditar.

— O que foi? - Soi Fong falou ao se aproximar do lado dele. Ao olhar para o corredor ficou surpresa.

A mulher empurrou Byakuya contra a parede logo após passar pela porta que dava acesso a um corredor não muito largo. Assim que ele bateu as costas na parede ela lhe beijou violentamente, colocando as mãos em seus cabelos. Ele a abraçou e a levantou, segurando-a pela bunda, enquanto ela colocava as pernas em sua cintura. Ele se moveu, saindo da parede, somente para a fazer bater em mais alguns vasilhames de flor que havia em cima de um criado mudo. Ambos acabaram rindo alto e depois continuaram seu caminho até o quarto, derrubando diversas coisas.

— Merda - ela falou após a lembrança

— Você também lembrou? - ele perguntou e ela corou.

— Por que nós bebemos ontem? - ela perguntou tentando puxar o motivo em sua memória.

— Se não me engano era aniversário de Urahara Kisuke e Yoruichi organizou uma festa - ele respondeu voltando a cama e se deitando.

Ela se lembrou, então deu um sorriso fraco. Realmente era verdade, o sabugo de milho estava de aniversário na noite anterior e Yoruichi preparou uma grande festa. Soi Fong lembrou que ela não estava bebendo, até que Urahara pediu Yoruichi em casamento na frente de todo mundo e ela aceitou. Aquilo acabou com ela.

— Não sabia que você bebia Shaolin – uma voz ao seu lado se fez presente.

Girou sua cabeça para encontrar a única pessoa que, nem que Soul Society explodisse, imaginou na festa de Urahara. Definitivamente Byakuya Kuchiki não era o cara que esperava encontrar em um lugar daqueles. Não que estava esperando encontrar alguém, longe disso, hoje queria mais é ficar sozinha, mas o grande Lider do Clã Kuchiki, um dos membros mais nobres de toda a Soul Society era algo que chamava a atenção de qualquer pessoa, ainda mais com aquela vestimenta.

Byakuya usava uma calça de linho preta, uma camisa social preta com um botão aberto e com a gola voltada pra cima, o que mostrava certa rebeldia para Soi Fong, para fechar os cabelos deles estavam soltos. "Droga, você é muito gostoso Kuchiki Byakuya" ela pensou maliciosamente, já efeitos da alta quantidade de álcool em seu sangue.

— Hoje eu estou de folga - ela respondeu voltando a atenção a sua bebida.

Ele não conseguiu deixar de observar a capitã e o quanto ela estava bonita. Soi Fong utilizava um vestido, que era totalmente colado ao seu corpo, na cor vermelha com diversos desenhos em volta, o corte na lateral do vestido no sentido vertical deixava a mostra suas lindas pernas, dando-lhe um ar ainda mais sexy. Ele nunca imaginava que aquela mulher possuía tais "atributos", sempre a vira dentro das fardas e não pensara que ela podia ser de fato feminina.

— O que você está achando da festa? - perguntou ele tentando puxar assunto. Notou que enrolou a língua mais do que devia, percebendo assim seus sinais de embriaguez.

— Um porre! Não tem porcaria nenhuma para fazer aqui, alem de beber é claro - ela falou irritada.

— Eu posso achar algo interessante para fazermos - respondeu ele maliciosamente e logo após se repreendeu mentalmente por não ter tido alto controle o suficiente.

Ela ficou um pouco surpresa, mas depois deixou um sorriso escapar. Pegou a garrafa de whisky, agora pela metade e dividiu igualmente em dois copos, entregando um a ele e ficando com o outro.

— Espero que você não me decepcione, Byakuya - falou ela brindando os copos.

— Que merda! - resmungou ele bravo.

— Que foi? -ela perguntou.

— E você ainda pergunta? - ele falou sarcástico.

— Kuchiki, fazemos assim, já que você odiou essa noite passada, esquecemos isso e vivemos normalmente. Está bom pra você? - ela perguntou irritada.

— Não me entenda errado Shaolin - ele falou levantando o corpo da cama - Eu não estou bravo porque eu odiei nossa noite, eu estou bravo porque minha zampakutou diz pra mim que eu tive uma das melhores noites de toda a minha vida e eu nem consigo lembrar - ele falou surpreendendo ela. Ela tentou formular algumas palavras, mas nenhum som saiu de sua boca.

— Quer dizer que você gostou? - ela perguntou após alguns minutos.

— Soi Fong olhe pra você - ele falou como se fosse óbvio - Você tem um belo corpo, olhos lindos, é inteligente, forte, tem uma sensualidade que eu nunca vi em outras mulheres - a cada elogio dele ela corava - por que eu não iria gostar? - ele falou no fim.

Ela o viu baixar a cabeça e ralhar mais uma vez consigo mesmo. Ela não conseguiu evitar um sorriso. Seu humor parecia renovado. Há quanto tempo não era elogiada desse jeito? Há quanto tempo não era desejada assim? O sorriso em seus lábios foi crescendo. "Como é bom se sentir" assim pensou ela, e meio que entendeu o que Yoruichi sentia quando estava com o sabugo de milho.

Ela deixou cair à toalha que antes cobria seu corpo e, silenciosamente, começou a se aproximar do capitão. Colocou as duas mãos em seu rosto e o fez levantar a cabeça. Após isso lhe deu um beijo, lento e cheio de desejo, inconscientemente sentou-se no colo dele. Quando se separaram, ela falou:

— Talvez se fizermos de novo, você se lembre - ela falou e sorriu maliciosa, assim como ele.


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Notas finais do capítulo

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