Memórias do Outono escrita por Maxine Sinclair


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa, então aqui está mais um capítulo dessa linda história do Aaron com sua pequena Abby... Tenham uma boa leitura.



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Seus olhos, nariz e lábios
Seu toque que costumava me tocar
Até a ponta dos seus dedos
Eu ainda consigo te sentir

Mas como uma chama queimando
Queimou e destruiu
Todo o nosso amor
Isso dói tanto, mas agora eu te terei como uma lembrança

Eyes,nose, lips – Taeyang

— Senhor Carter — o empregado de Aaron tentava acordá-lo, mas só escutava o chefe resmungar. — Senhor Carter, são 10h30.

— O quê? — A luz invadia seu quarto, enquanto sua cabeça doía. — Já estou me levantando.

— Eu achei que o senhor já havia saído e vim arrumar o quarto, então vi que ainda estava dormindo. Sinto muito por te acordar.

— Sem problemas. Sabe se Abby já foi para a escola?

— Hoje ela entra às 11h e sai às 15h. Terá um projeto por lá, por isso o horário. A Srta. Debra ligou dizendo que só vai poder vir mais tarde.

— Tudo bem. Peça para que arrumem minha filha para que eu possa levá-la.

O funcionário ergueu as sobrancelhas e deu um leve sorriso.

— Sim, Senhor, e vou preparar o café. — Por mais que quisesse, não fez as perguntas que sentiu vontade de fazer.

— Obrigado.

Aaron se levantou. Nem sabia como fora parar em sua casa, só se lembrava de que havia bebido muito e se divertido em uma noite como nunca havia em seus 26 anos. Tomou um banho e desceu. As escadas pareciam bem maiores que o normal. Ele se sentia um pouco zonzo.

Foi em direção à cozinha e viu sua adorável filha. Seus cabelos lisos loiros desciam até abaixo da cintura. Sua cabeça estava enfeitada com um arco cor-de-rosa com uma flor feita de tecido de um cor-de-rosa mais escuro na lateral.

Ele se aproximou da filha e se ajoelhou, pensando em como tinha feito algo tão lindo como ela. Como nunca sequer lhe deu atenção? Decidiu que tinha que começar do zero. Tinha que seguir os conselhos de Debra, o seu admirável anjo da guarda.

— Abby, eu quero te pedir desculpas pela outra noite. O papai estava de cabeça quente e não queria ter gritado com você. — Aaron não sabia como demonstrar seus sentimentos. Seu sorriso saiu um pouco triste ao ver como a filha estava assustada com seu gesto. — Eu amo você e sempre vou amar. Me desculpa se alguma vez não demonstrei. Quero começar do zero. Posso te levar à escola?

Ele sabia que ela não entenderia o que seria começar do zero, mas ela ao menos entendeu seu pedido de desculpas, então sorriu e passou sua pequena mão em seu cabelo castanho macio e o abraçou.

— Eu também te amo, papai, e eu vou amar que me leve à escola.

Os olhos de Aaron ficaram embaçados com as lágrimas que decidiram querer sair. Todavia, ele se segurou e se sentou para tomar café da manhã junto com sua pequena filha. Logo se levantou e a levou para a escola.

Enquanto ele dirigia, notou que a pequena o olhava, e quando ele a fitava, ela se virava para o outro lado com um sorriso travesso. Era empolgante vê-la feliz com um gesto tão pequeno como o fato de levá-la à escola. Era como Annie lhe dissera uma vez: Pequenos gestos, grandes atitudes. Sua esposa fora tão boa, e ele estava começando a ver isso em Abby. Quando chegaram ao destino, ele fez questão de levá-la até sua sala. Abraçou Abby e deu um beijo em sua testa.

— Se comporte, mocinha.

— Sim, papai.

Ela entrou na sala aos pulos, e a Senhorita Margareth veio na direção de Aaron.

— Vejo que está se saindo bem, Senhor Carter.

— Estou tentando ser melhor por ela.

— Annie estaria orgulhosa.

Ele percebeu a sinceridade em seus olhos e palavras.

— Obrigado, fico contente com isso — ele disse, e ela sorriu. — Se me perdoa, tenho que ir ao trabalho.

— Claro.

Seguiu direto para seu escritório e lá passou a maior parte de seu tempo. Pouco depois se lembrou de sua reunião, que estava prestes a começar. Era sua última chance de mostrar o que tinha preparado durante semanas, porém tinha estado em seus planos havia muito tempo.

Logo quando entrou na sala de reuniões, notou que todos os investidores estavam lá, com todas as atenções nele. O presidente também compareceu, o que o deixou um pouco assustado e nervoso.

Eles já tinham lido a proposta do hotel. Levou uma hora sua apresentação do projeto, e finalmente, depois de toda a exposição, começaram as perguntas.

— Por que quer tanto investir em um prédio tão antigo, Senhor Carter? — o representante perguntou.

— Por mais velho que ele seja, me identifiquei com o mesmo, e meu instinto diz que ele só precisa de uma chance para desabrochar.

— Sabe que terá que investir muito nele.

— É aí que está. As estruturas de apoio, de acordo com os especialistas que contratei, estão impecáveis. Eu posso preservá-las e somente fazer ajustes.

— E acha mesmo que dará certo?

— É claro! Por ser antigo, ele chamará muita atenção, e quero alcançar bem mais longe. Minha meta é fazer dele um ponto turístico.

— Sabe que isso é muito difícil.

— Sim, porém não há nada que seja impossível. Se não conseguir, pelo menos tentei — declarou convicto.

— Sabe que isso é algo muito ousado, Senhor Carter — após uma hora de reunião, o presidente falou pela primeira vez. Aaron, por mais que estivesse ansioso, não podia demonstrar nervosismo.

— Sim, mas é o que eu penso e quero tentar, se o senhor aceitar.

— Eu nunca vi alguém tão seguro de si. E falar tal coisa, almejar fazer de um prédio antigo e abandonado um ponto turístico e um lugar onde muitas pessoas e investidores queiram ficar... — Todos o olharam. Os concorrentes davam sorrisos mesquinhos. Então ele continuou: — Por mais que tenha chegado atrasado e sua ideia seja algo difícil de se realizar, eu aprovo sua ideia. Entre todas que tivemos aqui, a sua é a mais arriscada, mas gosto de sua convicção.

Todos se levantaram, e o presidente apertou a mão de Aaron. Ele quase não podia se controlar, estava completamente feliz.

— Parabéns, Senhor Carter.

— Obrigado, Senhor Bane.

Aaron mal podia acreditar, e por mais que precisasse haver uma avaliação in loco do prédio para a aprovação da obra, ele se sentia bem por sua ideia pelo menos ter sido aceita. Assim que a reunião se deu por terminada, Aaron foi atrás de Scott para contar as boas novas.

— E aí, como foi?

— Consegui.

Ele arregalou os olhos.

— Sério mesmo? Parceiro, você é foda. De verdade. Meus parabéns.

— Obrigado, Scott. Eu não teria conseguido sem você.

— E como está?

— Minha cabeça está doendo, hoje a escada parecia estar bem maior do que o normal, e a luz me incomodou. Acho que isso é o que chamam de ressaca.

Scott deu uma gargalhada.

— Sim, isso é a famosa ressaca.

Aaron olhou para o relógio.

— Tenho que ir, hoje é o dia.

— Ah, você vai ao túmulo?

— Sim. Tenho que pegar as flores.

Ele passou em sua casa e trocou de roupa. Quando chegou ao cemitério, tinha poucas pessoas por lá, e ele foi até onde Annie fora enterrada. Lá já havia flores – margaridas, que Annie amava por seu significado. Colocou o seu buquê perto das que já habitavam ali e, como sempre fazia, começou a conversar com o túmulo. Não que ele achasse que ela escutaria, porém aquilo aliviava a sua alma, e ele não se sentia sozinho.

— Olá, meu amor. Eu não estava muito bem com a Abby. Errei com você e me sinto péssimo com isso e por ter sido um péssimo pai. Espero que me perdoe. Sabe, é muito difícil ficar sem você. Já me chamaram de louco por ter me fechado tanto e sempre vir conversar com você, mas eu nunca deixei de te amar e sei que pode me escutar. — As lágrimas encheram seus olhos como uma represa querendo jorrar. — Queria tanto que estivesse aqui... Abby está cada vez mais parecida com você, é loirinha e seu cabelo já está na metade das costas... Ah... hoje a levei à escola pela primeira vez. O rosto dela se iluminou tanto! Vou preparar um aniversário para ela. Lembro-me de quando você viu Abby em seus braços pela primeira vez. Você me deu o maior tesouro que eu poderia ganhar. Obrigado por tudo o que fez por mim, por ser amiga, companheira e por ter me dado tanto amor.

Piscou duas vezes após secar as lágrimas.

Eu estou ficando louco? Talvez, mas não posso deixar de vir sempre contar a ela o que acontece, lhe revelar as minhas dúvidas. É difícil ser um pai, já que nunca tive um presente. A única forma de amor que senti direcionado a mim foi a de Annie.

— Senhor Carter, que bom ver que o senhor ainda vem aqui — uma mulher de cabelos brancos disse, e Aaron a reconheceu. Era a amiga da mãe de Annie.

— Veio visitar seu irmão? — ele perguntou, recompondo-se.

— Sim, ainda sinto muita falta dele. Eu vim mais cedo, mas senti que tinha que vir aqui.

— Veio mais cedo? Será que a senhora viu quem pôs as margaridas aqui? — indagou curioso.

— Sim, foi aquela jovem ali. — Ela apontou com um sorriso simpático. — Ela sempre faz isso.

Ele ficou completamente surpreso ao ver quem era e perplexo por ter sido Debra a colocar as flores. Uma moça tão jovem indo em um lugar como aquele... Ele não podia perder a oportunidade de tirar todas as informações que precisava.

— Então sempre quem coloca as flores aqui é ela?

— Sim. — A mulher respirou fundo e continuou a falar com paixão sobre a morena: — Sabe, Aaron? Ela é uma ótima moça, pena que perdeu seus pais tão cedo... O anjo.

— E por que a chamam de anjo?

— Quando a sua mãe engravidou da garota, era jovem e vivia cuidando do pai, que estava muito doente e infeliz. Assim que Debra nasceu, o pai da mãe dela ficou muito contente. Ela foi a felicidade dele por um ano. O Senhor Gabriel faleceu feliz. Dizem que ela veio ao mundo para trazer alegria a ele. — Ela respirou fundo novamente e parecia triste ao se lembrar do senhor de quem acabara de falar. — Aí a mãe, o pai, o irmão de Debra e a menina se mudaram para o Brasil e, quando voltaram para cá, sofreram um acidente, e só ela e o irmão sobreviveram. Ela tinha apenas seis anos. Sua vida foi marcada por tragédias, e agora, por algum motivo, ela ajuda as pessoas. Por isso colocaram nela o apelido de Anjo.

— Ela demonstra tanta alegria.

— Sim, dizem que ela está em busca de um grande propósito.

— Propósito?

— É o que dizem. O avô dela era muito amargurado por não ter tido a mulher que amava, e com a sua doença, ele afundava cada vez mais no abismo da depressão.

— Nossa, e o nascimento dela o fez esquecer sua amada?

— Nunca, mas ela foi um dos pedaços que faltavam em sua vida, trouxe a felicidade que ele não sentia desde a perda da amada.

Aaron entendeu que a amada era aquela que estava bem diante de seus olhos.

— E por que a senhora e ele não ficaram juntos?

— Como? — inquiriu surpresa. — Não fui eu a amada. Eu fui casada com ele, mas infelizmente eu não era a dona de seu coração.

— Sim, me desculpe por toda a curiosidade, não quero incomodá-la. — Ele deu um sorriso cativante. — Mas achei linda a história e não sabia com quem você tinha sido casada.

— Senhor Carter, a amada do avô de Debra foi a sua avó.

Entre todas as pessoas do mundo, a amada do avô do Anjo era sua avó? Aquela que vivia lhe contando histórias de amor? Ele ficou completamente surpreso com tal revelação.

— Minha avó nunca contou. — Ele parou e pensou por alguns segundos. — Não que eu me lembre, só me lembro que ela sempre contava histórias de amor.

— Me desculpe, achei que deveria saber. Vi como ficou curioso em relação à Senhorita Bennet e, por algum motivo, achei que tinha interesse nela.

— Ela trabalha para mim, então achei estranho o fato de ela colocar as flores no túmulo e... não temos nada.

— Tenho que ir, minha neta vai levar meu netinho lá em casa e vamos jantar.

— Obrigado por contar.

— De nada. — Deu-lhe as costas e alguns passos até que deu uma leve virada. — Senhor Carter, um conselho: não minta para si mesmo e não tenha medo de arriscar, ou pode ser tarde demais.

— Obrigado.

Ele sorriu e foi atrás de Debra, que estava caminhando para fora do cemitério.

— Senhorita Bennet, o que a trouxe aqui? — indagou, mesmo sabendo da resposta.

— Meus pés, Senhor Carter — brincou e deu um sorriso simpático. — Desculpe pela brincadeira.

— Não tem problema — disse admirando o sorriso da morena.

— Trouxe flores.

— E por quê?

— Meus pais foram enterrados aqui.

— Mas tem algum motivo para ter posto flores nos outros túmulos?

Ela pensou por alguns segundos, vendo se valia ou não contar os seus motivos.

— Quando sofri o acidente que matou os meus pais, eu fiquei por um tempo internada. Meu irmão estava no treinamento do acampamento, e eu perambulava pelo hospital e vi muitas pessoas por lá, muitos abandonados pela própria família, e quando recebi a notícia da minha perda, meu mundo caiu. Eu era muito nova, meu irmão também, estávamos sozinhos no mundo. Eu senti a necessidade de fazer companhia àquelas pessoas que se encontravam na mesma posição que eu, ou os abandonados pela família, como idosos em asilos.

— E por que flores nos cemitérios?

— Porque, quando vim visitar os túmulos de meus pais, vi que muitos não recebiam mais as visitas, então procuro sempre fazer com que eles sejam lembrados... os que se foram.

— Uma atitude muito bonita — disse encantado com o gesto da jovem.

— Obrigada. Eu não quero nada, só sinto uma grande vontade de ajudar e fazer algo por alguém. Estou à procura do meu grande propósito. — Riu de sua frase. Aaron devolveu o sorriso. — Vou aproveitar que você está aqui. O que acha de começarmos as compras para o aniversário de Abby? — Debra perguntou tentando mudar de assunto.

— Mas hoje quase não trabalhei.

— E tem muita coisa para fazer por lá?

— Não.

— Então o que te impede?

— Nada — disse cabisbaixo, tentando achar alguma desculpa.

— Então vamos, vai ser divertido... prometo. — Pegou em seu braço e o arrastou.

Chegando à cidade, entraram em uma loja onde se vendia ornamentações e coisas de festas.

— Que tema você acha melhor? — ela perguntou.

— Não sei, eu não entendo de nada disso.

— Hum... Deixe-me pensar. — Ela deu uma rodada para observar tudo. — Já sei, ela gosta de princesas, mas não sei de quais ela gosta. Então que tal não ter um tema com princesas, e sim uma coroa?

— Como assim?

— Ela ama cor-de-rosa, então a ornamentação fica por conta de nossa imaginação. Podemos fazer tudo rosa e branco com um tema de coroa. Ela vai ser a princesa Abby — explicou pondo uma coroa na cabeça. — Assim como estou sendo a Princesa Debra — brincou.

— É uma ótima ideia. — Ele a olhou por mais tempo que o devido. — E onde vai ser? — indagou tentando não demonstrar.

— No seu jardim. Atrás, onde tem aquela casinha bonita, mas não vamos usar a casa, e sim o jardim. Podíamos fazer algo mais familiar, um churrasco e um bolo.

— Mas quero um buffet.

— Pode ser.

Aaron nem percebeu que estava ficando descontraído com a moça ao seu lado. Ele se sentia confortável o bastante, mas tentava manter a compostura.

— O que você acha dessas coroas como brinde? — ele sugeriu.

— Podemos usar umas cor-de-rosa e outras brancas.

— E se adicionarmos prata?

— Prata? Três cores?

— Só alguns detalhes, porque ela deve ter amiguinhos também, então prata pode ser feminino e masculino, e não seria tão trabalhoso e nem teria que ser na quantidade certa.

— Você tem razão. — Ela o olhou de lado. — Até que você está pegando o jeito.

Saíram coletando as coisas que acharam legais e foram pagá-las.

— Sete metros de tecido de cada cor, cor-de-rosa claro, prata e branco, e mais cinco metros desse tecido rendado — ela disse ao vendedor. — Certo? — Olhou para Aaron, querendo que ele se entrosasse nos detalhes das compras.

— E as coroas — ele disse tentando se manter no assunto.

— Aqui está — o menino afirmou dando a grande sacola a ela.

— Obrigada.

Aaron pegou a sacola da mão de Debra. Ela ficou sem muita reação, e ele apontou para a coroa que continuava em sua cabeça. Debra deu de ombros, e seguiram para outra loja, não muito longe, de doces e bolos. A loja colorida chamou a atenção da morena.

— Em que posso ajudar? — uma mulher morena encantadora perguntou gentilmente.

— Estamos querendo encomendar um bolo e doces — Debra tomou a frente.

— E como seria o bolo?

— Pode ser de dois ou de um andar. A festa vai ser com tema usando coroas e três cores, duas escolhidas por mim e uma por ele, cor-de-rosa, branco e prata, só que a cor prata é em alguns detalhes. Será para cerca de 50 pessoas.

— Lindas cores. Posso fazer o bolo cor-de-rosa com dois andares. Ficaria lindo. Dá para fazer com uns detalhes brancos e a coroa prateada por cima.

— Perfeito.

— Os doces, eu tenho uns testes prontos; se gostarem, aí só personalizo.

— Pode ser — Aaron falou tentando não ficar de fora.

Ela foi até um quartinho e voltou com uma bandeja. Começaram a experimentar cada um dos sabores que estavam ali.

— Prove esse. — Debra pegou um branco com recheio de chocolate e granulado por dento e o colocou na boca de Aaron. Ele ficou sem jeito com a atitude.

Os olhos de ambos se encontraram por alguns segundos, mas depois voltaram ao mundo atual, fazendo um provar os doces do outro. Ele estava se divertindo. Estavam tão relaxados que mal perceberam o que outras pessoas poderiam achar.

— Vocês formam um lindo casal — a mulher elogiou enquanto tirava os dois da brincadeira.

— Nós... não... somos um casal — falaram de forma hesitante ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Agradeço por terem lido mais esse capítulo, espero que estejam gostando e não esqueçam de me dizerem o que acham... Beijos.