MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 33
Festival — parte 4 (cerimonia)


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei, NÃO ACABA MAIS ESSE FESTIVAL!
Mas é que ele é importante e acontece fatos importantes para a Fic, que está se encaminhando para 3/4 para seu termino



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Lunally admirava tudo, sempre mantendo o sorriso na face, não prestava muita atenção nas pessoas que a olhava, nem nos comentários. Mas Hatori sim, notava cada elogio que faziam, em uma ação involuntária ele colocou a mão nas costas de Luna, como se tivesse mostrando aos homens solteiros que ela estava acompanhada. A alfa de Golty estranhou o ato, tirou a mão do Hatori de suas costas, o que assustou ele. Depois curvou o braço dele de forma que ficasse dobrado do lado de seu corpo e passou o seu braço na brecha que ali ficava assim era mais confortável para andarem.

Ela sorriu e ele também, de forma sedutora e encantada.

Hatori explicava tudo, desde os jogos as comidas, as roupas, os estilos de musicas. Tudo que ela perguntava, e Luna tinha muitas perguntas. Luna avistou uma barraca bem movimentada.

— Quero ir naquela! — a medica apontou parecendo uma criança brincando.

— É um pouco difícil, contudo, podemos tentar. — Hatori a levou para jogar, tinha um tanto considerável de gente lá, sem levar em conta com os outros que os seguiam “discretamente” pelas ruas.

O jogo consistia em pegar um peixe no aquário com uma rede pequena de papel. Bem, simples na teoria.

Luna e Hatori agacharam perto do recipiente onde ficavam os peixinhos coloridos e mergulharam suas redes. Assim que pegaram o peixe tiraram a rede da água. Hatori teve sucesso e pegou o animal, mas a rede de Luna rasgou e o peixe foi embora.

As bochechas da garota se encheram de ar e ela ficou chateada pelo ocorrido. Hatori riu pela expressão dela.

A garota olhou irritada para o alfa, e decidiu tentar de novo, pegou a rede e colocou na água, quando puxou. Rasgou.

Estava indignada. —Isto está com defeito. — reclamou para o Hatori.

— O problema não é no jogo. — Hatori se atreveu a dizer. E Lunally beliscou o nariz dele de leve.

Os espectadores estavam soltando suspiros e olhando de forma meiga, nunca viram alguém assim com o alfa, era novidade.

Lunally se concentrou, olhou para um peixe e colocou a mão em forma de conchinha perto do aquário, logo o animal pulou na mão dela, deixando todos surpresos. Ela riu de felicidade. — Este é meu poder, quando pequena eu sentia as vibrações das pessoas, dos animais, das plantas e agora parece que posso controlar os animais também.

Hatori entendeu. — É bom eu saber disso. — comentou por fim.

Os dois se levantaram, Lunally foi jogar as redes fora.

— Alfa, você tem direito a um premio. — a moça que estava na barraca falou.

Hatori observou dentre tanto objetos e achou um que cairia perfeito. Delicado, pequeno e lindo.

O escolheu, recolheu e partiu.

Aproximou-se de Luna que estava esperando ele e colocou um broche de rosa nela. Lunally muito contente agradeceu de coração. Estava rubra, sem pensar muito, colocou as mãos no maxilar definido do alfa e levantou os pés, dando um beijo na bochecha dele.

Hatori não soube como agir por um momento, sua satisfação era notória pelo sorriso bobo contido em sua face, mas ainda assim estava confuso com a ação repentina da Dócil menina.

Suspiros de alegria foram ouvidos do publico. Estavam empolgados com a relação “amorosa” dos alfas.

Ambos os alfas ficaram constrangidos. E um sinal foi ouvido, um beta apareceu e chamou-os para voltarem ao templo.

CERIMONIA

Os quatro pilares de Wakanda estavam unidos em linha reta no tablado carpetado. Dois fortes e inclementes Alfas de Draken; uma implacável e esbelta Alfa de Premin; e uma Bela e insensata Alfa de Golty.

Nem um cochicho foi ouvindo desde que os alfas assumiram a posição na frente do templo. Todos estavam curiosos, ansiosos, esperançosos ou assustados com o momento. Não que fosse novidade a presença dos estrangeiros no reino, mas era novidade o significado de sua permanência e participação nas questões políticas e habituais do país.

Hatori o alfa maior, com sua imensa paciência, disciplina e sensatez, pois se a falar, alias era seu papel, o cargo de responsabilidade colossal que foi deixado pelo seu pai após sua morte. — Como milênios comemoramos o Festival dos dragões gêmeos o marco para o inverno, este ano repetimos nossa pratica anual. — introduz. — Nos anos passados pedimos a presença dos Deus, benções, mais força, e realizamos uma festa para mostrar nossas felicidades sem ter preocupação com males a fora, pois somos mais em todos os fatores do que qualquer outro.

A fala do alfa inundou o orgulho do povo, que saiba, tinha a certeza, ou ilusão que eram melhores, chagava quase a ser um ego, mas não queria se comparar aos Premininanos.

Serena estava atenta a tudo, ao povo, aos órgãos de poder que estavam atrás no palco, em Miguel. Ela não sabia explicar o sentimento que envolvia, mas ele fazia ela querer se fechar mais para o mundo, excluir-se e fazer o que quer, sem ter interferências indesejáveis, por mais que , talvez, possam ser boas, nada que atrapalhe seu objetivo, mesmo que seja para algo melhor, é bom para ela. Ela queria se manter na linha imaginaria que criou para traçar sua rota de fins. Mas curvas foram aparecendo e a deixando mais longe, ou quem sabe desinteressada de fazer o que quer. A Alfa de Premin enfrentava o suspense de suas futuras decisões inadiáveis.

— Porem este ano, não vamos fazer esse pedidos, essas preces. Desrespeitos aos Deuses? — Hatori indagou retoricamente com a expressão imperturbável foi para a ponta do palco. — Não iremos pedir. Nós vamos cumprir. Do lado deles! — Exaltou a voz para mostrar a confiança e brutalidade.

Lunally sentia seu coração pular para fora de sua boca. Ela sorria forma sapeca, aquela energia, aquele lugar, a fazia pensar que tinha poder, as vibrações das pessoas indicavam pavor e amor, sentimentos que deveriam se distantes, mas estavam colados um ao outro neste momento. Ela gostava disso, o povo gostava deles, mas tinha medo pelas consequências que eles trariam, estavam certos. Qualquer outro acharia que entraria em um impasse agora, o povo ficaria dividido e confuso. Contudo Luna sentiu outra agitação florescer no coração de cada um que estava escutando as palavras do alfa, esse balanço diferente era a confiança, as vezes confiamos com medo, mas vamos. E era assim que o povo agiria.

— Eles nunca iriam nos deixar para sempre. Somos tão dependentes deles como eles de nos! — exclamou Miguel envolvido com a situação. Era o alfa maior e exemplo de força do reino, líder da FMR.

No templo em seu teto tinha dois dragões moldados de ouro deitados na construção. As estatuas criaram movimento, um som de rugido estrondoso foi percebido, a escultura de ouro branco voou para cima e a de ouro amarelo para baixo. Fizeram voltas com seus corpos compridos de dragões chineses e pousaram no chão. O de outro branco virou um homem elegante e sagaz, com cabelos pretos brilhantes, atrás de si apareceu um leão grande e dourado, com a juba exuberante, apesar da forma pavorosa se manteve sentado atrás no palco, na frente dos Alfas. O dragão de ouro branco enrolou o corpo no chão como uma cobra, quando se metamorfoseou na forma humana, rígido e inverossímil, cabelos prateados longo, no meio de sua “calda” tinha um cervo, com o olhar amoroso, mas muito bem atento aos possíveis “inimigos”.

Um pânico misturado com regozijo demanda da população, todos gritam os nomes dos deuses, todos os anciões se ajoelham e começam rezar preces. Nem foram anunciados, mas a simples presença já provou/contou que eram aquelas figuras extraordinárias que apareceram de jeito magnífico no reino.

—Draken. — Voz pragmática, robusta e temerosa dos dragões soada em uni som foi audível para todo canto, rua, barraca, casa do país.

— Draken é tão íntegra que manteve sua posição e status sem seus patronos. — Helias pronunciou. — Todavia isso não será eterno, duas coisas que se completam não podem estar desconectadas. — o dragão negro dizia e zanzava vagarosamente no palco.

— Como um sábio disse, irei parafrasear: — falou Dhiren, sempre mais coreteiro e casual que seu irmão. — Vamos dar mais uma chance para vocês e outra para nós. Também erramos. — encarou cordialmente o cervo que logo percebeu que ele era o sábio. —Não que fomos nós desta vez, os traidores foram vocês. — o orgulho era notado de longe no Deus. — Mas podemos tentar de novo. — esforçou-se para ser amigável com o povo.

—Guerras, mortes, conquistas, desespero, satisfação, angustia. — Helias ditava palavra por palavras como se estivesse listando características. — Separados conseguimos isso. Não é o bastante, é insuficiente, é vergonhoso e desumano a tal nível que a mãe natureza nem nos agracia mais, só se afasta de desgosto dos espíritos e seres humanos que deveriam ser parte do equilíbrio tão essencial do mundo. —Helias falava com raiva das próprias atrocidades.

— Não vamos mudar tudo isso, é um ciclo, mal e bem, morte e vida, felicidade e tristeza, equilíbrio e caos. — anunciou Dhiren sendo realista. — Mas em um ciclo, tem fases que são maiores que outras, e podemos fazer as partes “boas” maiores, trezentos e sessenta e quatro dias satisfatórios e um maléfico. — sorriu ao ver a cara confusa de seus devotos, sentia a fé indo para si, amava essa sensação. — Isso pode alterar e fazer possível por longos e longos milênios.

O cervo um pouco tímido, não estava em seu território, sentiu a felicidade de sua escolhida por sua presença e lhe deu força. — Em tão se da fragmentação se fez o ruim prevalecer no ciclo que é a vida. Somente da união essa realidade irá se inverter. — propôs.

—Uma união que exclui o passado independentemente do ocorrido. — o leão anuncia ciente dos olhares odiosos por si. — No tempo em que vocês estiveram sozinhos, a ações dos reinos não são nem se quer de pensamento dos Deuses. Eu no momento não comando Premin, seus inimigos, que também são manipulados por um governo cretino. Nesse instante eu represento só a Omega, única devota pura e de minha confiança, Serena. Até que eu traga meu reino ao meu poder, assim me apresento.

Um silencio respeitoso e admirador permaneceu no festival, o frio aumentava, o inverno começou hoje. A população tomava consciência das palavras ditas, mesmo com o rancor guardado e a vontade natural de se sobressair em tudo, eles tinham a noção do certo, ainda mais no governo atual, dos irmãos alfas de Draken, que mostravam a valorização da vida nos últimos anos.

Hatori contente com o resultado aparente tomou a palavra — Os betas e militares já estão parcialmente cientes de nossas decisões. Iremos logo após retomar o mercado Basílio. E sequentemente outros lugares. Meu povo, vocês são soberanos, vocês são o poder desse reino, querem triunfar nessa aliança?

Olhares aleatórios para todos os lados, cochichos foram ouvidos pela primeira vez. E um silêncio foi posto. Em seguida gritos possantes de felicidade e aprovação foram revelados.

O povo concordava.

Cada Deus olhou e acenou a cabeça para seu escolhido, que responderam com sorrisos de vitoria, e no vento gélido as formas divinas se foram.


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Notas finais do capítulo

Agora os deuses estão com a moral toda



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