MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 21
Recrutamento parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mas esse natal está bombando!
Dois capitulo em uma semana só? Para vcs verem que papai noel não está de brincadeira!
Se quiserem mais, tratem de mandar um comentário falando sobre os capítulos! Queremos um feedback! ♥
Lembra que disse que os personagens novos são de suma importância?! não!? volta um capitulo para ver! Se sim, ou se verificou, pois bem, agora vão começar a entender as tretas que vão rolar!
Alias, prometemos que haveria muita confusão nisso aqui, só ver no blog: https://melloryking.wordpress.com/



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Os dias estavam passando bem rápido desde o incidente com Logan e sua família. O garoto se alistara no exército e era o mais novo recruta das tropas de Draken. Serena simpatizava com o rapaz, ele gostava da arte da guerra assim como ela e isso a enchia de orgulho. Apesar de os drakinianos amarem o sangue e a luta, não eram tão ligados a estratégias como os militares de Premin, culpa da personalidade de seus deuses, é claro. Mas, Logan desejava entender os campos de batalha e as artimanhas para evitar-se uma derrota.

— Leia mais devagar! – Serena o interrompeu, brava. Já era a sétima vez que o garoto repetia a leitura do mesmo parágrafo. A Alfa de Premin apresentara o livro Os segredos da morte para que o menino findoranio começasse seus estudos sobre como lidar com perdas durante um conflito.

Logan assentiu, estava desesperado. A mulher forte a sua frente o fuzilava com os olhos.

Na guerra, não existem sobreviventes. Apenas vítimas. O mistério da vitória não é tirar vidas e sim, poupá-las. Em ambos os lados, lutam inocentes. Pais de família, filhos queridos, solteiros a procura de amadas, órfãos banidos e escravos humilhados. Não levantar a espada contra um destes não é um ato de covardia, mas de extrema coragem e honra. – Repetiu, questionando-se sobre a veracidade prática daquelas palavras.

— Muito melhor. – Serena comentou somente. Para ela, Logan tinha muito a aprender. Todavia, gostaria de não criar um monstro como ela e sim, um humano. Uma vez lhe contaram que professores deveriam apresentar à justiça, bondade e a paz a seus alunos e não, o sadismo. Um bom mestre ensina homens. Um maestro da dor leciona a psicopatas.  – A jovem lembrou-se de um dos ensinamentos que Dalila lhe ditara uma vez, durante suas longas conversas no chá da tarde.

— Senhora? – Logan chamou a atenção da esposa de Miguel, que estava um tanto desconcentrada, perdida em seus próprios pensamentos longínquos. Os cabelos platinados do garoto foram cortados há pouco tempo de maneira curta e reta e seus olhos violeta brilhavam vivaz a espera de uma resposta de sua treinadora.

— Encerramos por hoje, pequeno. – A Alfa bagunçou seus cabelos e pediu que retornasse ao setor de treinamento físico, para que ele fosse instruído por Miguel a respeito de seus novos circuitos. Ela chamava Logan por este apelido carinhoso, realmente, adorava a companhia daquele garotinho curioso, embora este já tivesse quinze anos.

Serena pode ouvir um “Ufa...” discreto ser elucidado pelos lábios de Logan, mas fingiu não notar coisa alguma e o dispensou com um aceno com a cabeça. Após a saída do soldado, jogou-se em sua cadeira cansada. Estava desde cedo a conferir rotas para que o exército cumprisse suas missões. Mesmo acostumada com o trabalho, estar longe de seu antigo batalhão fazia-a receosa quanto ao que podia interferir ou não. Bem, Miguel lhe dera certa liberdade, contudo, ela podia sentir a preocupação do marido em seus olhos. Hatori exigira de seu irmão, tropas preparadas em pouco tempo. O Alfa maior tinha grandes planos para o futuro e os novos betas deveriam estar prontos até lá.

O escritório da Alfa de Premin ficava no espaço reservado para os treinos dos militares, ao contrário do de Miguel que se encontrava em sua residência. O chefe da FMR valorizava, realmente, sua pouca privacidade com muito empenho. Kalifas dividia o lugar com sua aliada. Desde que seu pai retornara para a floresta, decidira tornar-se um líder de confiança entre os ciganos. Seu debute como Rei dos Viajantes aconteceria em breve, já havia completado a idade necessária. Revirando alguns papéis, o homem observou a Serena:

— Pensei que gostasse de ação. Não entendo porque não está lá fora, auxiliando nos amistosos dos novos soldados.

A Alfa deu uma risadinha sarcástica.

— E gosto. Mas, não posso me dar ao luxo de batalhar com algum deles e acabar com a expectativa de vida do exército. Você sabe como armas na minha mão são um perigo. – Respondeu irônica.

O cigano bufou. – A senhorita é realmente impossível.

— É claro. Formidavelmente, eu sou. – Serena completou levantando-se de sua cadeira de vidro polido. – Irei ver meu marido. Tome conta das coisas por aqui, retornarei só pela manhã.

— Como desejar, Vossa Majestade. – Kalifas fez uma reverência e tornou a se sentar.

— Pare de usar pronomes de tratamento comigo. Sabe que detesto. – Ela mandou séria.

— É por isso que o faço. – Brincou Kalifas. Ele e a Alfa eram melhores amigos, companheiros inseparáveis e além de tudo, confiavam nas decisões um do outro. Eram uma dupla notável. O príncipe peregrino devia obediência e fidelidade a Serena, como parte do acordo de aliança entre seus povos.

A Alfa suspirou, entregando os pontos. – Adeus, Kalifas.

*

— Serena! – Miguel gritou ao ver a mulher se aproximando. Will estava aoo seu lado, acompanhando-a até o encontro do Alfa. Eles conversavam concentrados a respeito de algo e a Ômega nem ouvira o chamado de seu esposo. Obrigando-o a ir até ela.

— Não me ouviu ou está simplesmente me ignorando? Creio que esteja envergonhada a respeito daquela noite... – Serena, corando, tapou com a mão a boca falante e insuportável de Miguel. Advertido com o olhar da Alfa, ele se calou.

— Acho que vocês precisam conversar, a sós. Estou a me retirar. -  O beta disse, intrometendo-se. Era sempre crítico e adorava provocar seu melhor amigo, Miguel. O Alfa dirigiu-lhe uma piscadela e enlaçando o braço de Serena no seu, afastou-se do colega.

— Realmente, Miguel. Isso é necessário? – A mulher reclamou enquanto caminhavam ao redor dos recrutas. Eles não eram acostumados a ver a Alfa e seu esposo tão próximos e por isso, lançavam olhares questionadores em direção ao casal.

— Claro que sim. Você deveria sentir-se honrada por ter um marido incrível e bonitão como eu. Pode ostentar-me o quanto quiser, não me importo nem um pouco. – O Alfa jamais abria mão de se achar.

Serena cravou as unhas no braço do Alfa, claramente contrariada. Ele sorriu em resposta.

— Isso terá volta. – Avisou a mulher, nervosa. Arquitetando seus planos contra Miguel.

— Aguardo, ansiosamente, sua vingança, madame. – O Alfa respondeu com pomba desnecessária.

— Estou cogitando o divórcio. – Serena provocou. Percebendo a inquietação do Alfa, sorriu satisfeita.

— Como você é engraçada, querida. Seu humor me inspira. – Disse irônico. – Mudemos de assunto. Como vai sua pesquisa?

— No ritmo ideal. Decorei quase todas as rotas de Draken e posso aperfeiçoá-las com meus conhecimentos sobre minas e a floresta. Além disso, duas mentes pensando são melhores do que uma. Kalifas conhece caminhos como ninguém, será de grande auxílio a minha aliança com os ciganos.  – A Alfa respondeu, mais calma e ponderada. Observava a sequência de socos que alguns betas mais velhos efetuavam numa das áreas específicas de treinamento. O espaço era dividido em setores. Na verdade, tudo construído por drakinianos era planejado e matematicamente, seccionado. Bem diferente das formas exóticas e austeras do reino do ouro, Premin.

— Não gosto de sua proximidade com este rapaz. Sinto-me ameaçado. – Brincou Miguel, voltando o olhar para os olhos decididos de Serena.

— Adoro que se sinta. Talvez aumente seu amor por mim. – A Alfa riu, deitando por um instante no ombro do Alfa.

— Se toda vez que citá-lo, você ficar mais carinhosa como agora, vou fazer questão de incluir o nome Kalifas como favorito em meu vocabulário. – Miguel comentou, amando a proximidade dele e Serena.

A Alfa concordou com um simples aceno de cabeça e pediu, cansada.

— Podemos ir para casa?

— É para já, minha senhora. – Miguel assobiou, chamando por Pandora. – Uma viagem a cavalo lhe parece confortável? – Questionou, vendo o animal se aproximar.

— É uma égua, querido. Acerte o gênero e depois conversaremos a respeito. – Serena criticou por fim.

Eu vou ficar louco. — Miguel pensou em meio a um suspiro.


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Notas finais do capítulo

Como não amar Serena? Ela é o ser mais enigmático dessa Fic. Ora a Rainha impiedosa, Ora a moça de coração derretido♥
Eai? Gostaram?



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