MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 11
O Retorno do novo casal — Miguel e Serena


Notas iniciais do capítulo

Um mini capítulo para vocês!
O casal mais inusitado da Fic!
Será que dá bom ou ruim?
Enjoy♥



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Pandora avançava em trote firme.  A caravana de ciganos que levava Serena e Miguel até o Templo de Mellory a acompanhava, tentando manter o mesmo ritmo e pausando, esporadicamente, para descansar. Já ia amanhecer, os pássaros preguiçosos começam a voar para longe de seus ninhos em busca de alimentos para seus filhotes. O Alfa gostava de manhãs ensolaradas, por isso, admirado, espiava atento pela pequena lateral da carruagem o brilho que esse astro irradiava nas folhas e nas águas cristalinas da mata.

Serena bocejava ao seu lado, pelo visto, ela não conseguira dormir nem ao menos um pouco, durante todo o percurso. Miguel imaginava quão confusa a mulher estava, mas não ousava perturbá-la, havia algo na expressão da Alfa que elucidava um Não se aproxime, ou te mato. Percebendo ser observada, Serena perguntou, sem se virar para seu suposto novo marido:

— Não acha engraçado e hipócrita o fato de estar levando a filha dos assassinos de seus pais como esposa para seu reino?

Miguel riu.

— Não acho que minhas explicações sejam plausíveis para você. Mas, sinto que você deve saber o que eu tenho em mente. – Respondeu bem-humorado, coçando a nuca.

— Prossiga, por favor. – A Alfa pediu, tentando ao máximo não se descontrolar.

— Sinto que algo grande vai acontecer, minha senhora. E não quero que atinja o povo de Draken. Por isso preciso que coopere, Serena. – Miguel a fitou sério.

— Não posso assumir riscos alheios. – Serena disse cética. – Estou aqui sob ordens do meu deus, Amom. Apenas por isso.

— Acho que você não está em posição de descordar de mim. – Miguel observou, apontando para as correntes nos pulsos da Alfa.

A Ômega encostou de leve com os dedos no metal que a prendia. O som do garimpo das minas de Premin invadiram sua mente. Seu olfato sentiu o cheiro do suor e sangue dos trabalhadores daqueles lugares hostis. Estremeceu. Uma mão quente recostou-se a sua.

— Não estou pedindo sua piedade. Estou firmando uma aliança. Não um anel, mas uma promessa. – O Alfa ofereceu sincero e confiante.

— Uma promes...sa? – Serena gaguejou em voz baixa, voltando-se com um olhar inexpressivo para Miguel. – Que engraçado, isso me lembra as palavras de alguém.

— O que disse? – Indagou o homem sem entender.

— Nada. – Serena negou com a cabeça. – Do que se trata o acordo?

— Proteção por poder. – O Alfa respondeu simplesmente. – Meu reino a protegerá em troca de seus dotes militares e ao final da guerra, a senhorita receberá o direito de retornar a seu trono com nosso auxílio.

 - Inegavelmente, é uma promessa interessante. Mas como iremos garantir que isso ocorra? – A Alfa questionou desconfiada.

Miguel suspirou.

— O fato de que você terá acesso a todas as informações a respeito do exército de Draken já é uma garantia e tanto. Além de uma vantagem perceptível.

— Está bem. Façamos como deseja. Mas, primeiro, não acho que a esposa de um Alfa deveria estar presa. – A mulher levantou as mãos.

— Não posso agradecer-lhe, pois somos inimigos por natureza, mas confiarei em ti e a libertarei. Não me traía. Não perdoou traições. – Avisou, convicto e abriu a fechadura das algemas da Alfa.

— Detesto mentiras. Elas custam vidas. – Serena encostou-se na lateral da carruagem e fechou os olhos. – Nem pense em desrespeitar sua promessa. – Balbuciou antes de pegar no sono.

Pandora acelerou seu trote.

[...]

O vento frio do final da tarde despertou Serena de seu sono profundo e pouco relaxante. Ela estava com raiva de toda aquela situação grotesca na qual estava envolvida, a simples circunstância de dividir a carruagem com um drakiniano já a incomodava demasiadamente. O balanço do carro unido ao barulho incessável do lado de fora tornava tudo pior. A Alfa estava com frio, cansada e furiosa. E Miguel a encarava durante toda sua crise.

— Realmente, não pensei que te incomodasse tanto. – ele provocou, arqueando uma sobrancelha.

Serena sacou uma adaga que estava presa em uma bainha em sua panturrilha e colocou a ponta no queixo de Miguel.

— Sem papo, garoto. – a Alfa disse ameaçadora,

— Sou um militar, armas não me assustam mais. – o homem respondeu, retirando delicadamente a lâmina de seu rosto. – Com essa expressão raivosa, você é similar a um demônio. Experimente sorrir é mais sedutor.

— Não espero seduzi-lo, Miguel. – a mulher afirmou, um tanto mais ponderada.

— É mesmo? – O Alfa segurou os pulsos de Serena e com um movimento rápido, encostou-a no vidro da janela e ficou de frente para ela. – Infelizmente, já estou seduzido. – e fez uma expressão dramática.

Serena riu com todo aquele melodrama.

— Viu? Bem mais bonita. – Miguel sorriu também se afastando.

A Alfa limpou a garganta e voltou para a defensiva, séria repentinamente.

— Não ouse fazer isso novamente. – ordenou.

— Veremos. – Miguel gostou daquele jogo de provocações. Seu passatempo preferido era a teimosia. Tanto que ele fez isso a vida inteira com seu irmão.

Serena suspirou, entregando os pontos. Não compensava continuar a discutir com um moleque.


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Notas finais do capítulo

Eles não são fofos?
Um amorzinho né não?♥



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