Wild escrita por Micheele


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY :))



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Estava um dia nublado e estava bastante frio, eu só queria continuar dormindo, mas hoje eu teria que resolver alguns problemas das coreografias das lideres de torcida junto com Allison, ela é nossa capitã e eu não aguentava ouvir ela me enchendo para eu prestar atenção. “Você não está ligando, você sabe que isso é importante.” – Falava ela, porem eu nunca gostei tanto, só estava participando porque ela tinha insistido desde que começamos a estudar juntas.

— Bom dia filha. – Falou meu pai quando observou eu descendo as escadas da nossa casa, ele estava com um semblante sério. – Não acha que esta atrasada.

— Eu estou, mas não adianta eu correr, vou chegar na segunda aula. – Comentei olhando a hora em meu celular, eu estava muito atrasada. – Muito trabalho?

 – Sim, acho que estou precisando de férias. – Respondeu ele abrindo um sorriso. – Você chega muito atrasada na escola, toma cuidado, vai levar uma suspensão.

Meu pai era um empresário importante e sempre gostou do que fazia, por isso ele nunca foi aqueles pais chatos, porem desde que minha mãe morreu, ele sempre se importou bastante com minha educação e sua primeira regra era tentar sempre estar presente em minha vida.

— Eles nunca vão me dar suspensão. – Dizia soltando uma risada baixa, andando em sua direção e dando um beijo em sua bochecha. – Eles nunca fariam isso, eu sou sua filha... Pelo menos isso, sabe, só desse jeito para aguentar um pai chato. – Brinquei.

— Pai chato? Melhor correr hein pirralha. – Falou ao continuar tomando seu café. – Não vai tomar café? – Perguntou antes de eu sair.

— Vou comer na escola. – Gritei, enquanto pegava minha mochila que estava jogada no sofá.

Meus olhos foram em direção a um espelho que tinha na porta, abro um breve sorriso ao ver que estava bonita, mesmo meu cabelo estando um pouco rebelde e minha maquiagem simples, porem sempre gostei de usar pouca maquiagem. Logo peguei a chave do meu carro e fui em direção ao mesmo, ainda tinha que buscar a Allison e já imaginava o sermão que teria que ouvir, ela nunca gostou de chegar atrasada na escola, mesmo ela sendo uma das garotas mais populares, a mesma odiava atrasar.

“Espero que você esteja chegando... Ou eu vou te matar” – Allison, sua amiga que já esta ficando nervosa.

“Já estou na frente da sua casa, pode sair.” –  Lydia, sua amiga que você ama.

Ops, com certeza ela ficaria brava quando estivesse na frente da sua casa e acabasse reparando que eu não estava lá, mas eu adorava irrita-la, mesmo as vezes eu achando que ela pudesse me matar, ela costumava ficar muito brava. Depois de alguns minutos dirigindo, logo vejo a mesma me esperando, Allison já estava com a roupa de lideres de torcida e com uma cara séria enquanto digitava furiosamente no celular, só esperava que ela não estivesse me xingando.

— Bom dia, rainha do meu mundo. – Falei em um tom animado, já começaria a mimar ela, porque eu não queria morrer cedo.

— Lydia, quando você vai aprender a chegar na hora certa? Sério, eu não aguento mais. – Allison dizia ao entrar no carro e bater a porta fortemente, fazendo-me revirar os olhos.

— Não machuca o meu carro, ele não tem culpa, ok? – Comentei indignada, enquanto olhava para ela com um sorriso sarcástico. – Pede desculpa para ele, se não a gente vai continuar aqui.

— Para de palhaçada e vamos logo, quer chegar no intervalo?  – Sua fúria era nítida, mas eu não abaixaria a guarda.

— Ainda estou esperando as desculpas.

— Desculpas? É só um carro.

— Ela não quis dizer isso. – Disse ao fingir dar carinho no volante. – Ele vai ficar magoado, eu reparei que é por isso que ele quebrou, eu não ando dando carinho para ele.

— Está doida? Bêbada? – Perguntou soltando uma gargalhada baixa. – OK, desculpa carro, você é lindo e eu não deveria ter te tratado desse jeito.

Ao ouvir o que ela falou, logo liguei o carro e voltei a dirigir, Allison era minha melhor amiga, era como uma irmã, era uma das pessoas que eu mais confiava no mundo, desde o começo tivemos essa lealdade, nós costumávamos brincar que fomos separadas no parto.

— Porque eu aguento isso? – Allison sussurrou distraída.

— Porque você não gosta de dirigir? – Perguntei sarcástica.

— Verdade, por isso eu tenho uma motorista particular. – Brincou.

— Quer apanhar? – Retruquei, fazendo um breve biquinho.

Porem voltei a prestar atenção, mas logo observava minha melhor amiga apertando vários botões da minha radio para tentar achar alguma musica legal, mas ela deixava alguns minutos e mudava, eu já me acostumei com isso, mas eu admitia que sempre tinha vontade de joga-la do carro, porque não deixa a musica tocar inteira? Isso é algo que eu nunca irei entender.

— Até quem fim chegamos. – Allison disse já saindo do carro, enquanto eu acompanhava, meus olhos foram em direção ao estacionamento vazio, todos já deveriam estar na sala tendo aula. – Ei, porque não está vestida?

— Eu não estava com vontade de vir vestida, poxa, só vamos treinar na ultima aula. – Respondi dando de ombros, depois eu sai mais cedo da aula e me arrumava.

— Ok então, eu nunca vou te entender. – Falou andando ao meu lado em direção a nossa sala, porque quase todas as aulas iriamos ter juntas.

— Não precisamos me entender, só precisa me aceitar. – Comentei abraçando ela de lado e abrindo um sorriso descontraído, logo ouvindo o sinal da segunda aula sendo tocada.  – Chegamos na hora certa.

— Vou ignorar o que você falou da hora certa. – Disse ao retribuir meu abraço e me abraçando de lado.

Nos andamos entre as pessoas, recebendo alguns olhares e comentários que provavelmente não deveriam ser bons, eu nunca gostei de vir da roupa de líder de torcida porque sempre acabava chamando mais atenção, mas Allison sempre gostou disso, ela gosta que as pessoas fiquem olhando e comentando sobre ela, isso era algo que erámos diferente.

— Oh, tinha me esquecido... Eu vou precisar da sua ajuda para achar um garoto. – Falei em um tom animado ao me lembrar de alguns dias atrás.

— Achar um garoto? Está interessado em alguém, Lydiazinha? – Perguntou com um sorriso malicioso.

— Não, eu só estou curiosa, ok? – As vezes eu não aguento o tanto que Allison era maliciosa e as vezes eu achava que isso era contagioso. – Lembra que eu falei que eu tinha quebrado meu carro?

— Sim, eu lembro... Disse que o mecânico era legal e não ficou bravo que você tinha acordado ele de manha. – Dizia ela enquanto entravamos na classe e íamos em direção as ultimas cadeiras, somos uma das melhores alunas, mas nunca gostamos de sentar na frente.

— Então... Eu quero encontrar o mecânico. – Joguei minha bolsa na mesa enquanto sentava na cadeira e olhava para as pessoas que estavam na sala, nenhum era ele, provavelmente eu não tinha aula com ele nessa matéria ou hoje, merda, isso vai ser difícil.

— Porque você quer encontrar um mecânico? – Allison falou fazendo uma carena e isso só fez eu somente revirar os olhos. – E porque ele estaria aqui?

— Porque ele estuda aqui. – Respirei fundo, ignorando a careta que ela tinha feito.

— E você acha que eu tenho cara que conheço alguém assim? – Uma das coisas que eu odiava na Allison era que as vezes ela se achava melhor que os outros.

— Não seja idiota. – Soltei em um tom de tédio, fazendo-a soltar um suspiro. – As vezes eu tenho uma vontade de bater em você.

— Eu sei, mas as vezes eu não consigo ser diferente. – Eu sabia que ela não fazia por maldade, nos duas crescemos ricas, mas os pais delas nunca foram bons na sua educação dela, sempre ensinou que eram melhor que os outros. – Mas como vou te ajudar?

— Não sei, você conhece bastante gente. – Disse o obviou, eu só conhecia os meus melhores amigos, que era Allison, Malia, Isaac e Jackson. – Então eu vou precisar da sua ajuda e como você é uma ótima amiga, vai me ajudar. – Fiz o meu melhor biquinho.

— Só faço isso porque te amo. – Ao ouvir isso, abro um sorriso enorme, sendo acompanhado por uma gargalhada baixa dela. – Affs, não resisto a esse biquinho, vai, fala o nome dele e eu pergunto para alguém.

— Esse é o pequeno problema, não lembro o nome dele.

Ok, eu admito que tentei lembrar o nome dele, mas eu não consigo, era muito difícil e eu não me lembro de nunca ter ouvido esse nome. Eu poderia perguntar pro meu pai, mas isso só teria conversa e explicações que eu não tenho, ele não iria entender que eu somente estava curiosa para conhece-lo melhor.

— Como não lembra? – Allison perguntou indignada. – E como vou descobrir?

— Descobrir o que? – Perguntou Jackson se jogando na cadeira na minha frente e abrindo um sorriso charmoso nos lábios. – Bom dia gatas da minha vida.

— Se eu fico mais bonita com cabelo arrumado ou bagunçado. – Falei rapidamente, abrindo um sorriso descontraído em minha face e indo em sua direção e dando um beijo em sua bochecha. – OOie.

— Você fica linda de qualquer jeito, mas bagunçado está bem melhor. – Jackson respondeu enquanto recebia um beijo na bochecha de Allison.

Eu não iria falar para ninguém agora, eu sabia que  Jackson iria ficar me zoando e falando coisa que não deveria, tirando que eu só queria conversar com ele, queria ser sua amiga, nada de mais, conhecendo os meus amigos, eles iriam pensar coisa que não deveria.

— Onde está o Isaac e a Malia?

— Não sei, não tenho a primeira aula com eles, mas vocês tem... Não viram eles? – Perguntou ele curioso.

— Acabamos de chegar. – Allison respondeu um pouco constrangida, pois odiava chegar atrasada.

— Cuidado Allison, vai ficar igual essa chata ai. – Falou ele apertando minhas bochechas.

— Idiota. – Resmunguei.

Logo paramos de ouvir ao ver o professor entrando, fazendo todos abrirem seus cadernos e prestarem atenção, solto um breve suspiro, seria complicado encontrar o garoto, mas porque eu tinha que esquecer o nome dele? Mas eu não vou desistir, ele deve ser algum dos milhares de alunos que tem nessa escola enorme.

“Tenho uma ideia... Já sei como vamos encontra-lo.” Allison.

Ao ver a mensagem que tinha recebido, acabo olhando para a mesma que estava concentrada no que o professor dizia, logo ao perceber que eu estava olhando para ela, abriu um sorriso descontraído e mostrou um panfleto sobre as competições que aconteceria na escola, mas eu não estava entendo.

— Olha o celular. – Sussurrou.

“Nos vamos ir nas salas e falar sobre o campeonato, entendeu agora? ”

Ao ler aquilo abro um sorriso descontraído, com certeza eu vou conseguir acha-lo rapidamente, mas agora eu somente tenho que saber o que vou falar, tipo, pergunto como ele está ou sobre o clima?

— Isso vai ser difícil. – Sussurrei.

— O que você falou, Senhorita Martin? – Perguntou o professor, fazendo-me esbouçar um pequeno sorriso.

— Nada professor, só estou pensando um pouco alto demais. – Disse em um tom alto. – Pode continuar a aula. 


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