Anna Selina escrita por Georgeane Braga


Capítulo 2
Capítulo Dois - Futuro definido


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores queridos! ♥
Bem, eu tive um tempinho e corri para postar mais um capítulo.

Só quero lembrar que, como não tenho beta no momento, podem ocorrer erros. Fiquem a vontade para me alertar, viu? Eu costumo reler várias vezes, mas a gente sabe que sempre passa alguma coisa.

Obrigada à Gaby Melo por sempre acompanhar meus projetos, inclusive esse aqui. Beijão e dedico esse capítulo a você. ♥

Boa leitura a todos *-*



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Viena, Áustria. 1835.

 

─ Mas...

─ Mas nada, senhorita Becker! Não estou pedindo sua opinião, estou apenas lhe comunicando. Ser a Condessa de Blanchard é mais do que você podia sonhar. ─ disse o pai da moça, implacável.

─ O que sabes sobre os meus sonhos... ─ sussurrou.

─ O que disse? ─ indagou o General Becker.

Selina permaneceu calada e cabisbaixa. O pai continuou ignorando completamente sua insatisfação.

─ Lorde Thomas & Campbell é um jovem conde inglês. Teremos grande influência na sociedade vienense, além de me ser útil nos Regimentos para a guerra que a qualquer momento se anuncia contra aqueles algozes. Nosso país não pode mais sofrer perdas para esses malditos franceses. E essa aliança só reafirmará ainda mais nossos laços com a Inglaterra.

Enquanto o General falava incessantemente sobre os benefícios que adquiriria dando a mão da filha ao inglês, a menina se perdia em pensamentos sobre seu futuro cruel. Por mais que sabia que isso poderia lhe acontecer, nunca perdera a esperança de se casar por amor. Agora, seus sonhos estavam perdidos para sempre.

─ Filha, será uma união encantadora. Tenha um pouco de fé! ─ dizia a mãe, tentando acalentar a filha. Entretanto, a senhora Becker muito apreciava o status social para se preocupar com os sentimentos da jovem.

Após ser dispensada pelos pais e ciente de suas obrigações, Selina se dirigiu para seu aposento a fim de escrever para sua prima, Alexia. Somente ela poderia fazer-lhe companhia nesse momento melancólico.

—-------------------AS—----

 

Alexia veio ter com ela no final daquela tarde, e com certa preocupação devido ao teor que a carta apresentava, decidiu passar um ou dois dias na casa de seus tios.

O  inverno rigoroso em Viena persistia há meses, e as noites ao pé da lareira eram tão comuns nessas épocas quanto sentar-se nos tapetes persas e conversar por horas até o sono chegar.

            As moças sempre burlavam as regras da Sra. Becker, após o toque de recolher. No auge de seus dezessete anos, as duas amigas confidentes sempre tinham assuntos sobre os jovens cavalheiros da corte austríaca.

            Porém, o assunto que as tomavam aquela noite, não era nada empolgante quanto gostariam. O fato de Anna Selina ser filha de Nicolau Joseph Becker, o General do exército de Viena, era vista como uma ótima opção para um contrato. Aliás, alianças eram feitas todos os dias e a Áustria tinha a Inglaterra como sua aliada armamentista para o caso de serem outra vez, atacados por inimigos em potencial.

O general Becker era muito reconhecido por suas habilidades estrategistas e guerrilheiras. Seu desejo era desfazer as marcas vergonhosas deixadas por antigos generais e suas batalhas perdidas deixando a Áustria sob os olhos descrentes de outros países.

            A notícia da futura mudança do Conde de Blanchard para Brno, uma província da Republica Theca, e sua busca por uma noiva, se espalhara. E desde então, a corrida dos patriarcas em oferecer a mão de vossas filhas pelo prestígio e feliz consórcio era evidente.

            Em meio a tudo isto, estava os sonhos das jovens da Casa Becker em encontrar seus príncipes apaixonados a tempo, e, que estes fossem agradáveis aos olhos dos seus respectivos pais. Sentiam horror ao pensar que se casariam com homens os quais elas observavam nos bailes e reuniões promovidas pela família.

─ Percebestes como a jovem Cullmann tens o semblante triste? Acaba de se casar e nem pode usufruir da felicidade. Isso é muito, muito terrível! ─ exclamou Alexia, no meio da conversa.

─ Queres dizer, injusto? A escolha é sempre deles e nunca nossa, Lexy. Estou com medo... ─ seus olhos marejaram ─ E se ele não for bom... vou estar condenada para sempre nas mãos de um completo estranho.

─ Ah, minha prima! Venha cá, deite aqui no meu colo. Tente pensar pelo lado bom. Vocês ainda terão tempo de se conhecerem. ─ disse Alexia alisando os cabelos de Selina.

─ Segundo, mamãe, o primeiro encontro já foi marcado no Baile de Máscaras que papai irá promover. Eu não que... ─ lamuriava, mas logo depois deu um pulo ─ Me veio uma ideia!

─ O que há? ─ sobressaltou Alexia.

─ Se eu me mostrar rebelde, o Conde me rejeitará e então estarei livre! ─ comemorou.

─ Sei. E seu pai lhe cortará a cabeça! Não que eu seja a favor de tais regras, Selina, mas sabemos que não é tão simples assim, e, além disso, a questão é mais visual do que qualquer outro requisito, pode acreditar.

A futura noiva voltou ao seu estado abatido, percebendo a realidade. Alexia contemplou a prima que fitava o crepitar do fogo da lareira sem nada dizer. Queria poder ajudá-la mais do que palavras, mas como poderia? Breve, ela mesma teria o mesmo destino.

Assim, a abraçou e deixou o silêncio ser o único cúmplice entre as duas.


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Notas finais do capítulo

Comentem, tá?
Beijos e até o próximo capítulo!



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