Anna Selina escrita por Georgeane Braga


Capítulo 1
Capítulo Um - Em busca de uma noiva


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Aqui estou eu com o novo romance prometido!

Espero mesmo que gostem e que os leitores de APIDP continuem me acompanhando e comentando, e sejam bem-vindos os novos leitores! Sempre é bom ter gente nova ♥

Esse romance era apenas um conto para um outro projeto, mas gostei tanto do enredo que resolvi transformá-lo em livro. Acredito que será uma boa estória.

Boa leitura a todos ♥



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Londres, Inglaterra: 1835

 

─ Filho, estou preocupada com a reputação que estás contraindo para si. Não pode mais continuar com essa vida fútil com tantas responsabilidades agora. ─ dizia a viúva Condessa de Blanchard, ao seu único filho George, o mais novo conde da Casa Blanchard.

Após a morte do Lorde Thomas Miller & Campbell ─ seu pai ─, o jovem nada fez a não ser vagar pelos clubes noturnos e improvisar viagens repentinas fugindo de encrencas. Porém, não dos escândalos.

A Condessa, sempre cobrada pelo Conselho a respeito do papel nobiliárquico que agora pertencia ao filho, tentava a todo custo fazê-lo compreender suas responsabilidades.

─ Minha senhora ─ disse beijando a mão da mãe ─, não sei por que  se preocupa tanto. Está tudo nos conformes.

─ Não, não está. E te digo: precisas arrumar uma esposa ou eu mesma farei isso. Darei-te três meses para que encontres a futura Condessa Blanchard ou terás que acatar minha decisão sem contestar. ─ disse Lady Campbell e deixou o gabinete.

O rapaz ficou pasmo com as palavras da mãe, mas ao pensar percebeu que ela tinha razão. Já estava na hora de tirar o peso da cobrança sobre ela, quando na verdade, as discussões e decisões deveriam ser feitas por ele.

 Aos vinte anos, seu pai viera a falecer deixando com ele todos os encargos de seu título. Ele não queria nada disso. Queria viver sua vida e a morte de seu pai condicionou-o a uma postura de rebeldia e reforçou sua fama de galanteador. Agora, aos vinte e cinco anos de idade, George não podia mais fugir das responsabilidades matrimoniais. 

Chamou John, seu amigo de infância. Ele era bom com conselhos e muito sábio quando a questão eram “saídas” para suas maiores confusões.

John era um jovem lacaio da família Campbell, da Casa Blanchard. Cresceu muito próximo a George e como Lorde Thomas não se importava com a proximidade dos dois, tornaram-se amigos. John tinha a liberdade para conversar com o jovem Conde, pois, apesar de serem praticamente da mesma idade, era muito astuto.

─ O que eu faço John? Não posso encontrar uma esposa em três meses. Não uma com todos os atributos que desejo. Se não encontrei até hoje, não será dentro desse prazo que conseguirei. ─ reclamou andando de um lado para outro.

─ Isso é fato. ─ respondeu o lacaio ─ Porém, acredito que podes enviar um representante às Cortes europeias, pois afinal, terás que contrair uma aliança promissora e ainda encontrar uma bela esposa. Não Será tarefa fácil.

George olhou para o amigo e disse:

─ Tu és um anjo na minha vida. ─ e sorriu ─ Não percamos tempo, então.

—--------------AS—---

─ Você adora contemplar o céu. ─ afirmou George chegando perto do amigo e sentando na grama com ele.

John apenas sorriu e continuou olhando para o alaranjado do por do sol.

─ Eu gosto de pensar que existe um paraíso. Algo além de tudo isso aqui que nos faz sonhar e ser feliz por completo. O céu me traz essa certeza, por ser algo tão belo e misterioso. ─ respondeu.

─ Você precisa é de uma boa mulher, isso sim. ─ riu George. ─ Por acaso já tiveste alguma mulher? Nunca fala a respeito.

─ Diferente de você, eu sei esconder meus romances. ─ e os dois riram. ─ Apesar de que ninguém iria se importar com isso. Sou apenas um lacaio e você, um conde.

─ Sabes que não és um simples lacaio, John. É meu amigo fiel e companheiro de toda a vida. Não confio em mais ninguém além de ti e minha mãe. Tenho-te com muito apreço.

─ Bem sei. E o agradeço por isso. És também meu único amigo. Aliás, para livrar-te de tão grandes enrascadas, só mesmo um bom amigo. ─ brincou John.

─ Mas conte-me, John. Nunca se apaixonaste?

─ Não. Mas quando acontecer, sei que será meu paraíso.  Estarei no meu céu.

George  disse:

─ És um romântico incorrigível. Nisto somos diferentes. Nunca me apaixonarei. Meu paraíso se compõe de várias damas belas e dispostas.

Os dois riram e deitaram na grama, ainda conversando e contemplando o céu ganhar sua cor escura.

—---------------AS—----

Dois meses depois, mais uma carta do representante do Conde George chega e com ela a possível noticia da noiva perfeita.

As exigências do Conde eram difíceis de serem atendidas, uma vez que tantas qualidades deveriam compor a uma mesma mulher.

Já que teria que se casar e, o processo não fosse tão doloroso, nada melhor que uma dama cheia de atributos. Ela deveria ser suave e delicada no trato, saber os ofícios de uma jovem bem-nascida, tais como: habilidades em musica, escrever cartas, artísticas, costura, bordado, ser elegante, entretanto, acima de tudo deveria ter beleza.

Um consórcio bem sucedido com uma importante família austríaca seria a melhor opção, mantendo assim, alianças confiáveis e duradouras. O acordo deveria ser feito logo após o baile de máscaras, promovido pela família da dama, onde os dois teriam o primeiro contato e após o casamento, fixariam residência em Brno até que os regimentos  de soldados estivessem estabelecidos para a guerra.

Apesar dos benefícios que essa aliança poderia ter, ainda assim, o Conde estava resistente. Não podia arriscar se a moça não fosse tudo isso. Ele precisava ter certeza, por isso teve uma ideia.

—-------------AS—--

─ John, entendeu o que tens que fazer? E não faça essa cara, pois já me livrastes muitas vezes. ─ o Conde George deu um sorriso afetado para o lacaio.

─ Sim, porém, não se passando por você. Eu posso ser preso, senão enforcado, por usurpação! ─ contrapôs o rapaz.

─ Ora! Deixe de bobagens! É um baile de máscaras, e além do mais, temos a mesma altura e cor de cabelos. És um pouco mais magro, mas ninguém reparará. De qualquer maneira, é minha primeira vez na sociedade vienense, ou melhor, a sua. ─ riu com gosto. ─ O nome dela é Anna Selina. Filha de Nicolau Becker.

─ O General? ─ indagou John.

─ Sim. Segundo as cartas que recebi de meu representante, ela é apta para o posto de futura condessa, de acordo com os meus requisitos; mas não confio nos olhos dele para avaliar aspectos físicos. Ela não pode ser feia!

─ Entendo. ─ respondeu John desanimado ─ Então, eu serei seus olhos? Estás certo disso? ─ levantou uma sobrancelha desafiadora.

─ Confiarei em você. Não me faças firmar um compromisso com uma mal-apessoada! Ou te colocarei amarrado num buraco de formigas-ceifeiras.

─ Precisarei de umas aulas de etiqueta. Não sei ser um Conde. ─ avisou o lacaio.

─ Estou certo de que não terás dificuldades. Vou te ensinar tudo.

─ Tudo bem.  Cumprirei essa tarefa com muito desvelo. E que Deus me ajude. ─ disse o lacaio se dando por vencido. ─ Sabe o que será mais engraçado nessa história? Eu terei um lacaio.


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Notas finais do capítulo

Postarei o próximo o mais rápido que eu conseguir.
Comentem, tá?
Beijão *---*



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