A Esposa do Trickster escrita por Odd Ellie
Eu nasci nos últimos anos da guerra entre os Aesir e os Vanir, minha mãe julgou sábio me manter escondida com alguns de seus servos humanos em um dos mundos inferiores enquanto a paz não viesse. Nas raras ocasiões em que ela vinha me ver ela me contava histórias da batalha, sobre Thor o forte, Tyr o corajoso, Balder o belo, e especialmente sobre Odin o líder de todos eles que tinha trocado um olho por sabedoria.
A falta do olho foi o que me fez reconhecê-lo apesar das roupas bem mais simples do que eu tinha imaginado quando minha mãe contava histórias sobre ele. E eu só conseguia pensar em um motivo para ele estar ali. Eu me ajoelhei.
— Você pode se levantar criança – ele disse.
Eu fiz como ele instruiu.
— Você é Sigyn, a filha de Andryd ?
— Sim meu senhor.
— Eu tenho o pesar de lhe informar que sua mãe morreu. Ela teve uma morte honrosa em batalha, e o seu assassino já foi morto por um membro das nossas tropas.
— Obrigada por vir me dizer isso em pessoa, eu lhe ofereço a hospitalidade da minha casa por quanto tempo o senhor desejar – eu disse esperando que ele dissesse não para que eu pudesse ir para os meus aposentos chorar em paz.
— Eu lhe agradeço, mas temo que eu não posso aceitar dessa vez. Eu tenho que voltar para as nossas terras.
— Eu entendo. Eu lhe desejo uma boa viagem. Adeus.
— Obrigada...Sigyn ?
— Sim meu senhor ?
— O sacrificio da sua mãe não será esquecido e quando a paz vier você terá um lugar entre nós – ele disse e desapareceu antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.
Os anos passaram e eu cresci, e eu pensei em Odin e sua promessa de retornar pensando que talvez ele a havia esquecido e tentando me convencer que era melhor dessa maneira.
Odin retornou no verão após o meu vigéssimo aniversário. Eu estava juntando lenha para o fogo quando derrepente uma águia vôou ao meu redor e segundos antes de pousar no chão se transformou diante de mim em um homem com uma armadura reluzente e um olho faltando.
Dessa vez eu me ajoelhei não apenas por dever mas por devoção porque ele parecia tão resplandecente quanto eu o imaginava nas histórias que ouvi quando menina.
— Você pode se levantar Sigyn.
Eu fiz como ele instruiu e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa eu perguntei :
— Os Vanir foram derrotados ?
— Não. Mas nós chegamos há um arranjo com eles e nós temos paz. Eu gostaria de saber se você gostaria de ser uma de nós – ele disse estendendo sua mão.
Eu não confiava na minha voz para não falhar então eu apenas segurei a mão dele e assenti com a cabeça. Odin sorriu e partiu comigo rumo a Asgard.
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