5 Colours in Her Hair escrita por Marina Lupin, The Marauders


Capítulo 1
Tudo começa com um bom plano - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Mais uma dos Marotos, porque né? kkkkk Essa é uma fic muito especial, porque faz parte desse desafio muuuuuito legal do PD, e porque pela primeira vez, ao que tudo indica, vou finalizar uma fanfic kkkkkk Agradeço a Nat, que usou de toda a sua paciência me ouvindo falar dela ♥ Sem mais delongas, conheçam meu novo bebê: 5 Colours in Her Hair.



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James Potter tinha recebido aquela mensagem estranha durante toda a semana.

“Aqui é Marlene McKinnon, preciso falar com você."

James conhecia McKinnon, todo mundo conhecia, mas, francamente, não tinha ideia do que ela poderia querer. E, às vezes, ele sabia como não ser curioso. Não respondeu por alguns dias, mas a morena era insistente demais, então lá estava ele, abrindo mão de uma tarde vazia de sexta, para encontrar com ela, na sala precisa.

Sala precisa era como os alunos chamavam carinhosamente o armário de vassouras duplo que, frequentemente, era usado para rituais satânicos, pactos de sangue, conversas sigilosas, ou dar uns amassos. James era adepto da última modalidade.

Os saltos de Marlene McKinnon ressoavam pelos corredores da Hogwarts High School, em um ritmo cadenciado, como um instrumento isolado da orquestra musical que eram os corredores de uma escola de adolescentes. Em momentos assim, quando ela fazia daquele espaço vazio sua passarela, Marlene se sentia uma rainha. E ser rainha era um item bem específico em suas metas de vida.  

Ignorou os gramados, onde os jogadores e as líderes de torcida se amontoavam, e ignorou as salas cheias de clubes de debates e corais. Tinha um objetivo em mente.

A morena entrou na sala e fechou a porta atrás de si, passando a chave. Olhou o garoto jogado na cadeira à sua frente, o analisando. James Potter, popular, bonito e divertido, ia servir. Além do mais, ela tinha algo a oferecer. Abriu um sorriso que era só dela, e sentou-se também. O pai sempre dizia que negócios se tratavam à mesa, pois bem, ela tinha um acordo a selar.

— Olá, James.

O garoto sustentou o olhar, com um sorriso maroto.

— Olá, Marlene. A que devo a honra desse encontro? — perguntou Potter. — O que você quer?

— Eu quero muitas coisas. — começou a menina, levantando-se e perambulando pelo armário. — Todos têm aquele desejo ardente do fundo do coração...

— E a não ser que você termine a frase com “e o meu é você”, eu dificilmente vou estar interessado. — retrucou o moreno, abafando um bocejo. — O que você quer, Marlene?

— Eu quero ser rainha. — a frase foi dita em alto e bom som, clara, sem hesitação. — Eu quero a coroa do baile na minha cabeça. A coroa que é minha por direito.

— Então, boa sorte com a campanha, coração. — sorriu James, se levantando e dando um tapinha nas costas dela. — Se era só isso, bom, eu tenho que ir...

— Eu ainda não acabei, James. — Marlene segurou firme a chave da porta, com um sorriso.

— Não? Okay, você quer ser rainha, vai lá e ganha, pronto. — resmungou o garoto, voltando a se sentar.

— Não é tão fácil. — suspirou a McKinnon. — Não irão votar em mim, irão votar na Dorcas, a perfeita, a líder de torcida, a santa.

— Então seja tudo isso. Qual é, Marlene? Preciso te ensinar a como enganar as pessoas?

 — Essa coroa vai ser minha, do jeito que eu sou! — exclamou a morena, irritada. Respirou fundo, e achou um sorriso em algum lugar. — Toda rainha precisa de um rei, James...

— Que não será eu, obviamente.  — Não era como se os dois fossem mais que conhecidos, ou como se ele desse a mínima para bailes.

— Não existe nada que você queira tanto, Potter? — perguntou ela, de repente. A voz intensa, se aproximando dele. — Não faria isso por mim, em troca de algo? Não há nada que você tem vontade de fazer antes da escola acabar? Alguém que você quer que sofra?

— Sim, minha caríssima, Marlene. — respondeu o garoto, começando a entender onde ela queria chegar. É, talvez tivesse valido a pena estar ali. — Já que você perguntou, eu desejaria do fundo do meu coração ver uma certa pessoa tão humilhada, que ninguém nessa escola se esqueceria nunca mais do lixo que ela é. Eu quero vê-lo na lama.

— Você vê, James? — sorriu a menina, nada surpresa. — Todos temos um preço... Nós só precisamos encontrá-lo. Para nossa sorte, nós podemos acertar dois buracos, com uma tacada só. Segundo o Estatuto de Bailes Escolares...

— Existe um Estatuto de....

— Cala a boca! Sim, existe. — resmungou ela, procurando algo na tela do celular. — Bom, segundo o artigo 9°, parágrafo 5°, sobre desistências candidatais, a candidata que desistir após o encerramento das votações, tem o direito de doar os votos a outra candidata regularmente inscrita.  

— Sério que isso existe? — quis saber James, ainda tentando entender como exatamente iriam unir as duas coisas.

— Sim, a lei é clara. A candidata tem o direito de doar seus votos. — Marlene fervilhava com seu plano.

— E aposto que você está disposta a encontrar alguém para exercer esse direito...

— Eu já encontrei. — afirmou ela, convicta. — Farei com que ela seja a perfeita candidata à rainha do baile. E é claro, toda rainha...

— Precisa de um rei. — completou o garoto, se animando rapidamente, levantando-se e contornando a mesa. Finalmente havia compreendido. — E que rei melhor que o artilheiro do time?

— E seria uma pena, — continuou Marlene, com um olhar maléfico. — se esse querido rei acabasse se apaixonando pela nossa rainha e, no dia do baile, ela quebrasse seu coração e o jogasse fora, junto com a coroa.

— Um pouco de humilhação não mata ninguém. — riu James, levando a morena junto. — Marlene McKinnon, você é um gênio do mal! Mas quem é a garota?

— Ah, você conhece. Piercing na boca... Cabelo colorido... — incentivou ela. — Estuda com a gente desde sempre, aliás.

— Ah! A estranha com cinco cores no cabelo? — lembrou James. Se perguntassem a cor dos olhos dela, ele não saberia dizer. Não é como se tivesse prestado atenção nela alguma vez na vida, além de provavelmente, o dia em que aparecera com o cabelo pintado. — Como você espera que ela receba um voto se quer? Aliás, ela concordou com isso?

— Tudo a seu tempo, meu querido. — sorriu Marlene. — Ela vai concordar. Todo mundo tem um preço, certo? Estamos prestes a descobrir o de Lily Evans.


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Notas finais do capítulo

Eu queria algo diferente.... Não sei se deu certo, mas eu particularmente gostei. E vocês?