Ascensão dos Mortos escrita por Mary


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Gostei muito de ler os comentários de vocês e espero que gostem do capítulo.
Lembrando que a parte em itálico, indica um flashback. Boa Leitura!
Capítulo betado.



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Luísa estava realmente acreditando estar dentro de um pesadelo, o qual ela não sabia identificar ainda se era bom ou ruim. A jovem dos olhos amarelados que estava há poucos metros de distância era a adolescente que havia sido atacada e morta minutos atrás. Aquilo era impossível! Ela estava morta, não estava?! Aquele não era o momento ideal para criar teorias sobre isto.

— Merda — murmurou, tentando retirar o pequeno galho.

Em seu último golpe, ela havia lhe acertado com muita força e ele havia cravado muito bem no estômago da idosa. Retirá-lo não era uma missão fácil, retirá-lo antes que a adolescente lhe alcançasse era uma missão quase impossível.

Ela se aproximava rapidamente e chegou antes do esperado. Quando Luísa percebeu que a melhor opção era correr, já era tarde demais.

Mas antes que a adolescente conseguisse lhe morder, caiu dura no chão com um tiro na cabeça. Primeiramente aliviada, mas em seguida seu alívio foi tomado pela preocupação. Um tiro, uma arma. Seria a polícia?!

— Acerte na cabeça — aconselhou, uma voz masculina.

Luísa não questionou, retirou o galho do estômago da idosa e ficou-lhe no cérebro da senhora que apagou instantaneamente.

— E… Eu juro que não foi proposital… — gaguejou, tentando se defender. — Posso garantir-lhe que foi em legitima defesa.

— Não irei lhe prender — garantiu o rapaz, se aproximando.

— Não? — perguntou Luísa. Analisou rapidamente o jovem policial a sua frente.

— Não sou um policial — respondeu, sorrindo.

— E a farda? É sua fantasia sexual? — ironizou Luísa.

— Se eu fosse um policial, já teria lhe prendido por desacato a autoridade.

— Por que está usando uma farda?

— Deveria me agradecer — aconselhou o jovem.

— Já me livrei de coisas piores. Eu estava quase… — Se interrompeu, ao receber um olhar do falso policial. — De qualquer forma, obrigada.

— Acha mesmo que conseguiria se livrar disto sozinha? — questionou.

— É claro!

— Então, por que estava esfaqueando o zumbi na barriga? Você é lunática? Não tem internet em casa?

— Eu estava viajando — mentiu — O que está acontecendo?

— Viajando para a lua?! Está acontecendo no mundo todo — afirmou o rapaz. — Não tenho tempo para lhe explicar nada, apenas saiba que precisa acertá-los na cabeça.

— O que vamos fazer? — perguntou, analisando em volta.

— Sabe atirar? — Luísa apenas assentiu — Ótimo!

Ele entregou-lhe um revólver e mesmo com as mãos trêmulas ela não o deixou cair. Fazia um bom tempo que ela não pegava em uma arma de fogo, aquilo lhe trazia muitas lembranças.

Alguns anos atrás

Luísa andava em círculos por seu pequeno, porém elegante escritório. Sua melhor e confiável secretária estava sentada à mesa, um pouco mais calma que sua chefe.

Não há nada que possamos fazer disse a secretária.

Foram anos de investigações para descobrirmos esta organização criminosa, não jogarei nosso trabalho fora determinou Luísa.

Não podemos prendê-los. Eles estão fortemente ligados ao governo e ao esquema de corrupção lamentou. Além disto, o delegado está no meio do esquema.

Eu acabarei com a raça deste maldito!

Ele tem todas as cartas na manga. Pense, Luísa! No mínimo você perderá o emprego, está mexendo com pessoas perigosas…

Se eu tivesse medo de pessoas perigosas não estaria neste ramo. E posso ter certeza que eu não perderei o emprego garantiu confiante . E se prepare, pois a partir de segunda eu serei a nova delegada.

Sua assistente sorriu com a determinação de Luísa, porém não acreditou que ela conseguisse a promoção. Já Luísa com seu revólver favorito em mãos, tinha certeza que seria a nova delegada de qualquer forma.

— Entendeu? — perguntou, o rapaz. — Pela sua cara, tenho certeza que não.

— Disse algo? — perguntou Luísa, guardando o revólver em sua calça.

— Você tem que ficar atenta ou morrerá. Seja certeira, atire na cabeça! E não seja mordida, ou se transformará em um deles — instruiu — Vamos?! Tem muitos mortos-vivos pelo trânsito, precisamos matá-los.

— Quer um conselho? — Mesmo sem respostas, ela continuou — Não tente salvar todo mundo. Comece a pensar somente em você! Se tentar ajudar todo mundo, acará se prejudicando e quem você ama. E boa sorte, porque eu não irei te ajudar nesta missão suicida.

— Você tem a obrigação de me ajudar. Eu lhe ajudei…

— Desculpe-me. Eu acabei de te conhecer, você não é minha prioridade — respondeu, afastando-se.

A decepção no olhar do rapaz era visível, mas Luísa não costumava ajudar pessoas desconhecidas. Não mais!

Depois de ser presa, seus conceitos mudaram muito. Não pretendia fazer justiça com suas próprias mãos novamente. O mundo era injusto, bastava a ela se adaptar.

Com a arma apontada na direção do rapaz, ela recuou. Não atiraria no jovem, seria cruel demais, porém não queria ser seguida. Ele não correu atrás de Luísa, apenas deixou que ela adentrasse a floresta — enquanto lhe xingava com todos os palavrões existentes em seu vocabulário — e se perdesse por conta própria. Estava com raiva por acreditar que ela o ajudaria e por perder uma arma com munição.

Luísa caminhou pela floresta com o revólver e a lanterna em mãos. As árvores eram muito parecidas e ela acabou se perdendo, como já era previsto. Se perder em uma floresta escura é péssimo! Mas, se perder em uma floresta escura em meio a um apocalipse zumbi é pior ainda. Ela andava rapidamente pela floresta tentando encontrar seu grupo. A sensação de desespero e o aperto no peito só piorou sua busca.

— Procurando por algo, ex-delegada? — perguntou Nancy.

Nunca ouvir sua voz foi tão gratificante para Luísa. Respirou aliviada.

— Onde está Emily? — questionou. — O que está fazendo sozinha?

— Fumando meu último cigarro — respondeu, sorrindo e tragando a fumaça.

— Largue esta merda. — Luísa tomou lhe o cigarro e o jogou no chão, apagando-o. Em sua teoria o apocalipse era consequência de alguma droga sintética.

— Está me devendo um cigarro, vadia.

— Como pode deixar Emily sozinha com aquela mulher?! Só não estouro seus miolos, pois acredito que seja melhor economizar munição.

— Fique calma, Luísa. No máximo sua amiga vira oferenda ao demônio.— riu.

— Está chapada!

— Foram só alguns cigarros. — riu — E uma garrafa de pinga, mas só isso mesmo… Que eu me lembre!

— Se lembra onde o grupo está? — perguntou Luísa, Nancy assentiu — Me leve até Emily, se ainda tiver amor a sua vida.

— Tudo bem, irritadinha.

— Escute, estamos em meio a algo terrível. Uma droga está fazendo pessoas cometerem atos de canibalismo, é tudo muito confuso, apenas saiba que precisamos ficar unidas — explicou Luísa — E parar de usar essas merdas.

— Acho que não foi só eu que usei drogas. — riu Nancy. — E os alienígenas? Já invadiram a terra?!

— Me leve até Emily — insistiu.

Nancy, apesar de bem chapada conseguiu lhe mostrar o caminho. Luísa ignorava as bobagens que sua “colega” dizia, zombava de sua teoria e falava constantemente que ela havia pirado. Ela já estava quase acreditando que realmente havia ficado louca, afinal, tudo que havia enfrentado parecia um pesadelo maluco e muito longe da realidade. Mas ao chegar ao acampamento, percebeu que tudo que estava acontecendo era bem real.

Gritos abafados fizeram com que ela corresse até a cabana improvisada desesperada.


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Notas finais do capítulo

O que será que aconteceu? Palpites? HAUAHUAH
A história também esta sendo postada no Wattpad, e naquela plataforma temos um espaço para deixar o elenco. Acho bem legal, pois vocês podem imaginar os personagens com mais precisão, mas fica a critério de vocês. Vocês querem? Se vocês quiserem, no próximo capítulo coloco o elenco nas notas iniciais.
Xoxo



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