Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 7
Lobisomem


Notas iniciais do capítulo

Capítulo pequeno mas uma grande dúvida, por onde andam meus leitores?



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Remus e Lily voltaram juntos para o salão comunal da Grifinória e, ao passarem pelo retrato da mulher gorda, puderam ver todos os amigos reunidos num canto. Haviam apenas alguns grupos de amigos espalhados pela grande sala que era iluminada pela luz do crepúsculo que passava pela janela.

Marlene estava sentada no chão sobre uma tapeçaria grossa, fazendo cafuné em Sirius, que estava deitado apoiando a cabeça no colo dela. Aquela cena era bem estranha de ser ver já que ambos estavam sempre paquerando outros bruxos por aí, no entanto algo nos dois combinava tanto que ninguém ao menos provocou o casal. James, Dorcas, Frank e Alice acomodavam-se em grandes poltronas e espaçosos sofás, rindo muito enquanto jogavam snap explosivo.

— O encontro foi tão chato que você decidiu resgatar Remus na enfermaria, Evans? — James irritou a ruiva assim que ela se aproximou dos amigos.

— Me deixa em paz, Potter! — Lily ficou vermelha.

— Deixa ele Lily, ele só está com ciúmes... — Remus provocou, sentando-se ao lado do Potter e bagunçando seus cabelos. Lupin já estava se sentindo muito melhor quando se juntou aos amigos, eles tinham o poder de fazer seus dias de recuperação parecerem quase como se ele tivesse uma vida normal. O pálido garoto de cabelos cor de areia e com vários arranhões ainda cicatrizando agarrou-se a esse pensamento e tentou manter-se firme com a ideia de contar para os amigos a verdade sobre ele.

Após muitas partidas de snap explosivo e de xadrez bruxo, Remus, Peter, Sirius e James foram para o dormitório. Frank decidiu ficar mais um pouco no salão comunal conversando com alguns alunos mais novos. Remus percebeu então que aquela seria a chance perfeita para contar e mesmo tremendo dos pés a cabeça, ele chamou os amigos.

Peter estava sentado na ponta da cama comendo um sapo de chocolate enquanto James se espreguiçava deitado na cama. Sirius estava de pé apoiado no dossel da cama, tentando entender a expressão preocupada de Remus.

O dormitório iluminado apenas com as lamparinas poderia ser um local apropriado para contar uma história de terror e, considerando o modo como Remus começou a contar seu segredo, parecia realmente que isso iria acontecer. O menino havia perdido novamente a cor e a força, já não sabia se compartilhar aquele segredo era uma boa ideia, mas ele já havia começado e se desse para trás naquele momento seus amigos desconfiariam dele.

— Eu... Eu sou um... — Lupin não sabia se conseguiria terminar a frase. — Um lobisomem.

— Cara, isso é irado! — Peter parou de dar atenção ao sapo de chocolate e agora olhava o amigo. O loiro rechonchudo não tinha percebido o quanto Lupin se sentia mal por isso.

— E se eu disser que já imaginava? — Sirius falou, sorrindo de lado e deixando Remus completamente chocado.

— Como? — Remus espantou-se. — Por que nunca falou nada? — O garoto só conseguia pensar que, se seus amigos descobriram tão fácil, outras pessoas poderiam descobrir também. Seus cotovelos estavam apoiados nos joelhos e suas mãos serviram de apoio para sua cabeça, cheia de questionamentos e preocupações.

— Até quando achou que fosse esconder isso de nós, lobinho?  — James virou-se na cama, apoiando sua cabeça no braço para poder olhar melhor o amigo. — A última aula de Defesa contra as artes das trevas nos ensinou muito bem como identificar um lobisomem... Agora explica o que houve!

Quando viu que seus amigos estavam levando aquela notícia com tanta naturalidade, Remus encostou-se na cabeceira da cama começou a falar. Contou sobre o desentendimento entre seu pai e Fenrir Greyback e como o lobisomem o mordeu em busca de vingança. Explicou o plano de Dumbledore para que ele pudesse frequentar as aulas em Hogwarts e, assim que ele citou a Casa dos Gritos, os olhos de James, Sirius e Peter ganharam um brilho a mais.

— Você quer dizer que os boatos sobre a casa ser habitada por fantasmas na verdade tem a ver com você? — Peter estava super empolgado.

— Você tem que nos levar lá! — Sirius pediu e não iria parar de insistir até poder ver a famosa casa com seus próprios olhos.

— Gente, não tem nada de legal nisso tudo e eu não posso levar vocês lá! — Remus sabia que não convenceria os amigos, mas pelo menos pensou que poderia retardar as ideias deles. — Eu não consigo me controlar quando está ocorrendo a transformação, eu atacaria qualquer humano que encontrasse, mesmo sendo um amigo.

— Fique tranquilo Remus, vamos conseguir convencer você a nos levar lá... — James garantiu.

— Espera, você só ataca humanos? — Sirius parecia estar tramando alguma coisa.

— Eu nunca ataco ninguém porque sempre me transformo num lugar isolado, mas tecnicamente só humanos me afetariam. — Remus se justificava, mais uma vez com medo de assustá-los.

— Eu tive uma ideia tão boa que você vai querer casar comigo depois que der certo! — Sirius falava, se gabando com um sorriso sedutor para o amigo. — Animagos!

— Ai meu Merlin, vem aqui Black! Preciso encher você de beijos! — James pulou no amigo, rindo da falsa humildade do outro.

Aquela era uma ideia muito boa, mas a Animagia era uma área muito difícil. Conseguir a transformação perfeita em um animal precisaria de muito estudo e prática. Seria um grande desafio para alunos do terceiro ano e além disso tudo, todos os animagos deveriam ser reconhecidos pelo Ministério da Magia. Obviamente, nada disso os impediria de conseguir formas animais e acompanhar as transformações de Remus.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês estejam gostando, por favor comentem! Sei que é chato ficar pedindo, mas eu preciso saber o que estão achando...