Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 51
Maldições Imperdoáveis


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, chegamos em 222 comentários e eu nem sei como agradecer vocês!

Espero que gostem desse capítulo!



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Se o clima entre ex namorados tinha melhorado do lado de dentro da Ala Hospitalar, do lado de fora ainda estava extremamente tenso. James e Lily estavam sentados no chão, mas próximos do que jamais pensaram que estariam um dia. Tinham esquecido suas desavenças e contavam em detalhes o que tinha acontecido, enquanto Remus e Dorcas estavam um em cada ponta do banco e mal trocavam olhares. Ela ainda estava brava com ele por ter se intrometido no encontro dela e ele estava com ciúmes do novo namorado dela.

— E Mulciber e Regulus? — Lupin estava sério, almejando vingança.

— Assim que Madame Pomfrey apareceu, os dois saíram correndo. — Lily estalou a língua, irritada, e contou sobre a fuga dos sonserinos.

— Valentões o suficiente para atacar Mary com uma Maldição Imperdoável mas covardes o bastante para fugirem. — Dorcas estava muito brava. — Eu estou começando a pensar em entrar pro time dos marotos e socar a cara de alguns sonserinos. — Cruzou os braços, olhando de Lily para James e dando uma breve olhada em Remus.

Parecia que estavam lá há dias, mas só duas horas se passaram desde o ataque até o momento em que Madame Pomfrey apareceu na porta da Ala Hospitalar, fitando os quatro adolescentes do lado de fora. Já eram quase 2 horas da manhã.

— Eu mediquei a Srta. MacDonald e ela provavelmente só acordará amanhã. Vocês deveriam estar na cama, podem passar aqui amanhã depois da aula. — Dito isso, ela fechou a porta novamente, o barulho ecoando no corredor.

— Acho que vou mesmo para a cama, parece que eu estou vivendo nessa Ala Hospitalar... — Ele parou a frase no meio graças a um bocejo. — a tanto tempo, sabe, por causa da gripe... — Remus comentou ao se levantar do banco, se referindo aos dias que ficou em observação por causa da lua, ou para Dorcas, por causa de mais uma gripe misteriosa que a fez revirar os olhos. Lily e James, que sabiam que não tinha gripe nenhuma, também reviraram os olhos.

— Será que Lenny vai ficar aqui? — Dorcas perguntou, se levantando do banco para tentar olhar através do vidro fosco. — Também quero dormir, vamos Lily? — Ela ignorou que Remus estava ao seu lado e deu um passo na direção da amiga.

— Na verdade, eu estava pensando que eu e Potter deveríamos falar com o Professor Dumbledore, já que nós vimos o que aconteceu... — Ela sabia que Dorcas estava brava com Lupin e eles precisavam conversar. E Dumbledore precisava ficar sabendo daquilo o quanto antes. — Não é, Potter? — Ela deu uma cotovelada nele.

— É, claro. Podem ir, nós vamos passar na sala do Dumbledore. Talvez a gente o encontre de pijamas babando no travesseiro... — Riu, tentando descontrair o clima pesado entre Remus e Dorcas.

Inacreditavelmente, Lily pegou James pelo braço e o arrastou pelo corredor. Talvez o sono estivesse fazendo ela delirar, ou ela estava preocupada demais com Mary para se lembrar de que ela odiava James Potter, ou talvez não odiasse mais tanto assim o garoto. Os dois viraram o corredor e seguiram para a sala de Dumbledore a passos largos, enquanto Dorcas e Remus continuaram parados em frente a Ala Hospitalar.

— Você não disse que ia dormir? — Dorcas questionou de braços cruzados, olhando diretamente para Remus pela primeira vez na noite. — Pode ir...

— E deixar você voltar sozinha até a Torre? É claro que não... — Ele balançou a cabeça de um lado para o outro, em negação. — Vamos lá, Dorcas. — Apontou com a cabeça para o corredor que virava para a direita, que os levaria até os dormitórios.

— Você acha o que? Que eu não sei chegar na Torre da Grifinória? — Ela balançou os braços ao lado do corpo, irritada. "Como alguém tão inteligente podia ser tão idiota?".

— Não, eu só não quero que aconteça com você o que aconteceu com a Mary. — Remus se encolheu em seu lugar. O grito de Mary pareceu incomodar Madame Pomfrey, que foi até a porta e lançou um olhar irritado para os dois irem embora, parecido com o da Madame Pince, da biblioteca.

— Desde quando você é tão protetor assim? — Ela tentou falar mais baixo enquanto eles caminhavam pelo corredor, mas mantendo o tom irritado. "Como ele podia terminar do nada e depois resolver ficar todo preocupado comigo?", martelava em sua cabeça. — Você não tem mais o direito de se preocupar comigo assim! Você perdeu esse direito quando terminou comigo! — Ela apertou o passo, quase correndo pelo corredor para chegar logo às escadas.

E então Remus percebeu como estava sendo idiota. Ele sabia o motivo pelo qual terminou com ela, sabia que era para protegê-la dos perigos e da vergonha de namorar um lobisomem. Mas ela não sabia de nada. Para ela, tinha sido um término sem mais nem menos.

— Espera Dorcas... — Ele correu até o quinto degrau da escada, onde ela estava, e segurou de leve seu braço. — Eu sinto muito por ter terminado com você. Eu queria que pudesse ser diferente. — A frase saiu como um sussurro por entre os lábios finos dele.

— E você me esperou superar e resolver sair com outra pessoa para dizer isso? — Dorcas soltou seu braço das mãos dele e se virou para olhar para Remus. Ela estava um degrau acima, igualando suas alturas para que ela pudesse olhar direto nos olhos dele. — Isso só me parece ciúmes, Lupin. Assuma seus erros e conviva com eles. — Deu as costas para ele e subiu a escada sozinha, com a adrenalina pulsando dentro dela. O amor era uma droga, principalmente na adolescência.

x

— Eu tenho encontrado muito você esse ano, Sr. Potter. — Dumbledore comentou, depois de ouvir a história dos dois. — Foi muita sorte que você e a Srta. Evans se encontraram pelos corredores essa noite... — "Dumbledore estava sugerindo algo ou era só impressão?" — Vou conversar com a Madame Pomfrey, mas não posso punir ninguém se não há provas de quem realizou o feitiço.

— Mas Professor Dumbledore, nós vimos os dois lá, nós duelamos. Eles usaram uma maldição imperdoável! Não podem sair impunes dessa! — Lily protestou, se levantando da cadeira em frente a mesa de Alvo.

— Srta. Evans, a punição por uma maldição imperdoável seria, provavelmente, expulsão. Como Diretor, eu não posso expulsar alunos sem provas concretas. — Lily se sentou novamente, de braços cruzados irritada com a injustiça. — Mas eu vou prestar mais atenção naqueles dois.

— Não só nos dois, Professor! Avery e Snape também estão sempre envolvidos nesse tipo de coisa! — Agora era James que estava se exaltando.

— Eu notei que você tem certo problema com os sonserinos, Sr. Potter...

— Mas é verdade! — James e Lily se levantaram juntos, ambos pensando no quanto queriam que Mulciber e os outros pagassem por torturar uma nascida trouxa. Snape havia chamado Lily de sangue ruim no ano anterior, ele também devia pagar por isso. Finalmente algo conseguiu unir as forças desses dois, eles queriam justiça.

— A verdade é uma coisa bela e terrível, por isso deve ser tratada com grande cautela. — Dumbledore caminhou até os dois jovens e colocou a mão no ombro de James. —Vou fazer o que for possível para que o que aconteceu com a Srta. MacDonald não aconteça novamente. — Andou com os dois até próximo da saída. — Vocês formam um belo casal, aliás.

— O QUE? NÃO! — Os dois falaram juntos, despertando risadinhas do Diretor.

— Talvez um dia, então. Boa noite crianças! — A porta da sala do Professor Dumbledore se fechou atrás dos dois e eles desceram as escadas ao redor da estátua de hipogrifo.

— Dumbledore deve ter um parafuso a menos. — Lily comentou, pensando na insinuação dele sobre os dois serem um casal. Ela usava sua varinha para iluminar o caminho, o que fazia as pinturas nas paredes reclamarem.

— Talvez seja isso que faz ele parecer tão sábio e misterioso... As vezes parece que ele pode ver o futuro. — James andava a uma distância segura de Lily, com as mãos nos bolsos.

— Achei que você não acreditasse em adivinhação. — Lily tinha um sorriso provocativo em seus lábios. — E, de qualquer forma, Dumbledore errou feio se tentou ver o futuro. — "Potter e eu nunca seremos um casal!", revirou os olhos.

— Você sabe dar um fora com estilo.

— Qual é, Potter... Eu estou admirada de não estar querendo te azarar essa noite.

— Eu tô me esforçando. — Deu de ombros. — Mas você sabe... A proposta está sempre de pé. — Sugeriu, com um olhar de cachorrinho sem dono.

— Então pode desistir. — Ela balançou a cabeça em negação. — Já é grande coisa nós sermos quase amigos, vamos manter essa trégua. — Lily estava falando sério. Era bom não ter que brigar com James o tempo todo, talvez ele finalmente estivesse amadurecendo.

— Amigos então? — Não conseguindo evitar, no mesmo momento que esboçou um sorriso, a mão de James saiu do bolso direto para seu cabelo, dando a despenteada clássica de James Potter.

— Por que você faz isso? — Lily apontou para a mão de James, antes de imitá-lo dramaticamente passando os dedos pelo seu longo cabelo acaju e o chacoalhando para deixar o mais bagunçado possível, soltando uma gargalhada. Era bom ter um momento descontraído depois de tudo o que aconteceu.

— É meio inconsciente. — Ele riu dos cabelos bagunçados de Lily e tentou mudar de assunto antes que a elogiasse e a deixasse irritada. — Uma droga que Dumbledore não possa fazer nada para punir aqueles idiotas.

— É, tudo isso é tão injusto. — Ela suspirou. — Não só em Hogwarts, lá fora também... Eu estive pensando no que você falou sobre a Rose. Eu não quero fugir quando me formar. — Os olhos esmeralda de Lily estavam nebulosos, imaginando o futuro. — Eu quero lutar.

— Eu e Sirius decidimos tentar entrar para o Treinamento de Aurores, quando a gente se formar. — Eles realmente pareciam dois amigos conversando. Passaram pelo retrato da Mulher Gorda e encontraram o Salão Comunal vazio. As chamas da lareira ainda brilhavam, estalando vez ou outra.

— Finalmente resolveram usar toda essa energia que vocês tem pra alguma coisa boa... — Lily comentou, mordendo o lábio enquanto ria. — Boa noite, James.

— Boa noite, Lily.

x

A manhã de segunda-feira parecia não estar ciente dos acontecimentos da noite anterior, pois o sol brilhava alegremente do lado de fora do castelo. Mesmo com o vento gelado de novembro, muitos alunos caminhavam pelos jardins até as aulas começarem.

Fabian e Lily estavam sentados num banco próximo a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ela o deixou a par de tudo o que havia acontecido naquela noite, apoiando em seu ombro.

— Eu espero que ela fique bem...

— Vai ficar tudo bem Lily, ainda bem que você estava lá para ajudar ela. — Ele apoiou o dedo no queixo dela, fazendo-a olhar para ele. Sorrindo, ele aproximou seus lábios e lhe deu um beijo reconfortante.

— Vocês viram a Marlene? — Gideon interrompeu, preocupado. — Ela não estava no Salão Comunal, nem no café da manhã...

— Ela ficou na enfermaria ontem, mas já deve estar vindo pra aula. Não se preocupe... — Lily explicou. Não seria uma boa ideia contar sobre ela ter ficado na enfermaria por causa de Sirius, não pela Mary. Era apenas um detalhe.

— Estão falando de mim? — Marlene apareceu saltitando pelo corredor até eles. Sirius estava um pouco atrás, com uma tala protegendo o braço. Ele andou em direção a sala, sabendo que não era uma boa ideia irritar o namorado de Marlene enquanto estivesse com um braço em recuperação.

— Oi Lenny... — Gideon passou o braço pela cintura dela e a beijou profundamente, até ela interromper o beijo. Sirius deu uma última olhada no casal, sentindo seu estomago revirar de raiva, e entrou na sala. Lily sentiu que tinha alguma coisa de errado com Marlene, mas decidiu deixar isso para mais tarde e seguiu os outros para a aula.

Em todos aqueles anos, as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas não foram exatamente úteis. A cada ano um professor novo chegava, tentava dar alguns dos tópicos estabelecidos pelo Ministério e mais nada. Considerando o cenário atual, DCAT era uma matéria necessária, mas que não cumpria o que era mais importante. Um aluno tinha usado uma maldição imperdoável em Hogwarts, trouxas e nascidos trouxas estavam desaparecidos ou eram encontrados mortos, o Ministério da Magia estava resistindo, mas estava sendo atacado constantemente por diversas ações dos Comensais da Morte.

Aprender sobre evitar conflitos, fugir, morcegos vampiros e Contra-azarações e Feitiços Defensivos podia ser muito interessante, mas havia uma Guerra acontecendo lá fora. Era preciso mais.

— Bom dia, alunos! Dumbledore me pediu para falar hoje sobre um assunto sério, mas que é muito importante considerando o momento atual... — Com essa frase, o Professor August Diggory, professor da matéria naquele ano letivo, conseguiu toda a atenção dos alunos. O burburinho nas cadeiras mais ao fundo parou, todos estavam curiosos para saber sobre o que seria a aula. — As Maldições Imperdoáveis. — Todos os alunos pareceram prender a respiração. Lily olhou para James e Sirius, a duas fileiras de distância. Ambos pareciam satisfeitos com o resultado da conversa com Dumbledore. Já Muciber se remexeu em sua cadeira, pensando que não podia ser só coincidência o Professor estar tratando daquele assunto justamente um dia após o que aconteceu.

— O Ministério considera que apenas no sexto ano vocês tem maturidade o suficiente para aprenderem sobre elas, mas para falar a verdade, eu acho que as outras turmas vão ter que aprender sobre essas maldições o quanto antes. Sabendo os efeitos delas, talvez vocês consigam se reagir melhor se forem atacados. — Os alunos mal piscavam, ansiosos para saber mais. Era algo raro a aquela altura do ano, quando já estava ficando frio e todos começavam a pensar nas férias de natal. — Alguém conhece alguma das maldições? — Alguns braços se levantaram, mas Lily não se atreveu  a responder essa pergunta. Não iria querer explicar o motivo de saber sobre a maldição Cruciatus para toda a turma, seria provocar Mulciber demais.

— Minha mãe falou que está tendo problemas no Ministério por causa da maldição Imperius. — Donna Shacklebolt, uma garota morena e com cabelos enrolados da Corvinal, respondeu hesitante.

— Ah sim, o Ministério está tendo que lidar com essa maldição o tempo todo. Os comensais da morte estão usando essa maldição para controlar bruxos que trabalham lá para ganharem servos em lugares importantes, decidirem assuntos a favor da causa de Voldemort. — Alguns alunos tremeram em suas cadeiras ao ouvir o nome do tal Lorde das Trevas. Não era costume falar o nome de Você-Sabe-Quem. — A Maldição Imperius coloca a vítima em transe ou estado de sonho, deixando ele ou ela sob o controle total do lançador. Ela é capaz de fazer qualquer coisa que quem lhe enfeitiçou mande, como cometer crimes e até mesmo assassinar alguém.

— Tem algum jeito de bloquear essa maldição? — Bertha Jorkins, da Lufa Lufa, levantou a mão e perguntou. Ela falava muito, era de se admirar que estivesse prestando atenção.

— É muito difícil resistir a maldição Imperius. Somente aqueles de uma vontade particularmente forte podem impedir os efeitos dela, e normalmente é um pouco mais fácil para quem já sofreu dos efeitos dessa maldição antes. — O Professor começou a andar entre os alunos. — Outra maldição é a Cruciatus. É um feitiço bem difícil de ser realizado e seus efeitos dependem dos desejos e emoções do bruxo que realizou o feitiço. Também tem sido uma maldição muito popular entre os famosos Comensais da Morte... — Dava para sentir na voz do Professor August que ele não gostava muito dos Comensais ou do próprio Voldemort, deixando Severus e Mulciber um tanto incomodados. — Eles a usam como instrumento de tortura, uma vez que seus efeitos causam uma dor excruciante na vítima.

O homem falava com naturalidade, tentando não aterrorizar seus alunos. Um auror como ele já havia visto muitas maldições imperdoáveis sendo lançadas e para ele a pior de todas era a última das maldições. — A Maldição da Morte — Proferiu, ao voltar para o tablado na frente da sala. — é a mais famosa de todas. Não há contra feitiços ou magia de bloqueio, ela pode ser evitada ou bloqueada com elementos sólidos mas é algo difícil de ser feito em meio a uma batalha. Ninguém na história do mundo bruxo sobreviveu a Maldição da Morte, se algum dia vocês conhecerem alguém que sobreviveu, podem considerar um milagre. — Ele remexeu sua papelada em cima da mesa e verificou o relógio. — Essa aula é pesada demais para segurar vocês até o fim do horário, estão dispensados para pensar no que aprenderam nesta manhã.

Lily levantou num salto e jogou a mochila nas costas. Era muita informação para armazenar, mas ela tinha uma prioridade no momento: — Vamos ver a Mary. — Anunciou para os gêmeos, Marlene, Dorcas e os marotos. Peter não tinha aparecido para a aula então provavelmente estaria na enfermaria também.

O grupo foi até o quarto andar e entrou na Ala Hospitalar. Peter estava debruçado sobre a cama, parcialmente sentado numa cadeira de madeira, e acordou com o barulho do grupo chegando.

— Booom dia. — Sirius cumprimentou, antes de ser puxado pela Madame Pomfrey para mais uma observação do braço recém concertado. Depois de retirar a tala do braço de Black, a enfermeira explicou sobre a situação da Mary: — Eu mantive ela em repouso absoluto durante a noite, mas suspendi as medicações para observar como ela se comporta durante o dia.

— Ela resmungou um pouco desde que o Sirius e a Marlene saíram daqui de manhã. — Peter comentou, sem pensar que provocaria ciúmes em Gideon ao falar sobre Black e McKinnon. Ele lançou um olhar ameaçador para Sirius, que apenas sorriu e deu de ombros. — Mas ela parece um pouco tensa... — Pomfrey assentiu e correu para pegar uma poção relaxante muscular. Colocou um pouco numa colher e colocou na boca de Mary, entreaberta graças ao sono.

Todos esperavam em volta da cama, ansiando por alguma reação dela. Ela começou a se mexer na cama, mas os movimentos eram tão mínimos que era difícil notar se não estivesse prestando atenção. Ela abriu os olhos e admirou por ter tanta gente em volta dela. "Onde eu estou? O que aconteceu?", ela se perguntou. Ao tentar levantar, sentiu todos os músculos de seu corpo doerem. — Wow... — Sentiu tudo em sua volta girar e sua visão começou a escurecer, mas voltou ao normal quando ela relaxou o corpo e deitou novamente.

— Não se mexa, querida. Como se sente? — Madame Pomfrey correu até ela.

— O que aconteceu? Meu corpo está doendo e eu não me lembro... — Mary tentou se mexer mais uma vez, mas seus músculos estavam tensos e doloridos.

— Acho que é melhor vocês voltarem mais tarde. — A enfermeira falou para o grupo. — Chamem o Professor Dumbledore. — Ela apressou os garotos, os empurrando na direção da porta. Voltando para a primeira cama da Ala Hospitalar, ela se voltou para Mary. — Srta. MacDonald, ontem você foi atacada por uma maldição Cruciatus.

E então tudo voltou a tona. Ela estava voltando da biblioteca depois de ter devolvido alguns livros, pensando em ir para o Salão Comunal e passar o resto da noite com Peter. Foi aí que ela ouviu passos atrás dela. Quando ela se virou para olhar quem era, deu de cara com Mulciber. Naquele momento ela sabia que ele iria se vingar por ter enfrentado ele no primeiro dia de aula. A dor tinha sido tão forte que ela não se lembrava de mais nada além de seu corpo se curvando ao sentir que estava sendo torcida como um pano, os ossos pareciam estar pegando fogo até ela desmaiar.

— Mary? — Peter a chamou, tirando-a de suas lembranças aterrorizantes da noite anterior. Ela sentiu uma lágrima escorrendo em sua bochecha, mas não era capaz de enxugá-la. Sua mão estava tremendo sob o lençol que a cobria. Ela havia sido torturada com uma Maldição Imperdoável.


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Notas finais do capítulo

Até Dumbledore shippa jily! O que estão achando desses momentos mais descontraídos entre os dois?
Eu amo tanto o Remus, mas ele é tão lerdo as vezes né?
To me esforçando bastante para incluir o Peter na história, porque se ele era um dos marotos e participou da ordem da fenix, eu acredito que ele foi realmente amigo dos garotos pelo menos em hogwarts... Odeio ele com todas as forças, mas por enquanto vamos acreditar que ele é só um cara normal.

Curiosidade: qual é o patrono de vocês? Segundo o Pottermore, o meu é um husky!



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