Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 45
Trem para Londres


Notas iniciais do capítulo

Ainda tem alguém aqui? Eu espero realmente que sim! Esse ano é meu ultimo ano da faculdade e a única coisa que eu posso escrever é o TCC :( os capítulos demorar um pouco mais que o normal, mas como eu recebi uma mensagem super fofa pedindo para eu continuar, eu fiz um esforcinho para voltar... Espero que entendam e gostem do capítulo, acho que estou um pouco enferrujada.



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Os últimos dias no castelo eram uma mistura de animação com as férias e medo de possíveis ataques durante o verão. Para Sirius, era ainda pior. Ele sabia que essas férias seriam diferentes: as manchetes usavam cada vez mais o nome de Voldemort, ele estava cada vez mais popular entre os sangue puros e, considerando o que ouvira durante as últimas vezes que foi para casa, não seria surpreendente se o próprio Voldemort estivesse jantando com os Black enquanto ele arrumava seu malão.

— Mamãe quer ir para Portugal, dizem que lá é bem tranquilo e tem poucas comunidades bruxas... — Peter tagarelava enquanto dobrava seus pijamas e os colocava no malão.

— Provavelmente lá é mais tranquilo, mas meus pais não conseguiriam viajar. Tudo gira em torno de onde eles poderiam me esconder na lua cheia. — Remus saiu do banho com uma toalha sobre os ombros.

— Eu imagino que não vamos para lugar nenhum, pelo menos não até meu pai se recuperar. — O tom de James era claramente de preocupação. Seu pai era um exemplo para ele, não conseguia imaginar sua casa sem ele.

— Ele vai ficar bem, Pontas... — Sirius comentou, tentando tranquilizar o amigo, quando ele mesmo também precisava acreditar nisso. O Sr. Potter era como um pai para Sirius e, todas as vezes que ele passava as férias com eles, ele realmente sentia que fazia parte da família. — Eu não sei o que vamos fazer, se ele não melhorar... — Falou quase num sussurro. Era difícil ver Sirius abalado, mas talvez a ideia do Sr. Potter doente somada a visão de Voldemort jantando ao seu lado na mansão dos Black fez seu estômago revirar e algo ficar preso em sua garganta.

O silêncio no quarto dos marotos era bem raro, mas nem mesmo quando Frank chegou com seu ar tranquilo a tensão baixou. Enquanto isso, no dormitório feminino, Marlene contava animada sobre ir conhecer a família Prewett  com a Lily.

— Eu não sei o que vou levar, provavelmente todas as minhas coisas estão em caixas. — A família McKinnon estava se mudando muito para evitar ataques dos seguidores de Voldemort. Ser uma família de sangue puro e não se aliar a eles era considerado traição.

— Eu não sei se devia deixar minha família sozinha, eu tenho tanto medo de algo acontecer com eles enquanto estou aqui. Se eles forem atacados nas férias vou me sentir ainda pior, porque eu poderia estar lá para impedir... — Lily falou em disparada o que se repetia diariamente em sua mente.

— Lily, a maioria dos bairros trouxas estão sendo vigiados por um auror. Não vai acontecer nada com seus pais, eu prometo. — Alice estava bem envolvida com a ideia de se tornar auror, estava fazendo muita pesquisa sobre o assunto.

— Vai ser bom pra você, Lily... Depois de tudo o que aconteceu. — Dorcas comentou, pensando em Snape, James e Sirius no dia da última prova dos NOMs.

— Nem me fale! — A ruiva se jogou na cama, colocando um travesseiro na cara. — Eu nem sei quem eu quero azarar primeiro.

x

O Expresso Hogwarts partiu em direção a Londres e o misto de sensações de ir para casa era nítido na maioria dos alunos, tudo parecia um pouco mais silencioso que o normal. Os marotos jogavam Snap explosivo sem tanta empolgação quanto normalmente, quando Rose bateu na porta da cabine.

— Ei Potter, quer dar uma volta? — O rosto de James relaxou um pouco ao ouvir a voz dela. Ele se levantou, ignorando os comentários de Sirius sobre " certas coisas que melhoram o humor de qualquer um".

Barton o puxou para uma cabine vazia e seu sorriso havia sumido.

— Eu não vou voltar no ano que vem, Jammie. — Rose contou, como se estivesse com aquilo engasgado a algum tempo. — Eu pensei nisso essa semana... Quero proteger minha família. — Rose era nascida trouxa, o que fazia dela e de sua família um alvo para Voldemort.

— Mas você vai ficar mais segura se estiver em Hogwarts! — James não podia negar que estava chocado. Se jogou na poltrona como se alguém o tivesse empurrado.

— Eu preciso levar meus pais para longe dessa confusão, não conseguiria ficar bem aqui sabendo que algo poderia acontecer com eles... E você sabe que eu sei me cuidar. — Rose sorriu, apesar de seus olhos estarem a beira de lágrimas. — Ah, ótimo! Quantas pessoas você já viu chorando nesses últimos dias? Esse cara vai dominar o mundo bruxo fácil se todos ficarem chorando assim... — Ela olhou para cima para impedir que as lágrimas escorressem, mas James puxou seu rosto para perto do dele e enxugou com a manga da camisa suas bochechas recém molhadas. 

— Rose, vai ficar tudo bem. — Aproximou ainda mais seus rostos, dando-lhe um beijo carinhoso.

— Quero que me prometa uma coisa. — Ela se recompôs, sentando de pernas cruzadas de frente para James. Rose passava as mãos pela nuca e pelo cabelo bagunçado do garoto com a cabeça apoiada no peito dele. — Você vai namorar a Lily ano que vem.

— O QUE? — Potter esperava qualquer coisa menos isso. Sua namorada estava lhe dizendo para namorar outra garota? — Rose! Eu a chamei pra sair naquele dia mais para irritar ela! Não era para você ficar com ciúmes! Você sabe tudo o que ela falou sobre mim na sexta...

— Você tem uma queda por ela desde sempre... Vamos lá, não é algo tão absurdo assim... — Rose se levantou e olhou para James com um sorriso sugestivo. "Como ela podia estar lidando com tudo aquilo tão tranquilamente?".

— Mas... E você? — James nunca teve um relacionamento de verdade antes de Rose, mas sabia que ela estava praticamente terminando com ele. Apesar de saber que ela estava certa sobre a Lily, parte de James ficava realmente triste em saber que não teria mais a companhia de Rose.

— Talvez eu vá para os Estados Unidos, ou para a Austrália. Qualquer lugar que seja mais seguro que aqui. Vai que eu encontre alguém por lá. — Ela deu de ombros, levando tudo aquilo com uma naturalidade incrível. — Mas se você quer mesmo ficar com a Lily, tem algumas coisas que precisam mudar... — E esse foi o começo do que seria um longo monólogo sobre amadurecimento e mudança de hábitos.

x

— Eu não sei, e se sua família não gostar de mim? Quero dizer, eu sei que eles não se importam com essa coisa de sangue puro, mas e se eu não conseguir entender as piadas ou algo assim? — Ninguém mais aguentava a Lily falando sobre isso. Ela as vezes se preocupava demais com coisas simples.

— Lily, eu já te falei! Eles vão amar você... E tem meu cunhado, o Arthur, ele é fascinado por trouxas. Ele vai te fazer um milhão de perguntas sobre como é a sua casa, sua família, tudo. — Fabian repetia, pela centésima vez.

— Ele não vai te deixar em paz até o Gui ou o Carlinhos começarem a chamá-lo. Ele e a Molly são quase coelhos, é impossível... Ela já está quase explodindo de novo! — Gideon comentou, sobre a família de sua irmã.

— Eu nunca imaginei que veria a irmã de vocês de novo, ela me deu mais de uma detenção no meu primeiro ano. — Marlene estava tentando achar um feijãozinho de todos os sabores que não parecesse tão suspeito. — Espero que ela não se lembre de mim... — Ela deu uma risadinha marota, continuando a conversa sobre futura ida a casa dos Prewett.

No vagão mais ao fundo, outro casal discutia sobre o futuro. Alice estava pesquisando cada vez mais sobre Voldemort, seus seguidores e sobre o trabalho como auror. Ela e Frank decidiram entrar de cabeça nisso, era o mínimo que eles podiam fazer enquanto ainda estivessem na escola.

— Depois do seu aniversário de 17 anos, podemos começar a treinar em casa. — Frank sugeriu. — Minha mãe vai ficar uma semana fora numa pesquisa de campo, sabe... Seria um bom treinamento para nós dois, proteger a casa e duelar. — Ele fazia cafuné na garota, que estava com a cabeça apoiada em seu colo.

— Eu imagino que você esteja pensando apenas no treinamento. Nunca pensaria que teríamos a casa só para nós dois, para fazer o que a gente quisesse, certo? — Levantou a sobrancelha para Frank, dando risada.

— É claro que não, eu nem imaginei todas as coisas que poderíamos fazer... — Ele comentou enquanto ela se sentava ao lado dele, aproximando seus rostos. — Você, na minha cama, fora de cogitação, sabe? — Ele a beijou com um sorriso nos lábios.

— É uma pena, eu estava pensando em levar uma das minhas camisolas, ela fica muito bem em mim. — Alice subiu no colo de Frank, passando uma perna de cada lado de sua cintura. O beijo era cada vez mais provocante e urgente, talvez os dois tivessem imaginado demais sobre estarem sozinhos em casa.

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— Como assim ela vai embora? — Sirius perguntou, depois de beber um gole de seu suco de abóbora.

— Pois é, aparentemente ela terminou comigo pra valer... — James comentou, sentando finalmente no banco ao lado de Peter. — E ela me fez prometer que vou namorar a Lily ano que vem. — Deu de ombros, sabendo que era algo estranho de se prometer para a namorada (ou ex-namorada).

— Cara, essa menina é incrível! — Sirius jogou seus cachos para trás e encostou a cabeça na janela, tomando mais um gole do suco de abóbora.

— Ela é bem legal mesmo, James... — Peter concordou, com a boca cheia de chocolate. — Você acha que ela vai mesmo para outro país? Tem vários alunos dizendo que querem fugir.

— Eu não sei, mas ela pareceu decidida. — James respirou fundo. Por mais que a ideia de finalmente ter a Lily em seus braços pudesse ser maravilhosa, ele sentiria falta de Rose.

— Então o desafio para o ano que vem é James conquistar a Lily, vai ser um ano divertido. — Remus riu ao imaginar a quantidade de discussões que os esperavam no próximo ano.


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Notas finais do capítulo

Tentei colocar mais da Alice e do Frank porque sei que todos amam esse casal fofo! E quanto a Rose, nós sabíamos que não ia durar pra sempre né? Mas eu acho que ela ajudou bastante o James a amadurecer :D

Me contem o que acharam do capítulo, o que esperam dos próximos e por favor, se alguém ainda estiver lendo, comentem! Pode ser só um oi, só pra eu saber que tem alguém ai do outro lado da tela... beijos e até breve!



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