Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 28
Mansões


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que estou atrasada com as postagens, mas esse semestre está bem difícil e eu to precisando estudar a maior parte do tempo. O capítulo não ficou muito grande, mas espero que gostem!



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Para James, as férias de verão não eram tão ruins se comparadas com as de Remus ou Sirius. Ele tinha muito o que fazer numa casa tão grande como a dele, e ainda tinha um gramado com três balizas como num campo de quadribol de verdade, uma biblioteca enorme e salões de jogos.

Tudo isso se atribuía a riqueza que os Potter acumularam com o passar das gerações, graças ao esforço e o talento que muitos dos antepassados tinham para poções. O exemplo mais claro desse exímio talento era o pai de James, Fleamont Potter, que inventara a Poção Capilar Alisante, um grande sucesso no mundo bruxo.

Com uma casa incrível e muitas atividades para fazer, era de se admirar que James ainda se sentisse entediado e contasse os minutos para que as férias acabassem. Não podia acreditar que tinha passado tão pouco tempo.

O Expresso de Hogwarts partira com destino a Londres havia sete dias para levar todos os alunos para curtirem o verão em casa e Sirius já não aguentava mais.  Diferentemente de James, a vida de Sirius estava o mais longe do tédio possível.

Não que ele estivesse se divertindo, porque não estava. O problema era que ele não conseguia ter paz por um minuto sequer. Cobranças de Walburga, reclamações sobre seu comportamento de suas primas e o pior, as provocações de Regulus. Ele era sempre o problema, não importava o assunto: se falavam sobre a Sonserina, ele era o traidor que tinha ido parar na Grifinória. Se falavam dos nascidos trouxas, Sirius era o desleal que os defendia. Se falava de aparência, criticavam seu cabelo comprido e cacheado, comparando com os fios sempre bem arrumados do irmão.

Tudo isso o fazia irritar-se cada vez mais com aquele mundo em que vivia. Quando estava a ponto de explodir alguém, uma coruja bateu em sua janela trazendo uma fuga para Black: Marlene o chamava para dar uma volta.

Levantou logo da cama, trocou de roupa e saiu do quarto pela primeira vez no dia. Usando a jaqueta de couro que sua mãe odiava, ele passou pela sala torcendo para que ninguém notasse sua saída.

— Onde está indo com essas roupas horríveis, Sirius Black III? — Walburga resmungou sentada numa das poltronas verde-escuro que ficavam na sala.

— Eu vou sair. — Sirius deu de ombros e continuou caminhando em direção a porta.

— Vai ver sua namorada traidora de sangue? — Regulus bloqueou a porta. Ele era um pouco mais baixo e mais magro que Sirius, mas isso não o impediu de tentar atrapalhar seu caminho.

— Ela não é minha namorada, mas eu tenho todas as garotas que eu quiser. E quanto a você? — Sirius o empurrou antes que ele pudesse responder e logo estava sentindo a brisa úmida de Londres. Quando estava quase chegando na casa de Marlene a chuva voltou a ficar forte e ele teve que correr para se abrigar.

— Oi! Nossa, você está um pouquinho molhado... — Marlene abriu a porta para o rapaz. Seus cabelos cacheados pingavam e colavam em suas bochechas. — Vem aqui, graças a esse clima maravilhoso minha mãe instalou um feitiço que seca nossas botas. — Ela o puxou para dentro e perto de onde estava um porta guarda-chuvas o feitiço o ajudou a não molhar a casa inteira.

— O que é isso? Um Black nesta casa? Eles são uns metidos, estão do lado das trevas! Eles não... — Reclamou um retrato na parede, assim que Marlene e Sirius entraram em casa. A mansão da família McKinnon era semelhante a dos Black em alguns aspectos, como a quantidade de retratos e móveis antigos, porém a casa de Marlene era bem mais iluminada e a atmosfera parecia bem mais tranquila.

— Quieto, Vovô! Ele não é como os outros, está do nosso lado! — Marlene discutiu com a figura de seu avô. — Desculpe por isso, Sirius.

— Está tudo bem, temos algo parecido com isso em casa, mas não está num retrato e se chama "minha mãe". — Sirius riu, ainda que parecesse um pouco triste. A situação em casa não havia melhorado em nada e ele sentia falta de Hogwarts.

— Oi mãe, eu e o Sirius estaremos conversando lá em cima. — Já estavam no começo da escada quando Marlene disse a uma bela mulher que encaixotava algumas louças. Ela tinha os cabelos negros presos num rabo de cavalo solto e a varinha apoiada atrás da orelha. Era uma figura materna completamente diferente de Walburga Black, bem mais nova e com certeza mais legal.

— Olá querida! Seja bem vindo Sirius, fico feliz que você possa conhecer nossa casa antes de irmos embora. — Ela sorriu e olhou em volta, parecendo bem nostálgica com aquele lar em que foi criada. — Vocês dois vão ficar lá em cima sozinhos? Eu vou ter que sair e seu pai ainda não chegou do trabalho... Eu te conheço, dona Marlene! Você tem o meu sangue. — Ela riu, zoando a filha da mesma forma que Marlene fazia em Hogwarts.

— Mãe! — A filha riu envergonhada, pedindo para que a mãe parasse.

— Teremos juízo, Sra. McKinnon. — Sirius fez sua melhor cara de sério, o que foi incrivelmente difícil para ele. A mulher ria como se estivesse lembrando de quando tinha essa idade, acenou com sua varinha fazendo as caixas levitarem e foi em direção a porta.

— É engraçado que a gente se conheça a tanto tempo e eu nunca ter vindo aqui... — Ele falou, quando voltaram a subir a escada. Sirius observava cada detalhe da casa. Será que por baixo de todos aqueles artigos da Sonserina, heranças da família e das pesadas cortinas sua casa também teria aquele aspecto?

— Eu quero te mostrar meu quarto! — Ela o puxou pelo braço até uma porta. Ao abri-la, Sirius viu uma cama grande e fofa, com algumas almofadas em tons de roxo e com diferentes texturas espalhadas perto da cabeceira. Nas paredes, recortes de revistas trouxas, bilhetes, desenhos e algumas fotos. A escrivaninha tinha um abajur e estava cheia de livros e pergaminhos rabiscados e próxima dela estava a gaiola com uma pequena coruja que parecia animada em ver a dona chegando.

— Fique a vontade, bisbilhote o que quiser. — Marlene se jogou na cama e ficou observando o garoto parado no meio de seu quarto.

— Não sabia que você desenhava. — Sirius se aproximou da escrivaninha e pegou o desenho de um cachorro grande, com pelos negros e bagunçados. Era ele? Parecia a forma que ele desenvolveu nas aulas com a McGonagall. Será que ela sabia de algo?

— Ah, eu sempre fiz uns rabiscos... Sonhei com esse cachorro esses dias e decidi desenhar. Achei ele bonitinho. Gostou? — Ela sentou na ponta da cama e ficou balançando as pernas, que estavam a um centímetro de tocarem no chão.

— É bem bonito. — Ele sorriu. É claro que ele acharia bonito, era ele! — Não conhecia esse seu talento. — Ele sentou ao lado de McKinnon, na beirada da cama.

— Eu tinha que fazer alguma coisa, não é? Alguns estudam loucamente, outros saem com todas as meninas da escola... Eu só desenho. — Ela deu de ombros, fingindo que era inocente quando estavam na escola.

— Eu acho que você sabe fazer mais coisas além de desenhar. — Lançou um olhar maroto para a morena. — E eu não saio com todas as meninas da escola! — Reclamou, dramaticamente ofendido.

— Eu não disse que era você, mas você sabe que eu tenho razão. — A cara de vitoriosa de Marlene acabou com a discussão. Sirius riu, mas ainda não havia admitido a derrota. Ele partiu para cima de Marlene e começou a fazer cócegas nela, a derrubando rapidamente na cama.

— Para Sirius! Para, por favor! — Ela mal conseguia falar, se encolhendo toda para tentar fugir da brincadeira. O garoto estava sentado ao lado dela e não parecia que iria parar só com os pedidos dela.

 — Só se disser que eu tenho razão. — Ele tirou o cabelo do rosto dela com uma das mãos, enquanto a outra ainda ameaçava mais cócegas, e pode ver que o rosto branco e levemente sardento da garota estava vermelho de tanto rir. Seus olhos azuis elétricos imploravam por uma trégua e Sirius não conseguiu evitar: colou seus lábios nos dela, a surpreendendo.

Ela mal havia recuperado o fôlego depois de tantas cócegas e ele ainda a beijou. Marlene tinha que admitir que havia ficado surpresa, desde que voltaram para a cidade não tinham se encontrado mais e Sirius sempre era volúvel quando o assunto era o coração. Mas, como não era boba, aproveitou aquele momento. Os dois estavam deitados na cama e Sirius, antes sentado, deitou-se ao lado dela.

A intensidade do beijo aumentava rápido e logo ele estava praticamente em cima dela, suas mãos percorriam o jeans da garota com tanta facilidade que, por um momento, Marlene se perguntou quantas meninas já teriam sentido aquele toque de Sirius, mas como ela também não era o melhor exemplo a ser seguido, esqueceu-se logo disso.

— Lenny, o que está fazendo? — Sirius estranhou ao ver que ela tentava desabotoar alguns botões de sua camisa.

— Nada demais, Black. Vai me dizer que nenhuma garota te agradou assim? — Ela dava alguns beijos no pescoço do rapaz.

— Eu realmente não conhecia alguns talentos seus...


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Notas finais do capítulo

Eu sinto muito pela demora, estou tentando me organizar com as matérias, mas as provas estão mal distribuídas e eu sempre preciso estudar alguma coisa. Faculdade é complicado viu... Enfim, o que acharam do capítulo? Me contem o que vocês esperam para o próximo ano dos garotos em Hogwarts! Sejam criativos e conversem comigo, vou adorar! Beijos e até logo.
PS: não me abandonem, mesmo se eu demorar um pouquinho para atualizar... Esse é um projeto que eu tenho faz tempo e pretendo ir até o fim!