Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 25
Um gole de hidromel


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, por incrível que pareça aqui estou eu com o capítulo novo! Eu to muito feliz por finalmente voltar a postar direitinho e espero muito que vocês gostem. Provavelmente pelo meu sumiço, algumas pessoas pararam de comentar então agora que eu voltei, não me abandonem! É muito importante saber o que vocês estão achando.
Vou parar de enrolação e deixar vocês lerem o capítulo...



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Depois de todo o tumulto após o ataque à família McKinnon e as brincadeiras mal intencionadas de Regulus e dos outros sonserinos, nada melhor para descontrair que a final de quadribol: Grifinória contra Sonserina.

Dorcas, Marlene e Mary se arrumavam animadas naquele domingo ensolarado, usavam adereços vermelhos e dourados, camisetas com o emblema da Grifinória e tudo que o espírito competitivo permitia. Mesmo sendo um período difícil para o universo bruxo, elas sabiam que precisavam curtir os momentos de diversão. Lily, por outro lado, estava tão focada nos estudos que nada a tirava do salão comunal, a não ser que ela precisasse de algum livro da biblioteca.

Depois de muito insistirem para Lily as acompanhar no jogo, as garotas desistiram e desceram dos dormitórios para encontrar os marotos. James e Sirius exibiam seus uniformes, o pomo de ouro roubado voando perto de Potter e sendo rapidamente capturado fazia todas as meninas suspirarem.

— Meu Merlin, parem de se exibir e se concentrem no jogo que é daqui a pouco! — Marlene estalava os dedos perto do rosto dos dois, como se tentasse acordar os dois. Logo eles saíram do salão comunal, indo em direção ao Salão Principal para um rápido café da manhã.

— A Lily não vai ver o jogo? — Potter perguntou enquanto pegava uma panqueca.

— Você sabe como ela é, e ela está brava com vocês... — Dorcas contou, servindo-se de suco. — Especialmente com você, James. E suas brincadeiras não te ajudam muito nisso. — Ela riu, lembrando da quantidade de vezes que Lily já havia discutido com ele desde o incidente com o feitiço Ventus.

— Ela devia saber que eu vou continuar fazendo essas brincadeiras, eu sou um maroto. — Ele respondeu, dando de ombros. — Mas eu preferia que ela não me odiasse. — A verdade era que James queria tê-la como amiga, mas não daria o braço a torcer. Se ela não acreditou nele quando ele estava dizendo a verdade, ele não correria atrás dela. Afinal, ele tinha milhares de garotas aos seus pés.

O assunto não se estendeu muito. Logo, todos estavam indo a caminho do campo de quadribol. Até mesmo os alunos da Lufa Lufa e da Corvinal tomavam partido e acenavam com bandeirinhas vermelhas ou verdes. As arquibancadas ficavam cada vez mais cheias e o barulho de todos torcendo animava ainda mais os jogadores.

James e Sirius foram para o vestiário para encontrar o resto do time e os outros foram procurar por um lugar vazio para se sentarem. Marlene era uma torcedora assídua e logo se perdeu no meio da multidão para ter uma visão melhor do jogo, deixando Dorcas e Remus com Peter e Mary, que pareciam finalmente se entenderem um pouco mais.

— Há algum tempo éramos nós dois aqui flertando, não é? — Dorcas pegou a mão sempre gelada e pálida de Remus. A lua cheia seria dali a uma semana e ele começava a se preocupar. Nas últimas transformações tudo tinha dado certo e ela não parecia desconfiar de nada, mas para ele, sempre havia o risco de ser descoberto.

— É... — Dorcas conseguiu um pequeno sorriso de Remus. Ele sempre parecia um tanto preocupado, mas ela dizia para si mesma que, quando ele se sentisse confortável, diria o que o afligia. Para tentar distraí-lo do que quer que fosse, ela passou a mão de leve no rosto dele e deu um beijo calmo. Ele retribuiu, segurando na nuca de Dorcas e sentindo os sedosos cabelos loiros dela.

Lupin estava começando a relaxar quando toda a plateia levantou gritando, assustando os dois que não davam a mínima atenção para o jogo. A Grifinória acabara de marcar 50 pontos. O casal resolveu prestar um pouco de atenção no jogo, afinal, era a final de quadribol daquele ano e a Grifinória tinha grandes chances de ser a vencedora.

— O Sirius acabou de rebater um balaço que acertou o artilheiro da Sonserina, não sei como ele ainda está na vassoura. — Peter contava, animado. Ele estava agradecendo que Remus e Dorcas tivessem parado de se beijar, ele já estava nervoso o suficiente por estar sentado com a Mary. Após o infeliz acidente que fez Lily e James pararem de conversar, Pettigrew e MacDonald se aproximaram um pouco, mas ainda assim eles se sentiam um pouco desconfortáveis em ficarem as sós.

— A GRIFINÓRIA ACABA DE MARCAR MAIS 50 PONTOS! PARECE QUE AS COISAS ESTÃO DIFÍCEIS PARA OS SONSERINOS NÃO É? — O narrador do jogo gritava, sendo um pouco tendencioso e torcendo para sua própria casa.

— Olha só, acho que o James viu alguma coisa! — Mary levantou, apontando para um brilhinho no céu azul. James fez um movimento brusco e voou em direção ao tal brilho, sendo logo perseguido pelo apanhador da Sonserina.

Enquanto o jogo se desenrolava do lado de fora do castelo, do lado de dentro, alguns poucos alunos que não eram fãs de esporte perambulavam pelos corredores, onde Lily e Severus se encontraram.

— Estou indo pegar alguns livros na biblioteca, quer ir comigo? — Evans sorriu timidamente, colocando uma mecha do cabelo ruivo atrás da orelha. Esse ato fez com que Severus se encantasse mais com aquela garota adorável.

— Claro. — Severus concordou e os dois seguiram até a enorme biblioteca, sentando numa das mesas próximas a janela. Espiando o lado de fora, a visão se estendia até o campo onde a Grifinória comemorava a recente vitória. — Por que não foi ver o jogo?

— Eu não estava afim de ver o James e o Sirius se exibindo e eu não entendo nada de quadribol... — Lily falo, como se fosse óbvio.

— Achei que fossem seus amigos, que bom que você percebeu que eles são idiotas. — Severus deixou escapar.

— Eles não... Vamos mudar de assunto. — Para Lily, era difícil entender o que pensava sobre os marotos. Eles tinham pontos positivos e eram divertidos, mas com o tempo, as brincadeiras de mal gosto se sobrepunham as coisas boas. — O que estão dizendo sobre o ataque à família da Marlene?

Severus se lembrou do que Regulus disse sobre não espalhar boatos que surgissem no salão comunal da Sonserina. O que estavam falando, na verdade, era que o ataque foi direcionado à uma família puro sangue para assustar outros bruxos que acolhiam ou se relacionavam com mestiços ou nascidos trouxas, mas Snape sabia que não podia contar isso a Lily, visto que ela era nascida trouxa.

— Não estão mais falando tanto disso, estavam mais interessados em falar sobre o jogo de quadribol. — Snape sabia que não deveria mentir para ela, os boatos que corriam pelas masmorras poderiam afetá-la também, mas não sabia o que fazer. Esconder isso pareceu mais seguro, eles provavelmente discutiriam se ele tocasse no assunto. O face pálida de Severus mostrava que ele escondia algo dela, mas o garoto abaixou a cabeça e seus longos cabelos negros caíram sobre o rosto.

— Não minta para mim, Sev... Que barulho é esse? — Lily interrompeu a si mesma, franzindo a testa. O barulho vinha da área externa do castelo, onde uma multidão de alunos gritava animada com o fim do jogo.

— Parece que vocês ganharam. — Severus ficou feliz por terem mudado de assunto. — O jogo foi bem rápido, ainda são 11 horas. — Ele admirou, sabendo que alguns jogos demoravam quase o dia inteiro.

— 11 HORAS? Eu ainda tenho que fazer tanta coisa, preciso levar esses livros para o salão comunal antes que todos cheguem... — Lily levantou-se rápido, com uma porção de livros nos braços.

— Lily, espera! — Severus foi atrás dela, pegando os pergaminhos que ela deixava para trás. Os dois encontraram os alunos animados da Grifinória passando pelo retrato da Mulher Gorda e se separaram. Lily já demonstrava sua irritação por saber que não estudaria mais nada naquela torre.

— EVANS, VOCÊ PERDEU O MELHOR JOGO! —  Sirius gritou do outro lado do salão, assim que viu a menina.

— Lily, o jogo foi incrível! O James pegou o pomo quando a Sonserina tinha acabado de empatar com a gente. Foi como tirar o doce de uma criança! Foi genial! — Peter contava, eufórico.

— Calma Peter, respira ou você vai acabar explodindo. — James chegou por trás dos dois marotos, apoiando os braços nos ombros de Sirius e Peter. — Ei ruiva, achei que fosse me ver jogar. — Ele piscou, provocando-a. Talvez não fosse tão ruim que ela estivesse brava com ele, as provocações e a reação da Lily eram incrivelmente divertidas.

— Já era óbvio que eu não iria. — Ela revirou os olhos diante do sorriso sedutor do Potter. — E você provavelmente já tinha uma torcida particular. — Ela olhou com pena para algumas meninas mais novas que se derretiam a cada movimento dele.

— Com certeza. — Ele começou a andar na direção delas, arrumando os óculos e bagunçando os cabelos.

Desacreditada com as ações de Potter, Lily foi em direção as escadas para o dormitório e encontrou Marlene e Mary, que impediram a menina de subir.

— Eu preciso guardar meus livros! — Lily pedia, tentando se esquivar daquela festa.

— Então vamos com você e descemos antes que os meninos tragam a comida. — Marlene concordou.

James paquerava uma das garotas que Lily tinha indicado quando foi interrompido por Sirius, que estava tão animado que parecia ter tomado três litros de café.

— James, James, vem aqui. — Ele o puxou. — Vamos para Hogsmeade. Precisamos de algumas bebidas para comemorar.

— Boa ideia... É por isso que eu te amo, cara! — James se animou com a ideia e, com essa ideia genial do Black, os dois tomaram posse da capa da invisibilidade e seguiram pelo castelo até a passagem da Bruxa de um Olho Só.

Talvez fosse pelos ataques frequentes de Voldemort ou pelo calor que fazia naquela tarde, mas o vilarejo estava tranquilo o suficiente para que os dois conseguissem saquear algumas garrafas de hidromel e de cerveja amanteigada do Três Vassouras sem serem pegos. Colocando todas as garrafas numa bolsa encantada pelo feitiço indetectável de extensão, eles passaram na cozinha e pegaram alguns petiscos para a festa.

— OS CARAS MAIS INCRÍVEIS DESSA ESCOLA CHEGARAM! — Sirius gritou, depois tomou um gole de hidromel diretamente da garrafa.

Após a chegada dos dois, o salão comunal pareceu ainda mais caótico. A música tocava alto, todos falavam alto e se divertiam. Marlene finalmente conseguiu arrastar Lily de volta para a festa, mas ela se sentia um pouco desconfortável por ter a maioria de seus amigos ocupados e espalhados por ai.

Remus conversava com Dorcas num canto e, para o espanto de Lily, ele segurava um copo com hidromel. "Até o Remus? Não posso acreditar!", ela pensava. Dorcas bebeu um gole, mas fez cara feia graças ao gosto forte do álcool, o que faz Remus rir e em seguida dá um selinho nela. O gosto da bebida e o efeito da mesma nos dois, os faz perder um pouco da timidez e eles prolongam o beijo um pouco mais.

Sirius estava sentado no parapeito da janela, segurando a garrafa de hidromel que dividia com Marlene. Eles riam alto e sem nenhum motivo específico, virando a garrafa de hora em hora. Lily observava toda a festa parada no último degrau da escada dos dormitórios, ela nunca esteve em uma festa assim antes e não sabia muito bem o que fazer. Algumas pessoas, como Alice e Mary conversavam com ela e depois voltavam para seus pares.

— Que cara de assustada é essa, Lily? Nunca esteve em uma festa antes? — James encostou-se na parede e entregou para a garota um copo.

— James, isso é errado. Eu não vou beber! — Lily arregalou os olhos ao perceber a sugestão dele.

— Relaxa, eu sei que você é certinha e chata. Isso é cerveja amanteigada. — Ele tomou toda a bebida que havia em seu copo, e sorriu para ela. — Você precisa aprender a curtir a vida. — E com isso, deixou Lily sozinha com o copo na mão.

Lançando novamente o olhar para o que estava acontecendo no salão comunal, ela viu que havia um ruivo familiar olhando para ela, mas ele logo desviou o olhar quando percebeu que ela tinha o visto. "Por que aquele garoto estava olhando para mim?", ela franziu a testa, confusa. Bebeu um pouco da cerveja amanteigada para disfarçar e, quando percebeu que todos os seus amigos estavam ocupados demais beijando alguém e não iam dar conta de que ela havia sumido, ela foi para longe daquela bagunça e deitou-se em sua cama.

Lily dormiu tão rápido que não ouviu a cantoria que Sirius e Marlene, já alterados com a bebida, começaram nos andares abaixo dos quartos e nem imaginaria nas coisas que estavam acontecendo nos quartos vizinhos.


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Notas finais do capítulo

Aviso: não quero ensinar ninguém a fazer coisa errada, então nada de álcool se for menor de 18 anos! (Eu tenho 20 e continuo como a Lily, não bebo nadinha hahaha)
Falando em menores de 18 anos, eu estou com uma questão: os marotos, no meu ponto de vista, são um tanto precoces e como eles já estão indo para o quinto eu queria saber a opinião de vocês sobre cenas um pouco mais "quentes". Eu não pretendo escrever nada de muito comprometedor e se preferirem, posso colocar um aviso ou algo assim... Me falem o que acham disso e qual a melhor solução.
O que acharam do capítulo? Eu sou igualzinha a Lily em festas (talvez seja por isso que eu nem vou), mas meus amigos acabam sendo igual aos marotos ou a Lenny... É bem engraçado. E esse ruivo, vocês tem algum palpite?
Beijos e até o próximo capítulo!